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Psicologia USP

versão On-line ISSN 1678-5177

Psicol. USP v.19 n.4 São Paulo dez. 2008

 

DOSSIÊ

 

Unidade da pessoa segundo Edith Stein: contribuições à educação para a nutrição

 

Unity of the person according to Edith Stein: contributions towards an education for nutrition

 

Unité de la personne suivant Edith Stein: contributions à l'éducation pour la nutrition

 

Unidad de la persona según Edith Stein: contribuciones a la educación para la nutrición

 

 

Miguel Mahfoud*

Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

 

 


RESUMO

Aborda-se a relação entre educação e nutrição tematizando a unidade da pessoa, a educação como formação e esta como formação da pessoa. Com os conceitos de Edith Stein de “centro pessoal” e de “força vital”, examinam-se os pontos fundantes do interesse dos sujeitos humanos pela vida pessoal e pelo mundo circundante. Deles dependem tanto a unidade da pessoa – física, psicológica e espiritual –, sua relação não alienante com o contexto social, quanto a constituição de comunidade propriamente dita. Conclui-se que sem um caminho possível para formação da pessoa, para cada um se tornar mais si mesmo, não se estabelece processo de cuidado pessoal ou social.

Palavras-chave: Nutrição, Educação, Comportamento alimentar, Pessoa, Edith Stein.


ABSTRACT

Study regarding the relationship between education and nutrition with a focus on unity of the person, education as formation and development of the person. With Edith Stein's concept of "personal center" and "vital force", the main points of the subject's interests regarding personal life and its surrounding world are examined. The unity of the person - physical, psychological and spiritual -, its non-alienating relation with the social context and the proper constitution of community depend on those points. The study concludes that without a possible path that points toward the formation of the person, so that each one becomes more oneself, the process of personal or social care can not be established.

Keywords: Nutrition, Education, Feeding practices, Person, Edith Stein.


RÉSUMÉ

On aborde ici la relation entre éducation et nutrition, sous l'égide de l'unité de la personne : éducation comme formation, entendue comme formation de la personne. Les concepts de « centre personnel » et « force vitale », utilisés par Édith Stein, permettent d'atteindre les fondements de l'interêt des sujets humains pour leur vie personnelle et pour le monde ambiant. De ces fondements dépendent aussi bien l'unité de la personne - physique, psychologique et spirituelle -, sa relation sans alienation au contexte social, que la constitution de la communauté proprement dite. On conclue que sans la recherche d'un cheminement pour la formation de la personne, qui permette à chacun de devenir soi même, aucun processus de soin personnel ou social n'est possible.

Mots-clés: Nutrition, Éducation, Personne, Pour la nutrition, Édith Stein.


RESUMEN

Se aborda la relación entre educación y nutrición poniendo como tema la unidad de la persona, la educación como formación y ésta como formación de la persona. Con los conceptos de Edith Stein de "centro personal" y de "fuerza vital" se examinan los puntos fundantes del interés de los sujetos humanos por la vida personal y por el mundo circundante. De ellos dependen tanto la unidad de la persona - física, psicológica y espiritual-, su relación no alienante con el contexto social, como así también la constitución de comunidad propiamente dicha. Se concluye que, sin un camino posible para la formación de la persona, para que cada uno se vuelva sí mismo, no se establece el proceso de cuidado personal o social.

Palabras clave: Nutrición, Educación, Conducta alimentaria, Persona, Edith Stein.


 

 

O presente artigo quer ser uma contribuição ao debate sobre educação e nutrição ao tematizar a unidade da pessoa, a educação como formação e esta como formação da pessoa. A partir de investigações no âmbito da antropologia filosófica desenvolvidas por Edith Stein (fenomenóloga discípula de Edmund Husserl) sobre pessoa – tomada como organismo em sua estrutura peculiar – apontamos alguns elementos que poderiam contribuir para uma leitura crítica dos programas de intervenção em ato, a formular questionamentos a respeito dos métodos que temos empregado, a compreender experiências exitosas ou, ainda, a articular áreas de ciência tão distintas como as que estão envolvidas no enfrentamento dos desafios de educação, nutrição e pobreza.

Na fenomenologia costuma-se partir da experiência. Examinar a estrutura da vivência permite compreender horizontes em relação aos quais a experiência pode se desenvolver (Ales Bello, 2004; Husserl, 1992).

Uma experiência muito simples, de todos nós, é a de ter algum objeto à mão: quando, por exemplo, tenho um lápis na mão, o que tenho? Um conjunto de sensações. Entrar nessa vivência permite identificar estruturas em mim que permitem a apreensão de características desse objeto que está fora de mim.

Desde logo, então, podemos compreender que quando nos referimos a pessoa não consideramos um ente isolado, mas trata-se da relação de um sujeito com seu mundo. O exame de suas vivências permite apreender quais são as estruturas do sujeito e as do mundo que são condições de possibilidade para ambos, e permite a compreensão do sujeito e de seu mundo de modo a obter um conhecimento não objetivado, mas conhecimento do mundo assim como tem significado para o sujeito.

Quando examino a vivência imediata de um lápis na mão, faço experiência de minha corporeidade, faço experiência também de uma elaboração imediata dessa sensação – a ponto de buscar definir esse objeto e definir a minha própria sensação – e faço experiência, ainda, de uma tomada de posição minha em relação ao que estou experienciando. Posso, então, identificar três dimensões distintas de minha pessoa: corporeidade, dimensão psíquica e a chamada dimensão “espiritual”, esta responsável pelo meu posicionamento diante do que está acontecendo na corporeidade, na psique ou no mundo apreendido (Stein, 1996, 2003a, 2005a, 2005b).

Ao vivenciar qualquer sensação, imediatamente digo: agradável ou desagradável. Digo também: isso pode ser útil para mim ou não, em função de um horizonte mais amplo do que a sensação mesma. O que isso significa? Que não podemos falar em pessoa sem as provocações que esta recebe do mundo em sua corporeidade, sem seu mundo com as determinações materiais; não podemos falar em pessoa sem a elaboração do sujeito e não posso falar em pessoa sem seu posicionamento em relação à vivência (de si própria ou de seu mundo).

É impressionante notar que poder tomar posição diante de uma vivência não se refere somente à mobilização de certo aspecto pessoal, mas reacende o dinamismo inteiro da pessoa. É a pessoa inteira que come ça a descobrir o valor de certas experiências, o valor de certas caracter ísticas, em si mesma, mas, sobretudo, começa a descobrir que ela é, que “eu sou” (Stein, 1994).

Posso me dar conta de um fluxo de vivências continuamente em ato, e essa apreensão é vivida com apreensão de valor. Não apreendo somente as características dos objetos vivenciados – não identifico apenas que esse lápis na minha mão seja preto, por exemplo –, mas também me dou conta de mim mesmo, de que estou apreendendo o mundo. Então tenho a percepção não só de coisas, nem apenas de certas caracter ísticas minhas, mas tenho percepção de que “eu sou”. E dar-se conta disso contém uma surpresa que é carregada de valor – imediatamente.

Tomemos um poema de Mário Quintana (2005, p.37: “A alma e o baú”), em que ele faz esse percurso de exame da vivência, chegando à surpresa do “eu sou” e chegando a identificar, dentro da vivência, a intersubjetividade:

Tu que tão sentida e repetida e voluptuosamente te entristeces e adoeces de ti,
é preciso rasgar essas vestes de dó,

Ele quer entrar nessa experiência – tão familiar a nós humanos – de dor e limite frente a si mesmo:

as penas é preciso raspar com um caco, uma por uma: são crostas...
E sobre a carne viva
Nenhuma ternura sopre.
Que ninguém acorra.
Ninguém, biblicamente, com os seus bálsamos e olores...
Ah, tu com as tuas cousas e lousas, teus badulaques,
teus ais ornamentais, tuas rimas,
esses guizos de louco...

Na experiência do contato com o mundo, na experiência de dor, na dor de si mesmo, surge também a necessidade de adentrar e conhecer a si mesmo, ainda que possamos utilizar de tantos subterfúgios na tentativa de camuflá-la. Mas ele diz: é nessa experiência, assim como é, que quero entrar.

A tua alma (tua?) olha-te, simplesmente.
Alheia e fiel como um espelho.
Por supremo pudor, despe-te, despe-te, quanto mais nu mais tu,
despoja-te mais e mais.
Até à invisibilidade.

Prestando atenção à minha vivência, despindo-me dos badulaques, vou adentrando minha vivência, vou entrando em algo quase invisível, mas percebido justamente no fluxo das vivências. Justamente pelo fato de estar vivenciando, percebo que estou ali, que eu sou. E percebo ali, também, um tu: “Quanto mais nu, mais tu”.

Até que fiquem só espelho contra espelho
num puro amor isento de qualquer imagem.

Ou seja, nesse momento da percepção de que eu sou, tenho também a percepção de alguém que me faz. Trata-se, em ambos os casos, de percepção baseada na consciência vivencial, diversa da consciência empírica do eu (Stein, 2005a, 2005b). Essa percepção é carregada de surpresa e de valor, independentemente das qualidades ou defeitos de minha pessoa. Há surpresa e apreensão de valor não por ser adequado ou politicamente correto... Independentemente da qualidade do meu ser, eu sou. O reconhecimento de que eu sou espelhado na consciência de que nesse momento mesmo eu sou feito é uma vivência de amor: “um puro amor isento de qualquer imagem”.

Em seguida o autor retrata algo surpreendente: começa a dialogar com esse tu:

– Mestre, dize-me... e isso tudo valerá acaso a perda de meu baú?

É muito interessante que adentrando em direção a horizontes cada vez mais internos, cada vez menos apreensíveis materialmente, o que emerge ali, daquele diálogo, não é algo de ordem metafísica, mas um interesse pela própria corporeidade, um interesse pelo meu eu, pela minha vida: por minha pessoa inteira. Essa experiência de amor que vivencio acaso valerá a perda do meu baú? Não. O que me interessa é a vida, na sua unidade e inteireza.

Edith Stein chama esse ponto nuclear da nossa pessoa justamente de “núcleo pessoal” ou “centro da pessoa”, que é de onde emerge o interesse pela própria vida, emerge a possibilidade de conhecer a si mesmo, de conhecer o mundo e a possibilidade de se posicionar no mundo, ao mesmo tempo em que permanece ao longo de toda a vida como núcleo identitário fundamental (Stein, 1996, 2003a, 2005b).

É desse centro que surge a possibilidade de um interesse vivo pelo mundo e pela própria vida. Aquele interesse que não pode ser gerado a partir de uma determinação do que seja politicamente correto, não pode nascer de campanhas que busquem a afirmação de um valor sustentado como a bandeira do momento. Aquele interesse nasce de uma exigência de ser.

Edith Stein fala também que nós percebemos essa exigência de ser e essa exigência de posicionamento de nossa pessoa no mundo porque temos uma força vital (Stein, 2003a, 2005a, 2005b). É com ela que nos posicionamos no mundo.

O interessante é que essa força vital não é somente espiritual, ou somente psicológica, ou somente biológica. É a força da pessoa. É uma unidade, cimento entre as dimensões naturais e a dimensão do espírito.

Note que em qualquer experiência da própria corporeidade podemos apreender, dentro, uma complexidade de dimensões, mas só podemos lidar com cada uma delas em unidade com as demais. É a força vital que mantém meu corpo unido como organismo. E é por essa mesma força que tenho possibilidades de reagir aos estímulos, como reações psicológicas. E é com essa mesma força que tenho possibilidades de tomar posição no mundo.

Naturalmente – a experiência nos indica –, nossa força vital é limitada, não pode atuar ao mesmo tempo em vários setores, necessariamente privilegiamos alguns setores. É claro que em determinadas situações de emergência física a força vital vai se voltar para o cuidado da própria corporeidade. É o que ocorre na situação de desnutrição. E é claro que, dirigindo a força vital para a manutenção da própria corporeidade, diminuirá a possibilidade de eu poder cuidar de meu mundo de relações, atuando na dimensão psíquica e tomando posições segundo a dimensão espiritual.

Mas é claro, também, que não se pode esperar a recuperação dessa energia vital só no âmbito da corporeidade. É a pessoa inteira que precisará cuidar de sua corporeidade. É a pessoa inteira que direcionará suas energias para afirmação de seu ser. Então não é possível pensarmos que alguém possa cuidar de seu organismo sem tomar posição no mundo. É impossível esperarmos que a pessoa passe a ter cuidados consigo se ela não é solicitada no mundo de relações, se não é solicitada a formar vínculos. Só é possível pensar um posicionamento da pessoa na sua inteireza.

Naturalmente, não teríamos consciência desses níveis mais profundos. Habitualmente não vivemos com a consciência que Mário Quintana nos oferece naquele poema citado. Se não encontrássemos alguém que nos falasse desse nível de experiência, não teríamos acesso a ele, viveríamos no nível da superficialidade. Essa estrutura mais profunda está aí, mas não nos daríamos conta dela, viveríamos sem lidar com ela. É necessária uma relação com alguém que nos solicite, nos provoque, possibilitando que nos demos conta de nossa própria vivência e, então, possamos responder em níveis mais profundos. É a isso que Edith Stein chama de comunidade (Stein, 2003a, 2005a; Ales Bello, 2000). Pode se dar entre duas pessoas ou entre uma nação inteira, mas é uma relação em que tenho a percepção do outro como um outro eu, como um alter ego: alguém que tem uma estrutura (humana) semelhante à minha, uma corporeidade, dentro dela uma vitalidade, dentro dela um ser que precisa se posicionar no mundo (Stein, 2005c). Se tenho a percepção do outro com essa estrutura e sei que ele tem essa percepção de mim também assim, e temos consciência de que a minha pessoa interfere na sua e vice-versa, aí temos comunidade.

Não posso aprofundar minha estrutura pessoal a não ser numa estrutura comunitária. Sem que me olhem como pessoa, não tenho condições de aprofundar minha experiência enquanto pessoa.

Uma relação comunitária pode estar presente também num corpo social estruturado como sociedade, e mesmo em grandes sociedades. Não é preciso viver numa relação face a face para que se estabeleça uma comunidade. É possível que dentro das estruturas de sociedade haja experiências com caráter de comunidade. O importante é que não se imagine que uma estrutura de sociedade chegará a dar conta de responder a essas necessidades fundamentais quando for mais eficiente ou mais fortemente amplamente estabelecida. A organização de tipo sociedade nunca poderá substituir a experiência comunitária enquanto capacidade de resposta à exigência de ser pessoa e quanto à capacidade de gerar posicionamentos sociais ou cuidados pessoais.

É fundamental considerar que os projetos de organização e intervenção não podem deixar de favorecer as estruturas e experiências propriamente comunitárias. Não podemos esperar que os programas, administrando atividades, por si só possam chegar a mobilizar os sujeitos integralmente: não chegarão. Nenhum de nós responde pessoalmente porque é politicamente correto. Respondemos pessoalmente diante de alguém que nos solicita por emergir ali a minha exigência de ser, que por sua vez emerge da surpresa da vida. Os programas que buscam promover valores não podem esperar que estes possam se afirmar independentemente do posicionamento da pessoa. E não podemos imaginar que um posicionamento vago, não pessoal, possa chegar a alterar hábitos tão arraigados como são os alimentares, a ponto de modificar o dinamismo organizativo da corporeidade. No entanto, o posicionamento de alguém diante de seu mundo pode alterar a dimensão psicológica, pode alterar a capacidade de formar vínculos, como pode alterar o dinamismo da própria corporeidade, porque se trata da mesma força vital mobilizada, se trata da mesma energia que a pessoa tem diante de si e do mundo.

Formar a pessoa não significa somente dar um conteúdo, tampouco significa treinar algumas habilidades. Não se trata de treinar liderança, somente; não se trata de chegar a ser mais inteligente, somente; mas se trata, fundamentalmente, de se tornar mais si mesmo (Stein, 2003a, 2003b; Mahfoud, 2005; Turolo Garcia, 1991). Sem um caminho possível para cada um se tornar mais si mesmo, não cuidaremos de nosso país, não cuidaremos de quem está à nossa volta, não cuidaremos nem de nós mesmos.

Deixo essas provocações.

 

Referências

Ales Bello, A. (2000). A fenomenologia do ser humano: traços de uma filosofia no feminino (A. Angonese, trad). Bauru, SP: Edusc.        [ Links ]

Ales Bello, A. (2004). Fenomenologia e ciências humanas: psicologia, história e religião (M. Mahfoud & M. Massimi, trads.). Bauru, SP: Edusc.        [ Links ]

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Turolo Garcia, J. (1991). Edith Stein e a formação da pessoa humana (2a ed.). São Paulo: Loyola.        [ Links ]

 

 

Recebido em: 30/04/2008
Aceito em: 18/08/2008

 

 

* Miguel Mahfoud, Doutor em Psicologia Social, Professor Associado do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É editor da revista Memorandum: memória e história em psicologia. Endereço eletrônico: mmahfoud@fafich.ufmg.br