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Vínculo

versão impressa ISSN 1806-2490

Vínculo v.6 n.1 São Paulo jun. 2009

 

ARTIGOS

 

O dispositivo grupal como estratégia de orientação profissional para pessoas em situação psicótica

 

The group setting as a strategy for career counseling of psychotics

 

El grupo como una estrategia del asesoramiento profesional para las personas psicóticas

 

 

Marcelo Afonso Ribeiro1

Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

A pessoa em situação psicótica esteve, em geral, afastada da possibilidade de uma vida dotada de sentido e de ação sobre o mundo durante quase todo século XX, mas o mundo contemporâneo vive um momento de transição no qual suas estruturas sociolaborais estão em transformação, onde convivem modelos tradicionais de exclusão e novas formas de organização da diversidade, o que, em tese, possibilitaria o retorno da pessoa em situação psicótica a laborar no mundo, entretanto não de forma direta, mas através de um intermediário que a prepare para este retorno. Uma das dimensões que permitiria tal construção é o vínculo com o trabalho. Partindo do pressuposto que a Orientação Profissional seria a área que deve auxiliar nesta vinculação ao trabalho e que essa tarefa depende da (re) construção do projeto de vida no trabalho, o presente artigo analisa como um dispositivo grupal pode auxiliar nesse processo ao se constituir no espaço intermediário necessário para o desenvolvimento de projetos (holding qualitativo), que começam no espaço grupal continente para depois ter lugar na relação dialética sujeito/mundo social: espaço de concretização dos projetos profissionais.

Palavras-chave: Orientação profissional, Carreira, Psicose, Grupos, Vínculo.


ABSTRACT

In generally, the psychotic has been moved away from the possibility of having a life of meaning and action for almost the entire twentieth century, but the contemporary world has experienced a moment of transition that has transformed their social structures, where live, at the same time, the traditional models of exclusion and new forms of organization of diversity. That situation, in theory, would allow the return of the psychotics to work in the construction of the world, although not directly but through an intermediary to prepare for this return. One of the things which allow this type of construction is the link with the work. Assuming that the career counseling would be the strategy that should help in that link with the work and that this task depends on the (re) construction of the life project at work, this article examines how a group can help in this process by becoming an intermediate element for the development of projects that begin in the group as a continent and take place later in the dialectical relationship subject / society, which is the space for achieving the professional projects.

Keywords: Career counseling, Career, Psychosis, Groups, Bond.


RESUMEN

La persona psicótica ha sido apartada de la posibilidad de tener una vida de significado y acción para casi todo el siglo XX, pero el mundo contemporáneo ha vivido un momento de transición que ha transformado sus estructuras sociales, donde viven, al mismo tiempo, los modelos tradicionales de exclusión y las nuevas formas de organización de la diversidad, que, en tésis, permitiría el regreso de las personas psicóticas a laborar en la construcción del mundo, aunque no de manera directa sino por medio de un intermediario que pueda prepararlas para este regreso. Una de las cosas que permitirían este tipo de construcción es el vínculo con el trabajo. En este supuesto de que la orientación profesional sería el área que debe ayudar en el vínculo con el trabajo y que esta tarea depende de la (re) construcción del proyecto de vida en el trabajo, este artículo examina como un grupo puede ayudar en este proceso por convertirse en un elemento de intermedio necesario para el desarrollo de los proyectos, que empieza en el espacio continente del grupo y se lleva a cabo más adelante en la relación dialéctica sujeto / sociedad, que es el espacio para la consecución de los proyectos profesionales.

Palabras clave: Asesoramiento profesional, Carrera, Psicosis, Grupos, Vínculo.


 

 

A psicose, a “pessoa em situação psicótica” e seu retorno à ação sobre o mundo

A psicose, como fenômeno multifacetado, possibilita inúmeras leituras e olhares sobre si, contudo a “pessoa em situação psicótica”1 esteve afastada da possibilidade de uma vita activa (ARENDT, 1987), ou seja, uma vida dotada de sentido, de possibilidade de transformação, de existência e de ação sobre o mundo durante quase todo século XX, marcado por uma configuração sociolaboral normativa e estável, que delimitava quem poderia e quem não poderia nele laborar. Configuração, esta, com um predomínio de uma certa normatividade, mas não como uma homogeneidade totalizante, havendo outras formas de organização sociolaboral.

À “pessoa em situação psicótica” estava negada a chance de construção no mundo e as suas possibilidades de vínculo com o mundo sociolaboral definiam a psicose como:

Produto e produtora de um tipo especial de relação social que provoca fraturas no elo de continuidade entre o mundo subjetivo (sujeito) e o social (meio social) e coloca sujeitos em espaços de impossibilidade de dialetização dessa relação, ou seja, presos em um lugar sem chance de colocarem o processo dialético em movimento: reduzindo-se a produtos e produtores de uma mesma relação ad infinitum (Ribeiro, 2004, p. 42).

Para Winnicott (1983, 1990), a psicose é a ameaça da desintegração do self unitário, propiciada por falhas no holding materno, que se repetem seguidamente, criam um padrão fragmentado de ser no lugar do padrão de continuidade existencial e engendram agonias primitivas, que promovem cortes na continuidade existencial. Nesse sentido, a “pessoa em situação psicótica” necessita sentir-se real e poder habitar o mundo como espaço transicional, de construção e desconstrução desse mundo, agora familiar e apropriado, como espaço do acontecer humano, por exemplo, via trabalho.

Dejours (1999) aponta que o trabalho pode ser o continente necessário para que o sujeito realoje seu corpo, dando um significado existencial a si através desse encontro da resistência da materialidade do mundo consigo mesmo. Para que tal processo se desenrole, existe a necessidade de que o ambiente seja provedor e gerador de áreas intermediárias de experiência, nas quais o indivíduo iria gradativamente reconfigurando sua existência através do holding e da constituição de objetos transicionais. O mundo do trabalho poderia ser esta área intermediária de experiência?

Num mundo normativo e estabilizado, como grande parte da organização do mundo moderno, havia a imposição de uma realidade, o que impedia o estabelecimento de um holding (ambiente sustentador desse processo intermediário) e a impossibilidade do mundo do trabalho como intermediário (KÄES, 2005).

Contudo, o mundo contemporâneo está em transição, gerando a convivência de modelos tradicionais de exclusão e novas formas de relação e organização da diversidade, o que tem colocado suas referências, teorias e significações em crise e possibilitado, em tese, que brechas possam se abrir na sua estruturação, que permitam novas articulações intersubjetivas entre trabalho e psicose. Por conseguinte, novas formas existenciais, com o trabalho como mediador privilegiado dessas novas articulações, poderiam restabelecer uma possível dialetização das relações intersubjetivas para a “pessoa em situação psicótica”, que se concretizariam pela construção de projetos de vida no trabalho.

Partindo do pressuposto que a Orientação Profissional é a área que deve auxiliar nesta articulação intersubjetiva das pessoas com o trabalho (no presente caso a “pessoa em situação psicótica”) e que essa tarefa depende da (re)construção do projeto de vida no trabalho, o presente artigo visou analisar como um dispositivo grupal pode auxiliar nesse processo ao se constituir no espaço intermediário necessário para o desenvolvimento de projetos ocupacionais2 (holding qualitativo), que começam no espaço grupal continente para depois ter lugar na relação dialética sujeito/mundo social: espaço de concretização dos projetos profissionais.

Não será apresentada uma proposta de orientação profissional, mas realizar-se-á uma reflexão sobre as necessidades da “pessoa em situação psicótica” na dimensão específica das suas possibilidades de vínculo com o mundo através do trabalho e como um dispositivo grupal poderia auxiliar a orientação profissional a construir uma estratégia específica para atender a demanda de retomada do projeto de vida no trabalho desse público-alvo.

Por que grupos?

 

A “pessoa em situação psicótica” e os grupos

O trabalho com dispositivos grupais para “pessoas em situação psicótica” não é uma estratégia recente, datando de 1921 os primeiros relatos do uso de técnicas grupais para pacientes esquizofrênicos (LAZELL, 1921) e desde então têm-se refletido sobre essa sua utilidade.

Kanas (1986) realizou uma revisão da literatura sobre pesquisas que estudaram o tema da utilidade e da eficácia dos tratamentos grupais para “pessoas em situação psicótica” entre 1950 e 1980 e chegou a conclusão de que há uma efetividade nesse tipo de intervenção em 67% dos casos em grupos com pessoas internadas e 80% dos casos em grupos com pessoas não-internadas.

Mais recentemente, alguns estudos indicaram a pertinência de suas conclusões (CAÑETE & EZQUERRO, 1999; MAXIMINO, 2001; RIBAS & BORENSTEIN, 1999; SMITH, 1999) e, apesar dessas pesquisas não terem uma uniformidade teórico-metodológica, são indicativos importantes de que há a possibilidade do trabalho grupal ser potencialmente válido. Mas qual a contribuição do dispositivo grupal a uma estratégia de orientação profissional para “pessoa em situação psicótica”?

 

Dispositivos grupais para “pessoas em situação psicótica” e sua função para a orientação profissional

Carvalho (1995) e Foladori (1987) colocam que, tradicionalmente, o processo de orientação profissional tem sido realizado de forma individualizada, mas há muito tempo vem sendo, também, realizado através de grupos com finalidades operativas ou grupos com finalidades terapêuticas (FERNANDES et al., 2003).

Um dos motivos é que, em um mundo em transição, a orientação profissional teve seus objetivos modificados e ampliados, passando de um auxílio pontual para a escolha profissional de um lugar no mundo do trabalho previamente estabelecido para uma ajuda contínua na construção, desenvolvimento e gestão de um projeto de vida no trabalho num mundo sociolaboral não estabilizado. Antes, na maior parte dos casos, havia um ajustamento ou adaptação a uma ordem sociolaboral predefinida e agora há necessidade de construção relacional contínua num mundo instável e mutante, embora também estável e conservador (PELLETIER, 2001; SUPER, 1985).

Um grupo é uma micro-sociedade, representando, dessa forma, a sociedade como um todo, o que permite a cada pessoa se instrumentar para a construção de projetos dentro de um contexto relacional, possibilitando que esse processo tenha características e formas semelhantes ao que poderá acontecer em suas relações sociais concretas (FOLADORI, 1987).

Instrumentação quer dizer aqui o desenvolvimento de estratégias para a relação e construção de projetos no mundo, que tem duas dimensões: subjetiva (estratégias identitárias que possibilitam uma representação de si para os outros e para si próprio, permitindo a relação e a comunicação intersubjetiva) e objetiva (estratégias operacionais para inserção e construção de projetos de vida e planos de ação no mundo) (RIBEIRO, 2004).

A questão da “pessoa em situação psicótica” passa pela possibilidade de relação dialética entre o espaço singular (estrutura subjetiva) e o espaço social (estrutura social), que são pólos extremos de um mesmo elo de continuidade.

Ela necessita reorganizar sua possibilidade de dialetização dessa relação subjetiva e social (psicossocial), mas que encontra dificuldades se esse processo é realizado diretamente no mundo social, necessitando, portanto, de um espaço para construir uma organização que permita a realização de tal tarefa, que é o dispositivo grupal, basicamente configurado como um espaço provisório de sustentação externa, continência e transição, no qual as pessoas possam laborar no seu desenvolvimento psicossocial e profissional.

Kaës (1997) indica que todo grupo tem um processo específico constituído por alguns momentos determinados, que não necessariamente obedecem a uma continuidade linear, mas que podem levar as pessoas de uma situação de fusão (momento fantasmático) a uma situação de diferenciação entre espaço psíquico interno e espaço grupal levando o sujeito, gradativamente, a assumir novamente sua vida como pessoa numa posição existencial perdida com a psicose (momento mitopoético). Esse processo passa por dois momentos intermediários: o momento ideológico, onde o grupo cria uma ilusão de estabilidade e segurança, e o momento figurativo transicional que começa a possibilitar que o grupo se torne um espaço de diferenciações e crescimento até atingir o momento mitopoético.

Um dispositivo grupal permitiria, então, que uma “pessoa em situação psicótica”, que necessita de um espaço transicional de recepção, elaboração e reparação das rupturas sofridas e de restauração das atividades de simbolização, tivesse uma experiência de revivência e de reencontro dos laços humanos fundamentais: a vida fantasmática dos grupos tem um estatuto metapsicológico intermediário entre o estado fusional (narcisismo) e a realidade exterior (ANZIEU, 1993).

Essa experiência não seria realizada diretamente no mundo social, pois, invariavelmente poderia levar a novas crises e rupturas, mas seria intermediada pelo dispositivo grupal o qual buscaria construir uma passagem entre a situação de “fora do mundo”, que a situação psicótica tende a colocar às pessoas, para uma situação “dentro do mundo”, não de forma imposta, mas de forma intermediada, primeiramente pela sustentação externa de um grupo, gerada pela ilusão grupal, até atingir a possibilidade de diferenciação do outro e ação sobre o mundo (KÄES, 2005).

A ilusão grupal gera um estado psíquico trans-individual promotor do intercâmbio entre os inconscientes que levam a construções fantasmáticas e utilizam instâncias psíquicas individuais numa espécie de invólucro psíquico (ANZIEU, 1993).

O grupo seria, então, uma área de experimentação ou espaço transicional, no qual emerge um espaço potencial, que é a área intermediária situada entre o que é subjetivo e o que é objetivamente percebido, que não é mundo interno, nem tampouco mundo externo, numa zona simultânea de ilusão e realidade constitutiva de um espaço privilegiado para brincar pela mudança espaço-temporal geradora de uma utopia (lugar fora do espaço) e uma ucronia (intervalo fora do tempo), ou seja, o grupo se constituiria como um espaço intermediário através do qual o sujeito primeiramente tem suporte para seus déficits narcísicos, para num segundo momento se autonomizar através da realização de uma tarefa grupal (FERNANDES et al., 2003; KÄES, 2005).

O grupo, em sua evolução, possibilitaria a revivência do desenvolvimento emocional do indivíduo, pois, num primeiro momento se constitui como um depositário da necessidade da pessoa ser contida e mantida (função de holding) para depois permitir ao sujeito um brincar compartilhado, testando na prática novas relações objetais, com possibilidade de transposição para a vida social, a partir do que seria possível para uma “pessoa em situação psicótica”.

O dispositivo grupal propiciaria um holding qualitativo – sustentação que visa fornecer pontos de referência estáveis necessários para a integração no tempo e espaço – graduando qualidades e continências (LEHMAN, 1996).

Segundo Kaës (1999), o grupo possibilita a construção de um aparelho psíquico grupal que serve de instrumento de passagem para a restituição da ordem simbólica, marcando bem a idéia da transicionalidade, senão o sujeito engancha sua vida na ilusão grupal e não retorna a viver.

Há uma relação entre a estrutura dos vínculos intersubjetivos e a estrutura psíquica do sujeito singular com base na idéia de que o inconsciente pode ser construído através do outro: conteúdos inconscientes que transitam de um sujeito a outro pelos vínculos e conteúdos inconscientes que são depositados e abrigados de um outro sujeito.

O inconsciente não teria sua base somente na entidade singular, mas também na intersubjetividade. Kaës (1997) resgata na obra freudiana a idéia de grupalidade psíquica (grupo interno) pensada como capacidade associativa (ligação), que é a base do aparelho psíquico.

O grupo não tem instâncias psíquicas, mas se constitui como espaço extratópico para as encenações inconscientes, ligando, contendo e organizando os conteúdos inconscientes. A realidade psíquica subsistiria fora de sua singularidade, pois há uma transformação da economia individual para uma economia grupal, ou seja, gestão por parte do aparelho psíquico grupal daquilo que não pode ser tratado no aparelho psíquico individual.

Isso só é possibilitado pelas formações e processos intermediários que são “as formações e processos psíquicos de ligação, de passagem de um elemento a outro, seja no espaço intrapsíquico, seja no espaço interpsíquico, seja na articulação entre esses dois espaços” (KÄES, 1997, p.224).

O grupo sustenta a tensão provocada pela exigência da separação dentro/fora gerada em qualquer relação humana, que poderá ser suplantada pela existência de uma terceira realidade (área transicional do grupo) dentro da área intermediária da experiência, que a “pessoa em situação psicótica” tanto necessita para (re)construir sua estruturação existencial através da resignificação de sua história. O dispositivo grupal, como nos apontou Kaës (2005) e Lancetti (1993), cumpre algumas funções que são indispensáveis para a reapropriação da vida, estabelecidas em ordem das possibilidades de laborar no mundo, sendo um espaço:

  • De continência para sua forma de ser;
  • De depósito, mas também de cripta de seus conteúdos;
  • De apoio transitório para que ele possa reedificar sua subjetividade;
  • De reconstrução de uma base corpórea para alojar a subjetividade;
  • De transição para, gradativamente, ir ressignificando a sua vida; e
  • De produção concreta para viabilizar a produção subjetiva e objetiva, via tarefa, no mundo social, numa rematrização de suas relações sociais e na criação de projetos de vida, por exemplo, no trabalho (MASSARO, 1994).
  • Com isso há também um auxílio protegido para ir saindo gradativamente do isolamento e ir desenvolvendo uma estrutura para lidar com sua tendência ensimesmante, que possibilite requisitar uma autonomia gradualmente e propiciar a habilidade de relações intersubjetivas com sentido, gerado pela experiência de contatos constantes com outras pessoas no grupo e fora dele, saindo da estagnação (cronicidade psicótica) e arriscando novas relações e projetos no mundo, como o projeto de vida no trabalho.

    A possibilidade que a construção de um aparelho psíquico grupal venha suscitar um processo de reconstrução existencial-subjetiva, através da utilização do dispositivo grupal centrado numa tarefa, se constitui numa idéia frutífera, embora nem sempre factível, pois tudo o que a “pessoa em situação psicótica” necessita é a possibilidade de voltar a estabelecer uma relação dialética com o mundo, e o grupo, como intermediário desse processo, pode propiciar esse trabalho entre o extremo subjetivo (sujeito do inconsciente) e o extremo social (sujeito do grupo).

    Concluindo: o grupo seria o espaço intermediário necessário para o desenvolvimento de projetos (holding qualitativo), que começam no espaço grupal continente (espaço protegido de construção de projetos ocupacionais) para depois terem lugar na relação dialética sujeito/mundo social: espaço no qual serão concretizados os projetos profissionais, perfazendo sua importância como estratégia da orientação profissional para “pessoas em situação psicótica”.

     

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    Endereço para correspondência
    E-mail: marcelopsi@usp.br

    Recebido em: 28.11.2008
    Aceito em: 30.03.2009

     

     

    1 Doutor em Psicologia Social e do Trabalho, Especialista em Saúde Mental Multiprofissional e em Orientação Profissional e de Carreira, Docente e Pesquisador do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Brasil.

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