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Revista da SPAGESP

versão impressa ISSN 1677-2970

Rev. SPAGESP vol.22 no.1 Ribeirão Preto ene./jun. 2021

 

ARTIGOS

 

Análise de teses e dissertações sobre Grupo e Psicologia Analítica e Arquetípica

 

Analysis of theses and dissertations on Groups and Analytical and Archetypal Psychology

 

Análisis de tesis y disertaciones sobre Psicología Grupal y Analítica y Arquetípica

 

 

Maíra Bonafé Sei1; Ananda Kenney da Cunha Nascimento2; Helton Marculino de Souza3

Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Os grupos, a despeito de seu potencial para a Psicologia, ainda são pouco considerados pela Psicologia Analítica e escolas dissidentes. Buscou-se, assim, identificar pesquisas que discorressem sobre grupos na perspectiva da Psicologia Analítica e da Escola Arquetípica em programas de pós-graduação brasileiros. O levantamento de dados incluiu trabalhos publicados de 1997 a 2019, considerando-se dados concernentes à autoria, orientação, instituição de ensino superior (IES), programa de pós-graduação, região do país, ano, delineamento metodológico e instrumentos utilizados. Notou-se aumento dos trabalhos entre 2016 e 2018, predominância de autoria feminina, maior concentração de IES no Nordeste e Sudeste, foco em pesquisas empíricas qualitativas, com entrevistas ou grupo como instrumento de coleta de dados, demonstrando os benefícios do grupo como recurso terapêutico.

Palavras-chave: Jung, Carl Gustav; Hillman, James; Grupos; Bibliometria.


ABSTRACT

The groups, despite their potential for Psychology, are still little considered by Analytical Psychology and dissident schools. Thus, we sought to identify research that discussed groups from the perspective of Analytical Psychology and the Archetypal School in Brazilian postgraduate programs. The data survey included works published from 1997 to 2019, considering data concerning authorship, guidance, higher education institution (HEI), postgraduate program, the region of the country, year, methodological design, and instruments used. There was an increase in work between 2016 and 2018, the predominance of female authorship, a higher concentration of HEIs in the Northeast and Southeast, focus on qualitative empirical research, with interviews or group as a data collection instrument, demonstrating the benefits of the group as a therapeutic resource.

Keywords: Jung, Carl Gustav; Hillman, James; Groups; Bibliometric.


RESUMEN

Los grupos, a pesar de su potencial para la Psicología, todavía son poco considerados por la Psicología Analítica y las escuelas disidentes. Así, buscamos identificar investigaciones que discutieran grupos desde la perspectiva de la Psicología Analítica y la Escuela Arquetípica en programas de posgrado brasileños. La encuesta de datos incluyó trabajos publicados de 1997 a 2019, considerando datos de autoría, orientación, institución de educación superior (IES), programa de posgrado, región del país, año, diseño metodológico e instrumentos utilizados. Hubo un aumento del trabajo entre 2016 y 2018, predominio de la autoría femenina, mayor concentración de IES en el Noreste y Sudeste, enfoque en la investigación empírica cualitativa, con entrevistas o grupo como instrumento de recolección de datos, demostrando los beneficios del grupo como recurso terapéutico.

Palabras clave: Jung, Carl Gustav; Hillman, James; Grupos; Bibliometria.


 

 

O grupo e as intervenções grupais se configuram como um tema bastante caro ao campo da Psicologia, entendendo-se que as modalidades grupais podem ser aplicadas em diferentes contextos não se restringindo a uma perspectiva clínica. Nesse sentido, Zimerman (2000) propõe uma classificação dos grupos apontando para a existência de grupos terapêuticos, que se dividiriam em grupos de autoajuda e grupos psicoterapêuticos, e grupos operativos, organizados em grupos de ensino-aprendizagem, institucionais e comunitários. Entende-se que ao se investigar a temática dos grupos, pode-se ressaltar as questões relativas aos grupos humanos em geral, a partir de um olhar mais centrado em questões sociais, ou pode-se focalizar os pequenos grupos (Borges, Batista, & Vecchia, 2011), como o proposto nesta pesquisa.

Nota-se que variadas são as abordagens grupais, havendo múltiplos autores e escolas, reverberando em diversos referenciais epistemológicos e teórico-metodológicos (Borges et al., 2011). No que se refere à Psicologia Analítica, desenvolvida pelo médico psiquiatra suíço C. G. Jung (1875-1961), sabe-se que esse autor não estimulava o trabalho em grupos, concentrando seu método de trabalho na análise individual (Freitas, 2005). Em consonância com essa prerrogativa, observa-se que menos de 5% dos terapeutas brasileiros junguianos que participaram de uma pesquisa de caracterização desses profissionais indicaram trabalhar com grupos (Caetano, 2017).

Ressalta-se que a Psicologia Analítica adota pressupostos gerais contrários ao sistema filosófico racionalista, positivista. Busca uma compreensão fenomenológica da experiência simbólica, o que implica no entendimento da psique humana como um "padrão de totalidade que só pode ser descrito simbolicamente" (Whitmont, 1969/2014, p. 15). Assim, a complexidade da psique e sua expressão por meio de símbolos tem como finalidade o desenvolvimento psicológico – processo de individuação – a partir da união de polaridades com vistas à transcendência, isto é, à síntese dialética entre os opostos. Portanto, a Psicologia Analítica adota uma abordagem sistêmica e dialética – não linear ou causal, o que é imprescindível ao trabalho com grupos –em uma perspectiva simbólica dos fenômenos, incluindo as psicopatologias, por meio do método hermenêutico acerca da compreensão dos sentidos de imagens do inconsciente. Assume, ademais, uma perspectiva poética das experiências pessoais, partindo dos pressupostos fenomenológicos existenciais. Nesta direção, Padua e Serbena (2018) afirmam que, nos estudos contemporâneos sobre o movimento de pós-junguianos, é possível identificar três escolas teóricas que visam refletir criticamente e avançar os estudos de Jung, a saber: Clássica, Desenvolvimentista e Arquetípica. Neste artigo, foram trabalhadas as escolas Clássica e a Arquetípica.

Quanto à prática com grupos amparada na Psicologia Analítica, Tavares (2010) discorre sobre uma proposta, empreendida no cenário da saúde pública, de psicoterapia grupal junguiana associada ao Método Corporal de Sándor, defendendo que a intervenção contribuiu para a diminuição da duração do tratamento, maior adesão à psicoterapia, com os participantes apresentando transformações significativas. Quanto ao trabalho com grupos na perspectiva da Psicologia Analítica, Santos e Serbena (2017) apontam para a existência de estratégias interventivas grupais no campo da saúde, considerando relatos que ilustram seu uso em unidades básicas de saúde e hospitais-dia. E por meio de experiência prática com grupos vivenciais de sonhos, tais autores compreendem que o dispositivo de intervenção grupal se apresenta como um instrumento terapêutico que favorece o desenvolvimento psicológico ao proporcionar acolhimento, compartilhamento e aceitação incondicional entre os integrantes do grupo (Santos & Serbena, 2018).

A despeito de algumas experiências retratadas no contexto brasileiro, ao levantar artigos nacionais e internacionais acerca da psicoterapia de grupos e a Psicologia Analítica, Testa e Serbena (2019) sinalizam que a teoria e os profissionais guiados por essa perspectiva acabam por negligenciar "o estudo da psicologia dos grupos e consequentemente sua aplicação através da psicoterapia grupal" (p. 72). Tais autores argumentam, assim, ser necessária maior compreensão acerca do potencial dos pequenos grupos para o processo de individuação.

Por outro lado, verifica-se que as noções de grupo, massa, coletivo e coletividade estão presentes em um dos conceitos basilares da teoria junguiana, "talvez o conceito mais fundamental e distintivo na Psicologia analítica" (Hopcke, 2012, p. 23): o inconsciente coletivo ou impessoal, o qual diz respeito à camada mais profunda que estrutura o sistema psíquico (Jung, 1981/2012a). O seu conteúdo vai além das experiências vivenciadas pessoalmente que foram reprimidas e constituem a camada subjetiva do inconsciente pessoal (Silveira, 2007). O inconsciente coletivo é formado por instintos - aspectos biológicos - e arquétipos, e não pode ser observado diretamente. No entanto, pode ser percebido por meio da manifestação de um conjunto de imagens primordiais, isto é, dos arquétipos (Jung, 1971/2013), os quais dizem respeito aos "padrões de percepção e compreensão psíquicas" (Hopcke, 2012, p. 23) comuns que são transmitidos para toda humanidade e são, portanto, impessoais, coletivos e atuam de modo autônomo praticamente como forças da natureza.

Desse modo, os conteúdos arquetípicos vão se integrando dinamicamente à vida do indivíduo e da comunidade, por meio de uma assimilação instintiva, assumindo formas imagéticas (Whitmont, 1969/2014) devido às projeções em matérias objetivas (Jung, 1944/2012). Para a Psicologia Analítica, essas imagens arquetípicas acompanham a humanidade desde os primórdios dos tempos, influenciando diferentes culturas e são passíveis de identificação pelos indivíduos, "porque são encontrados em todos os lugares e em todas as épocas nas artes, na literatura, nos mitos e nas religiões" (Pearson, 1998, p. 20). Funcionam como guias interiores do processo de individuação que tem como meta o self (Si-mesmo), o qual é inatingível em sua realização total (Jung, 1964/2008), pois a trajetória do desenvolvimento psíquico se estrutura por meio do eixo ego -self , ou seja, entre as camadas subjetivas da psique. Neste eixo, a intensidade da força de vontade do complexo do eu (ego ) varia, adquirindo maior controle na consciência e vai perdendo força ao atingir camadas mais profundas do inconsciente, em busca do centro total da personalidade (self ) que integra as camadas subjetivas (Jung, 1981/2012a).

Nesta direção, Freitas (2007) destaca que o trabalho em grupo na abordagem analítica possibilita a constelação de uma totalidade própria que é o self grupal, pois as interrelações favorecem a construção da identidade a partir do reconhecimento da alteridade – afirmando-se e sendo confirmado pelos demais membros do grupo (Freitas, 2005) – e, por conseguinte, o processo do desenvolvimento no que diz respeito ao eixo ego -self . Ademais, Nascimento e Caldas (2020) afirmam que a teoria da personalidade junguiana - tipos psicológicos - é permeada pelo interesse das semelhanças e diferenças entre os indivíduos com vistas à compreensão da diversidade humana, o que foi amplamente explorado por Zacharias (2006, 2003) ao criar o teste psicológico Questionário de Avaliação Tipológica (QUATI), fazendo uso da fundamentação tipológica junguiana.

Jung (1971/2012) fomentou, assim, o entendimento sobre as profundezas da psique e o dinamismo – movimento, força e direção – da energia psíquica dos indivíduos, classificando-os em oito tipos psicológicos com entrecruzamento de atitudes (introversão e extroversão) e funções (racionais: pensamento e sentimento, e irracionais: sensação e intuição), por considerar inexistente uma natureza humana pura. Além disso, Jung (1972/2012) defende que os homens comungam de uma natureza universal e, portanto, comum, coletiva. Desse modo, as quatro funções – pensamento, sentimento, sensação e intuição – representam "conteúdos psíquicos que não são próprios de um, mas de muitos indivíduos ao mesmo tempo, ou seja, de uma sociedade, de um povo ou da humanidade" (Jung, 1971/2012, p. 435). Tal fato possibilita o entendimento mútuo entre os indivíduos, embora a expressão da realidade objetiva ocorra de forma singular, individualizada.

Em análise às contribuições junguianas, Jung (1981/2012b) reconhece o humano como um ser grupal e a potencialidade – positiva ou negativa – da massa, e afirma que "uma vivência grupal ocorre em um nível inferior de consciência em relação à vivência individual" (Jung, 1976/2012, p. 129), sendo o psíquico em sua maior proporção composto de fatos inconscientes sólidos, de difícil acesso e regido por leis ainda misteriosas. Por isso, considera que a identificação dos indivíduos com grupos é um fenômeno primitivo ligado a um sentido de vida mais amplo, possibilitando experiências de transformações coletivas que interdependem das mudanças individuais e, por conseguinte, favorecendo a compreensão das relações interpessoais e da dinâmica grupal.

Freitas (2005) defende que a coordenação de trabalhos grupais na perspectiva analítica tem como especificidade a necessidade da criação e da manutenção de um campo interacional que permita a emersão de símbolos passíveis de serem assimilados pela consciência grupal, possibilitando o dinamismo da totalidade psíquica a partir das possibilidades de reflexão, expressão e compreensão simbólica do que for constelado nas vivências grupais. Essa dinâmica ilustra o potencial criativo dos encontros e as vantagens das intervenções grupais ao self relacional – aspectos da persona e da sombra – e ao desenvolvimento da personalidade total – self – de todos os participantes ao lidar com os desafios de cada experiência no coletivo que pode ser mediada por recursos plásticos (desenho, modelagem, entre outros), atividades que envolvem linguagem verbal e não verbal, relaxamento, dentre outras possiblidades expressivas.

Percebe-se essas contribuições na fundamentação de James Hillman (1926-2011), psicólogo americano pós-junguiano que buscou aproximar-se do arquetípico (coletivo, impessoal, universal) e afastar-se do analítico (individual, pessoal, particular), aprofundando as ideias de Jung, sendo um dos principais representantes da escola – ou, como afirma Hillman (1995, p. 91), o "estilo de pensamento" – da Psicologia Arquetípica que atribui visibilidade significativa ao conceito de arquétipo em sua compreensão fenomenológica. Aperfeiçoa, então, a noção de "tipos para os arque-tipos" (Barcellos, 1995, p. 9) e valoriza o trabalho psicológico e de pesquisa para além da clínica individual desenvolvida em consultório (Hillman, 1995).

Tendo em vista tais aspectos, objetivou-se analisar a produção científica brasileira de teses e dissertações relativas ao tema dos pequenos grupos e que se alinhassem aos referenciais da Psicologia Analítica de C. G. Jung e da Psicologia Arquetípica de J. Hillman. Observa-se que estudos similares de levantamento de produção no contexto do stricto sensu como o aqui proposto vêm sendo desenvolvidos na Psicologia (Zanella & Titon, 2005) e áreas afins (Beserra, Gomes, Santos, Bittencourt, & Nóbrega, 2018; Carvalho, Lima, Barbosa, & Melo, 2010; Farias, Silva, Cabral, Santos, & Pessoa, 2017; Moreira, 2018; Rigolin, Bastos Jr, & Carvalho, 2018; Salvador, Rodrigues, Lima, Alves, & Santos, 2015), algo que permite uma compreensão mais ampla acerca dos temas de interesse e, a partir deste entendimento, aponta caminhos para o desenvolvimento de estudos originais. Além disso, por meio desta estratégia, pode-se dar visibilidade a uma literatura que frequentemente não é consultada, haja vista o pequeno número de pessoas que leem dissertações e teses defendidas (Nassi-Calò, 2016), lembrando que nem sempre as investigações realizadas no âmbito do stricto sensu são disseminadas em artigos publicados em periódicos indexados.

 

MÉTODO

Trata-se de um estudo bibliométrico, de caráter documental e quantitativo e, como tal, busca quantificar "a produção e a comunicação científica com o intuito de difundir trabalhos, propagar publicações, produtividade de autores e instituições" (Beserra et al., 2018, p. 3034). Propôs-se, assim, um levantamento sistemático das teses e dissertações brasileiras (Moreira, 2018) acerca dos pequenos grupos no campo da Psicologia Analítica, considerando a Escola Clássica e a Escola Arquetípica. Para tanto, foi consultada a versão digital do Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES (CTD), documento disponibilizado em 2002 com as produções de 1996 a 2001 e que, desde então, tem buscado resgatar e incluir os trabalhos defendidos a partir de 1987, com atualização semanal dos dados por meio de informes dos programas de pós-graduação à CAPES (CAPES, n. d.).

Acerca do uso de catálogos como fonte documental para pesquisas de "estado da arte", Ferreira (2002) aponta que tais documentos visam informar a produção à comunidade científica e sociedade, sendo organizados a partir das premissas de acumulação e totalidade de informações, otimização da pesquisa, originalidade do conhecimento e de uma imagem de conectividade. Com isso, pode-se conhecer o que vem sendo investigado, reunindo os dados em um único lugar, de forma a facilitar o acesso ao dado, permitindo que se pesquise o que ainda não foi investigado (Ferreira, 2002).

PROCEDIMENTOS

Para levantamento dos dados, realizado em abril de 2020, foram utilizados os seguintes descritores "Psicologia Analítica" AND Grupo, Psicologia AND Jung AND Grupo, "Psicologia Arquetípica" AND Grupo, Psicologia AND Hillman AND Grupo, sem estabelecimento de um período inicial para a pesquisa, incluindo trabalhos publicados no período de 1997 a 2019. As referências indicadas no CTD foram listadas e os detalhes de trabalhos disponíveis na Plataforma Sucupira foram imediatamente recuperados. Após esse levantamento inicial, procedeu-se a busca nos repositórios institucionais e demais sites da internet dos resumos, palavras-chave e dados de orientador dos trabalhos anteriores à Plataforma Sucupira. De posse dessas informações, foram excluídos os trabalhos repetidos e aqueles cujas informações de resumo não puderam ser recuperadas. Realizou-se a leitura dos resumos, excluindo as pesquisas que não faziam referência à Psicologia Analítica ou à Escola Arquetípica.

Com base nesse material, de forma semelhante às propostas de Beserra et al. (2018) e Lustoza, Oliveira e Mello (2010), fez-se uma tabela com os seguintes dados: autor, orientador, título, programa, instituição de ensino superior (IES), nível, ano de defesa, delineamento metodológico (empírico ou teórico, qualitativo ou quantitativo), instrumentos utilizados pelo pesquisador para coleta de dados, assinalando, por fim, se o trabalho abordava a temática dos pequenos grupos e, em caso positivo, se ele era o objeto de análise ou se havia sido utilizado como instrumento para coleta de dados da pesquisa, como no caso dos cursos, oficinas e grupos focais.

Após essa etapa, foram selecionados os trabalhos nos quais os pequenos grupos apareciam como objeto de análise ou como instrumento para coleta de dados, visando analisar dados de gênero dos autores, quem foram os orientadores, em qual nível os trabalhos estavam situados, em qual ano a defesa ocorreu, em quais IES os trabalhos se originaram, mapeando a região do país nas quais elas se localizavam e se eram IES públicas ou privadas. Também foram identificadas em quais áreas de avaliação da CAPES os programas se situavam, a metodologia e instrumentos utilizados para coleta de dados, lembrando que poderiam ser utilizados mais de um instrumento.

 

RESULTADOS

Observou-se que dos 121 trabalhos listados inicialmente, apenas 29 compuseram o corpus final dessa pesquisa, por discorrer, de alguma maneira sobre os pequenos grupos tecendo relações com a Psicologia Analítica ou Arquetípica. Tais referenciais poderiam se apresentar como um dentre vários dos aportes teóricos utilizados pelos autores para analisar os dados das pesquisas ou como o referencial teórico principal dos estudos investigados. Quanto aos grupos, eles poderiam figurar nos trabalhos como um instrumento para coleta de dados, como no caso de oficinas, cursos e grupos focais, ou sendo ele o próprio o objeto de análise das pesquisas em questão, como nos grupos com recursos expressivos e grupos de sonhos. Notou-se, assim, que os grupos foram objeto de análise em 24 trabalhos (82,75%), configurando-se como um instrumento para coleta de dados em cinco pesquisas (17,25%). Tendo em vista que foram mapeados os instrumentos utilizados para a coleta de dados, cabe ressaltar que mesmo nos estudos em que o grupo se constituiu como o próprio objeto de análise, ainda assim ele poderia ter sido listado como um instrumento para coleta de dados. Desse modo, o percurso trilhado pelos autores no levantamento dos dados está sintetizado na Figura 1, na qual os dados dos trabalhos selecionados foram tabulados.

 

 

Quanto aos dados de autoria, não houve repetição de autores entre os trabalhos, situação que poderia ocorrer no caso de haver trabalhos de mestrado e posteriormente de doutorado realizadas pelo mesmo pesquisador. No que se refere ao gênero dos autores, notou-se uma predominância do gênero feminino, responsável por 28 dos trabalhos (96,55%), com apenas um trabalho de autoria de pesquisador do gênero masculino (3,45%). Por outro lado, alguns pesquisadores foram responsáveis pela orientação de mais de um trabalho, totalizando 22 orientadores e destacando-se o papel de Laura Villares de Freitas, orientadora de seis estudos (20,70%). Informações sobre os orientadores e número de trabalhos orientados por cada profissional podem ser conferidas na Tabela 1. No que se refere ao gênero dos orientadores das pesquisas mapeadas, contou-se com 16 orientadoras mulheres (72,73%) e seis orientadores homens (27,27%).

 

 

Sobre o nível no qual a pesquisa foi desenvolvida, observa-se que 20 trabalhos (68,95%) se configuraram como pesquisas de mestrado e nove como investigações (31,05%) de doutorado. A distribuição dos trabalhos (Gráfico 1) ao longo do tempo a partir da data da defesa deu-se de forma praticamente homogênea, durante o intervalo de 1997 a 2019. Houve, contudo, um número maior de trabalhos nos anos 2009, 2010 e 2011, cada um com três trabalhos, e um aumento gradativo a partir de 2016 que contou com dois trabalhos e 2017 com quatro trabalhos listados com os anos de 2018 e 2019 com apenas um trabalho em cada.

 

 

Foram mapeadas 10 diferentes instituições de ensino superior (IES) nas quais essas pesquisas foram desenvolvidas, sendo seis IES públicas (60%) e quatro privadas (40%). A USP se destacou com 11 trabalhos (37,93%), seguida da PUC/SP com sete trabalhos (24,14%), a UFPR contou com três trabalhos (10,35%), a PUC/RS com dois (6,90%) e as demais cada uma com um trabalho, sendo elas Metodista, UFERSA, UFPB, UFS, UNB, UNICAMP e UNICRUZ. Ao se pensar na distribuição dessas IES pelas regiões do país, nota-se haver uma concentração dessas IES na região Sudeste do país, com quatro IES (40%), seguida da região Sul com três IES (30%), Nordeste com duas IES (20%) e, por fim, a região Centro-Oeste com uma IES (10%). No que se refere às áreas de avaliação da CAPES, a Psicologia se apresentou como a área com maior concentração de estudos, totalizando 21 trabalhos (72,41%), Comunicação e Informação e Educação tiveram um total de dois trabalhos cada (6,90%), sendo que Artes, Ciências Ambientais, Ciências da Religião e Interdisciplinar tiveram cada uma um trabalho.

Todos os trabalhos levantados que teciam alguma relação entre a Psicologia Analítica ou a Escola Arquetípica e se caracterizaram como pesquisas empíricas, contando com variados instrumentos para a coleta de dados, com ênfase para os próprios grupos, no caso de 29 dos trabalhos mapeados. Essa catego ria de instrumentos se subdividiu em grupos com recursos expressivos (12 trabalhos), grupos específicos de sonhos nos quais recursos expressivos também poderiam ser utilizados (cinco trabalhos), grupos focais (quatro trabalhos), cursos e oficinas de áreas afins (três trabalhos). Em segundo lugar localizam-se as entrevistas, com 11 trabalhos, podendo elas ser dirigidas ou semidirigidas. Com menor frequência situam-se os questionários, observação participante e diário de campo, técnicas projetivas, inventários e exames médicos. O número de ocorrências de cada um dos instrumentos, com divisão a partir do tipo de grupo utilizado com instrumento para coleta de dados, pode ser conferido no Gráfico 2.

 

 

DISCUSSÃO

Notou-se que a autoria feminina predominou nos estudos investigados (96,55%), como também na orientação desses trabalhos, já que as foram 14 orientadoras (73,68%) entre os 19 orientadores listados, sendo que essa predominância já foi assinalada em outros estudos na área da Psicologia (Cruz & Barbosa, 2016; Lustoza et al. 2010; Oliveira, Cantalice, Joly, & Santos, 2006). A despeito de haver uma diversidade de programas junto aos quais as pesquisas foram realizadas, observou-se que a maioria se localizava em programas ligados à Psicologia, profissão que historicamente conta com o predomínio de mulheres (Cruz & Barbosa, 2016; Lustoza et al., 2010; Oliveira et al., 2006).

Houve diversidade de autores, mas houve repetição de profissionais responsáveis pela orientação de mais de um trabalho, algo que ocorreu com cinco dos 19 orientadores, com foco para a Laura Villares de Freitas. Tal panorama possivelmente se justifica em decorrência do fato da pesquisa dessa orientadora se centrar no estudo dos grupos, grupos vivenciais de sonhos e/ou com uso de recursos expressivos, com projetos de pesquisa finalizados ou em andamento sobre o tema, como pode ser conferido em seu currículo Lattes.

Considera-se que um número maior de pesquisas de mestrado quanto comparado às pesquisas de doutorado é esperado, por corresponder ao panorama da Pós-Graduação em Psicologia no Brasil. Lembra-se que ter sido realizada uma busca por dados das pesquisas nos repositórios institucionais para além da Plataforma Sucupira, quando ela não contava com os resumos dos trabalhos defendidos, mas nem sempre as informações puderem ser localizadas e, consequentemente, considerados nesta investigação.

Quanto aos programas de pós-graduação, a Plataforma Sucupira registrava para 2017 4.345 programas de pós-graduação stricto sensu advindos de 447 IES. Desses, 801 (18,44%) localizavam-se em IES privadas e 3544 (81,56%) em IES públicas. A proporção para a Psicologia difere, já que dos 92 programas listados, 26 (28,26%) estavam alocados em IES privadas e 66 (71,74%) em IES públicas. No que se refere aos trabalhos investigados nesse estudo, percebeu-se que 69,23% advinham de programas de pós-graduação de IES públicas e 30,77% de IES privadas, em consonância com a distribuição de programas da Psicologia, algo que faz sentido, haja vista que a maioria dos estudos mapeados decorriam justamente de programas dessa área.

Sobre a questão regional, no Brasil tem-se a seguinte divisão dos programas de pós-graduação entre as regiões: 356 (8,19%) no Centro-Oeste, 242 (5,57%) no Norte, 880 (20,25%) no Nordeste, 931 (21,43%) no Sul e 1936 (44,56%) no Sudeste. Já na Psicologia, existem 12 (13,04%) programas de pós-graduação no Centro-Oeste, 5 (5,43%) no Norte, 19 (20,65%) no Nordeste, 14 (15,22%) no Sul e 42 (45,65%) no Sudeste. No estudo aqui realizado, percebeu-se que 40% era advinda da região Sudeste, 40% da região Sul, 20% da região Nordeste e apenas 10% do Centro-Oeste, aproximando-se tanto da distribuição de programas de pós-graduação em geral no país quanto em relação àqueles específicos da Psicologia.

No que se refere ao tipo de delineamento metodológico, pode-se mencionar a pesquisa de Borges et al. (2011) que investigaram os grupos na produção do conhecimento na Psicologia junto a periódicos científicos. Por meio do levantamento, notaram a predominância de análises qualitativas nos estudos empíricos, como o que foi percebido no levantamento aqui realizado. De acordo com esses autores, os principais instrumentos utilizados pelos pesquisadores foram as entrevistas, diário de campo e observação participante. Entende-se aqui que, a despeito do diário de campo e observação participante terem sido explicitamente mencionados em apenas dois trabalhos cada, acredita-se que, ao se elencar o grupo como a via para coleta de dados, deve-se haver um registro decorrente desses encontros. Nos trabalhos investigados, tais registros acabaram por não serem claramente nomeados como observação participante ou diário de campo, entendendo-se, todavia, que os pesquisadores possivelmente fizeram uso de estratégias semelhantes a essas.

Sobre as entrevistas, elas foram reconhecidas como um meio para a coleta de dados em muitos estudos, concordando com os achados de Borges et al. (2011), tendo como finalidade a apreensão simbólica dos fenômenos acerca do objeto de estudo eleito, o que possibilita a compreensão por parte do pesquisador dos conteúdos que emergiram (Penna, 2014). Entende-se, inclusive, que elas se apresentam como um importante instrumento para coleta de dados nas investigações qualitativas (Lima, 2016) que adotam um paradigma junguiano (Penna, 2014), como as que foram acessadas, apesar das polêmicas em torno de seu uso (Duarte, 2004; Moré, 2015).

Consoante com Borges et al. (2011), Penna (2014) aponta que os principais procedimentos metodológicos de apreensão do fenômeno que vêm sendo utilizados por pesquisadores que adotam o referencial da Psicologia Analítica em suas pesquisas são: observação, recursos projetivos (testes projetivos e técnicas expressivas de cunho gráfico, plástico, dramático, corporal e imaginativo), material não-verbal (fotos e vídeos), textos de cunho histórico e documentos. Nesta direção, a autora declara ser importante considerar o valor simbólico do material clínico proveniente de intervenções psicológicas nos âmbitos individual e coletivo nas investigações científicas (Penna, 2004).

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreende-se que um estudo como este se configura como algo original, especialmente pelo enfoque bibliométrico e por se centrar nas dissertações e teses e não em bases de dados de revistas científicas. O tema de grupos a partir da Psicologia Analítica, considerando-se a Escola Clássica e a Escola Arquetípica tem sido alvo de investigações em várias IES e regiões do país, a partir do trabalho de diferentes orientadores, predominando trabalhos de autoria feminina.

Por meio dos achados aqui expostos, depreende-se que a temática investigada se configura como um tópico ainda pouco explorado por profissionais vinculados a esse referencial teórico, embora seja reconhecida a potencialidade das intervenções grupais para o processo de individuação e o self grupal quando abordadas, o que sugere a influência da origem da abordagem junguiana com foco na análise individual ainda presente nas pesquisas atuais (Testa &Serbena, 2019). Observou-se uma concentração de pesquisas empíricas, com uso de delineamento metodológico qualitativo, por meio do próprio grupo como um instrumento para a coleta de dados, bem como de entrevistas.

Tendo em vista o potencial que os grupos amparados no referencial da Psicologia Analítica podem ter na promoção de saúde mental (Santos & Serbena, 2017; Testa & Serbena, 2019), defende-se a realização de estudos empíricos acerca deste tipo de dispositivo interventivo. Acredita-se, assim, que investigações similares podem guiar o desenvolvimento de pesquisas originais no campo da Psicologia Analítica, tendo em vista a Escola Clássica e a Escola Arquetípica, demonstrando a potencialidade das intervenções grupais em decorrência da compreensão basilar que defende o coletivo presente em cada indivíduo, haja vista que em cada indivíduo habitam muitos.

 

REFERÊNCIAS

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Endereço para correspondência
Maíra Bonafé Sei
E-mail: mairabonafe@gmail.com

Recebido: 15/08/2020
Reformulado: 08/09/2020
Aceito: 25/09/2020

 

 

1 Maíra Bonafé Sei é docente do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Londrina.
2 Ananda Kenney da Cunha Nascimento é docente do Departamento de Psicologia Social e Institucional da Universidade Estadual de Londrina.
3 Helton Marculino de Souza é especialista em Saúde Mental pela Universidade Estadual de Londrina e em Psicologia Analítica Junguiana pela Universidade Estadual de Campinas.

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