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Winnicott e-prints

versão On-line ISSN 1679-432X

Winnicott e-prints vol.1 no.1 São Paulo  2006

 

ARTIGOS

 

Notas sobre o abandono do conceito de pulsão na obra de Winnicott*

 

Notes on the abandonment of the concept of drive in Winnicott's work

 

Leopoldo Fulgencio

Endereço para correspondência

 

 


Resumo

Nesta comunicação pretendo apresentar algumas indicações que mostram que Winnicott abandonou o conceito de pulsão. Primeiro, retomo as críticas de Winnicott aos conceitos de pulsão de vida e de morte; segundo, explicito com mais detalhes que o conceito freudiano de pulsão (Trieb) é um conceito díspar, em sua natureza e conteúdo, do conceito winnicottiano de instinto; e, por fim, numa pequena alusão, comento que Winnicott substituiu o Trieb de Freud por outros conceitos, a saber, os de instinto, necessidade e de desejo.

Palavras-chave: Trieb (instinct or drive, pulsion; pulsão), Metapsicologia, Especulação, Teoria factual.


 

Ao lermos a obra de Winnicott vemos que ele, várias vezes, utiliza o termo Drive, Instinct, Instintual Drive, nunca fazendo menção ao termo alemão Trieb. Alguns autores consideram que Winnicott está simplesmente usando o familiarmente estipulado pela tradução de Strachey das Obras completas de Freud, na qual Trieb foi vertido para Instinct. 1 Pretendo, nessa breve comunicação, oferecer algumas provas que mostram que o conceito de Instinct , em Winnicott, é um conceito diferente de natureza e conteúdos diferentes do conceito freudiano de pulsão (Trieb); mais ainda, que ele abandonou esse conceito freudiano, substituindo-o por outros conceitos.

 

1. Críticas de Winnicott aos conceitos de pulsão de vida (Lebenstriebe) e de morte (Todestriebe)

Um primeiro ponto a ser destacado, para atingir esse objetivo, é o julgamento que Winnicott faz sobre o valor dos conceitos de pulsão de vida (Lebenstriebe) e de morte (Todestriebe). Ele diz de forma clara e direta: "simplesmente não acho válida sua idéia de pulsão de morte [Todestriebe]" (1965va [1962], p. 177; tr. br., p. 161). Numa carta a Money-Kyrle, de 1952, ele explicita claramente qual o motivo de seu incômodo quanto ao uso desses conceitos:

você mais uma vez introduz a pulsão de vida [Lebenstriebe] e a pulsão de morte [Todestriebe]; você diz que, se elas são parte de nossos dons inatos, um mundo perfeitamente mau seria tão possível quanto um perfeito. Esse é um exemplo da maneira como o conceito de pulsão de vida [Lebenstriebe] e de morte [Todestriebe] evita o campo de investigação tão rico do desenvolvimento inicial do bebê. É uma pena que Melanie tenha feito um esforço tão grande para conciliar sua opinião com a pulsão de vida [Lebenstriebe] e de morte [Todestriebe], que são talvez o único erro de Freud. Não preciso lembrá-lo que ele tinha dúvidas a esse respeito quando introduziu o conceito pela primeira vez; e também de que o termo pulsão de morte [Todestriebe] é mal-usado na Sociedade mais que qualquer outro, sendo empregado no lugar das palavras agressividade ou impulso destrutivo ou ódio, de uma maneira que, tenho certeza, teria horrorizado Freud. (1987b, p. 42; tr. br., p. 37)

Winnicott mostra-se até mesmo bem-humorado e espirituoso nos seus conselhos para que seus colegas da Sociedade Britânica de Psicanálise abandonassem as confusões geradas pelo uso dos conceitos de pulsão de vida e de morte. Diz ele a Hans Thorner, em 1966:

Gostaria de dizer, porém, que as coisas ficam confusas, na Sociedade, quando vários termos são usados como se fossem plenamente aceitos. Tenho certeza de que você sabe exatamente o que tem em mente quando diz: "partes perigosas... derivadas da pulsão de morte [Todestriebe]... devem ser expulsas" etc. etc.; eu mesmo não sei o que você quer dizer, e pelo menos metade da Sociedade deve sentir que você está dizendo "pulsão de morte" [Todestriebe], em vez de usar as palavras "agressividade" e "ódio". Você talvez ache que isso não tem importância, e não tem mesmo, no contexto de seu ensaio, mas seria realmente muito útil para a Sociedade se conseguíssemos descobrir uma linguagem comum. Qualquer hora dessas, quando você não tiver nada para fazer, que tal reescrever aquela frase sem usar as palavras "pulsão de morte" [Todestriebe], só por minha causa? (Winnicott 1987b, p. 154; tr. br., p. 134)

 

2. A redescrição do conceito de instinto e o abandono do conceito de pulsão (Trieb)

Não se trata, para Winnicott, de manter os conceitos de pulsão de autoconservação (Selbsterhaltungstriebe) e pulsão sexual (Sexualtrieb), abandonando os de pulsão de vida e de morte. A sua proposta é mais radical: o próprio conceito freudiano de pulsão (Trieb)2 é abandonado. Essa operação conceitual, de grandes conseqüências, é realizada sem muito alarde e não ocorre num único golpe, mas em diversos momentos da sua obra. Podemos considerar que ele faz isso de duas maneiras: primeiro, definindo o que ele chama de instinto, cuja análise mostra uma diferença radical entre o seu conceito e o que Freud denominou Trieb (pulsão); segundo, de maneira mais dispersa em sua obra, substituindo o conceito de Trieb pelos conceitos de instinto, desejo, necessidade de ser e tendência inata à integração.

Freud caracterizou a pulsão (Trieb) como um "conceito fundamental convencional do qual não podemos prescindir" (1915c, SE 14, p. 117), isto é, um tipo de mito que serve como uma orientação para procurar a relação entre os fenômenos e as suas determinações. Note ainda que, para Freud, as pulsões não são forças físicas, mas psíquicas. Não são forças propriamente biológicas, mas uma representação psíquica de uma fonte endossomática ou, ainda, um representante (representans) da fonte endossomática; são concebidas como um conceito limite entre o soma e o psíquico (cf. Freud 1905d, SE 7, p. 167).

Ao definir o que são os instintos, Winnicott escreve em 1954, no seu livro Natureza humana:

Instinto é o termo pelo qual se denominam poderosas forças biológicas que vêm e voltam na vida do bebê ou da criança, e que exigem ação. A excitação do instinto leva a criança, assim como qualquer animal, a preparar-se para a satisfação quando o mesmo alcança seu estágio de máxima exigência. (1988, p. 39; tr. br., p. 57)

Para Winnicott, os instintos não são as pulsões (Triebe) – como poder-se-ia erroneamente supor –, considerando tratar-se apenas de um problema de tradução do termo alemão Trieb. SegundoWinnicott, os instintos não são idéias abstratas ou convenções, mas dados empíricos, excitações corporais que recebem um sentido e que exigem ação para serem satisfeitas. Não é, pois, um conceito especulativo.

Para Freud, o que importa é a representação psíquica da excitação corpórea; é essa representação e o jogo de determinações recíprocas que ocorre entre essa e outras representações que compõem a vida psíquica, dando a dinâmica explicativa que anima os fenômenos. Pode-se dizer, então, que para a psicanálise freudiana, o corpo é praticamente expulso, ficando apenas a representação desse corpo, ou ainda, o afeto que é um representante da excitação corporal correspondente. Segundo Freud, o corpo é um problema da medicina ou da biologia, cabendo à psicanálise não o corpo, mas as suas representações e seus afetos.

Em Winnicott, estamos noutra perspectiva: as vivências e excitações corporais são elaboradas imaginativamente,3 ou seja, as experiências corporais recebem um sentido e esse sentido não é o representante das excitações nem a reapresentação do corpo, mas a qualidade que caracterizará a própria vivência ou excitação. Não se trata, para Winnicott, de um jogo de forças entre as representações ou afetos, mas de uma existência psicossomática que é vivida e significada nas relações inter-humanas, seja do ponto de vista do si-mesmo, seja do ponto de vista das relações do indivíduo com o ambiente.

Na orientação metodológica de Freud, há uma passagem necessária entre a descrição dos fatos clínicos e a elaboração teórica que os concebe (Freud 1916-17, SE 15, p. 67, os itálicos são meus). A adesão ao ponto de vista dinâmico é uma escolha epistemológica e metodológica para Freud, na qual devem ser supostas forças em conflito (apenas duas, equivalentes em dignidade às forças de atração e repulsão) estando na base das concepções sobre as causas dos fenômenos e de seus movimentos. Daí a necessidade de Freud de agrupar os diversos tipos de pulsões4 pertencendo a um ou outro conjunto mais geral, supondo, assim, um único par de forças que englobaria todas as outras – as pulsões de autoconservação ou sexuais – e, mais tarde, aprofundando essa mesma perspectiva, as pulsões de vida e de morte.

Para Winnicott, é irrelevante se estamos diante de um par de instintos ou lidando com um número maior deles (1988, p. 40; tr. br., p. 57).

O ponto de vista dinâmico (ou a dinâmica), para Winnicott, não é o conflito de forças, mas as relações inter-humanas numa história, em termos de seus sentimentos, fantasias, desejos e conflitos – tanto os conscientes como os inconscientes –, ou no que se refere à administração dos instintos.

Quando Freud supôs as pulsões de autoconservação (Selbsterhaltungstriebe) e as sexuais (Sexualtriebe) como forças análogas às que se supunha na vida animal, ele também demarcou5 a diferença entre a noção de Instinkt – que caracterizaria os animais6 – e a de Trieb – que caracteriza o ser humano7 –, considerando que as pulsões não têm a mesma fixidez na determinação dos comportamentos e objetos que os instintos. Segundo Winnicott, não é aí que ocorre a distinção entre os homens e os animais, pois, para ele, não há, num momento inicial, uma diferenciação entre eles (cf. Winnicott 1988, pp. 39-40; tr. br., p. 57). Para Winnicott, o animal humano tem pressões biológicas tal como os outros animais, mas ele dá a elas um significado propriamente humano.8

Dentre esses sentidos especificamente humanos, Winnicott explicita, na sua teoria do amadurecimento pessoal,9 que o homem tem um modo existencial constituído numa relação de dependência absoluta, característica do início da vida, que progride (na saúde) em direção a uma relação de dependência relativa para, depois, uma independência relativa, retornando a um segundo estado de dependência relativa (na velhice), o que dá um sentido temporal e relacional à existência, não encontrável, dessa maneira, noutros animais.

Um outro aspecto que diferencia o ser humano dos outros animais pode ser reconhecido a partir de um dos aspectos do que Winnicott denominou de fenômenos transicionais. No artigo "O lugar em que vivemos", ele coloca a questão: "O que estamos fazendo enquanto ouvimos uma sinfonia de Beethoven, ao visitar uma galeria de pintura, lendo Troilo e Cressida na cama, ou jogando tênis? Que está fazendo uma criança quando fica sentada no chão e brinca sob a guarda da mãe? Que está fazendo um grupo de adolescentes, quando participa de uma reunião de música popular?" (1971q, p. 105; tr. br. 147). Ele ressalta, então, que há, nesse sentido, uma outra pergunta mais fundamental a ser feita, que diz respeito a "onde estamos nesse momento (se é que estamos em algum lugar)" (ibid.) Para ele, a distinção entre interno e externo, bem como a noção de sublimação, não são suficientes para abordar esse problema. Diz Winnicott:

Já utilizamos os conceitos de interno e externo e desejamos um terceiro conceito. Onde estamos, quando fazemos o que, na verdade, fazemos grande parte de nosso tempo, a saber, divertindo-nos? O conceito de sublimação abrange realmente todo o padrão? Podemos auferir algum proveito do exame desse tempo que se refere à possível existência de um lugar para viver, e que não pode ser apropriadamente descrito quer pelo termo "interno" quer pelo "externo"? (1971g, pp. 105-106; tr. br., p. 147)

Para ele, não estamos nem no mundo externo nem no interno, mas num outro mundo diferente destes, um mundo que é, ao mesmo tempo, criado por nós e encontrado no exterior. E, no que se refere aos animais, ainda que nestes possa existir algo desse tipo, não encontramos a mesma possibilidade de criar-encontrar um "lugar para viver" tal como ocorre com o homem.10

 

3. A substituição do conceito de pulsão (Trieb)

O abandono do conceito de pulsão (Trieb) e a redescrição do conceito de instinto também corresponde à substituição desses conceitos por outros, não só outros em termos de conteúdo, mas também de outra natureza epistemológica. Loparic, ao explicitar a redescrição da teoria da sexualidade feita por Winnicot, comenta essa modificação:

O lugar do conceito especulativo de pulsão [Trieb] é ocupado por, pelo menos, três conceitos radicalmente distintos entre si, mas todos referentes à experiência possível de um bebê humano: 1) o de necessidade (need) do indivíduo humano de continuar crescendo e de ser si-mesmo – de onde surgem todas as outras necessidades da vida humana que só podem ser atendidas a partir da identificação da mãe com seu bebê –, 2) o de instinto (instinct) ou de drive (impulso) biológico – de onde se originam as pressões pela satisfação e pela recompensa na forma do prazer11 – e 3) o de desejo (wish), relacionado à fantasia sofisticada.12 Como sugeri num trabalho anterior [Loparic 2000], as necessidades e instintos podem ser englobados sob o título de urgências, e a vida humana pode ser caracterizada pela urgencialidade, ao invés de pela pulsionalidade. (Loparic 2005, p. 270)

Não cabe aqui desenvolver uma análise sobre cada um desses conceitos que, juntos, substituem o conceito de pulsão, mas tão somente indicá-los explicitando um quadro para que sejam no futuro analisados.

 

Referências

Dias, Elsa O. 2003: A teoria do amadurecimento de D.W. Winnicott. Rio de Janeiro, Imago.         [ Links ]

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____ 1905d: Three Essays on the Theory of Sexuality. SE 7.         [ Links ]

____ 1915c: "Instincts and their Vicissitudes". SE 14.         [ Links ]

____ 1916-17: A General Introduction to Psychoanalysis. SE 15 e 16.         [ Links ]

Heidegger, Martin 2003 [1983]: Os conceitos fundamentais da metafísica. Mundo, finitude, solidão. Rio de Janeiro, Forense Universitária.         [ Links ]

Laplanche, Jean 1970: Vie et Mort em Psychanalyse. Paris, Flammarion.         [ Links ]

Loparic, Zeljko 1999b: "O conceito de Trieb na filosofia e na psicanálise". In: Machado 1999.         [ Links ]

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______ 2005: "Elementos da teoria winnicottiana da teoria da sexualidade". Natureza humana, vol. 7, n.2, pp. 250-285.         [ Links ]

Machado, Jorge A. T. (org.) 1999: Filosofia e psicanálise: um diálogo. Porto Alegre, EDIPCRS.         [ Links ]

Winnicott, Donald 1965b: The Maturational Processes and the Facilitating Environment. London, Karnac Books, 1990. [Trad.bras.: O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1983]         [ Links ].

_____ 1965va [1962]: "A Personal View of the Kleinian Contribution", in Winnicott 1965b.         [ Links ]

_____ 1971a: Playing and Reality. London, Tavistock Publications, 1996. [Trad.bras.: O brincar e a realidade. Rio de Janeiro, Imago,         [ Links ] 1975]

_____ 1971q: "The Place where We Live", in Winnicott 1971a.         [ Links ]

_____ 1987b: The Spontaneous Gesture, Selected Letters. London, Karnac Books, 1999.         [ Links ]

_____ 1988: Human Nature. Levittown, Brunner/Mazel, 1988.         [ Links ]

_____ 1989a: Psycho-Analytic Explorations. Cambridge/Massachusetts, Harvard Universities Press, 1992.         [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
E-mail: leopoldo@centrowinnnicott.com.br

Enviado em 15/04/2006
Aprovado em 30/06/2006

 

 

* Comunicação apresentada no XI Colóquio Winnicott. Criatividade e Experiência Cultural, ocorrido na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, de 26-27 de maio de 2006.
1 Para distinguir os conceitos freudianos dos winnicottianos – especialmente a distinção entre o conceito de Trieb (e seus derivados), em Freud, e o de Drive ou de Instinct, utilizados por Winnicott – indicarei os termos em alemão para bem caracterizar quando estou me referindo aos conceitos propostos por Freud. conteúdos diferentes do conceito freudiano de pulsão (Trieb); mais ainda, que ele abandonou esse conceito freudiano, substituindo-o por outros conceitos.
2 Cf., em Loparic 1999b uma análise do termo Trieb na história da filosofia alemã e da psicanálise.
3 Uma análise mais detalhada do conceito de elaboração imaginativa na obra de Winnicott pode ser encontrada em Loparic 2000.
4 No início do processo de desenvolvimento da sexualidade, estas são caracterizadas por ele como parciais.
5 Como foi explicitado na literatura secundária. Veja, por exemplo, a nota de Strachey na introdução ao "As pulsões e suas vicissitudes", nas obras completas de Freud em inglês, e os comentários de Laplanche em Vida e morte em psicanálise.
6 Produzindo comportamentos mais rigidamente determinados, bem como objetos fixos para que esses instintos pudessem ser satisfeitos.
7 A qual, diferentemente dos instintos, não teria a mesma rigidez nas suas determinações, nem na determinação dos seus comportamentos nem na dos objetos passíveis de uso para sua satisfação.
8 Para uma compreensão do que winnicott chama de animal humano e do conceito de elaboração imaginativa, que é a maneira como o ser humano dá sentido às suas vivências corporais, veja Loparic 2000.
9 Winnicott apresenta uma teoria do amadurecimento pessoal que redescreve e engloba a teoria da sexualidade freudiana. Cf. em Dias 2003 e Loparic 2005 uma análise detalhada da teoria do amadurecimento.
10 Um possível aprofundamento dessa perspectiva do homem como criador do mundo no qual vive poderia ser desenvolvida apoiada numa análise de Heidegger sobre o que é o mundo para o homem, no qual diferencia o que ocorre com uma pedra, um animal e o homem, afirmando que a pedra é sem mundo, o animal é pobre de mundo e o homem é um formador de mundo. Cf. Heidegger 2003 [1983], pp. 205- 208.
11 "A idéia da ‘adaptação materna suficientemente boa às necessidades do bebê’ não deve ser confundida, diz Winnicott, com ‘o conceito de satisfação, pela mãe, dos impulsos instintuais’ (1989a, p. 242; tr. br., p. 188)". Nota de Loparic.
12 "Esses três tipos de ‘tendência’ são enumerados em 1989a, p. 256, nota; tr. br., p. 199. Faço constar que o termo winnicottiano drive é traduzido erroneamente por ‘pulsão’". Nota de Loparic.

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