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Vínculo

versión impresa ISSN 1806-2490

Vínculo v.5 n.1 São Paulo jun. 2008

 

ARTIGOS

 

Sofrimento psíquico em uma instituição pública: entre o cuidado e a violência

 

Psychological distress in a public institution: between care and violence

 

Sufrimiento psíquico en una institución pública: entre el cuidado y la violencia

 

 

Domenico Uhng HurI, 1; Ismênia de Camargo e OliveiraII, 2; Mirna Yamazato KodaIII, 3

I Universidade de São Paulo. Brasil
II Departamento de Psicanálise do Sedes Sapientiae. São Paulo – Brasil
III Universidade São Francisco. São Paulo – Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Neste artigo analisamos o atendimento institucional fornecido pelo LAPSO – Laboratório de Estudos em Psicanálise e Psicologia Social - a um grupo de técnicos de uma Instituição Pública de saúde, mais especificamente de Vigilância Sanitária, que chamamos de IVS. Realizamos dez grupos operativos e notamos um grande sofrimento psíquico dos técnicos ao desenvolver o seu ofício perante a contradição entre ser o sujeito do cuidar e o sujeito da violência. Também constatamos a depositação dos problemas vividos em uma determinada “classe institucional”: nos laçadores, que eram culpabilizados por muitas das vicissitudes cotidianas. 

Palavras-chave: Psicanálise de grupos, Instituição, Análise transicional, Bio-política.


ABSTRACT

In this article we analyze the institutional attendance provided by LAPSO to a group of techniques of a Health Public Institution of sanitary vigilance, that we call IVS. We realized ten operative groups and we noted a psyquic suffering of the techniques to do their work in front of the contradiction between being the subject of attendance and the subject of violence. We verify the depositation of the experienced problems in a determinate institutional class: the lassoers, which are guilted for a large of the quotidian vicissitudes.

Keywords: Groups psychoanalysis, Institution, Transitional analysis, Biopolitics.


RESUMEN

En ese articulo analizamos el atendimiento institucional del LAPSO para un grupo de técnicos de una Institución Pública de salud, de Vigilancia Sanitaria, que llamamos de IVS. Realizamos diez grupos operativos y percibimos un grán sufrimiento psíquico de los técnicos en desarollar su trabajo delante de la contradiccion entre ser lo sujeto de lo cuidar y lo sujeto de la violencia. También constatamos la depositación de los problemas vividos en una determinada clase institucional: en los lazadores, que eran culpabilizados por muchas de las vicisitudes cotidianas.

Palabras clave: Psicoanálisis de grupos, Institución, Análisis transicional, Biopolítica.


 

 

O Laboratório de Estudos em Psicanálise e Psicologia Social (LAPSO) , pertencente ao Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, durante muitos anos ofereceu cursos de Atualização e Aperfeiçoamento a profissionais que trabalham em Saúde, em instituições privadas e públicas. Tais encontros permitiram a inauguração de um espaço onde os trabalhadores de diversas instituições e de várias especialidades pudessem, além das trocas de experiências sobre teoria e técnica, refletir também acerca das dificuldades e sofrimentos gerados no cotidiano de suas instituições.

No presente artigo, vamos apresentar uma análise sobre o trabalho desenvolvido junto a uma instituição pública de saúde, voltada para a vigilância sanitária, localizada em um município do Estado de São Paulo (aqui utilizaremos a denominação de Instituição de Vigilância Sanitária - IVS).

Fomos procurados por um grupo de trabalhadores dessa instituição, que buscava ajuda para superar as dificuldades e impasses lá vividos. Tivemos três encontros iniciais no intuito de conhecer as principais queixas. A demanda por parte desses trabalhadores era a construção de um espaço onde pudessem compreender melhor a dinâmica da instituição de trabalho, discriminando aquilo que é do âmbito institucional daquilo que é do âmbito pessoal, posto que a sobreposição desses espaços gerava um movimento culpabilizante e de grande nível de sofrimento

A partir destes encontros houve o pedido para que desenvolvêssemos um trabalho institucional a partir do qual as dúvidas e angústias pudessem ser compartilhadas, possibilitando o encontro de soluções e diminuindo o sofrimento psíquico gerado pelo trabalho rotineiro. Realizamos encontros quinzenais4, com um grupo de trabalhadores da IVS, por seis meses. Utilizamos como método de investigação-intervenção o grupo operativo, segundo as concepções de Pichon-Rivière. Desse modo, trabalhamos com os emergentes grupais sempre em busca da relação razão/afeto, da apreensão daquilo que subjaz aos conflitos grupais. Também nos utilizamos da obra de René Käes sobre grupos e instituições, para a compreensão dos fenômenos institucionais.

 

A IVS: sua história

A IVS é um serviço ligado diretamente à Secretaria Municipal de Saúde, contudo não possui uma articulação mais orgânica com o restante da rede pública de saúde. A equipe de trabalhadores dessa instituição é composta por médicos veterinários, farmacêuticos, biólogos, psicólogos, pessoal operacional e administrativo. Participaram do grupo operativo seis técnicos da IVS, sendo que um deles participava diretamente da administração da instituição.

Falar da dinâmica psíquica implicada no funcionamento institucional da IVS nos leva a retomar a história da instituição a partir da sua origem. Sua criação, há mais de 30 anos, se deu em função da epidemia de raiva que assolava a região nessa época. Sua atividade principal era a vacinação e a captura de animais, ficando assim associada, na representação da população, com a “carrocinha” e a figura do laçador (funcionário que captura os cães na rua).

Tomando a sociedade como “um tecido de instituições que se interpenetram e se articulam para regular a produção e a reprodução da vida humana sobre a terra e a relação entre os homens” (BAREMBLITT, 1996, p.29), consideramos a IVS como parte dessa trama institucional, possuindo um lugar e uma função na regulação social mais ampla. Assim, podemos compreender a complexidade implícita nos processos de transformação pelos quais a instituição passa. Alterar seu funcionamento e objetivos passa por questionar, em última instância, seu mandato social, isto é, o sentido de sua existência na dinâmica social.

A IVS, como dispositivo criado dentro da lógica da vigilância epidemiológica e sanitária tem como objetivo garantir a saúde dos humanos contra agravos que possam ser provocados por insetos e animais. Tanto a vigilância epidemiológica como a sanitária são estratégias que remontam ao desenvolvimento da medicina como prática social reguladora dos cuidados com a saúde.

Tal prática, ao mesmo tempo em que busca a manutenção da saúde das populações, engendra processos de normalização tanto do indivíduo como dos coletivos. Aquilo que denominamos medicina social surge entre os séculos XVIII e XIX, num contexto de desenvolvimento e consolidação do Capitalismo, e passa a encarar o corpo como força de produção e de trabalho. “O controle da sociedade sobre os indivíduos não se opera simplesmente pela consciência ou pela ideologia, mas começa no corpo, com o corpo. Foi no biológico, no somático, no corporal que, antes de tudo, investiu a sociedade capitalista. O corpo é uma realidade bio-política. A medicina é uma estratégia bio-política.” (FOUCAULT, 1993, p.80). O processo de normalização aí posto configura determinadas modalidades de exercício de poder sobre os corpos e os hábitos. Configura um sistema de controle sobre os processos de adoecimento e cura, sobre a vida e a morte. Tal controle não se faz sem certa dose de violência5. Presenciamos tal dinâmica no funcionamento da IVS, que tem a tarefa eminentemente bio-política de atuar diretamente sobre os corpos animais e dos humanos, ou seja, sobre o que Agamben (1996) chama de vida nua.

A irrupção da gestão da vida nua nas políticas de saúde pública, ou seja, da bio-política, traz uma tensão entre o sistema de atendimento público do Estado e a população atendida. Nas discussões do grupo, é recorrente a referência às dificuldades na relação com os munícipes. Dentre outras coisas, eles citam o trabalho de apreensão dos animais (carrocinha) que, associado a um ato de violência, é mal visto pelas pessoas, e a retirada de animais da população pobre que vive em condições de extrema precariedade. Esses animais, muitas vezes, acabam por se constituir como últimos laços de afeto de moradores de rua ou de pessoas que vivem isoladas em suas casas.  A violência de se retirar o único apoio para essas pessoas revela o embrutecimento necessário para o exercício das tarefas diárias. Os trabalhadores da IVS se queixam da impotência frente a essa situação, em que muitas vezes a solução é realizar o trabalho de remoção desses animais de modo absolutamente impessoal, ou então, mudar de setor, evitando o trabalho externo.

É interessante observar que o trabalho de captura dos animais sofre um processo de estigmatização por parte de outros setores da própria IVS e da população em geral.

A partir dos grupos, percebemos que a violência afeta também os técnicos do local. Por exemplo, uma atividade que provoca grande sofrimento institucional é o processo de eutanásia. Os animais capturados são mantidos na instituição por algum tempo, alguns são adotados e a maior parte é sacrificada. Desse modo, o ato de capturar os animais, tratá-los por algum tempo e depois exterminá-los gera conflitos para os funcionários. São os veterinários que precisam matar os cães e esta experiência é vivida como muito violenta, acarretando culpa: “aqui eu mato, mas na clínica particular eu salvo”. Esses conflitos são vividos como pessoais sem que os funcionários possam se dar conta da dimensão institucional e social. Em um dos nossos encontros uma pessoa se emocionou ao perceber que determinado problema não era dela, mas da instituição.

Percebemos que há uma violência implícita na própria vocação institucional: para o saneamento da saúde pública há necessidade de se matar animais como cães e gatos, que geralmente despertam o afeto humano. O mais cruel, talvez, é que os próprios veterinários, cuja profissão é cuidar dos animais, são obrigados a matá-los. Assim, os fundamentos históricos e sociais da instituição estão intimamente associados à produção de sofrimento. É dessa violência necessária e fundadora da IVS, dessa tarefa bio-política, desse policiamento sobre os corpos que os trabalhadores têm de dar conta em seu cotidiano.

 

A crise

Pudemos observar que, com o passar dos anos, o objetivo principal da criação da IVS foi se modificando. Ao modelo centrado na vigilância sanitária, voltado ao controle da raiva e à captura e vacinação de animais, foram incorporadas ações de proteção aos animais e ao meio ambiente.

Outra mudança importante pela qual a instituição estava passando era a do regime de instituição municipal para o de autarquia. Além disso, ocorria a descentralização do serviço para outras IVSs regionais.

Tais mudanças geram momentos de crise onde a identidade institucional é colocada em questão. Conforme Kaës (1979, p.9) “uma das características da crise é aparecer de um modo imprevisto. Mas produzida a irrupção, a crise começa a perfilar-se em uma história passada e as recordações reaparecem revelando suas causas, suas origens, e inclusive suas soluções”. A crise produz a necessidade do indivíduo de buscar novos mecanismos psíquicos que ajudem a superá-la. Nesses encontros com os trabalhadores a história da instituição foi se revelando.

O primeiro diretor da instituição exerceu seu cargo por 24 anos, desenvolvendo uma gestão centralizadora e sendo chamado de “pai” pelos funcionários. Após sua aposentadoria, várias pessoas ocuparam esse cargo, mas por curtos períodos, gerando enorme sentimento de desconforto, caos e confusão neles. 

Dentre outras questões, duas perguntas nos chamaram a atenção: por que a saída deste "diretor-pai" provocou tanto mal-estar nos funcionários? Por que essa mudança constante de diretores?

A idéia de apoio múltiplo do psiquismo já se encontra nas teorias de Freud, mas Kaës (1979, p.15) aprofunda este conceito afirmando que "toda formação psíquica está multi-apoiada" e que quando estes apoios fracassam, sobrevêm intensos sentimentos de ruptura psíquica. A ruptura implica e revela uma separação e vivência de perda com todas as dores que daí advém. Além disso, a disfunção que a ruptura psíquica provoca é acompanhada pelo sentimento de ameaça à integridade do ego e à continuidade da existência subjetiva.

O afastamento do diretor pode ter sido interpretado pelos funcionários como abandono, implicando em uma ruptura de laços e significações que permitiam assegurar um modelo de conduta e representações comuns e estáveis para os membros do grupo. Parece ter havido uma perda de referência psíquica e social. Podemos pensar nisso como uma perda de enquadre. Segundo Bleger (1977), enquadre é um não-processo, isto é, uma série de invariantes no interior do qual pode realizar-se o processo. É aquilo que permanece para que a mudança possa ser realizada. Uma de suas características é ser "mudo": só podemos percebê-lo ou conceituá-lo, quando falta. Kaës (1979) nos ensina que toda crise revela a existência do enquadre e ela constitui uma ameaça ao ego, tendo em vista que o enquadre se constitui como depositário da parte indiferenciada dos laços simbióticos primitivos. Nesse sentido, o enquadre/processo configura verdadeiramente uma instituição e "toda instituição é uma porção da personalidade do indivíduo" (KAËS, 1979, p.65). Bleger (1977) também considera a identidade como parcialmente institucional, porque para ele, ao menos uma parte dela, se estrutura no sentido de pertença a um grupo, a uma ideologia, etc.

Uma ruptura no enquadre provoca uma angústia catastrófica com o retorno do depositado que agora, não mais apoiado no exterior, invade o ego. Essa angústia promove o aparecimento de mecanismos primitivos de defesa como clivagem, projeção ou imobilização. A nossa hipótese é que esse "diretor-pai" funcionava como uma instituição, como enquadre, com estatuto de depositário e continente das partes indiferenciadas dos trabalhadores.

Se por um lado a saída do primeiro diretor instaura um processo de crise, é também através dela que se abre a possibilidade de transformações institucionais, com a quebra de cristalizações e a possibilidade de circulação de papéis no grupo.

E por que os outros diretores não puderam substituí-lo nessa função psíquica, ajudando na elaboração e superação da crise? Uma hipótese é que não puderam ter a função de continente, segundo Bion. Para ele, "a propriedade fundamental de um continente é tornar possíveis, toleráveis e frutíferas as projeções imaginárias" (citado por KAËS, 1979, p. 69). Os diretores deveriam ser capazes de receber, elaborar e transformar os depósitos e projeções dos sujeitos em crise. Possivelmente, para a elaboração das tensões e angústias suscitadas pela saída do “pai”, não puderam exercer a função de restabelecer o elo e o sentimento de continuidade perdidos pelo advento da ruptura.

No caso da IVS, por exemplo, são repetitivas e freqüentes as falas acerca do sofrimento e desorganização institucional. Existe uma grande confusão acerca das funções e lugares institucionais. Há funcionários que se sentem “apagando incêndios”, outros não têm muito clara a sua função e por isso não conseguem organizar, planejar e cumprir as metas da Instituição. A estes problemas, podemos acrescentar problemas estruturais como a falta de plano de carreira. Tanto a chefia como funcionários sofrem com a desorganização, tal como relata uma técnica: “é muito sofrimento que vejo nesse lugar. Compartilhar o vivido alivia muito”.

Uma das tentativas do IVS de elaborar essas crises foi contratar uma consultoria que tivesse um plano de qualidade total, atuando no âmbito cognitivo, no planejamento de metas e na obtenção de resultados. Ou seja, não atingindo as raízes emocionais dos problemas, encobrindo-as como se o problema fosse apenas organizacional.

Outra tentativa de elaboração consistiu na contratação de uma diretora pertencente a uma ONG de proteção aos animais. Ela adotou práticas esotéricas utilizando-se de profissionais que fazem terapias alternativas, na tentativa de melhorar o “clima” da instituição. Utilizou-se de tais técnicas com os trabalhadores e animais recolhidos. Tais resoluções, na nossa perspectiva, não atingem as questões emocionais resultantes dos conflitos. Pudemos constatar, nas repetições das queixas, que a culpabilização pelos fracassos e o desinteresse pelo trabalho eram depositados no próximo, na própria instituição e mesmo fora dela.

O laçador é depreciado tanto pela comunidade como dentro da IVS, portanto, transforma-se em bode expiatório. Os laçadores também são alvos de preconceitos por serem, geralmente, de classe social mais pobre. Nos grupos operativos os técnicos da IVS atribuíam a eles problemas com álcool, propina e insubordinação. De acordo com a fala de um dos integrantes: “os laçadores tinham orgulho do controle da raiva. Atualmente, a doença está controlada e como não sabem fazer outra coisa, têm medo de perder o emprego”.

Por vezes, a culpa também é depositada na população: “o pessoal da IVS costuma jogar a culpa dos problemas na população que acumula muitos animais e lixo em suas casas favorecendo a proliferação de doenças”. Assim, criam-se conflitos dentro e fora da instituição. Tais processos de depositação e clivagem acabam por dificultar a reflexão sobre os determinantes institucionais que estão em jogo nos problemas vividos no cotidiano.

Como vemos, o processo de crise instaurado por diferentes mudanças, o sofrimento gerado por uma violência inerente ao próprio trabalho institucional, a depositação dos problemas em determinados segmentos da instituição assim como a vivência de tudo isso como algo de âmbito privado, são fatores que podem prejudicar o funcionamento institucional da IVS.

Nos grupos operativos a análise sempre recai na relação entre razão e afeto que envolve a realização da tarefa, e portanto, a análise do processo grupal passa pela explicitação e elaboração das questões de ordem latente. As vivências e sofrimento localizados, a princípio, no âmbito do indivíduo, podem se compreendidas a partir de determinações grupais e institucionais.

 Em momentos de crise o psicanalista de grupo e de instituição deve oferecer, portanto, continência criando pontes e passagens para o processo de trabalho psíquico intersubjetivo; aqui optamos pelo que se chama análise transicional. Conforme Kaës, a análise transicional seria “o exercício e a prática psicanalítica centrada na elaboração e na expressão de uma crise através da mediação de um trabalho sobre as dimensões psicossociais e grupais da personalidade." (KAËS, 1979, p. 13). A análise transicional é um instrumento para interrogar as condições de vida e de morte psíquicas em suas múltiplas apoiaturas servindo para buscar possíveis transformações daquilo que está imobilizado. O espaço transicional é o espaço que permitirá a restauração das funções de continente e de matriz grupal de identidade, inerentes ao enquadre. É também um espaço de criação e, portanto, de superação da crise e da vivência de ruptura.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGAMBEN, G. Homo Sacer: O poder soberano e a vida nua. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1996.        [ Links ]

BAREMBLITT, G.F. Compêndio de Análise Institucional e outras correntes. Rio de Janeiro: Record, 1986.        [ Links ]

BLEGER, J. O grupo como instituição e o grupo nas instituições. In: Temas de Psicologia: entrevistas e grupos. São Paulo: Martins Fontes, 1980.        [ Links ]

BLEGER, J. - Psicanálise do Enquadramento Psicanalítico. In: Simbiose e Ambiguidade. Rio de Janeiro: Ed. Francisco Alves, 1977.        [ Links ]

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal,1993.        [ Links ]

KAËS, R. - A Instituição e as Instituições. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1989.        [ Links ]

KAËS, R. - Introducción al análisis transitional. In Crisis, ruptura y superación. Buenos Aires: Ediciones Cinco, 1979        [ Links ]

PICHON-RIVIÈRE. E. - O processo grupal. São Paulo: Martins Fontes, 1988.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Domenico Uhng Hur
E-mail: domenicoh@usp.br

Ismênia de Camargo e Oliveira
E-mail: ismenia@usp.br

Mirna Yamazato Koda
E-mail: mkoda@usp.br

Recebido em: 14.07.2007
Aceito em: 10.12.2007

 

 

1 Psicólogo, Mestre e Doutorando em Psicologia Social-USP, Membro do LAPSO– Laboratório de Estudos em Psicanálise e Psicologia Social/USP e Docente do CEFAS – Centro de Formação e Assistência à Saúde – Campinas/SP. Brasil.
2 Psicanalista, Psicóloga do LAPSO e membro do Departamento de Psicanálise do Sedes Sapientiae. São Paulo – Brasil.
3 Psicóloga, Mestre e Doutoranda em Psicologia Social-USP, Membro do LAPSO e Docente da Universidade São Francisco. São Paulo – Brasil.
4 Nossa equipe era formada por três psicólogos, a saber, os autores deste artigo. Camargo ocupava a posição de coordenadora e Koda e Hur ficavam como co-coordenadores, rodiziando a função de observador.
5 Temos como um exemplo disso, o modelo de medicina de Estado que surge na Alemanha do século XVIII, e “que tem por objeto o Estado; não somente os recursos naturais de uma sociedade, nem o estado de sua população, mas também o funcionamento geral de seu aparelho político” (FOUCAULT, 1993, p.80). Aí surge a noção de polícia médica que dá a dimensão de controle, vigilância, administração outorgada à autoridade médica.

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