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Revista da SPAGESP

versão impressa ISSN 1677-2970

Rev. SPAGESP v.6 n.1 Ribeirão Preto jun. 2005

 

ARTIGOS

 

A “mente grupal”: um modelo de representação

 

The group mind: a model for representing

 

La mente grupal: un model de representación

 

 

Lazslo Antonio Ávila 1

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - SP

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Buscamos neste trabalho utilizar o modelo de Cambridge para os sintomas mentais, adaptado para a análise dos sintomas psicossomáticos, como um modelo de representação para os fenômenos grupais, conhecidos como “mente grupal”. Após apresentar o modelo de Cambridge, recorremos às concepções de W. R. Bion, principalmente as de protopensamento e sistema protomental, para justificar e fundamentar esta proposta de representação conceitual. Concluímos com exemplos de prática psicoterapêutica grupal, lida com base nesta representação de “mente grupal”.

Palavras-chave: Psicossomática; Mente grupal; Grupos.


ABSTRACT

In this paper we propose an use of the Cambridge model for mental symptoms, adapted for the analysis of psychosomatic symptoms, as a model for representing the groupal phenomena, known as “group mind”. After presenting the Cambridge model, we look for the W. R. Bion’s concepts, mainly the ones of protothoughts and protomental system, in order to justify and to give foundation to this proposal of conceptual representation. We end with some examples of group psychotherapy practice, from the viewpoint of this representation of the “group mind”.

Keywords: Psychosomatics; Group mind; Groups.


RESUMEN

El presente articulo discute la utilización del modelo de Cambridge para los síntomas mentales como un model de representación para los fenomenos grupales, conocidos como la “mente grupal”. Después de presentar el model de Cambridge, recurrimos a las concepciones de W. R. Bion, principalmente las del protopensamiento y de sistema protomental, para justificar y fundamentar esa proposta de representación conceptual. Concluyemos con exemplos de practica psicoterapeutica grupal, tomada desde la perspectiva de esa representación para la “mente grupal”.

Palabras clave: Psicosomática; Mente grupal; Grupos.


 

 

O presente trabalho visa prosseguir na exploração de um modelo para a representação dos processos grupais que configuram uma rede inconsciente de pertinência e participação identificatória, que vem sendo denominado de “mente grupal”. Iniciamos, em artigo anterior (ÁVILA, 2004a) enfoque apresentando o modelo desenvolvido por Marková e Berrios (1995), para descrição da heterogeneidade dos sintomas mentais, e a utilização que propusemos para o referido modelo, adaptando-o para a investigação da gênese dos sintomas psicossomáticos, que desenvolvemos em outro local (ÁVILA, 2004 b).

Nosso objetivo hoje é a ampliação desta discussão e o aprofundamento nas múltiplas veredas que se potencializam a partir deste ponto de partida. Dissemos anteriormente:

Nos grupos observamos muitos e complexos fenômenos. A comunicação entre os membros do grupo promove, freqüentemente, que processos que um indivíduo se encontrava inconsciente possam vir à luz, e servirem como poderosos instrumentos de “insight”. Além da comunicação, a identificação inconsciente entre os membros do grupo é importantíssimo fator de aglutinação grupal, tanto no sentido negativo de promover as resistências, como no sentido positivo de instalar os mecanismos participativos que fazem do grupo uma unidade inter- e trans-subjetiva.(ÁVILA, 2004a, p.25)

O modelo de Cambridge é uma proposta de esquematizar os diferentes caminhos que os sintomas podem percorrer, desde sua origem, enquanto vivências, estados mentais normais ou patológicos ou emoções ainda não representadas na forma de palavras. Marková e Berrios (1995) o estabeleceram buscando compreender a extrema variabilidade dos sintomas mentais, os quais são denominados de uma forma que faz supor que sejam sempre os mesmos fenômenos. Tome-se a ansiedade, por exemplo. Quantas e quantas manifestações sintomáticas distintascostumam ser agrupadas com este nome. Desde quadros psiquiátricos estabelecidos, e aliás diferentes entre si, até uma miríade de manifestações clínicas podem receber este mesmo rótulo. Por isto os mencionados autores propuseram que variações na estrutura, na origem, no campo fenomênico das expressões clínicas, nas tradições teóricas, e também na própria interação do paciente com seu clínico afetam a constituição e a apresentação dos sintomas. Com base em um modelo multifatorial de investigação desta heterogeneidade, Marková e Berrios (1995) e estabeleceram seu modelo de “construção” para os sintomas. Meu trabalho baseou-se no deles, e buscou demonstrar a aplicabilidade do mesmo modelo para a análise das condições de gênese e desenvolvimento dos sintomas psicossomáticos. Hoje, nossa tarefa é ampliar esta perspectiva para a emergência dos sintomas no contexto grupal.

Os sintomas psicossomáticos, vividos a nível individual, são de difícil compreensão. O sujeito que os sofre, costuma assistir perplexo a emergência de seus sintomas, sem conseguir entender as vinculações entre o aparecimento dos mesmos e os fatos significativos de sua vida pessoal, tanto consciente quanto inconsciente. Por isso, no grupo, muitas vezes, é possível tomar um sintoma psicossomático, e fazer os membros do grupo associarem, produzindo uma circulação de idéias e afetos, que possibilita ao sujeito explorar as significações de seus sintomas. (AVILA, 2004a, 25)

Propomos utilizar, para a análise do funcionamento grupal, o mesmo modelo de Cambridge, e sua adaptação para os sintomas psicossomáticos. Veremos que, além de sua utilidade para a representação da gênese de inúmeros sintomas, esse esquema conceitual fornece uma interessante representação daqueles processos inter e trans-subjetivos de que o grupo é palco. Este é o modelo de Cambridge (ÁVILA, 2004b):

 

 

Retomemos, outra vez, o artigo anterior, para que possamos prosseguir nossa discussão:

Quando um grupo alcança um bom desenvolvimento terapêutico, ele tanto funciona pela via Cc(2) do esquema acima, ou seja, fornecendo ao indivíduo conceitos para suas vivências irrepresentadas, quanto, e este o ponto principal que vamos desenvolver, ele pode possibilitar a instauração de uma “sopa primordial” coletiva. (AVILA, 2004b).

A “sopa primordial”, no entender de Berrios, Marková e Girala (2000), é o sedimento comum, pré-linguistico, onde as experiências individuais e a multidão de elementos das experiências coletivas se encontram, enquanto “tesouro de significantes”, ou seja, acervo comum para tornar pensáveis as experiências dos indivíduos. É a partir da sopa primordial que se formarão os conceitos, e onde as idéias tomarão sua forma reconhecível e comunicável. Sem representação, as experiências ficam informes, em estado de sensações ou “sentimentos sem nome”. Para que um sintoma psicossomático possa ser psicoterapeuticamente transformado, ele necessita poder ser representado, necessita de um mergulho na “sopa primordial”, para encontrar nela o “nome”, com o qual possa ser reconhecido e articulado com o restante da vida mental do sujeito.

Como podemos acompanhar, a intenção de utilizar o modelo de Cambridge, vinculando-o à mente grupal, é uma proposta que visa tornar representados certos fenômenos mentais, muito concretos e evidentes, mas que, dado serem privados de tradução verbal, são ao mesmo tempo, intangíveis por apresentarem-se desvinculados das representações simbólicas comuns e compartilhadas que possibilitam a comunicação entre os indivíduos. Pensamos que tais processos “sem nome” tanto fazem parte da mente do indivíduo tomado em sua singularidade, quanto remetem àqueles fenômenos mais gerais que encontramos na vida mental dos grupos. No artigo anteriormente citado, chegamos à seguinte conclusão:

O grupo compartilha dos elementos culturais comuns a uma coletividade. Por isso ele é o local privilegiado onde a experiência com a “sopa primordial” pode se realizar. Em um processo semelhante a um “sonho”, numa experiência onírica dominada pelo processo primário, os indivíduos de um grupo podem estabelecer trocas de conteúdos psíquicos, e então encontrar a “tradução” para aquelas vivências que, carentes de representação, poderiam se tornar sintomas psicossomáticos. É na “sopa primordial” que se realiza aquilo que os autores grupanalistas tem denominado como a mente grupal.(ÁVILA, 2004a).

Portanto, o que estamos introduzindo é uma representação para a “mente grupal”. É preciso dizer que este é um conceito ambíguo. Diferentes autores grupo-analistas, como Kaês, Pichon-Rivière e Bion, tem recorrido a essa expressão, dando-lhe diferentes matizes interpretativos, o que tem posto em circulação esta idéia, mas sem que haja sido unificada uma mesma concepção do que representa uma “mente grupal”. Neste artigo vou fazer uma escolha deliberada pelo enfoque bioniano, tentando articular algumas das suas noções sobre os protopensamentos e o psiquismo arcaico representado pelas suposições básicas emergentes nos grupos.

Elementos Beta, protopensamentos e sintomas psicossomáticos. Em O Aprender com a experiência, diz Bion (1991, p.92-93):

Visualizo o sistema protomental como um sistema em que o físico e o psicológico ou mental são indiferenciados. Trata-se de uma matriz de onde se originam os fenômenos que a princípio &– num nível psicológico e à luz da investigação psicológica &– parecem serem sentimentos distintos, apenas frouxamente associados uns com os outros. (...) Uma vez que se trata de um nível em que o físico e o mental são indiferenciados, é razoável supor que, quando a aflição originaria dessa fonte se manifesta, ela possa manifestar-se tanto sob formas físicas quanto sob formas psicológicas.

Quando Bion (1991) construía suas hipóteses da função alfa, e dos elementos alfa e beta, ele tanto elaborava um modelo de psiquismo e uma teoria do pensar, quanto fornecia as bases para uma apreensão dos mecanismos de descarga corporal conhecidos como sintomas psicossomáticos. Os elementos beta, também denominados de protopensamentos, não são aptos para a constituição de pensamento (propriedade dos elementos alfa) e são acumulados no aparelho mental, necessitando ser evacuados. Bion (1991) descreveu duas vias principais para esta evacuação: uma via orientada para o exterior, e outra dirigida para o interior do corpo. Quando os elementos beta pressionam em direção ao exterior eles tomam a forma de identificações projetivas, ou de acting outs. Quando se descarregam no interior do indivíduo, irão assumir a forma de somatizações.

Pensamos que os elementos beta, tal como concebidos por Bion (1991), sejam exatamente o tipo de experiências subjetivas que o modelo de Cambridge considera como incapazes de consciência e inaptos para a representação conceitual, e que através da linha “b”, se materializam enquanto sintomas psicossomáticos. Porém o que Bion (1991) acrescenta é não apenas a possibilidade de pensar as somatizações, quanto o de compará-las metapsicologicamente com as identificações projetivas, as atuações e as formações emocionais primitivas denominadas supostos básicos.

É na esfera do aparelho protomental, funcionando na base dos elementos beta, que funcionam os grupos de supostos básicos. Regidos coletivamente por reações emocionais arcaicas, os grupos sob ação dos supostos básicos agem primitivamente, de forma compacta e unitária e são incapazes do nível de elaboração necessário para os pensamentos secundários e para as simbolizações. A formação grupal é o contraponto do aparelho mental individual, e quando operam nesse registro primitivo do suposto básico, ocorre a fusão ou indiferenciação dos planos físico e psíquico, que Bion (1991) menciona. Portanto, não se trata apenas de uma matriz para o fenômeno psicossomático enquanto um processo individual de sintomatização, e sim, de uma forma muito mais ampla, de uma organização nem individual e nem grupal, mas trans-subjetiva, onde o psiquismo e o corpo nascem conjuntamente e podem expressar-se através destas duas “arenas”.

Neste magma primitivo, estranhamente parecido com uma “sopa primordial”, o corpo e suas múltiplas figurações, e as mentes, em sua infinita variedade, existem como potencialidades. O interessante do modelo é vislumbrarmos a possibilidade de pensar na fonte de toda mitologia, nesse fundo comum de humanidade onde os poetas podem ir buscar, continuamente, matéria para suas criações. Na mente grupal, concebida como uma “sopa primordial” de representações de experiências possíveis de serem vividas e de serem conceitualizadas, vivem personagens ainda não nascidos, vivem simulacros de pessoas, existem em estado potencial infinitos vínculos possíveis entre diferentes pessoas, vivem mil dramas e outras tantas tragédias. Vivem os Shakespeare já vividos e os ainda por viver. Vivem também, infelizmente, todos os criminosos, tudo o que de bom e de mau somos capazes, nós os humanos, tão desumanos.

À parte a poesia, penso que o modelo possa representar uma interessante ferramenta conceitual para entendermos algo dos difíceis processos de uma psicoterapia de grupo. Quando nos defrontamos com pessoas em um grupo sabemos que uma intensa experiência emocional já se iniciou e vai se aprofundar. Além dos sempre riquíssimos fenômenos sociais que emergem espontaneamente e que já permitiriam um nível de análise para suas interações, um grupo terapêutico se caracteriza por proporcionar um espaço de interlocução e de vinculação para os mundos psíquicos de seus participantes. Um grupo é um encontro de pessoas e fantasmas. Cada pessoa individualmente carrega para o interior do grupo toda sua vida fantasmática, suas projeções, a história trans-geracional de seus antepassados. Para cada individuo que se apresenta concretamente, inúmeros vínculos se materializam: seus pais, seus avós, os múltiplos personagens de sua história. Uma verdadeira multidão assiste, desde as sombras, ao encontro de um punhado de pessoas. Como interagem estes fantasmas? Como influem e perturbam as mentes individuais e as relações inter-subjetivas?

Os grupos realizam intensas dinâmicas interacionais. Os membros tecem uma rede de relações conscientes e inconscientes. Uma trama inter-transferencial é continuamente estruturada e sofre contínuos processos de reorganização. Um terapeuta é constantemente investido das mais diferentes projeções: ele é o “pai da horda”, ele é o “místico”, ele é o “bode expiatório”, ele é o “messias” e o “vingador”, ele é o bom e o mau, o que ajuda e ama e o que ameaça e castra. Muitos espelhos projetam suas imagens, e a resultante é um caleidoscópio de situações e tramas vinculares.

Estranhamente, os grupos não se perdem na indeterminação. Conseguem se organizar, conseguem dotar a si mesmos de uma estrutura eficaz, que permite a geração de uma “cultura grupal”, que promove moldes para os indivíduos se reconhecerem em sua identidade e desenvolverem relações intersubjetivas de muitas qualidades distintas. Os grupos parecem mesmo ter uma tendência “natural” de encontrarem a ordem e poderem se oferecer para seus participantes como um “habitat” muito adequado para suas vidas psíquicas. Esta condição ou capacidade dos grupos parece se relacionar filogeneticamente com o que Freud (1980) descreveu em Totem e Tabu: uma pré-história social onde uma psicologia grupal antecedeu a psicologia dos indivíduos. Essa também é a formulação de Bion (1991), para quem o psiquismo grupal representa o antecedente necessário para a configuração de mentes individuais.

Com a noção de uma sopa primitiva grupal, pensamos que uma sessão de psicoterapia grupal poderia ser visualizada em toda sua riqueza. Tomemos um fragmento: o terapeuta chega tarde, atrasado, e encontra o grupo já em intensa comunicação. Convida todos para caminharem para a sala de atendimento, mas eles se retardam. Confuso, o terapeuta aguarda, até se dirigir sozinho para a sala. Aí senta-se e, angustiado, espera. Por sua mente passam diferentes fantasias, diferentes teorias, e abrem-se algumas avenidas de possibilidades. Retoma mentalmente as sessões anteriores, e percebe que ele é também parte do cenário de sua imaginação. Seus fantasmas encontram brechas para emergir. O que eles querem dizer? O que significa eu aqui, sozinho, e eles lá fora, conspirando? O que fazer? Mergulha-se em sua fantasia, lá encontra o conjunto das fantasias entrelaçadas de todos os membros do grupo. Como as distinguir? Como entender o que é seu (análise da contratransferência) e conseguir ler o que é do grupo, com ele incluso? A mente grupal opera nele, com ele, através dele. Enquanto não entrarem os membros do grupo, e não puder ser articulada uma conversa investigativa, tudo o que se formar na mente do terapeuta será apenas eventualidade, ou melhor, mito. É preciso a partilha dos membros do grupo, para que um processo de pensar junto possa fazer emergir sentidos. Estes sentidos serão os que estes membros, em diferentes momentos de sua história, possam ser capazes de articular. Capacidades individuais, níveis de elaboração, intensidade de resistências, estilos defensivos e outros fatores, estarão conjugados em uma expressão coletiva.

Pensar com os recursos da “mente grupal”, ou da “sopa primordial” é recorrer a um fundo comum de representações. É preciso renunciar aos conceitos acabados, às definições, às certezas. Neste magma de processos identificatórios nada está pronto, nada é definitivo. Aí reside a criatividade, mas também a confusão. É o caos criativo. É o território dos possíveis. Exatamente por isso é o território para as mudanças e por isso, o campo privilegiado para a psicoterapia. Na mente grupal podem ser elaborados novos moldes para a subjetividade. Sujeitos podem conhecer outras formas de si mesmos. Outras reações emocionais podem nascer e serem testadas. Espelhos distintos podem devolver outras faces para velhos conflitos. Outras alternativas fazem-se presentes. Da massa informe, todas as formas podem emergir.

Por isso, quase inevitavelmente, os indivíduos se defendem dos grupos. Os grupos podem dissolve-los, podem devolvê-los a seus estados primordiais, às suas emoções primitivas, ao seu “caldo de cultura”. Nos grupos terapêuticos pode-se observar nitidamente este fenômeno. O individuo teme o grupo. Teme seu poder. Percebe que nesta “sopa”, ele pode ser o que serve e o que é servido. É claro que isso pode ser vivido também pelo terapeuta. Ninguém escapa do fascínio e do terror da massa. Da massa humana. Mas, o terapeuta, talvez, pode ter o preparo técnico, a formação teórica, as supervisões e uma boa análise pessoal, para ser capaz de mergulhar sem se afogar, e fazer-se um cozinheiro-alquimista, apto à promoção das mudanças psíquicas e psicossomáticas.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ÁVILA, L.A. Grupo e corpo, no enfoque do modelo de Cambridge. Vínculo - Revista do NESME, Ribeirão Preto, n.3, p. 23-29, 2004a.        [ Links ]

_____. O eu e o corpo, São Paulo: Escuta, 2004b.        [ Links ]

BERRIOS, G.E., MARKOVÁ, I.S.; GIRALA, N. Persistent memory complaints: hypochondria and disorganization. In: BERRIOS, G.E.; HODGES, J.R. (Eds.) Memory disorders in psychiatric practice. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.        [ Links ]

BION, W.R. O aprender com a experiência. Rio de Janeiro: Imago, 1991        [ Links ]

FREUD, S. Psicologia de grupo e análise do Ego (1921). Edição Standard Brasileira das Obras Completas, Rio de Janeiro, Imago, 1980.        [ Links ]

MARKOVÁ, I.S.; BERRIOS, G.E.. Mental symptoms: are they similar phenomena? Psychopathology, v. 28, p.147-157, 1995.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Lazslo Antonio Ávila
E-mail: lazslo@terra.com.br

Recebido em 16/03/05.
1ª Revisão em 09/05/05.
Aceite Final em 27/05/05.

 

 

1 Psicólogo, grupoanalista, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto-SP, membro do corpo docente do NESME e da SPAGESP.