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Revista da SPAGESP

versão impressa ISSN 1677-2970

Rev. SPAGESP v.8 n.2 Ribeirão Preto dez. 2007

 

ARTIGOS

 

A má vontade e as possibilidades de crescimento mental a partir do fortalecimento dos vínculos amorosos 1

 

Ill will and the possibilities of mental growth from the strengthening of linkings of affection

 

La mala voluntad y las posibilidades de crecimiento mental a partir del fortalecimiento de los vínculos amorosos

 

 

Waldemar José Fernandes 2

Associação Brasileira de Psiquiatria

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Trata-se de uma reflexão sobre a boa vontade em contraposição à má vontade. O tema é examinado a partir da concepção do vínculo como uma estrutura relacional interna e externa, em que predomina alguma experiência emocional, considerando-se os espaços intra, inter e transubjetivos. Freqüentemente, a má vontade ocorre relacionada à diversidade de opinião ou entre pessoas intrinsecamente diversas. Grande parte dos mal-entendidos e do sofrimento entre casais, e quaisquer pessoas agrupadas, são tópicos que se referem ao tema, que é examinado no aspecto cultural, grupal, interpessoal e íntimo. Aspectos do envenenamento causado pelo sistema sadomasoquista, em que se alimentam ressentimentos e mágoas, são abordados. Conclui-se que é necessário certo altruísmo no trato com o outro, que alguma aproximação amistosa deve predominar sobre o ressentimento e que se possa conviver com as inerentes frustrações com alguma dose de boa vontade. Do ponto de vista sociocultural, a pressuposição de que o crescimento pessoal depende de sentimentos amorosos é constante, como publicado em recente texto jornalístico.

Palavras-chave: Vínculo; Boa vontade; Má vontade; Sadomasoquismo; Ressentimento; Altruísmo.


ABSTRACT

This paper reflects on good will in contrast with ill will. The theme is examined from the conception of linking as an internal and external structure of relationship, in which an emotional experience prevails, considering the intra, inter and transubjective spaces of the linking. Frequently ill will occurs related to the diversity of opinion or between people intrinsically diverse. A great deal of misunderstandings between couples and varied groups of people has to do with this theme, which is examined bearing in mind cultural, group, interpersonal or private point of view. Aspects of the poisoning caused by the sadomasochism system, which is strengthened by resentment and sorrow, are approached in this study. The conclusion shows that it is necessary to have a certain level of altruism while dealing with other people, that some friendly approximation should prevail over resentment and that one can live with the frustration inherent having a good measure of good will. From the sociocultural point of view, the assumption that the personal growth depends on loving feelings is contrastive, as shown in recent journalistic article.

Keywords: Linking; Good will; Ill will; Sadomasochism; Resentment; Altruism.


RESUMEN

Se trata de una reflexión sobre la buena voluntad en contrapartida con la mala voluntad. Se examina el tema a partir de la concepción del vínculo como una estructura relacional interna y externa, en la que predomina alguna experiencia emocional, teniendo en cuenta los espacios intra, inter y transubjetivos del vínculo. Frecuentemente la mala voluntad ocurre relacionada a la diversidad de opinión o entre personas intrínsecamente diversas. Gran parte de los malentendidos y del sufrimiento entre parejas, y de cualquier agrupamiento de personas, son tópicos relacionados al tema, que se examina desde el punto de vista cultural, grupal, interpersonal e íntimo. Aspectos del envenenamiento causado por el sistema sadomasoquista, en el que se alimentan resentimientos y disgusto, son planteados. Se concluye la necesidad de cierto grado de altruismo en el trato con el otro, algún acercamiento amistoso predominante sobre el resentimiento y que se pueda convivir con las inherentes frustraciones con alguna dosis de buena voluntad. Desde el punto de vista sociocultural, la presuposición de que el crecimiento personal depende de sentimientos amorosos es constante, conforme publicado en reciente artículo periodístico.

Palabras clave: Vínculo; Buena voluntad; Mala voluntad; Sadomasoquismo; Resentimiento; Altruismo.


 

 

INTRODUÇÃO

Chorar de dor, de solidão, de tristeza faz parte do ser humano. Não adianta lutar
contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com
generosidade, as coisas ficam diferentes.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, Natal/2007

Muitas vezes parei para refletir sobre o que chamo má vontade, assim como seu oposto, a boa vontade, mas só recentemente passei a estudar melhor esses fenômenos e a escrever algo a respeito, mormente no que diz respeito ao desejo de ter razão (FERNANDES, 2008).

Pretendo refletir agora, sobre as possibilidades de crescimento a partir do fortalecimento dos vínculos amorosos. Estes têm tudo a ver com as expressões introduzidas há pouco, sendo que na psicanálise vincular o referido crescimento (ou não crescimento) pode ser observado nas configurações de casal a todo o momento, e também encontrado nos grupos e instituições, assim como no que se refere ao sujeito e seu potencial.

O tema que passo a me ocupar é o da má vontade, que há muito tempo me fascina. Nos dicionários, o termo má vontade consta como “disposição desfavorável”.

Ao analisar pessoas que vivem mal, sofrem, ficam doentes, se afastam do trabalho, vivem à custa de auxílio da previdência social ou perdem o emprego, que estão a sofrer as conseqüentes dificuldades para sobreviver, freqüentemente me deparo com a má vontade.

Vejo pessoas que há anos se digladiam na empresa, em casa ou consigo mesmas, em seu íntimo, com extrema disposição desfavorável para com alguém ou alguma coisa.

Na educação de hoje, também parece faltar certa dose de boa vontade dos pais, que não apóiam suficientemente os filhos, e não têm tempo para eles. Nesse sentido, concordo com Rojas (2008) em que “a exacerbação do individualismo situou o outro em posição que ameaça a singularidade, favorecendo a fragilização dos laços e uma autonomia extrema e precoce, aparentemente não acompanhada da ancoragem intersubjetiva”.

Trabalho a partir da unidade vínculo, que entendo como uma estrutura de relação entre pelo menos duas partes &– internas e/ou externas &– sempre com a experiência emocional presente, englobando o binômio transferência-contratransferência. Na estrutura relacional do vínculo sempre estão combinadas algumas dimensões ou espaços psíquicos, predominando ora o mundo intra-subjetivo, ora o interpessoal, ora o transubjetivo, como tenho me definido em outros momentos (FERNANDES, 2003).

Vou examinar o tema da má vontade a partir desses três espaços psíquicos.

 

O ESPAÇO INTRA-SUBJETIVO DO VÍNCULO

Nesta dimensão da subjetividade vincular, o que importa é a estrutura relacional eu-comigo mesmo, o quanto estamos em contato com nossos aspectos mais íntimos, introjetados, como se relacionam id, ego e superego, consciente e inconsciente.

Um dos aspectos que chamam minha atenção, do ponto de vista intra-subjetivo, é que o sujeito, com má vontade para com o outro, fica alimentando ressentimentos, desejo de vingança, sempre movido pelo ódio, que na verdade, causa grandes estragos a si mesmo. Não há saúde mental e física que agüente ser bombardeada por ódio o tempo todo.

O ressentimento é um veneno que vai intoxicando a mente, prejudica a memorização, atrapalha a capacidade de estabelecer nexos entre as idéias, prejudicando o raciocínio como um todo, e afetando a saúde globalmente.

Tentei abordar esse tema no último Congresso Brasileiro de Psiquiatria, ocorrido em Porto Alegre em outubro de 2007, procurando mostrar como o ressentimento e a má vontade, quando identificados e trabalhados, poderiam ser muito mais importantes do que simplesmente buscar fazer diagnósticos de depressão, síndrome de pânico e outros. Medicar com altas doses de medicamentos alegram a indústria farmacêutica, mas, nem sempre, colaboram para o crescimento mental dos pacientes.

Do ponto de vista intra-subjetivo, tenho observado que, muitas vezes, a má vontade está a serviço de uma estrutura sadomasoquista, em que se tira satisfação da queixa, do sofrimento, o qual, desta forma, não pode ser eliminado.

Só quando se pode abrir mão dessa satisfação é que se abre um novo canal que possibilita elaborações e crescimento mental.

 

O ESPAÇO INTERSUBJETIVO DO VÍNCULO

Neste espaço, o foco da atenção vai para o relacionamento entre dois egos que se comunicam, trocam informações e experiências emocionais.

Com casais, certa má vontade, momentânea ou duradoura, já é uma regra &– e as reclamações costumam ser freqüentes, ainda que os envolvidos digam que se gostam e que não têm intenções de se separar. É mais fácil, em um primeiro momento, constatar a má vontade do outro, sendo essencial que o mais rapidamente possível, se perceba a própria e se faça a devida reparação.

Fragmento de caso de psicoterapia de casal, com Pedro e Joana:

Joana - O Pedro é impossível! Parece que faz de propósito, sempre atrasando, sempre me irritando...

Pedro - Peguei um congestionamento monstro na marginal, e o celular não dava sinal; não consegui avisá-la! Quando ela quer brigar comigo, não perde tempo, mas quando é para visitar minha mãe, já não tem pressa nenhuma!

Casais que funcionam assim são corriqueiros, e, digo mais: quem nunca se comportou dessa forma?

O saudoso Nelson Poci, já falecido, sempre lembrava de um casal, em que o marido e a esposa se acusavam, e reclamavam um do outro, sobre comportamentos inadequados, ocorridos na lua-de-mel, por causa de um frango que não estava bem grelhado... há 50 anos atrás!

No fundo sempre se encontra a diversidade. São maneiras de se mostrar como as diferenças nos incomodam a ponto de absolutamente não podermos aceitá-las, apenas fingimos aceitar.

A diversidade de opiniões e de modo de funcionar, freqüentemente é vista como verdadeira adversidade, um tormento que nos ameaça.

A má vontade pode ser vista à luz do que David Epelbaum Zimerman chama de Vínculo R, do Reconhecimento (2003). Pode ser difícil reconhecer a qualidade do parceiro, ser grato a ele/ela, assim como reconhecer que se tem o direito à suas idiossincrasias, que o/a identificam, e não são defeitos, necessariamente. Da mesma forma, está envolvido o respeito à diferença, a ética de não invadir o espaço alheio, diversas maneiras de se mostrar a boa vontade, a aceitação e a não resistência para com a alteridade.

Em texto recente, veiculado por correio eletrônico, assinado por Artur da Távola (2008), vemos que “O mistério da afinidade consiste na inexistência das resistências ao outro, mesmo quando haja discordância. Isso não deriva apenas de afeto. Quantas vezes há afeto entre as pessoas sem, porém, a aceitação natural, espontânea e prévia?”

O mesmo autor enfatiza a necessidade de reconhecimento, que todos temos: “Somos todos seres carentes de sermos vistos e considerados pelo melhor de nós. A trivialidade, a superficialidade, as disputas inconscientes, a inveja, a onipotência, a doença da auto-referência faz a maioria das pessoas transformar-se em vítimas do próprio olhar restritivo” (TÁVOLA, 2008).

 

O ESPAÇO TRANSUBJETIVO DO VÍNCULO

A dimensão transubjetiva, para mim, é o que envolve as leis, a cultura, os mitos, o macrocontexto, aquilo que nos transcende nos pequenos e grandes grupos.

Seja no âmbito transubjetivo-mítico dos pequenos grupos, seja nas instituições ou na cultura nacional, a má vontade costuma se instalar qual erva daninha, se espalhando rapidamente.

Nas empresas, não é raro que exista um clima ruim para trabalhar, em que predomina a sensação de que nada presta &– todos falam mal de todos ou de algum setor da empresa &– e, muitas vezes, nada se faz para tentar mudar a situação. Nesse caso, o clima de má vontade impera, e a impressão que se tem é de inimigos obrigados a conviver, como se fossem condenados, numa prisão.

Muitos funcionários trabalham sob pressão, interna e externa, sem amor ao que fazem, na verdade, com extrema má vontade, o que resulta em prejuízo para a empresa, no que diz respeito à produção, e queda na qualidade de vida dos funcionários, mais sujeitos a doença, faltas etc.

Em instituições formadoras, como esta, que publica a Revista da SPAGESP, o clima de má vontade, quando ocorre, também pode proporcionar perdas consideráveis de tempo, atritos desgastantes e produção intelectual e científica pequena. O mesmo ocorre nos serviços públicos de saúde, e sabemos disso, pois todos nós já participamos de situações em que imperam os mal-entendidos e os ressentimentos, em que todos querem ter razão, em que não existe o altruísmo.

A má vontade, nas instituições, muitas vezes aparece como resistência ao outro, verdadeira exclusão/não aceitação.

Da mesma forma, os países passam por fases assim, seja nas ditaduras, seja em regimes democráticos em que os políticos passam a ser vistos como totalmente corruptos e a população perde a esperança de viver bem e de ter um futuro com desenvolvimento.

Abordei, até aqui, os três espaços do vínculo, em relação com a boa vontade e com a má vontade. É claro que tal exposição foi realizada com propósitos didáticos, pois, na verdade, esses três espaços ou dimensões do vínculo se interpenetram e influenciam a cada momento.

 

OS GRUPOS TERAPÊUTICOS

Nos grupos, costumo me interessar pela vincularidade, que pesquiso a partir da observação das diferentes formas de comunicação, como os gestos, olhares, tom de voz, contradições, silêncios, e também pelo conteúdo das palavras, procurando entender o que significam as palavras para cada sujeito.

Fragmento de grupo:

Antônio &– Fiquei bebendo com amigos, e já era bem tarde. Quase não fui dormir em casa, mas no fim resolvi ir, e dormir no sofá. Minha mulher não ia entender mesmo, seria uma discussão interminável; então já me adiantei. Fui para a sala, e fiquei quieto, com aquela cara que ela conhece (“cara de não mexa comigo!”).

(Os questionamentos e argumentações dos demais não provocam qualquer esboço de reflexão, todos são rebatidos sem elaboração.)

Mais tarde, outro membro do grupo “assume o mesmo papel”:

Fernanda - O Reinaldo é “engraçado”; só ele quer ter razão, sempre vem com críticas, especialmente comigo!

(Novamente, nenhuma argumentação é capaz de desmontar o “esquema de perseguidor e vítima”, cheio de certezas, sem abertura para pensar...)

Sessões assim vão conduzindo o grupo a um beco sem saída: o objetivo é fugir do conhecimento e da dor mental, envolvidas no exaustivo processo de buscar a verdade, o autoconhecimento, sempre ligadas a uma nova postura, uma nova visão.

Penso, tal como Pichon, que o processo psicoterápico é uma forma de aprendizagem, aliás, das mais eficientes, pois é uma aprendizagem de dentro para fora. O dispositivo psicanalítico vincular é dos procedimentos mais eficientes para se adquirir conhecimento.

A aprendizagem está diretamente relacionada à capacidade de lidar com o novo. Mas o novo incomoda, assusta, e agride. A idéia nova contém uma força potencialmente disruptiva e ameaçadora, que desperta reações violentamente contrárias por aqueles que são porta-vozes das velhas estruturas, que não querem ver renovadas.

No caso relatado, o apego à idéia pré-estabelecida parecia impedir um reposicionamento frente às situações relatadas, com o intuito de não pensar e de manter o padrão perseguidor-vítima, em que impera a ansiedade persecutória, e a visão parcial, cindida do outro, como absolutamente mau.

Esquema semelhante pode ocorrer com o grupo como um todo, configurando níveis de funcionamento grupal do tipo luta e fuga. Outra forma do grupo não pensar é permanecer na ilusão da dependência, um dos supostos básicos bionianos, do qual, algumas vezes o terapeuta participa em conluio com o grupo.

Quaisquer que sejam os pressupostos básicos, nada mais são do que estados emocionais que visam à evasão da realidade e da frustração, inerentes ao aprendizado pela experiência.

Seja como for, é impossível um grupo sem conflito entre o nível de grupo de trabalho e o nível mais primitivo, de suposto básico, conflito esse que é essencial e transformador, pois, para Bion, não existe um verdadeiro crescimento sem a convivência simultânea e amistosa do aspecto evoluído com o aspecto primitivo. Só assim, ambos os níveis de funcionamento grupal entram em ressonância, o primitivo e o evoluído, com desenvolvimento do grupo e do sujeito. Para tanto, é necessário que o amor predomine sobre o ressentimento, e que se possa conviver com a inerente frustração, com alguma dose de boa vontade.

 

REFLEXÕES

Vimos como ocorrem diversas formas de defesa contra o pensar, envolvidas no que chamei má vontade. Tudo pode mudar se houver boa vontade, isto é, se existir uma aproximação amistosa, amorosa do outro, do diverso, da idéia nova.

Conhecer é um processo criativo e, como tal, depende de adequada alternância entre as posições kleinianas o que equivale a dizer, uma alternância de processos de integração e desintegração de cisões e sínteses, visões parciais e totais. Conhecer é uma parte do pensar, mecanismo que é ativado a partir da necessidade instalada pela percepção de que não se sabe alguma coisa. Há que ter certa dose de boa vontade para com a própria ignorância, se pretendermos evoluir e ter certo crescimento mental.

Na estrutura vincular do Vínculo K do Conhecimento, sabemos que o eixo do conflito psíquico reflete como o indivíduo se vincula com a verdade, contida nas relações amorosas e agressivas.

O Vínculo K tem matiz emocional do tipodor mental ou frustração, inerentes ao conhecer, e só ocorre a partir de uma aproximação amorosa até o objeto que está à disposição para ser conhecido. Assim, a boa vontade é essencial para uma vida saudável e para o crescimento pessoal. É também fundamental na questão da amizade, que envolve acolhimento e aceitação. “Sim, talvez seja a certeza de ser aceito, uma das maiores necessidades humanas neste mundo de incompreensões. Talvez seja a necessidade da existência de certeza prévia de acolhimento ao que somos, como somos, e ao que pensamos, o fermento da amizade” (TÁVOLA, 2008).

Do ponto de vista sociocultural, a pressuposição de que o crescimento pessoal depende de sentimentos amorosos são constantes, como se pode ver em recente texto com o título: “Eu te amo não diz tudo”, publicado em blog de Arnaldo Jabor recentemente:

...Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão... Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido... Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta: me ame quando eu menos merecer, pois é quando eu mais preciso. (JABOR, 2007)

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERNANDES, W. J. O processo comunicativo vincular e a psicanálise dos vínculos. In: FERNANDES, W. J.; SVARTMAN, B.; FERNANDES, B. S. (2003) Grupos e configurações vinculares. Porto Alegre: Artmed, 2003, p. 43-55.        [ Links ]

FERNANDES, W. J. Sobre a má vontade e o desejo de ter razão. Anais del I Congreso de Psicoanálisis de las Configuraciones Vinculares. Buenos Aires: AAPPG, 2008, p.517-522.        [ Links ]

JABOR, A. Blog 2007. Disponível em: http://www.portaldoolimpo.blogspot.com/2006/03/eu-te-amo-nao-diz-tudoarnaldo-jabor-o.html. Acesso em: 2 de mar. 2007.        [ Links ]

ROJAS, M. C. Modalidades actuales em família. Anales del I Congreso de Psicoanálisis de las Configuraciones Vinculares. Buenos Aires: AAPPG, 2008, p. 65.        [ Links ]

ZIMERMAN, D. E. Repensando a prática da grupoterapia a partir da minha experiência de 40 anos. In: FERNANDES, W. J.; SVARTMAN, B.; FERNANDES, B. S. (Orgs.). Grupos e configurações vinculares. Porto Alegre: Artmed, 2003, p. 300.        [ Links ]

TAVOLA, A. Blog 2008. Disponível em: http://www. chega-junto.blogspot.com/2008/05/isso-de-amizade-artur-da-tavola.html. Acesso em: 2 de mar. 2007.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Waldemar José Fernandes
E-mail: wbfernandes@terra.com.br

Recebido em 02/11/07.
1ª Revisão em 29/11/07.
Aceite Final em 13/12/07.

 

 

1 O presente artigo é derivado de material apresentado em Porto Alegre, em 2007, no XIII Congresso Brasileiro de Psicoterapia de Grupo; IX Encontro Luso-Brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo. Foi ampliado e enriquecido com comentários ocorridos durante a discussão do mesmo.
2 Médico especialista em psiquiatria pela ABP - Associação Brasileira de Psiquiatria. Psicoterapeuta individual, de grupo e de casais, que utiliza o vértice psicanalítico vincular. Membro fundador e docente do NESME &– Núcleo de Estudos em Saúde Mental e Psicanálise das Configurações Vinculares e da SPAGESP &– Sociedade de Psicoterapias Analíticas Grupais do Estado de São Paulo.