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Revista da SPAGESP

Print version ISSN 1677-2970

Rev. SPAGESP vol.6 no.2 Ribeirão Preto Dec. 2005

 

ARTIGOS

 

Grupos de sala de espera no apoio ao paciente somático 1

 

Waiting room groups to support somatic patients

 

Grupos de sala de espera en el apoyo al paciente somático

 

 

Danilo Saretta VerissimoI, 2; Elizabeth Ranier Martins do ValleII, 3

I Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
II Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Nesse artigo são apresentados os objetivos e implicações clínicas dos grupos de sala de espera na perspectiva de uma revisão crítica das práticas em saúde e, também, das práticas grupalistas no campo da psicologia. Enfatiza-se, sobretudo, a sua adequação ao que é preconizado em termos de intervenções psicológicas grupais no apoio ao paciente somático, portador de doença crônica. Também passa-se em revista a aplicação dos grupos de sala de espera em diversos contextos da área da saúde, do trabalho psicoprofilático em ambulatório de geriatria ao apoio a pacientes e familiares em oncologia.

Palavras-chave: Grupo de sala de espera; Psicologia da saúde; Psicossomática.


ABSTRACT

This article presents the objectives and clinical implications of waiting room groups from the perspective of a critical review of health practices, as well as groupist practices in the field of psychology. Special attention is given to the adequacy of this practice in line with what is recommended in terms of psychological group interventions to support somatic patients suffering from chronic diseases. Furthermore, the application of waiting room groups is reviewed in different health contexts, ranging from psychoprophylactic work at a geriatric outpatient clinic to cancer patients and their relatives.

Keywords: Waiting room group; Health psychology; Psychosomatics.


RESUMEN

Este artículo presenta los objetivos e implicaciones clínicas de los grupos de sala de espera en la perspectiva de una revisión crítica de las prácticas en salud y, también, de las prácticas grupalistas en el campo de la psicología. Se destaca, sobretodo, su adecuación a lo que es preconizado en términos de intervenciones psicológicas grupales en el apoyo al paciente somático, portador de enfermedad crónica. También se revé la aplicación de los grupos de sala de espera en diversos contextos del área de la salud, desde el trabajo psicoprofiláctico en ambulatorio de geriatría hasta el apoyo a pacientes y familiares en oncología.

Palabras clave: Grupo de sala de espera; Psicología de la salud; Psicosomática.


 

 

Os grupos de sala de sala de espera configuram uma estratégia de atuação dentre as práticas grupais em psicologia, constituindo uma forma de encontro entre profissionais, pacientes e seus familiares em diversos contextos na área da saúde. Na literatura os grupos de sala de espera são designados com alguma variação de significado, portanto desde já se esclarece que, neste artigo, concebe-se a sua utilização como intervenção em grupo junto a pacientes e seus acompanhantes no instante em que aguardam por uma consulta ou qualquer outro procedimento em saúde. Enfatizar-se-á, especialmente, a sua utilização no apoio ao paciente somático 4.

 

INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NO APOIO AO PACIENTE SOMÁTICO

Intervenções psicológicas podem amenizar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida de pessoas que convivem com diversos tipos de doenças. Esta afirmação resume o caráter atual dos tratamentos psicológicos com pacientes cuja doença é localizada, em primeira instância, no campo orgânico. Há algumas décadas, o foco destes tratamentos recaía sobre os possíveis conflitos da vida mental e a sua relação com a enfermidade física. Partia-se, sobretudo, do pressuposto psicanalítico de que a base da doença do paciente era psicossomática, ou seja, causada por fatores inconscientes 5. Neste contexto, houve avanços no sentido de se reconhecer que o paciente necessita, na maior parte das vezes, de uma assistência psicológica voltada para a realidade (MELLO FILHO, 1997), com intervenções focadas nas repercussões da doença (BENIOFF; VINOGRADOV, 1996). Segundo Campos (1992), usualmente, o enfermo não se encontra motivado para abordagens subjetivas, que focalizam a vida emocional e o seu nexo com os sintomas do corpo. Sua orientação é, portanto, que não se transforme o paciente somático em paciente psicológico.

É neste sentido que abordagens psicoterápicas vêm sendo utilizadas, atualmente, em contextos diversos e com metas e estratégias também variadas. À guisa de exemplo, fala-se em: psicoprofilaxia cirúrgica; atenção às famílias de crianças em pré e pós operatório; grupos operativos de enfermaria; psicoterapia breve do paciente internado; psicoterapia do paciente gravemente enfermo e do paciente em condição de terminalidade; grupos homogêneos de pacientes com câncer, de diabéticos, de transplantados renais, entre outros. Nestas situações, podemos falar em uma atenção psicológica voltada para a minimização dos efeitos de determinada manifestação somática comprometedora para o sujeito, buscando reabilitá-lo e auxiliando-o no processo de estabelecimento de um novo equilíbrio emocional (SANTOS FILHO, 1992).

 

AS INTERVENÇÕES EM GRUPO

O suporte psicológico através de intervenções em grupo oferece uma nova e importante rede social ao paciente somático e a seus familiares, além de configurar uma situação adequada à possibilidade de refinamento das informações sobre a doença com a qual convivem, bem como a respeito do tratamento, e favorecer a elaboração das vivências relacionadas à enfermidade.

No contexto das intervenções grupais, também houve avanços no reconhecimento de que há pacientes com as mais diversas demandas e que, portanto, deve haver modalidades grupais com finalidades diversas, acarretando a necessidade de adequação técnica. Em relação ao apoio ao paciente somático, é relevante, por conseguinte, questionar o tipo de grupo que se lhes deve proporcionar.

Na literatura sobre psicoterapia em grupo, há várias propostas de classificação das modalidades de intervenção. Em essência, as classificações sugerem duas modalidades básicas de estratégias grupais. De um lado, encontram-se estratégias denominadas como grupos operativos terapêuticos, grupos de apoio ou de suporte. De outro, estão os grupos psicoterápicos, ou elaborativos. Zimerman (1997), em uma perspectiva psicanalítica, resume uma das principais diferenças entre os dois conjuntos. O primeiro é adequado a circunstâncias em que os fenômenos psíquicos grupais devem permanecer em estado latente, enquanto o segundo aplica-se a situações em que se faz necessária a emergência de ansiedades, resistências, transferências, para que possam ser interpretadas e trabalhadas. O primeiro conjunto admite um setting mais flexível, normalmente funcionando em regime aberto, com a alternância de integrantes de um encontro para outro.

Conforme colocações anteriores, reconheceu-se que o paciente somático não está disposto, amiúde, a intervenções focadas no nexo entre os sintomas físicos e a sua vida emocional. Assim, tem-se dado destaque aos grupos de suporte enquanto estratégia adequada de apoio, com intervenções focadas na doença. Trata-se de uma estratégia que exige um terapeuta mais ativo, com postura apoiadora, que evite gerar ansiedade e que mantenha a verbalização no foco, que é a doença e a suas repercussões na vida da pessoa. É adequada a formação de grupos homogêneos por favorecerem a emergência de um importante fator terapêutico: a troca de experiências entre os participantes, identificados pela condição comum que é a doença. Como objetivos dos grupos de suporte com pacientes somáticos, Campos (1992) cita: a facilitação da expressão de sentimentos; promoção da adaptação às novas condições geradas pela doença; reforço da auto-imagem; oferecimento de apoio e atenção; veiculação de informações adequadas; estímulo à recuperação física e emocional; e facilitação da comunicação entre médico e paciente.

Tais avanços, que podem ser considerados estritamente técnicos, podem ser observados, também, a partir de uma perspectiva que contemple, primeiramente, uma situação de revisão crítica das práticas em saúde de modo geral e, em segundo lugar, a revisão das práticas grupalistas no campo da psicologia. No contexto da assistência em saúde, pode-se afirmar que, ainda hoje, predomina o sistema biomédico de apreensão e tratamento das doenças. Isso significa dizer que, nela, o médico detém o saber mais legitimado em relação ao diagnóstico, prognóstico e tratamento das enfermidades. Seus enunciados baseiam-se no conhecimento objetivo dos sintomas físicos do doente, o que implica, por parte da prática médica, que as dimensões existencial e social do indivíduo sejam mantidas em um segundo plano (LAPLANTINE, 2004). É neste contexto que tem havido uma crescente valorização de discursos, conhecimentos e práticas que dêem conta de auxiliar a articulação de atuações mais abrangentes em saúde.

Quanto à psicologia, no que tange à sua inserção no contexto da saúde pública, há um movimento de estímulo a práxis inovadoras e de cunho crítico, com privilégio às ações de caráter coletivo, com particular importância aos dispositivos grupais. Dessa forma, tais dispositivos também têm sido alvo de revisões, buscando a sua adequação aos contextos de atuação emergentes. De modo geral, nota-se que as práticas grupais vêm sendo informadas por uma perspectiva individualista. Além disso, as concepções tradicionais de grupo apontam-no como um objeto dado, acabado e atravessado por processos universais. Vale contar, ainda, o fato de que, no Brasil, é escasso o desenvolvimento de aportes teórico-metodológicos contextualizados (MOREIRA JR; JAPUR, 2003). Assim, concepções atuais sobre os grupos pequenos focalizam-no enquanto processo, marcado por oposições, conflitos, acréscimos, contribuições, participação e compartilhamento. Nesta perspectiva, o maior produto do grupo é a própria ação grupal, e não a sua tarefa ou objetivo grupal. Nas relações estabelecidas em grupo, os indivíduos transformam a si mesmos e, também, o próprio grupo (Lane, 1988).

Dessa forma, é possível afirmar que é no campo dessa revisão das noções ideais de grupo que novas modalidades têm surgido como possibilidades de intervenção, sinalizando uma direção transformadora nas práticas de saúde. A título de exemplo, há, justamente, os grupos homogêneos por patologia em hospital geral e os grupos de sala de espera (COLLINS; GOODMAN, 1996; CONTEL; OLIVEIRA JR., 2000; FERNANDES, 2003).

 

OS GRUPOS DE SALA DE ESPERA

Os objetivos e implicações clínicas dos grupos de sala de espera acomodam-se de maneira adequada ao que é preconizado em termos de intervenções psicológicas grupais no apoio ao paciente somático, portador de doença crônica.

Os grupos de sala de espera assentam-se sobre os objetivos basilares de oferecer apoio emocional e esclarecer, para os usuários de serviços de saúde diversos, algumas questões médicas. Fala-se na construção de espaços de conversação, reflexão e troca de experiências entre os usuários (MOREIRA JR., 2001) e destaca-se o ato de “conversar junto” enquanto processo potencialmente fértil para construções polissêmicas sobre os temas em saúde. No encontro grupal, são criadas condições favoráveis para um processo de reconstrução dos sentidos atribuídos ao “eu” e a uma condição vital qualquer, como o envelhecimento ou uma enfermidade, por exemplo (MOREIRA JR.; JAPUR, 2003). Portanto, trata-se de favorecer o encontro entre pessoas vivenciando conflitos e ansiedades semelhantes mediado por profissionais da área da saúde, para, assim, poderem pensar formas de se viver melhor uma determinada situação (DOMINGUES, 1992).

O grupo de sala de espera também é caracterizado como uma forma produtiva de ocupar um espaço e tempo ociosos nas instituições, com a transformação do período de espera pelas consultas em momento de trabalho (MALDONATO; HALLAL, 1981; MOREIRA JR., 2001; SOUZA, FRAGA; BRAGA, 2000). Trata-se de potencializar um espaço informal já existente na instituição, atendendo a pessoas que não apresentam uma demanda explícita por atendimento psicológico. Vários autores (BURD; MAIA, 2002; CANELLA, 1989; DOMINGUES, 1992; MOREIRA JR., 2001; SOUZA et al., 2000) destacam, também, a possibilidade de identificar situações de risco individual, favorecendo, por exemplo, o encaminhamento de pacientes com nível de sofrimento emocional elevado para psicoterapia individual.

Quanto ao enquadre, os grupos de sala de espera comportam pouca estruturação. Normalmente, o encontro acontece na própria sala de espera, aproveitando-se o grupo espontaneamente formado no local. O grupo é aberto e com composição flutuante, podendo haver várias configurações em um mesmo encontro. Isto ocorre porque, enquanto novos pacientes chegam em um ambulatório para aguardar uma consulta médica, outros são chamados para a mesma, deixando o grupo. Além disso, segundo os estudos referidos, usualmente há heterogeneidade em relação à idade, sexo e nível de participação dos integrantes, mesclando-se pessoas com participações anteriores e novatos na atividade. A homogeneidade do grupo normalmente refere-se à condição vital ou enfermidade sob cuidado. O enfoque do grupo é no aqui-e-agora e a sessão deve possuir começo meio e fim, visto que é única.

Resta abordar as implicações clínicas dos grupos de sala de espera. Esta estratégia é descrita como um canal de comunicação eficiente para transmissão de informações sobre as condições de saúde, o diagnóstico, as condições do tratamento e também sobre a instituição que presta cuidados em saúde, além de oferecer a possibilidade de socialização, trocas e suporte social aos usuários e familiares. Entre os efeitos benéficos observados, Moreira Jr (2001) destaca o aumento da satisfação e diminuição do nível de ansiedade dos usuários, melhor aderência aos tratamentos propostos e fortalecimento de um vínculo de segurança entre usuários e profissionais. O autor fala, ainda, em diminuição do uso de medicamentos e da freqüência de procura por consultas médicas. Nota-se que este tipo de intervenção leva a posturas mais ativas na produção de qualidade de vida (MOREIRA JR.; JAPUR, 2003). Pacientes e familiares têm a oportunidade de criar e fortalecer elos com fatores protetores da saúde, sentindo-se mais preparados para passar de expectadores a protagonistas da sua história (DOMINGUES, 1992). Ademais, a equipe interdisciplinar de saúde passa a compreender melhor as dificuldades dos pacientes e pode, assim, orientar de maneira mais adequada sua conduta profissional (BURD; MAIA, 2002).

Maldonado e Hallal, ainda em 1981, descreveram a utilização de grupos de sala de espera por uma equipe de psicólogos em um serviço médico de obstetrícia. Realizavam os grupos com gestantes e seus acompanhantes, e estruturavam a atividade em torno da tarefa de conversar sobre a gravidez, o parto, o neném. Os autores destacaram a importância da construção de um formato de trabalho de cunho psicossocial adequado à realidade institucional ao qual se aplica.

Canella (1989) relatou sua experiência com grupos de sala de espera em ambulatório de esterilidade conjugal. Destacou os objetivos de apoio emocional a casais, de proporcionar explicações sobre os problemas médicos e de triagem psicológica. Segundo o autor, o trabalho ocorre sobre o material afetivo emergente, criando-se um espaço terapêutico preventivo em relação a problemas emocionais. O grupo é descrito, também, como espaço adequado para que a equipe de saúde forneça orientação antecipatória sobre os exames e o tratamento. A coordenação dos grupos envolvia profissionais de psicologia e um médico.

Domingues (1992), por sua vez, focalizou uma experiência com grupos de sala de espera em ambulatório de ginecologia de adolescentes. Tal prática surgiu no seio de uma equipe interdisciplinar, o que conferia ao serviço maior abrangência em termos de abordagem em saúde. A autora, terapeuta ocupacional, realizava o grupo em co-coordenação com uma psicóloga, e destacou o formato de grupo de sala de espera como uma nova forma de atuação para os profissionais da sua disciplina.

Ainda no terreno da interdisciplinaridade, Souza et al. (2000) descreveram a participação de enfermeiros na condução de grupos de sala de espera. A preocupação dos autores foi colaborar na construção de recursos teórico-práticos sobre a abordagem grupal em enfermagem, visto que enfermeiros são freqüentemente solicitados a participar de intervenções em grupo.

Moreira Jr. (2001) realizou um estudo baseado em seu trabalho com grupo de sala de espera em um ambulatório de geriatria e destacou a “[...] escassez de pesquisas sobre modelos emergentes de práxis grupal em contextos institucionais” (p. 55), inclusive sobre o grupo de sala de espera, tema ainda pouco explorado, segundo seus exames da literatura.

Burd; Maia (2002) relataram e discutiram a realização de grupos de sala de espera com pacientes diabéticos. O trabalho foi encabeçado por psicólogos, mas contou com participação interdisciplinar.

Por último, Verissimo (2005) investigou a experiência vivida por pessoas com tumor cerebral e por seus familiares a partir de discursos acessados em sessões de grupo de sala de espera em um ambulatório de neurocirurgia oncológica. Segundo o autor, nos grupos, construiu-se um espaço em que pessoas, vivenciando situações e ansiedades semelhantes, pudessem se encontrar e construir um sentimento de estar experienciando obstáculos comuns a uns e outros e que podem ser enfrentados. De modo geral, no contexto explorado pela pesquisa, os grupos de sala de espera constituíam uma forma de cuidado integrada às demais práticas do tratamento oncológico. Além disso, os grupos mostraram-se uma estratégia efetiva para se acessar, compreensivamente, o universo vivencial de pacientes e familiares.

 

CONCLUSÃO

No presente artigo, foram apresentadas e discutidas questões relativas aos grupos de sala de espera, com relevo para a delimitação das principais demandas do paciente somático e para o contexto de revisões críticas no campo da grupalidade em psicologia. Estabeleceu-se a noção de que o paciente somático necessita de estratégias de suporte psicológico voltadas, em primeira instância, para o enfrentamento da enfermidade, do tratamento e para as suas repercussões na vida pessoal e familiar.

No âmbito da grupalidade, fica evidente que também se avançou no reconhecimento de que o paciente somático deve ter acesso a modalidades de assistência adequadas às suas demandas. Tal avanço possui relação com a busca, em psicologia, por uma melhor inserção no contexto da saúde pública, privilegiando ações de caráter coletivo adequadas às áreas de atuação emergentes. Os grupos de sala de espera vêm sendo descritos como uma modalidade de intervenção que se desenvolveu, justamente, na revisão das noções ideais de grupo. Entre os seus principais objetivos, fala-se em oferecer, aos usuários de serviços de saúde em geral, apoio emocional e esclarecimento no tocante a questões médicas. Por fim, passou-se em revista a aplicação dos grupos de sala de espera em diversos contextos da área da saúde, do trabalho psicoprofilático em ambulatório de geriatria ao apoio a pacientes e familiares em oncologia.

 

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Endereço para correspondência
Danilo Saretta Verissimo
E-mail: dsverissimo@bol.com.br

Elizabeth Ranier Martins do Valle
E-mail: bethvale@glete.eerp.usp.br

Recebido em 14/06/05.
1ª Revisão em 19/08/05.
Aceite Final em 02/09/05.

 

 

1 O presente artigo é derivado da Dissertação de Mestrado intitulada A pessoa com tumor cerebral e seus familiares em grupo de sala de espera: investigação da experiência vivida, defendida pelo primeiro autor sob a orientação da segunda autora. Ribeirão Preto, FFCLRP-USP, 2005.
2Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia da FFCLRP-USP. Ex-psicólogo do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto &– USP.
3Professora Livre-docente aposentada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto &– USP.
4No estudo da literatura aqui apresentada, depara-se com a conceituação de tratamentos psicológicos voltados para pessoas cuja experiência do sofrimento tem suas bases em um acontecimento patológico orgânico. Para referir-se aos doentes, cunhou-se o termo paciente somático, diferenciando-os do paciente psicológico, cujo sofrimento estaria localizado na psique. Estas denominações encerram, de modo bastante evidente, um campo de significações ligado à tradicional dicotomia entre o corpo e a mente. No entanto, valendo-se dos dizeres de Hegenberg (1998), na presente exposição, admitir-se-á algo, mesmo que para sofrer, mais tarde, revisões profundas. Aceitam-se os termos mencionados anteriormente como um ponto de partida, admitido por alguns interlocutores e que torna viável o diálogo sobre o tema que ora é discutido.
5É importante frisar que a noção de psicossomática sofreu modificações desde o seu surgimento. Segundo Mello Filho (1992), trata-se, atualmente, de uma visão multifacetada em que interagem noções de diversas disciplinas do saber.