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Revista Brasileira de Orientação Profissional

versión impresa ISSN 1679-3390versión On-line ISSN 1984-7270

Rev. bras. orientac. prof vol.18 no.2 Florianópolis jul./dic. 2017

http://dx.doi.org/10.26707/1984-7270/2017v18n2p221 

ARTIGO

 

Escala de congruência entre pais e filhos sobre escolha profissional: adaptação e propriedades psicométricas1

 

Congruence scale between parents and children about professional choice: adaptation and psychometric properties

 

Escala de congruencia entre padres e hijos sobre elección profesional: adaptación y propiedades psicométricas

 

 

Edson Cardoso Pereira; Rodolfo Augusto Matteo Ambiel; Leonardo de Oliveira Barros

Universidade São Francisco, Campinas-SP, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este estudo tem como objetivo apresentar a adaptação e propriedades psicométricas da The Adolescent-Parent Career Congruence Scale para uma amostra brasileira. Na primeira etapa, ocorreu a tradução, retrotradução, análise de juízes, estudo piloto, nova retrotradução e revisão pelos autores originais. Na segunda etapa, participaram 292 estudantes de escolas públicas e particulares de Minas Gerais, sendo 61,6% do sexo masculino, com idade média de 15,7 anos. Os resultados confirmaram a estrutura fatorial da escala com índices de precisão adequados. Além disso, são apresentadas as evidências de validade na relação com outras variáveis utilizando a Escala de Responsividade e Exigência Parentais. Verificou-se que a versão adaptada apresenta evidências de validade e fidedignidade sendo adequada para utilização no contexto brasileiro.

Palavras-chave: congruência, estilos parentais, orientação vocacional, avaliação psicológica


ABSTRACT

This study aims to present the adaptation and psychometric properties of The Adolescent-Parent Career Congruence Scale for a Brazilian sample. In the first stage, there was the translation, back-translation, analysis of judges, pilot study, new back-translation and revision by the original authors. In the second stage, 292 students from Minas Gerais public and private schools participated, being 61.6% male, with an average age of 15.7 years. The results confirmed the factorial structure of the scale with adequate precision indexes. In addition, evidence of validity in relation to other variables is presented using the Parental Responsibility and Demand Scale. It was verified that the adapted version presents evidences of validity and reliability being suitable for use in the Brazilian context.

Keywords: congruence, parental styles, professional orientation, psychological evaluation


RESUMEN

Este estudio tiene como objetivo presentar la adaptación y propiedades psicométricas de The Adolescent-Parent Career Congruence Scale en una muestra brasileña. En la primera etapa, se realizó la traducción, retrotraducción, análisis de jueces, estudio piloto, nueva retrotraducción y revisión por los autores originales. En la segunda etapa, participaron 292 estudiantes de escuelas públicas y privadas de Minas Gerais, siendo 61,6% del sexo masculino, con una edad promedio de 15,7 años. Los resultados confirmaron la estructura factorial de la escala con índices de precisión adecuados. Además, se presentaron evidencias de validez en la relación con otras variables utilizando la Escala de Responsividad y Exigencia Parentales. Se verificó que la versión adaptada presenta evidencias de validez y fidedignidad, siendo adecuada para su uso en el contexto brasileño.

Palabras clave: congruencia, estilos parentales, orientación profesional, evaluación psicológica


 

 

A adolescência pode ser vista como um período de transição entre a infância e a vida adulta, no qual a pessoa tende a enfrentar muitos desafios, realizar descobertas e transformações físicas, afetivas, sexuais e educacionais, além de frustrar-se e também obter conquistas (Valente, Maia, Abreu, Rodrigues, & Ferreira, 2014). Entre as mudanças típicas dessa fase, ocorrem as transformações das relações familiares, o aumento das responsabilidades sociais, as mudanças de comportamento em relação aos pares sociais, a definição da escolha profissional e a preparação para o trabalho (Hutz & Bardagi, 2006). Especificamente sobre a escolha profissional, esta pode ser influenciada por diversos fatores, com destaque para a família, que pode ser considerada um dos aspectos de maior influência (Bardagi, Lassance & Teixeira, 2012). É no contexto familiar, primeiro ambiente de interações diretas, em que podem ocorrer experiências mais significativas para o adolescente que influenciam a capacidade de fazer suas escolhas diante dos desafios da vida (Senna & Dessen, 2012).

Nesse sentido, a qualidade da comunicação estabelecida entre os pais e seus filhos e o quanto que eles conhecem suas preferências mútuas pode influenciar na relação entre eles, podendo ter desfechos negativos ou positivos para o desenvolvimento de carreira dos adolescentes (Leung, Hou, Gati, & Li, 2011). Nesse sentido, o objetivo de se estudar a congruência entre pais e filhos sobre a escolha profissional vai além da tomada de decisão por uma profissão futura, pois perceberem-se congruentes com seus pais sobre assuntos ligados à escolha profissional faz com que os filhos se sintam encorajados a participar de atividades de exploração ligadas à carreira profissional, tornem-se mais conscientes no momento da escolha e também se percebam mais satisfeitos com suas vidas (Sawitri, Creed, & Zimmer-Gembeck, 2012).

A congruência entre pais e filhos sobre escolha profissional pode ser compreendida como a compatibilidade e a similaridade entre os adolescentes e seus pais em relação a assuntos ligados à escolha profissional. Entende-se que haja compatibilidade entre eles quando os adolescentes percebem que seus pais apoiam a exploração de carreira, o planejamento e o estabelecimento de objetivos ligados à escolha profissional; e que haja similaridade quando os adolescentes percebem que seus pais possuem crenças semelhantes acerca dos interesses, valores, planos, objetivos profissionais. Esse construto foi embasado no modelo de Kristof (1996), que integrou os aspectos complementares e suplementares sobre o ajustamento entre pessoas e ambiente na área organizacional. Para o autor, o ajustamento complementar ocorre quando as necessidades de um indivíduo são satisfeitas por outros inseridos em um ambiente e quando esse indivíduo tem a habilidade de reagir frente às demandas do ambiente, e o ajustamento suplementar ocorre quando há uma similaridade entre o indivíduo e o ambiente em relação aos valores, interesses e objetivos.

O construto congruência tem sido investigado no cenário internacional, evidenciando a importância desta variável nos processos de Orientação Profissional e de Carreira (OPC). Os estudos indicam que as mães tendem a ser mais prestativas em relação à orientação sobre a escolha profissional, apresentando maiores expectativas acerca da carreira profissional dos filhos quando comparadas aos pais (Otto, 2000). Além disso, ser congruente com os pais sobre a escolha profissional aumenta a confiança dos filhos para lidar com tarefas ligadas à escolha profissional, exercendo efeito nas aspirações, na exploração e no planejamento ligados à escolha profissional (Sawitri, Creed, & Zimmer-Gembeck, 2013). Em sentido contrário, um baixo nível de congruência faz com que os adolescentes tenham que se esforçar mais para obter aprovação dos pais (Sawitri & Creed, 2015). Além disso, as expectativas dos pais sobre a escolha profissional percebida pelos filhos são mais relevantes em predizer o planejamento de carreira do que as próprias aspirações dos filhos (Sawitri et al., 2014).

A relação estabelecida entre pais e filhos e, consequentemente, a congruência, pode ser influenciada por fatores como o estilo parental (Costa, Teixeira, & Gomes, 2000). Embora não sejam encontrados estudos articulando as duas variáveis, a literatura evidencia o impacto dos estilos parentais na construção da trajetória profissional dos filhos. O estudo realizado por Magalhães, Alvarenga e Teixeira (2012) mostrou que os filhos de mães de estilo negligente apresentaram maior instabilidade de metas em comparação a filhos de mães percebidas como autoritativas ou indulgentes. Outro estudo avaliando o impacto dos estilos parentais no contexto de carreira evidenciou que a responsividade materna atua como variável preditora das crenças de autoeficácia para escolha profissional (Ventura & Noronha, 2014), fato que pode estar relacionado com a capacidade dos pais incentivarem seus filhos a agir de maneira independente, a cobrar responsabilidade, a deixar que eles aprendam com as próprias experiências, incentivando-os para que tenham as próprias opiniões e tomem decisões (Faria, Weber, & Ton, 2012).

No cenário nacional, dentre os instrumentos utilizados no contexto de OPC, não existem instrumentos próprios para avaliar congruência entre pais e filhos acerca da escolha profissional. Na literatura internacional, encontra-se a The Adolescent-Parent Career Congruence Scale (Sawitri et al., 2012), formada por 12 itens divididos em dois fatores (congruência complementar e congruência suplementar), apresentando-se como um meio de avaliar o grau de interação entre os objetivos de pais e filhos para escolha profissional. Assim, considerando a importância desse construto na trajetória profissional de adolescentes (Sawitri et al., 2013), este estudo tem como objetivo apresentar os processos de tradução, adaptação e estudos psicométricos iniciais da The Adolescent-Parent Career Congruence Scale para uma amostra brasileira.

 

Método

Adaptação da escala The Adolescent-Parent Career Congruence Scale (APCCS) e evidências de validade com base no conteúdo

O processo de adaptação da APCCS foi baseado nas orientações de Borsa, Damásio e Bandeira (2012), que propõem um protocolo para estudos de adaptação transcultural com quatro estágios subdivididos em procedimentos específicos. No Estágio 1 ocorreu: (a) tradução do inglês para o português, (b) revisão sintática, semântica, idiomática, conceitual e contextual da versão traduzida e (c) retrotradução do português para o inglês. Os itens e instruções da escala foram traduzidos de forma literal por um tradutor brasileiro bilíngue (língua inglesa) e, posteriormente, analisados por um professor de português brasileiro bilíngue (língua inglesa) que realizou as revisões de modo que possíveis erros gramaticais, morfológicos ou sintáticos, fossem identificados e corrigidos, além de buscar problemas conceituais que poderiam prejudicar a compreensão dos respondentes. Por fim, a versão brasileira da escala foi submetida à retrotradução (português para o inglês) por um segundo tradutor brasileiro bilíngue (língua inglesa). Nesta etapa não houve a necessidade de nenhuma reformulação nos itens.

Finalizada a etapa de tradução da escala, os itens foram submetidos à análise de juízes (Estágio 2). Participaram desta etapa três doutores em Psicologia com experiência em avaliação psicológica, orientação profissional e de carreira e com a construção e adaptação de instrumentos, sendo dois do sexo masculino e um do sexo feminino, provenientes de universidades situadas nos estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Os participantes receberam o protocolo de avaliação via e-mail contendo a escala em sua versão original, traduzida e retrotraduzida. Solicitou-se que os juízes avaliassem a tradução dos itens, compreensão semântica, pertinência teórica e desejabilidade social (Vries, Zettler, & Hilbig, 2014).

Houve unanimidade na concordância dos juízes em relação às análises idiomáticas em todos os 11 primeiros itens traduzidos da escala e apenas um dos juízes apontou que o item 12 da APCCS, após ser traduzido, não manteve o mesmo sentido do item original, além de não avaliar o mesmo atributo; porém, considerando que a maioria dos juízes discordou desta avaliação, não foram realizadas modificações nesse item. Em relação à análise de desejabilidade social, houve discordância entre os três juízes, sendo que um deles apontou que em todos os itens possuem evidências de desejabilidade social, outro apontou que não há tal efeito nos 12 itens e o último não se propôs a avaliar tal efeito. Em virtude de não haver convergência dos juízes quanto à desejabilidade social, nenhuma modificação foi realizada. Em relação às avaliações de estruturas gramaticais e adequação ao público-alvo, foram sugeridas e adotadas modificações nos itens 3, 7, 9 e 11, visando melhor compreensão por parte dos adolescentes, porém, sem a necessidade de alterações substanciais nos itens.

Após as modificações, deu-se início ao Estágio 3, referente ao Estudo Piloto com a versão brasileira da escala denominada Escala de Congruência entre Pais e Filhos sobre a Escolha Profissional (ECPF-EP). Participaram desta etapa 12 alunos, eleitos por conveniência, sendo cinco do sexo masculino (41,7%) e sete do feminino (58,3%), com idades entre 14 e 17 anos (M = 14,92; DP = 0,90), cursando o primeiro ano do Ensino Médio de uma escola pública, situada no Sul do Estado de Minas Gerais. Os responsáveis concordaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e os adolescentes assinaram o Termo de Assentimento. A aplicação foi coletiva e os adolescentes responderam a um questionário sociodemográfico e a ECPF-EP, sendo solicitados a indicar possíveis dificuldades de compreensão das instruções para preenchimento e dos itens. Os resultados deste estágio não apontaram dificuldades de compreensão no instrumento que demandassem alterações.

Como último estágio de tradução e adaptação (Estágio 4), ocorreu novamente a retrotradução da versão final da ECPF-EP do Português para Inglês pelo mesmo tradutor brasileiro bilíngue responsável pela primeira retrotradução. Após este procedimento, a escala foi enviada para a autora original do instrumento para que a revisão final fosse feita. A mesma analisou se os itens retrotraduzidos avaliavam o mesmo construto da escala original, sendo que nenhuma modificação foi sugerida pela mesma. Portanto, pode-se afirmar que todas as adaptações dos itens da escala, ocorridas na Etapa 1, fornecem indicativos de evidências de validade com base no conteúdo da escala, estando adequada do ponto de vista teórico e semântico.

Verificação dos parâmetros psicométricos da Escala de Congruência entre Pais e Filhos sobre a Escolha Profissional (ECPF-EP)

Participantes

A amostra foi composta por 292 alunos de Ensino Médio, sendo 38,4% do sexo feminino e 61,6% do masculino, com idades entre 14 e 18 anos (M = 15,7, DP = 1,00). Adicionalmente, 86% dos estudantes eram provenientes de escola pública e 14% de escola particular do sul de Minas Gerais. No momento da coleta, em relação à escolaridade, 40,8% dos estudantes estavam cursando o primeiro ano, 35,6% o segundo ano e 23,6% o terceiro ano do ensino médio. Em relação à renda familiar, 60% da amostra apontou uma variação de 1 a 3 salários mínimos. Do total da amostra, 67,01% declararam que seus pais estavam casados, 20,9% separados, 7,9% solteiros e 3,4% declararam que seus pais estavam viúvos. Em relação a trabalhar e estudar, 75,7% dos estudantes declararam não trabalhar e 23,6% disseram que estavam trabalhando e estudando simultaneamente.

Instrumentos

Questionário sociodemográfico: elaborado para esta pesquisa contendo questões relativas às características pessoais, familiares, socioeconômicas e relativas às escolhas profissionais.

Escala de Congruência entre Pais e Filhos sobre a Escolha Profissional - ECPF-EP (traduzida de Sawitri, Creed, & Zimmer-Gembeck, 2014): foi utilizada a versão brasileira traduzida e adaptada conforme descrito anteriormente. O instrumento tem como objetivo avaliar a percepção dos filhos acerca das atitudes de seus pais sobre o processo de escolha profissional. A Escala é formada por 12 itens respondidos em uma escala tipo Likert de cinco pontos, variando entre discordo totalmente (1) a concordo totalmente (5). O instrumento é formado por dois fatores de congruência: a complementar a (representa a percepção dos filhos acerca das habilidades dos pais de exigir e apoiar seus filhos de acordo com suas necessidades) e a suplementar (percepção da similaridade e do ajustamento entre os pais e seus filhos em relação aos assuntos ligados à escolha profissional). O primeiro fator, a congruência complementar, é representado pelos sete primeiros itens e o segundo fator, congruência suplementar, é representado pelos últimos cinco itens. O instrumento em sua versão original apresentou índice de consistência interna para a variável congruência complementar de 0,85, e para a variável congruência suplementar de 0,84. A correlação entre os fatores complementar e suplementar foi moderada (r = 0,55).

Escala de Exigência e Responsividade Parentais (Teixeira, Bardagi, & Gomes, 2004): composta por 24 itens que se dividem em dois fatores, sendo 12 itens relativos à exigência e 12 relativos à responsividade. Os participantes apontam a frequência em que pai e mãe (separadamente) apresentam o comportamento descrito. São classificados os estilos paterno e materno e também o estilo combinado do casal. Os índices de consistência interna (alfa de Cronbach) foram entre 0,78 e 0,93 para os fatores de exigência e responsividade.

Procedimentos

Inicialmente foram realizados os contatos e a solicitação de autorização para a realização da pesquisa com uma escola pública e duas escolas particulares do Estado de Minas Gerais. Após a autorização o projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética da Universidade São Francisco e aprovado sob protocolo 48682015.7.0000.5514. As coletas foram agendadas previamente com as escolas participantes e solicitou-se a autorização dos responsáveis legais pelos adolescentes por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e da concordância dos participantes com a assinatura do Termo de Assentimento. A aplicação foi coletiva e os participantes responderam primeiramente o Questionário Sociodemográfico, logo depois a Escala de Congruência entre Pais e Filhos sobre a Escolha Profissional (ECPF-EP) e por fim, a Escala de Responsividade e Exigência Parental.

Análise de dados

Os dados foram analisados por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20. Inicialmente foram realizadas análises estatísticas descritivas das características sociodemográficas da amostra. Posteriormente, a investigação da validade de construto foi feita com base na análise da estrutura interna do instrumento, por meio de análises paralelas e de componentes principais. Por fim, buscou-se evidências de validade com base na relação com outras variáveis. Para a verificação do índice de ajuste da amostra foram considerados os valores estabelecidos por Kaiser e Rice (1974), que indicam que, para que haja adequação de ajuste de um modelo de análise fatorial, o KMO deve ser maior que 0,80. A interpretação das correlações item-total deu-se a partir de Hill e Hill (2009), que indicam que as correlações item-total corrigidas devem ser superiores 0,40. Para interpretar os coeficientes de correlação de Pearson foram considerados os apontamentos de Dancey e Reidy (2013).

 

Resultados

Inicialmente calculou-se a medida de adequação da amostra por meio do teste Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) e do teste de esfericidade de Bartlett, no qual foram encontrados resultados bons acordo com Kaiser e Rice (1974), e que justificam a fatoração dos dados (KMO = 0,89; p < 0,001; teste de esfericidade significativo). Em seguida, foi realizada a análise paralela (Horn, 1965) como critério de estimação da quantidade de componentes. Uma simulação foi feita com 1000 matrizes de correlações possíveis, a partir da quantidade de itens da ECPF-EP e do número total da amostra, com o objetivo de identificar quantos componentes principais seriam possíveis extrair a partir dos dados coletados. Os resultados indicaram dois componentes. Em seguida, a análise de componentes principais foi feita forçando a solução de dois fatores. Utilizou-se a rotação oblíqua (Oblimin) e foi estabelecido cargas fatoriais iguais ou maiores que 0,30 como critério de manutenção dos itens. Os resultados também indicaram a existência de dois fatores que explicaram 56,17% da variância dos 12 itens da escala ECPF-EP. A Tabela 1 apresenta o agrupamento dos itens nos componentes.

Pode-se perceber na Tabela 1 que os 12 itens da ECPF-EP cumpriram os critérios estabelecidos para manutenção dos mesmos. Os agrupamentos dos itens em dois fatores foi semelhante à estrutura fatorial da escala original. O primeiro componente (denominado congruência complementar) agrupou itens relacionados à percepção dos filhos a respeito tanto do suporte dos pais a respeito dos assuntos ligados à escolha profissional quanto de que seus pais demonstram estar satisfeitos com seu progresso em relação à escolha profissional. Já o segundo componente (denominado congruência suplementar) agrupou itens relacionados à percepção dos filhos a respeito de semelhanças entre as crenças relacionadas aos interesses, valores, planos e objetivos acerca da escolha profissional. Percebe-se ainda que o primeiro componente explicou 45,77% de variância e que o segundo fator explicou 10,40% de variância. Além disso, o índice de consistência interna alfa de Cronbach foi de 0,85 para o primeiro fator, 0,81 para o segundo fator e 0,89 para a escala total, e a correlação entre os componentes foi de 0,64. A seguir, na Tabela 2, a correlação item-total dos itens da escala ECPF-EP será apresentada.

Na Tabela 2 nota-se que não houve correlações com coeficientes menores que 0,40. O fator congruência complementar apresentou correlações entre 0,47 e 0,71, enquanto o fator congruência suplementar apresentou correlações entre 0,50 e 0,65. Por outro lado, também não foram observadas alterações nos valores de alfa caso algum item fosse excluído. Dessa forma, pode-se considerar que a ECPF-EP é um instrumento com bons índices de fidedignidade. A Tabela 3 traz uma comparação de dados obtidos no estudo de construção da escala original (APCCS) e no processo de adaptação a escala ECPF-EP à população brasileira.

Em geral, os índices psicométricos provenientes do presente estudo com a ECPF-EP se mostram semelhantes aos da escala original (APCCS). Por outro lado, pode ser percebida uma diferença importante nos índices de correlação entre os fatores, sendo que na versão brasileira observa-se 10% a mais de variância comum entre os construtos avaliados por cada fator. Na sequência foram realizados estudos de evidências de validade na relação com variáveis externas, correlacionando os fatores congruência complementar e congruência suplementar da ECPF-EP com os fatores responsividade e exigência materna e paterna da Escala de Exigência e Responsividade Parentais (EREP). A Tabela 4 apresenta os resultados obtidos por meio da correlação de Pearson entre os fatores das escalas ECPF-EP e a EREP.

Os resultados apontaram que, das oito correlações possíveis entre os fatores da escala ECPF-EP e os fatores da escala EER, todas podem ser consideradas de magnitude fraca a moderada (Dancey & Reidy, 2013), variando entre 0,16 a 0,54. Pode-se perceber também que o fator congruência complementar apresentou correlação de maior magnitude com o fator exigência materna, e o fator congruência suplementar teve maior correlação com o fator exigência paterna. Sendo assim, os filhos que percebem que suas mães atendem mais suas necessidades relacionadas ao planejamento e à exploração de assuntos ligados à escolha profissional, e que demonstram estar satisfeitas com o progresso dos filhos sobre a escolha profissional, tendem a percebê-las como mais exigentes, ou seja, que exigem comportamentos dos filhos usando eventualmente o poder, colocando limites nas ações e estabelecendo regras. Os filhos que percebem que seus pais têm crenças semelhantes às deles sobre assuntos relacionados à escolha profissional, tendem a percebê-los também como mais exigentes.

Em seguida, tendo como base a formação de perfis de estilos parentais (autoritativo, autoritário, indulgente, negligente) proposto por Maccoby e Martin (1983), no qual os estilos parentais são categorizados de acordo com o grau de responsividade e exigência, foi gerada então uma recodificação na amostra a partir do percentil 50. Sendo assim, a amostra foi dividida em baixa exigência (p0-49), alta exigência (p50-99), baixa responsividade (p0-49) e alta responsividade (p50-99), sempre em relação à avaliação sobre pai e sobre mãe, separadamente. Nas análises, foi possível notar que muitos estudantes avaliaram pai e mãe igualmente no mesmo perfil de estilo parental, assim, a amostra foi novamente estratificada com o intuito de observar o agrupamento dos estudantes que apresentaram essa tendência. Como consequência dessa nova estratificação, o número da amostra foi reduzido para 144 estudantes, pois foram analisados dados provenientes apenas de estudantes que avaliaram o pai e a mãe simultaneamente e da mesma forma.

Considerando esta nova organização da amostra, buscou-se investigar a relação dos fatores congruência complementar e suplementar com os perfis dos estilos parentais (autoritativo, autoritário, indulgente, negligente). A tabela 5 mostra os resultados da análise de variância (ANOVA) e prova post hoc de Tukey para os fatores congruência complementar e suplementar e os perfis dos estilos parentais.

Pode-se notar na Tabela 5 que, tanto em relação à congruência complementar quanto à suplementar, houve o agrupamento em dois perfis de estilos parentais. Em ambos os fatores da ECPF-EP, adolescentes que avaliaram pais e mães simultaneamente como negligentes ou indulgentes pontuaram significativamente menos em congruência (complementar e suplementar) quando comparados àqueles que avaliaram pais e mães como autoritários e autoritativos.

 

Discussão

O objetivo do presente estudo foi traduzir, adaptar e verificar as propriedades psicométricas da escala The Adolescent-Parent Career Congruence Scale em uma amostra da população brasileira. Do ponto de vista teórico, esta pesquisa se justifica por estar disponibilizando um instrumento com propriedades psicométricas adequadas para o uso em pesquisas científicas relacionadas ao tema, contribuindo com a comunidade acadêmica, mais especificamente com a área de orientação profissional e de carreira (OPC). No contexto prático de OPC, Teixeira et al. (2004) apontam que estudos que busquem investigar a percepção dos filhos sobre os comportamentos e as atitudes de seus pais ligados à escolha profissional podem auxiliar uma maior eficácia nos projetos de intervenção, indo de encontro das reais necessidades dos adolescentes.

Em relação aos procedimentos metodológicos adotados no processo de tradução e adaptação da escala APCCS, preocupou-se em cumprir sistematicamente o protocolo para pesquisas direcionadas à adaptação transcultural de instrumentos de avaliação psicológica, sugerido por Borsa et al. (2012), com a finalidade de manter a equivalência do modelo proposto originalmente, adequando-o à realidade brasileira. Esta preocupação contribuiu diretamente para minimizar os vieses de conteúdo do instrumento e permitir chegar a uma versão adequada para realização dos estudos de estrutura interna.

No que tange às propriedades psicométricas da versão brasileira do instrumento, observou-se que os resultados foram adequados quando comparados aos resultados obtidos no processo de construção do instrumento original. Em relação ao número de componentes, os valores eigenvalues obtidos pela Análise Paralela e pela Análise de Componentes Principais, utilizando a rotação oblíqua dos fatores, indicaram a presença de dois fatores com o agrupamento dos itens correspondentes à versão original (Sawitri et al., 2012). Ademais, em relação ao índice de consistência interna, alfa de Cronbach, as estimativas encontradas na versão brasileira são consideradas excelentes para a escala total e para o fator congruência complementar e considerada boa para o fator congruência suplementar (Prieto & Muniz, 2000). Portanto, acredita-se que a escala ECPF-EP apresenta evidências de validade baseadas no conteúdo e na estrutura interna do teste, com dados que indicam sua validade e fidedignidade sendo adequada para utilização no contexto brasileiro.

Na busca de evidências de validade na relação com variáveis externas, correlacionando os fatores da ECPF-EP com os fatores da EREP, foram encontrados resultados satisfatórios. De forma específica, nota-se que a maior correlação encontrada foi entre a congruência complementar e a exigência das mães. Sendo assim, pode-se afirmar que os filhos que percebem que suas mães atendem suas necessidades relacionadas ao planejamento e à exploração de assuntos ligados à escolha profissional, e que demonstram estar satisfeitas com o progresso dos filhos sobre a escolha profissional, tendem a descrevê-las como mais exigentes, ou seja, mães que tendem a exigir certos comportamentos dos filhos, serem rígidas quanto a horários e cobranças de desempenho em tarefas domésticas e escolares e quanto a imposição de limites de forma geral (Teixeira et al., 2004). Por outro lado, no que se refere aos pais, a maior correlação obtida foi entre congruência suplementar e também a exigência (paterna).

Quando observado isoladamente, a exigência pode ser interpretada como uma atitude fria ou distante emocionalmente; porém, ao se observar juntamente com outras características, tal exigência pode significar atenção, presença e disponibilização de recursos materiais. Tais apontamentos corroboram outros estudos que apresentaram resultados com foco apenas na exigência materna e identificaram que a mãe é percebida como mais exigente que o pai (Magalhães et al., 2012) e que tendem a participar mais dos assuntos ligados à escolha profissional do que a figura paterna (Sobrosa et al., 2014).

Contudo, importa notar que a exigência materna e paterna se relaciona de forma diferente com a congruência entre pais e filhos sobre a escolha profissional: os filhos relacionam a exigência materna mais a um tipo congruência comportamental, relacionada ao suporte material, enquanto a exigência paterna está associada a uma congruência mais relacionada às crenças, interesses e valores acerca da carreira e mundo do trabalho. Pode-se hipotetizar que tal resultado reproduza de certa forma a própria lógica da sociedade que, apesar dos avanços inegáveis das últimas décadas, ainda reserva às mães (ou às mulheres) o papel de cuidadora e para os pais o papel de trabalhador provedor. Também se deve ressaltar que os maiores coeficientes de correlação encontrados justamente com a exigência podem sugerir que tal congruência possa ocorrer de forma não totalmente espontânea no âmbito familiar, mas por meio de algum tipo de imposição parental.

Tais resultados são confirmados quando a abordagem é feita a partir dos perfis de estilos parentais, propostos por Maccoby e Martin (1983). Dessa forma, pode-se perceber que, quando se considerou participantes que avaliaram igualmente pais e mães nos mesmos estilos, os perfis Autoritativo e Autoritários, ambos marcados pelas altas pontuações em Exigência, pontuaram mais em ambos os fatores de congruência. De forma específica, aqueles com maiores pontuações em Autoritativo foram os que demonstraram maiores médias em congruência, ainda que a diferença em relação ao estilo Autoritário não tenha sido significativa estatisticamente. Isso pode significar que os estudantes que percebem que os pais e as mães os apoiam nos assuntos ligados à escolha profissional, demonstrando estar satisfeitos com o progresso de seus filhos, tendem a descrevê-los como figuras autoritativas, ou seja, que buscam estabelecer uma comunicação adequada, orientando-os em relação às regras e solicitando suas objeções a respeito das mesmas quando percebem que seus filhos não as aceitam (Baumrind, 1966; Granetto, 2008; Sawitri, et al., 2012; Weber, et al., 2006).

Assim, pode-se perceber pela presente pesquisa o quão importante é poder avaliar a percepção dos filhos acerca do comportamento de seus pais, não apenas no quesito educacional familiar, mas principalmente no posicionamento dos mesmos diante dos assuntos relacionados à escolha profissional dos filhos. Essa visão vai ao encontro de estudos de Sawitri et al. (2013) e Sawitri et al. (2014), que afirmam que perceber-se congruente com os pais sobre a escolha profissional aumenta a confiança dos filhos em lidar com tarefas ligadas ao tema e com seu planejamento de carreira. Além disso, à medida que os adolescentes têm ideias semelhantes, percebem o suporte dos pais e compartilham dos desejos dos pais sobre a escolha profissional tendem também a transformar suas aspirações em ações, apresentando uma atitude mais direcionada ao desempenho, sem dispender tempo se esforçando para obter a aprovação dos mesmos.

 

Considerações finais

Embora os objetivos deste estudo tenham sido alcançados, algumas limitações metodológicas demandam que seus resultados sejam entendidos de forma parcimoniosa. Em relação à amostra deste estudo, esta concentrou-se em uma pequena cidade de um único estado brasileiro, não podendo-se afirmar que o instrumento está adaptado para o Brasil como um todo. Isso implica na necessidade de novos estudos com populações de outros estados e com maior variabilidade do tipo de escola, bem como, com a comparação em função da série escolar. Em relação ao instrumento, sugere-se uma modificação no formato que permita avaliar as percepções acerca das atitudes do pai e da mãe separadamente. Para além dos adolescentes, são necessários estudos que desenvolvam instrumentos e investiguem a percepção das figuras parentais em relação à escolha profissional dos filhos. Ademais, sugere-se que haja estudos futuros que investiguem o efeito da desejabilidade social e da aquiescência (Layous & Zanon, 2014), buscando possível influência principalmente pelo fato de ser aplicação coletiva em um ambiente de competitividade, como o escolar.

Por fim, após a verificação de evidências baseadas no conteúdo, por meio do processo de adaptação ao contexto brasileiro, da busca por evidências de validade baseada na estrutura interna e na relação com variáveis externas, pode-se afirmar que a versão brasileira da Escala de Congruência entre Pais e Filhos sobre Escolha Profissional apresentou parâmetros psicométricos adequados. Acredita-se que o instrumento contribua para avanços na área de avaliação psicológica e de orientação profissional e de carreira, permitindo compreender a influência dos pais no processo de escolha profissional de modo a propor estratégias interventivas adequadas às demandas dos clientes.

 

Referências

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Endereço para correspondência:
Leonardo de Oliveira Barros
Rua Waldemar César da Silveira, 105
Jardim Cura D'ars
13045-510, Campinas, SP.
E-mail: leonardobarros_lob@hotmail.com

Recebido: 06/06/2017
1ª reformulação: 31/01/2018
Aceite final: 06/02/2018

 

 

Sobre los autores
Edson Cardoso Pereira é Psicólogo e Mestre em Psicologia com ênfase em Avaliação Psicológica pela Universidade São Francisco.
Rodolfo Augusto Matteo Ambiel é Doutor em Psicologia e docente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia da Universidade São Francisco.
Leonardo de Oliveira Barros é Psicólogo, Mestre e Doutorando em Psicologia com ênfase em Avaliação Psicológica pela Universidade São Francisco. Bolsista CAPES.
1 Agradecemos a CAPES pela concessão de uma bolsa de doutorado ao terceiro autor deste artigo.

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