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Mental

versão impressa ISSN 1679-4427

Mental vol.8 no.15 Barbacena dez. 2010

 

EDITORIAL

 

 

A cada ano, o CNPq, em parceria com a CAPES, tem aberto regularmente seus Editais com o objetivo de financiar a editoração de revistas científicas brasileiras. Neste último ano, tivemos a surpresa de que o aumento dos recursos atingiu 20% a mais do que vinha sendo concedido em anos anteriores, chegando à cifra dos R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais), sendo 50% proveniente do CNPq e 50% da CAPES.

Não podemos deixar de reconhecer os esforços das agências de fomento por esse mérito.

Como editor de uma revista em circulação há sete anos na área das ciências humanas, tenho conhecimento, por parte das agências, dos critérios técnicos utilizados para o deferimento ou não dos recursos destinados às revistas científicas brasileiras, mesmo sendo descritos nos editais quando abertos. Por exemplo, no final deste ano que se finda, o edital contou com a colaboração de uma comissão designada pelos órgãos, como em anos anteriores, da mais alta qualificação acadêmica, princípio inquestionável. Isso pode deixar dúvidas, porém, de como foram selecionadas as revistas classificadas ou não, quando se pensa no tempo, para que pudessem passar por este processo, considerando-se o número de pedidos de financiamento de diferentes editores das revistas brasileiras e o número de membros da comissão de avaliação que, volto a afirmar, é de conhecimento científico inquestionável. Da abertura do edital MCT/CNPq/MEC/CAPES Nº 68/2010, em 25 de outubro de 2010, ao fechamento do mesmo, em 8 de dezembro de 2010, podemos considerar razoável que nós, editores, enviássemos nossas propostas. O que gostaria de refletir com os leitores deste edital é o curto tempo dispensado para avaliação das propostas, pois "já" no dia 20 de dezembro de 2010, exatamente 12 dias correntes após o fechamento do edital, o resultado já estava disponível no site do CNPq, com o recurso de R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais) - sendo 50% proveniente do CNPq e 50% da CAPES - distribuído entre as propostas das revistas aprovadas. Tivemos nossa revista mais uma vez não contemplada, após a elaboração da proposta, à custa de trabalho e dedicação de um editor que tem debruçado sobre as políticas de editoração científica, que tem prestado humildemente estratégias na formação de novos editores científicos brasileiros, parceiro incondicional das maiores associações de editores científicos brasileiros, como a Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC), e da ABECIPSI (Associação Brasileira de Editores Científicos de Psicologia), sendo este editor seu primeiro presidente e membro fundador. 

Atuante na qualificação de outros tantos psicólogos e estudantes de Psicologia interessados na editoração científica e na ética da publicação em vários congressos de nível regional, nacional e internacional, tenho sido frequentemente convidado a proferir palestras, mini-cursos e a participar de seminários de âmbito regional, nacional e mesmo internacional.

Essas considerações devem ser pensadas (se já não o foram por tantos outros editores brasileiros de diferentes áreas do conhecimento científico), pois a resposta que tive para a solicitação do financiamento - conforme o edital do CNPq, em relação à revista Mental dos cursos de Psicologia da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) - é incipiente na explicação para o indeferimento dos recursos. Porém, somos otimistas em relação à sobrevivência da revista Mental, pois sabemos da contribuição da mesma para pesquisadores nas áreas da saúde mental e, em especial, para os colegas psicólogos e futuros psicólogos. Continuamos com todas as dificuldades financeiras que as instituições universitárias vêm atravessando ao longo dos anos, aguardando ansiosos para um novo governo que se instala no ano vindouro e estamos esperançosos de que as políticas do ensino superior vão se fortalecendo. Enquanto isso, a UNIPAC, incansável em seu compromisso na qualidade de seus objetivos, continua  insistindo em manter sua contribuição para o desenvolvimento da pesquisa em sua produção e comunicação científica, somando forças junto a tantas outras instituições de ensino superior, permanecendo comprometida com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia brasileira. 

 

 

Sebastião Rogério Góis Moreira
Editor da Revista

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