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Mental

versão impressa ISSN 1679-4427versão On-line ISSN 1984-980X

Mental v.2 n.3 Barbacena nov. 2004

 

ARTIGOS

 

O gozo cínico do toxicômano

 

The cynical joy of the drug addict

 

 

Inez LemosI, * , Marina Passos (tradução)

IGrupo de Estudos Psicanalíticos de Belo Horizonte

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O artigo discute o papel da ciência na produção da toxicomania. Enfoca o gozo cínico do toxicômano, no qual a droga opera como um gadget. Identifica no declínio do pai simbólico o rompimento do toxicômano com o gozo fálico. E aponta algumas diferenças entre alcoolismo e toxicomania.

Palavras-chave: Toxicomania, Discurso, Da ciência, Gozo, Cinismo, Função paterna.


ABSTRACT

The article argues the paper of science in the production of the drug addiction. It focuses the cynical joy of the drug addict, where the drug operates as one gadget. It identifies in the decline of the symbolic father the disruption of the drug addict with the phallic joy. And it indicates some differences between alcoholism and drug addiction.

Keywords: Drug addiction, Speech of science, Joy, Cynicism, Paternal function.


 

 

A toxicomania e o discurso da ciência

Apesar de sabermos que o uso das drogas (a mania phármakon) remonta à Antigüidade clássica e atravessa o século XIX com poetas como Baudelaire fazendo, em Paraísos artificiais, a defesa do haxixe e do ópio como drogas próprias a criar o que ele chamava de "ideal artificial", o que interessa nesse particular é levantar os diferentes aspectos da toxicomania na pós-modernidade. A toxicomania, como "método químico de intoxicação", é prova cabal do efeito do discurso da ciência nos interstícios do saber, que cria um novo produto tanto para o mercado de bens, como para o mercado do gozo.

No contexto de uma sociedade de consumo, na qual não há saber que resista ao efeito corrosivo da atuação do mercado, a toxicomania ocupa um lugar de fragilidade, de vulnerabilidade. A sociedade contemporânea, por meio da ação espetacular da mídia eletrônica, sufoca qualquer produção de subjetividade que esteja fora de seu alvo. A ciência opera uma fratura na significação, uma nova forma de gozo para o sujeito, um mais-de-gozar particular, uma relação diferente com o real e com o Outro. Como escreve Lacan1 , citado por Jésus Santiago:

"Esse novo meio de gozar, ao envolver o sujeito, exige mudanças no Outro, mudanças de valor, de organização das escolhas, de preferências, de méritos, finalmente, do que carece de uma estrutura ordinal ou, mesmo, cardinal do Outro." (Lacan, apud Santiago, 2001)

Estamos vivenciando transformações no Outro e nos sintomas, que acabam sendo alvo do saber e do mercado phármakon como um todo. A mudança operada no Outro pela ciência coloca a toxicomania como um mais-de-gozar singular. Se a toxicomania é um efeito do discurso da ciência, ela surge como uma nova forma de sintoma, cuja especificidade está na toxicomania como substituto artificial às formas usuais do sintoma neurótico. E as drogas como produtos de uma descontinuidade no real, operada pela ciência, que está interessada em jogar no mercado seus gadgets.

As drogas atuam como uma nova forma de responder ao sofrimento. O toxicômano é aquele que não quer saber, que não se submete a nenhum interdito, que se inscreve em um mais-de-gozar absoluto. Todo sujeito inscrito na função fálica é portador de uma perda primordial de gozo. A prática da auto-aplicação visa reduzir o campo de ação do Outro, o que coloca o toxicômano longe do desejo do Outro. O gozo do toxicômano se dá inseparável do próprio corpo. Não passa pelo corpo do Outro, o que o torna cínico. O cínico é aquele que goza à revelia do corpo do Outro.

Lacan vai estabelecer distinção essencial entre o prazer e o gozo, residindo este na tentativa permanente de ultrapassar os limites do princípio de prazer. Esse movimento, ligado à busca da coisa perdida que falta no lugar do Outro, é causa de sofrimento, que nunca erradica por completo a busca do gozo. Desenvolvendo, no artigo Kant com Sade, a idéia de uma equivalência entre o bem kantiano e o mal sadiano, Lacan pretende mostrar que o gozo se sustenta pela obediência do sujeito a uma ordem, que o conduz a abandonar seu desejo, e a se destruir na submissão ao Outro. O conceito de gozo está relacionado com a lei, que pode ser uma relação de desafio, submissão ou desdém.

 

A toxicomania e o gozo cínico

O toxicômano é um sujeito que recusa o gozo fálico. Ele é um sujeito que não se submete ao gozo universalizado da civilização. O gozo fálico é o que se sustenta nas relações de poder, de competição social e nas relações de trabalho que envolvem dinheiro, produção e poder. O toxicômano é aquele que se recusa a participar dessas relações, colocando-se à margem delas. É um demissionário do falo. Se ele recusa o gozo fálico, seu gozo é um gozo mortífero. O que equivale dizer: o significante mestre do toxicômano é a morte.

A frieza diante da iminência da morte traz a sensação de que existe algo de cínico no gozo dos toxicômanos. Para Oscar Wilde, "cinismo é a arte de ver as coisas como são em vez de como deveriam ser."2 O conceito de cinismo que nos interessa é diferente do conceito clássico do cinismo de Diógenes, que previa alguma contestação ao se masturbar em público. O cinismo da pós-modernidade está preso ao gozo individual, quando cada um quer cultivar o seu, independentemente de ser subversivo ou não. O que revela uma destituição de valores e de ideais. A imagem do gozo pós-moderno vem destituída do simbólico:

"O atalho cínico para a felicidade não pede, portanto, nem longos discursos, nem conhecimentos, mas um domínio do corpo capaz de evitar os dois maiores inimigos do homem: o prazer e o sofrimento." (Santiago, 2001, p.157)

Se, no gozo cínico do toxicômano, o fantasma não participa, ele deixa de ser um sintoma, e passa a ser um gozo patológico. Aqui, o mal-estar da nossa civilização se apresenta também de forma cínica, quando a lei do mais esperto torna-se emblemática do discurso do malandro. Lembramos que não há prática social que não esteja sustentada por um discurso. É quando o cinismo encarna a moral iluminista, tematizada em suas normas e regras universais, revelando sua própria ineficácia.

Em época alguma o programa kantiano de uma moral de princípios foi tão propagado, e por sua vez nunca se colocou tão distante da mentalidade de uma época. Se estamos cada vez mais nos distanciando do ideal socrático - "é melhor sofrer um mal que fazê-lo" -, significa que o ideal de homem e de gozo também se distanciou do ideal kantiano de moral. Na toxicomania, o sujeito rompe com as relações sociais e casa com a droga. O casamento com a droga representa o enlaçamento com o Um, com o absoluto, quando o Outro não mais faz parte. Nessa união, o sujeito aparece totalmente integrado com seu objeto/parceiro (droga). Gozar com a droga é diferente de gozar com o sexo, pois o gozo cínico rompe com o gozo fálico, com a fantasia, sem realizar a foraclusão do nome-do-pai. A fantasia, ao se colocar fora do gozo cínico, também o coloca fora da perversão, já que a fantasia é parte integrante do gozo do perverso.

"Do ponto de vista da estrutura do sintoma, tudo nos leva a falar de perversão, mesmo que seja uma perversão um pouco especial, na qual o objeto não é representativo, o objeto vem mesmo negar o falo. É uma perversão especial à medida em que a existência do sujeito é mantida no jogo de uma economia do fort-da, enquanto objeto exclusivo e privilegiado." (Baptista, 1997, p.40)

Talvez o que o cínico gostaria de avisar a todos (se tal identificação não fosse um ato inconsciente) é que ele é a sua pulsão. O que ainda o diferencia do perverso, que submete sua pulsão ao Outro. Uma vez que vivemos numa razão cínica, vivemos também uma crise da canalhice, pois, com a crise de ideais, fica difícil os canalhas dominarem a cena, porque dominar é ter segurança na sustentação dos ideais. Campanário (2000, p.69) ressalta: "Lacan tem uma definição muito precisa do canalha: é aquele que tenta se fazer de Outro para alguém, dominar o gozo do Outro. Lacan chamava, por isso, os filósofos de canalhas."

Nesse particular, o cínico lembra o canalha, para quem o Outro também não conta. A canalhice começa quando um passa a se aproveitar da credulidade neurótica do Outro, quando cede ao desejo de usufruir do Outro, manipulá-lo. Tudo isso vem colocar a toxicomania no rol das patologias do ato, longe de ser um sintoma. Já para Jésus Santiago,

"[...] o ato do cínico não se confunde com a atitude imoral do canalha, como o quer a opinião corrente, e constitui-se mais pela ocupação do gozo do corpo fora do laço social. O cínico moderno, ao contrário do sábio cínico, não tenta fazer uma lei ética de seu modo de gozo. Ele se satisfaz com sua própria maneira de gozar - à margem, no seu canto, não tem a menor intenção de demonstração." (Santiago, 2001, p.159)

A sociedade e o mercado não se auto-regulam eticamente, eles requerem uma política de ética que o faça. São os valores que definem os interesses, e não os interesses a definir os valores. Com tantos deslocamentos dos cânones morais, não estaríamos vivendo uma realidade sustentada pelo discurso do cínico? No totalitarismo narcísico, somente eu posso gozar mais de tudo e de todos. A droga mercadoria deve ser consumida como um gadget, um produto fashion. Nas relações interpessoais, como nas econômicas, o ideal consumista se sustenta na crença de um objeto sempre disponível, passível de ser adquirido sem interdito, num gozo absoluto. Eis a expectativa explícita do toxicômano: o reencontro, no real, do objeto perdido do gozo.

O que diferencia o alcoolismo das toxicomanias é justamente o objeto de gozo. O gozo do alcoólatra é o gozo fálico. O álcool como sustentação viril. É isso que coloca o alcoolismo na esfera das patologias socialmente aceitas, ao contrário da toxicomania, na qual o objeto em questão não é o falo, razão pela qual é vista como perversa, estranha, irreverente, depositada entre as patologias não aceitas socialmente. Quando a abordagem se realiza fora da castração, sem fantasma, direto no real, temos o gozo mortífero, pois a dimensão sexual foi foracluída. É quando o real recebe uma interpretação não sexual, como a morte, que está fora de significação. Não existe significante que represente a morte. A morte só existe no real. Com o recrudescimento das toxicomanias, estamos assistindo ao triunfo do gozo não metaforizado, o gozo que não é regido pelo significante, e que produz o sujeito assujeitado, dependente e escravizado a esse objeto de gozo. Já o alcoolismo pode ser visto como uma tentativa imaginária de garantir um enlaçamento entre o real, o imaginário e o simbólico.

 

Considerações finais

O sucesso da droga na pós-modernidade deve ser concebido no contexto de declínio do nome-do-pai, do declínio acentuado do pai simbólico. O rompimento do toxicômano com o gozo fálico remete, inevitavelmente, à metáfora paterna. O declínio do pai simbólico revela um declínio na produção dos significantes mestres. É o significante que produz o sujeito. A dificuldade na capacidade de fantasiar provoca empuxo ao gozo. A fantasia reduz o gozo. A droga evita a falta que se tornou insuportável, é busca de completude. E exemplo cabal da falência do simbólico, como da fantasia, nas relações sociais, quando o comportamento do sujeito toma o lugar do simbólico. Ele atua no real para tentar expressar alguma coisa que não foi possível ser realizada no simbólico. Sem um significante que o sustente, não há sujeito no real.

A agressividade, re-situada, já não se inscreve apenas no campo pulsional: dele saímos para o campo do gozo. A agressividade se torna egóica para fundar um espaço próprio. Não é o único caminho, mas tanto quanto menos simbolicamente um sujeito se ache garantido, tanto mais vai apelar para outras formas de gozo. A droga, como também a religião, é efeito do desamparo infantil frente à substituição da autoridade paterna. Deus é um substituto do pai. A questão é a relação do jovem contemporâneo com a lei. Como nos lembra Freud, "a relação pessoal com Deus depende da relação com o pai; no fundo, Deus nada mais é que um pai glorificado."3

Interessa investigar a raiz neurótica dessa "angústia do pai". Parte da raiz da delinqüência juvenil está assentada sobre essa reminiscência neurótica do desamparo original. Quando a delinqüência, expressada muitas vezes na toxicomania, não responde apenas como uma questão singular, passando a ser um fenômeno social, temos a revelação de uma transformação na economia do gozo. Estamos diante de uma mutação cultural, quando presenciamos a emergência de um novo estatuto de gozo. É próprio de toda cultura criar formas de ordenação do gozo.

Vários são os nomes-do-pai: Deus, moral, ciência, religião, arte, trabalho. Deve haver sempre um lugar simbólico que sustente o sujeito em sua relação com o objeto de satisfação. Uma vez que não se trata de perversão, toda sociedade requer uma normatização. À medida que estamos vivendo numa cultura hedonista, que suprime qualquer dimensão de sacrifício, o estatuto do gozo se modifica. Os toxicômanos de hoje são frutos de uma geração que, preocupada em romper com os interditos morais, acabou criando as condições para uma apologia do monopólio do gozo. Um ideal de sociedade onde os jovens tudo podem realizar. Com isso criamos uma sociedade doente. E a toxicomania, de sintoma passou a doença. "Todos sabemos, é necessário dizer, o quanto a realização harmoniosa do gozo é igualmente sinônimo de boa saúde." (Melman, 2000, p.108)

É nesse sentido que a toxicomania deixa de ser um assunto de delinqüência e passa a ser um assunto de terapêutica. O corpo do toxicômano é um corpo no real, privado da possibilidade de uma referência. Nesse sentido é que é um corpo doente, pois o gozo do toxicômano faz parte de um momento em que se está em estado de falta. A interdição é parte inerente da economia do gozo do toxicômano. Ele ama o estado de falta porque dele goza. Isso explica porque os toxicômanos não têm como prática o armazenamento da droga, como também porque toda política de interdição do uso da droga está destinada ao fracasso. Se não convém liberar o uso da droga, pelo menos deveríamos medicalizá-la.

Com isso, concluímos que o toxicômano é um não-castrado. Representa o falo da mãe em seu pacto de morte. E castração é perda, é falta, é limite à onipotência do desejo. Resta a pergunta: como fica a clínica psicanalítica diante do gozo cínico do toxicômano? Entre os impasses, o primeiro desafio começa na transferência, na qual reside a chance de se instaurar uma relação que propicie a estruturação narcísica. O objetivo é chegar a uma triangulação simbólica que opere como função paterna. Como analistas, devemos encetá-lo numa ordem cultural que cumpra com a metáfora da castração simbólica, provocando-lhe outras alternativas de prazer. Ou melhor, deslocá-lo de seu gozo no real, jogando-o em devaneios fantasísticos.

Ao analista resta operar, junto ao toxicômano, a construção de suas fantasias, barrando o empuxo ao gozo. Alguns psicanalistas não vêem com muito otimismo a contribuição da psicanálise na terapêutica da toxicomania. No geral, não acreditam que a civilização poderia esperar muito do psicanalista no que diz respeito ao toxicômano, pois sua primeira iniciativa não é a de procurar por análise quando se descobre dependente.

 

 

Referências

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Endereço para correspondência
Inez Lemos
Rua Canaanm 560/502 - Grajaú
30430-550 Belo Horizonte - MG
E-mail: mils@gold.com.br

Recebido em 13/07/2004

 

 

* Psicanalista, sócia do Grupo de Estudos Psicanalíticos de Belo Horizonte, Consultora em educação e articulista do jornal Estado de Minas.
1LACAN, Jacques. Le Séminaire - Livre XVI: D'un autre à l'autre [inédito]. In SANTIAGO, Jésus. A droga do toxicômano: uma parceria cínica na era da ciência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001, p.60.
2WILDE, Oscar. Sebastian Melmoth (1904), apud GOLDENBERG, Ricardo. No círculo cínico ou Caro Lacan: por que negar a psicanálise aos canalhas? Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2002, p.55.
3FREUD, S. (1913) Totem e tabu. In Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1969, p.176, vol.XII.

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