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Revista da SPAGESP

versão impressa ISSN 1677-2970

Rev. SPAGESP vol.11 no.2 Ribeirão Preto  2010

 

ARTIGOS

 

O mito e o grupo: algumas compreensões psicanalíticas

 

The myth and the group: some psychoanalytic understandings

 

El mito y el grupo: algunas interpretaciones psicoanalíticas

 

 

Cybele Carolina Moretto 1; Antonios Terzis 2

Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, SP

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este artigo apresenta uma releitura do Mito Grego conhecido como "Jasão e os Argonautas", relacionando-o com o aporte teórico-metodológico da psicanálise e, mais especificamente, da psicanálise de grupo, de modo a ampliar a compreensão do mito e enriquecer os conhecimentos acerca dos dinamismos grupais. Pretende, ainda, contribuir para a instrumentalização de trabalhos com grupos desenvolvidos em instituições hospitalares, psiquiátricas ou demais organizações.

Palavras-chave: Psicanálise; Grupo; Mitos gregos; Adolescência.


ABSTRACT

This article presents a rereading of the Greek Myth known as "Jason and Argonauts", linking it with the theoretical and methodological framework of psychoanalysis and, more specifically, group psychoanalysis in order to broaden the understanding of myth and enrich the knowledge about group dynamics. It also attempts to contribute to the operationalization of work developed with groups in hospitals, psychiatric institutions or other organizations.

Keywords: Psychoanalysis; Group; Greek myths; Adolescence.


RESUMEN

Este artículo se presenta una revisión del Mito Griego conocido como "Jason y los Argonautas", vinculándolo con el marco teórico y metodológico del psicoanálisis y, más específicamente, el psicoanálisis de grupo a fin de ampliar la comprensión del mito y enriquecer los conocimientos sobre los procesos grupales. También pretende contribuir para la instrumentalización de trabajos con grupos desarrollados en los hospitales, las organizaciones psiquiátrica o de otro tipo.

Palabras clave: Psicoanálisis; Grupo; Mitos griegos; Adolescencia.


 

 

Procuraremos desenvolver algumas noções sobre o mito grego de Jasão e Os Argonautas relacionando-o com o aporte teórico-metodológico da psicanálise de grupo. Consideramos que os conhecimentos acerca dos fenômenos psíquicos de grupo poderão contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias de trabalhos com grupos desenvolvidos em instituições em geral.

Iniciando pelo significado da palavra mito, no dicionário Houaiss (2001), encontramos que essa palavra refere-se a um personagem, fato ou particularidade que, não tendo sido real, simboliza não obstante uma generalidade que devemos admitir; coisa ou pessoa que não existe, mas que se supõe real; coisa só possível por hipótese; quimera. A etimologia da palavra, que procede do grego mythos, ligada ao verbo mythevo, que significa crio uma história imaginária, sugere que o mito é uma criação imaginária que se refere a uma crença, a uma tradição ou a um acontecimento. E mitologia se define pelo conjunto de mitos e lendas que um povo construiu, bem como o estudo dos mitos.

Passemos agora à conceituação da palavra grupo. Segundo Anzieu (1966/1990), é um dos termos mais recentes das línguas ocidentais. Encontramos a ideia de círculo na sua etimologia, que surgiu no século XVII, na Itália, quando se empregou a palavra para mostrar uma pintura retratando um conjunto de objetos. No século XVIII, a palavra foi utilizada pela primeira vez na França para designar uma reunião de pessoas e a ideia de conjunto. Os linguistas relacionam a palavra grupo com laço ou , ou massa circular. Segundo Anzieu e Martin (1971), a ideia de um círculo está na origem da palavra e sua etimologia demonstra duas linhas de força que encontramos na vida dos grupos: a ideia de nó, como o laço que conecta os indivíduos, e a ideia de massa arredondada pode ser associada com a imagem do corpo, coeso, determinado e delimitado.

 

MITOS: INTERPRETAÇÃO PSICANALÍTICA

Os mitos são considerados por Terzis (2008) como pistas que ajudam o ser humano a procurar, dentro de si próprio, o sentido para as diversas experiências da vida, para que estas entrem em consonância com sua vida interior. Os mitos buscam contar a história do ser humano, sua verdade e seu sentido através dos tempos, assim como revelam a necessidade deste em compreender a vida e a si mesmo. Por isto, decifrar o mito é também decifrar-se, conforme o enigma proposto pela Esfinge aos cidadãos de Tebas.

Alguns personagens do mito transmitem ao ser humano alegrias, ódios e outros sentimentos, representando seus desejos e necessidades. Os mitos tentam explicar o mundo, registram os fatos históricos, situações sociais e econômicas de uma determinada época e expressam as necessidades básicas da condição humana. Viver o mito com esse tipo de experiência é conhecer-se a si mesmo. É por isso que os mitos se mantêm até os nossos dias em uma sociedade pós-contemporânea, pois tratam dos mesmos problemas existenciais, morais, emocionais e sociais que afligiam a existência humana e continuam a nos atingir até hoje.

Os mitos ocupam um lugar privilegiado na psicanálise. A teoria freudiana considera tanto o sonho quanto o mito como expressões codificadas do inconsciente, só que, ao contrário dos sonhos, os mitos são partilhados em público e, ao serem compreendidos, poderão fornecer acesso à mente humana por se configurarem como pistas para a própria história psíquica da pessoa.

Na obra "A Interpretação dos Sonhos", Freud (1900) descreve o funcionamento dos sonhos e compara o seu mecanismo ao dos mitos. Considerando que o material dos sonhos reaparece igualmente nos mitos, nas lendas, assim como nas anedotas da vida cotidiana (FREUD, 1900; ABRAHAM, 1909, TERZIS; ORLANDI 2010), de modo semelhante ao sonho, o funcionamento do mito reside na representação consciente dos medos e desejos reprimidos inconscientes, no nível social e coletivo. No plano pessoal, o sujeito sonha para se aliviar da tensão provocada por pensamentos perigosos. No nível social, os membros de toda uma comunidade tentam reconciliar ilusões e situações inconscientes que se ligam a ações proibidas. Tanto nos mitos quanto nos sonhos a censura jamais é suprimida completamente, por isso a manifestação é dissimulada para escapar ao seu reconhecimento consciente. (CALDWELL, 1989)

Ainda, os mitos podem se constituir a válvula de segurança por onde são canalizadas as tensões da sociedade, constituindo-se como um campo apropriado à identificação de situações e personagens que refletem os desejos mais íntimos de um determinado povo, os quais são realizados por meio da imaginação e não na vida real. Uma das funções do mito é contar poeticamente os medos, dramas e terrores da humanidade, deixando-os menores e menos assustadores (Abraham, 1909). Desta forma, podemos pensar que o uso dos mitos para o entendimento de situações psicológicas pode ser valioso, assim como supomos que pode exercer uma função terapêutica em uma situação grupal (MORETTO, 2010). O mito pode despertar reações emocionais no grupo, podendo trazer uma catarse, e certas situações conflituosas se tornarem acessíveis a uma elaboração consciente.

A seguir, descrevemos alguns fragmentos do mito de "Jasão e os Argonautas", conforme apresentados por Brandão (1987), e que fazem parte de uma pesquisa de doutorado (MORETTO, 2009) que estuda os fenômenos psíquicos de um grupo de adolescentes. Analisamos e interpretamos cada trecho do mito, buscando desvelar significados simbólicos, tomando como base teórica alguns autores da psicanálise de grupo, como Anzieu (1966) e Bion (1961).

 

FRAGMENTOS E ANÁLISE DO MITO "JASÃO E OS ARGONAUTAS"

Consideramos que cada mito traz diversas possibilidades de investigação, portanto a que propomos aqui não pretende esgotar as possibilidades de interpretações do mesmo, e sim contribuir para a reflexão e o desenvolvimento do trabalho com grupos. Os fragmentos da narrativa mítica a seguir foram condensados de modo a atender os objetivos do artigo.

Muito menino ainda, Jasão sofreu as amarguras do exílio, porque seu pai, herdeiro do trono, foi derrubado do poder por seu meio-irmão. Assim, Jasão foi educado pelo sábio centauro Quirion. Ao terminar sua educação, na adolescência, o jovem príncipe resolveu reivindicar o trono junto ao tio. Apresentou-se ao rei e, sem vacilar, pediu que lhe entregasse o poder. O rei Pélias fingiu aceitar. No entanto, na esperança de se desvencilhar do sobrinho, propôs uma troca. Disse que lhe daria o trono do reino, desde que Jasão lhe trouxesse o Velocino de Ouro. Jasão aceitou e para sua missão mandou construir um grande navio, denominando-o de Argo. Convidou os heróis mais valentes da Grécia, que foram chamados de Argonautas, ou seja, os navegantes do Argo (BRANDÃO, 1987).

Podemos partir da etimologia da palavra "grupo" como forma de compreender o mito dos Argonautas. Como descrevemos acima, encontramos no antigo vocábulo "group" (laço ou nó) derivado do germano ocidental "kruppa" (massa circular), a consideração de duas linhas de força: o laço demonstrando a união e o círculo representando o espaço fechado, cuja metáfora é envoltura corporal e o corpo materno. Desta forma, uma das características de um grupo é a possibilidade de oferecer um espaço que acolhe seus participantes e também poder provocar sentimentos de aprisionamento e frustração (ANZIEU, 1966).

No mito, podemos observar estas duas linhas de força: o grupo que se une em torno do objetivo único de encontrar o velocino de ouro, causando sentimentos de autoestima e importância; e também gerar sentimentos de sufocamento em seus membros a partir do momento em que aceitaram a proposta de embarcar no navio Argo. O grupo enfrentará sentimentos de frustração constante e os membros não poderão "abandonar o barco".

Jasão então convocou um arauto através de toda a Grécia e mais de cinquenta heróis apareceram para a missão a fim de segui-lo. O navio Argo foi lançado ao mar em uma cerimônia solene e concorrida. Até aportarem nas Cólquidas, ocorreram escalas com muitas dificuldades. A primeira parada foi na ilha de Lemnos, onde eles se uniram às Lemníades e lhes deram filhos, uma vez que eles haviam assassinado todos os seus esposos. A segunda foi na ilha de Samotrácia, onde Orfeu recomendou que se iniciassem nos Mistérios dos Cabiros, que eram protetores da navegação. A próxima parada foi na cidade de Cízico, onde foram muito bem recebidos com banquetes e presentes. Após sua saída, porém, depararam-se com grande tempestade e tiveram de voltar. Na volta não foram reconhecidos, mas sim confundidos com piratas saqueadores e, por isso, uma grande batalha ocorreu. Jasão acabou por matar o rei Cízico e a batalha só cessou ao amanhecer, quando o equívoco foi resolvido. Grandes funerais foram levantados para homenagens de honra (BRANDÃO, 1987).

O psicanalista Bion (1961) diz que todo grupo de pessoas que se reúne para qualquer tarefa tem um funcionamento mental voltado para a execução do trabalho especificado. Porém, os objetivos do grupo também são às vezes interrompidos ou ocasionalmente promovidos por emoções inconscientes. Bion (1961) acredita que ansiedades psicóticas extremamente primitivas estão presentes nos grupos e os supostos básicos seriam formas de o grupo se defender dessas ansiedades. A partir disto, o autor formulou três suposições básicas presentes em todo grupo humano: o suposto de dependência, o suposto de luta e fuga e o suposto de acasalamento.

Inicialmente, podemos referir o mito dos Argonautas ao suposto de dependência, quando para se reunir o grupo de heróis depende da figura central de Jasão. Este reúne o grupo e propõe uma tarefa: conquistar o velocino de ouro.

Para Bion (1961), no suposto de dependência, o líder é o centro de um culto em pleno poder, uma estrutura grupal em que um dos membros é um deus, uma teocracia em miniatura. É esperado que o líder assuma a posição de suprir as necessidades e fornecer amparo ao grupo imaturo, que permanece na posição de ser saciado completamente. Neste grupo, o líder é um ser que existe para providenciar que nenhum acontecimento desagradável seja causado pelas irresponsabilidades dos membros.

A parada seguinte ocorreu em Mísia, onde o herói Hilas foi atraído pelas ninfas náiades e arrastado para as profundezas das águas. Héracles e Polifemo foram à sua busca, o que os fez perder a expedição, que partiu ao amanhecer. Depois o navio aportou na terra dos bébricos, na qual o gigante rei Âmico desafiava e matava a soco os que por ali passavam. Os argonautas também foram desafiados e Pólux, com sua habilidade e astúcia, venceu o gigante. Não tirou sua vida, mas o fez prometer respeitar os estrangeiros. Nas costas da Trácia, os heróis viveram uma de suas maiores aventuras quando tiveram que ultrapassar as Ciâneas, os Rochedos Azuis. Estes eram dois recifes móveis que se fechavam violentamente quando qualquer coisa ousasse passar em seu meio, esmagando o que quer que fosse. Entretanto, haviam recebido instruções de Fineu e sabiam que deviam se fazer preceder por uma pomba. Se ela conseguisse cruzar os rochedos, eles também conseguiriam. A pomba enviada pelos heróis conseguiu cruzar a salvo, mas foi atingida em suas penas finais, sendo cortadas. Assim, a nau também conseguiu efetuar a travessia, mas ao final a popa do barco foi ligeiramente atingida. Após essa passagem, os rochedos se imobilizaram, pois estava determinado que, quando algum navio conseguisse ultrapassá-los, eles jamais se fechariam. Fizeram mais uma última parada na terra dos mariandinos e chegaram enfim à Cólquida. Jasão então se dirigiu à corte de Eetes, pai de Calcíope, Medéia e Apsirto e disse a que vinha. Eetes prontificou-se a devolver-lhe o velocino, mas propôs ao herói quatro tarefas que deveriam ser realizadas num único dia, de sol a sol, e eram impossíveis de ser realizadas por qualquer humano. A primeira era por o jugo em dois touros bravos que lançavam chamas pelas narinas e atrelá-los a um charrua de diamante; a segunda era lavrar com eles uma vasta área e semear dentes de um dragão, matar os gigantes que nasceriam desses dentes; e finalmente eliminar o dragão que guardava o velocino no bosque sagrado do deus da guerra. Jasão estava para desistir quando surgiu Medeia, que era mágica e apaixonara-se por ele. Jasão prometeu casar-se com ela e levá-la para Grécia e, então, ela lhe ofereceu os recursos para vencer as provas: um bálsamo que o tornava invulnerável ao ferro e ao fogo e truques para distrair os dragões. Medeia, com sua mágica, fez dormir o dragão que guardava o velocino e Jasão o atravessou com sua lança (BRANDÃO, 1987).

O suposto de luta ou fuga, de Bion (1961), por sua vez, pode ser representado pelos Argonautas e seu líder Jasão nas inúmeras situações que eles enfrentam perigos e inimigos que precisam combater ou deles fugir. Para Bion (1961), este suposto opera contra algo a que o grupo percebe vagamente como tais inimigos. O líder considerado adequado é aquele que protege e mobiliza o grupo para atacar ou fugir.

Entretanto, Eetes se recusou a possibilitar a saída com o velocino. Jasão e Medeia então fugiram, levando Apsirto como refém. Durante o caminho, Medeia matou e esquartejou seu irmão, espalhando seus membros, para que o pai se demorasse juntando as partes e não conseguisse alcançá-los. Na viagem de volta pararam ainda em Minos, onde Medeia matou os gigantes Talos, nas Espórades e Egina. Retornaram quatro meses após a partida (BRANDÃO, 1987).

No suposto básico de acasalamento surge o sentimento de esperança de que algo está por vir e a atenção se volta para o futuro: será uma pessoa ou uma ideia que salvará o grupo. No caso do mito, o velocino de ouro simboliza o divino, a salvação e purificação, pois é resultado de sacrifícios e dificuldades. Surgirá o sentimento de esperança que salvará o povo e devolverá o reinado ao seu verdadeiro herdeiro.

Bion (1961) também formula o conceito de grupo de trabalho (grupo T), ou evoluído, que se opõe ao grupo dominado pelos supostos básicos. O grupo T reconhece a necessidade da compreensão e do desenvolvimento e ao longo de seu desenvolvimento se sobressai, a despeito das interferências das emoções regredidas. No mito dos Argonautas, o grupo evoluído se sobressai, os membros conseguem realizar sua missão e obter êxito, conquistando o desejado troféu.

Uma das versões do mito conta que, ao retornar, Jasão entrega o velocino de ouro a Pélias, que não lhe concede o trono. Medeia então convence as filhas do rei que se o esquartejassem e o cozinhassem em determinada poção mágica, este rejuvenesceria. As filhas do rei assim fizeram e quando perceberam que o pai não ressuscitava, fugiram. Jasão e Medeia são banidos de Iolco com seus dois filhos, vão para Corinto e vivem em paz por um tempo. Porém, o rei de lá, Creonte, decide casar sua filha Glauce com Jasão. Este não se opõe e repudia Medeia. Tomada pela ira, Medeia elabora um presente à futura noiva: um belo véu e uma coroa de ouro impregnados de poções mágicas. Quando a jovem os veste, sua pele e ossos são devorados pelo fogo, assim como seu pai, quando se aproximou. Como se não bastasse, Medeia assassina os próprios filhos para fazer Jasão sofrer e depois foge para Atenas. Jasão permanece em Corinto. Um dia, descansando sob a nau, é atingido por uma viga e morre (BRANDÃO, 1987).

Anzieu (1966) parte da perspectiva do grupo como objeto de investimento pulsional, identificando como ilusão grupal. Para o autor, este fenômeno é um estado psíquico particular que se observa em todo grupo humano e que os integrantes expressam como um sentimento de integrarem um bom grupo e tendo um bom líder. Os Argonautas simbolizam esta formulação proposta por Anzieu (1966), pois o grupo se une e é formado por heróis, todos são bons e têm um líder bom.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O grupo é o meio que instrui os participantes nos procedimentos e nas regras, que ensina, que pensa num espaço e tempo comuns com determinados objetivos. Representa o filtro para as emoções e pensamentos e pode ter a representação do corpo materno, pois se observa que o indivíduo se apega ao grupo como se apegava ao corpo da mãe. No mito do Jasão e os Argonautas, o grupo permanece coeso, unido e forte e alcança seu objetivo. Seus membros apegaram-se ao grupo, sacrificaram-se e deram a vida por ele. Dessa forma, consideramos que o grupo constitui um contexto realmente enriquecido, no sentido de proporcionar condições em termos de prevenção e promoção da saúde mental dos seus participantes.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Endereço para correspondência
Cybele Carolina Moretto
E-mail: cybele.moretto@ig.com.br

Recebido em 14/04/2011.
1ª Revisão em 06/06/2011.
2ª Revisão em 12/07/2011.
Aceite Final em 20/07/2011.

 

 

1 Cybele Carolina Moretto é Doutoranda em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Graduada em Psicologia pela Universidade Paulista. E-mail: cybele.moretto@ig.com.br.
2 Antonios Terzis é psicólogo pelo Centro de Estudos e Pesquisa de Atenas, Mestre em Psicologia Clínica, Ciências Humanas e Clínicas pela Universidade de Paris VII e Doutor em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo. Professor titular da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, professor titular da Sociedade de Psicoterapia Analítica de Grupo e presidente da Federação Latina de Associações de Psicanálise Grupal.