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Vínculo

versão impressa ISSN 1806-2490

Vínculo vol.7 no.2 São Paulo  2010

 

ARTIGOS

 

A formação para orientação de pais: um diálogo interdisciplinar

 

Training for orientation of parents: an interdisciplinary dialogue

 

Capacitación en orinetación para los padres: un diálogo interdisplinario

 

 

Antonia Angela Gonçalves da Silva Hiluey1

European Family Therapy Association

LIDE - Laboratório Interunidades de Estudos sobre as Deficiências do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo – USP

Endereço para correspondencia

 

 


RESUMO

A Orientação de Pais é um campo de atuação onde se cruzam diferentes disciplinas. Dado este caráter multi e interdisciplinar, faz-se aqui uma apresentação focando algumas considerações teóricas e práticas, que permeiam o referido diálogo interdisciplinar na formação de um orientador de pais. Tal diálogo se dá tanto consigo mesmo como entre diferentes profissionais, e permeia as intervenções na Orientação de Pais. Evidencia-se assim a relevância e complexidade da formação profissional que aqui se foca.

Palabras clave: Orientação de Pais; interdisciplinar; formação.


ABSTRACT

The Orientation of Parents is a playing field at the crossroads of different disciplines. Given this multi and interdisciplinary character, here is given a presentation focusing on some theoretical considerations and practices, that permeate the dialogue on the interdisciplinary training of a mentor to parents. Such dialogue takes place both with himself as well as between different professionals, and permeates the interventions in the Orientation of Parents. It is thus evident the complexity and relevance of the professional formation focused here.

Keywords: Guidance for Parents; interdisciplinary; training.


RESUMEN

La orientación de los padres es un campo de actuación en el cruce de diferentes disciplinas. Dado este carácter multi e interdisciplinario, se hace acá una presentación centrada en algunas consideraciones teóricas y prácticas, que impregnan el diálogo sobre la formación interdisciplinaria de un mentor para los padres. Este diálogo tiene lugar tanto a sí mismo como entre los diferentes profesionales, e impregna las intervenciones en la orientación de los padres. En consecuencia, constatamos la complejidad y la relevancia de la formación profesional que se concentra aquí.

Palavras-chave: Orientación para los padres; interdisciplinario, la formación.


 

 

Maternidade e Paternidade: a busca da Orientação de Pais

Tanto nas artes como na literatura especializada, muitos retratam este sonho que materializa o desejo de ter filhos: a maternidade e a paternidade. Graças aos avanços da medicina, homens e mulheres podem vivenciar até mesmo processos longos e aflitivos para realizarem este sonho (HILUEY, 1999).

A maternidade e a paternidade, testemunham aqueles que a vivem, trazem muitas alegrias, mas nem por isso deixam de virem acompanhadas de inseguranças, dúvidas, rigidez e porque não dizer, algumas vezes de situações graves que mobilizam dor, desespero ou ainda negligência e violência.

Quer seja em conseqüência do aparecimento de tais dúvidas e incertezas, dos sintomas que geram os mais variados incômodos, ou mesmo por exigência de um serviço especializado, estes pais buscam o atendimento psicológico.

O presente trabalho se ocupará de tecer considerações teóricas e práticas sobre um tipo de atendimento a pais que, em função de sua especificidade, é denominado "Orientação de Pais”, e requer dos profissionais cuidadosa formação. A diretriz das considerações aqui propostas tangencia o que se refere à dita formação.

A formação dos orientadores de pais: a diversidade de conhecimentos

Para se realizar a orientação de pais, é necessária uma formação ampla que inclui conhecimentos sobre outras disciplinas, portanto não apenas formação relativa à metodologia e técnica para orientar pais, ou seja decorre de um autêntico diálogo interdisciplinar.

Devem eles ter conhecimentos relativos ao desenvolvimento bio-psico-social das crianças e adolescentes.

Leve-se ainda em conta a necessidade dos futuros orientadores, e dos próprios orientadores de pais, conhecerem as possibilidades e limites de tal prática, bem como as condições características para tal indicação e ainda a necessidade de possuir um referencial teórico e técnico para a prática propriamente dita, desta modalidade de atendimento. O atendimento aos pais, por sua vez, será uma constante até mesmo no caso dos profissionais que se ocupam de crianças e não vão especificamente exercer a orientação de pais. Como afirmam Piva e Mello (1977), esses profissionais devem receber treinamento teórico e prático em igual quantidade e profundidade ao que recebem para o atendimento da criança.

Ao mesmo tempo deve-se ter em mente que as relações familiares acontecem em uma dada sociedade e cultura, em um dado tempo-histórico-político-econômico. Estes temas e suas implicações precisam ser considerados e explorados.

Nem sempre esta recomendação será atendida de tal modo, mas dentre as vias possíveis para atender tal objetivo encontra-se a literatura especializada e a busca de interlocutores entre os profissionais que detenham tais conhecimentos e os cursos de especialização.

 

A Orientação de Pais propriamente dita

Freud (1974, [1909]) ao publicar a análise de um menino de cinco anos, a análise do pequeno Hans (1909), o qual tinha uma fobia por cavalos e por isto se recusava a sair à rua, mostrou a possibilidade de tratar a criança através de seu próprio pai, também analista.

Soifer (1989) por sua vez escreve que no relacionamento pais-filhos, o uso abusivo da identificação-projetiva delega aos filhos situações emocionais que os pais mesmos não puderam assumir, ou seja, os filhos são sobrecarregados com os conflitos não-resolvidos por seus pais e que inclui os seus irmãos.

Soifer (1989) permite que aqui se introduza a inter-relação no grupo familiar. Exige-se assim do profissional uma escuta do conjunto em inter-relação, o que exclui um pensamento linear, do tipo causa-efeito, e impõe um pensamento circular, portanto da complexidade. Esta nova perspectiva gerou uma grande quantidade de escritos para a abordagem familiar no referencial psicanalítico e sistêmico.

A orientação de pais que leve em conta tal perspectiva irá focar a interação dos pais, ou seja, o foco é o grupo parental em inter-relação. Seguem-se algumas considerações no sentido de postular como realizar a referida orientação.

Aberastury (1987) permite que se justifique a pouca eficiência do conselho, o qual pode ser entendido por: ato de dar explicações sobre como sentem, pensam e agem as crianças e adolescentes, acompanhadas de enumeração sobre atitudes mais adequadas para propiciar o seu desenvolvimento.

Por outro lado, uma vez que se mostra como não se deve atuar, automaticamente surge a dúvida: então vai ser uma psicoterapia?

Esta questão que se propõe, poderá ser respondida basicamente em função da teoria e técnica utilizada. Braga2 mostra que, como técnica para intervir na orientação de pais e assim delinear o funcionamento dos pais na relação com seus filhos, deve-se utilizar o assinalamento e raramente interpretações.

Ou seja, já se define pelo enquadre proposto: na psicoterapia com pais a interpretação será utilizada sem parcimônia (HALTON; MAGAGNA, 1994). O que não acontece na orientação de pais onde o assinalamento é que será usado sem parcimônia e o objetivo segundo Braga é ajudá-los a pensar, situarem-se no caminho que tem para trilhar com seus filhos e a se guiarem usando os recursos disponíveis.

Reitera-se aqui que a metodologia na qual se baseia uma intervenção, quer seja para orientação de pais quer seja para psicoterapia com pais, leva em conta esta nova perspectiva, na qual o que ocorre nesta área de interação entre as pessoas presentes, não ocorre meramente em função de uma soma de subjetividades. A interação é percebida por todas as pessoas envolvidas, dependendo da qualidade do vínculo que se estabeleceu entre elas (PIVA; MELLO, 1997).

Caso se seja partidário desta noção, uma nova atitude será requerida do profissional. Incluirá o conhecimento de diferentes disciplinas, que deverão estar inter-relacionadas em cada situação de atendimento, enquanto o orientador leva em conta o conjunto de pessoas, no qual se inclui, para fazer seus assinalamentos.

Estas considerações permitem que se evidencie a complexidade da situação vivida no aqui-agora do atendimento, permitindo portanto que se mostre mais uma faceta da limitação de uma orientação pautada apenas no ato de informar sobre características da faixa etária e atitudes mais adequadas. Mesmo que seja o objetivo da entrevista apenas ter informações dos pais sobre a criança/adolescente, desconsiderar tal dinâmica pode levar o profissional a desprezar dados relevantes.

As considerações acima nos remetem àqueles autores que escrevem especificamente para a abordagem familiar.

Waddell (1994) escreve sobre a interação ao referir-se aos processos dinâmicos que servem de base para os laços estruturais mais evidentes em dada família, ou seja, o grupo familiar é caracterizado pela natureza das interações entre seus membros individuais.

Segundo Box (1994) alguns dos autores que permitem que se escreva sobre dinâmica familiar são aqueles cuja abordagem é baseada na teoria das relações objetais e na prática psicanalítica derivada especialmente a partir do trabalho de Freud, Melanie Klein e naqueles que elaboraram as idéias dela, tais como Bion.

A característica comum dos teóricos citados é o significado atribuído por eles ao papel representado pela fantasia inconsciente na elaboração e desenvolvimento de relacionamentos. Portanto, nos limites da sessão terapêutica busca-se elucidar as fantasias inconscientes compartilhadas. Os autores citados mostram que é através da evitação das questões conflitivas e dolorosas que sabota-se ou impede-se o crescimento e criatividade. Daí oferecer-se espaço para seu reconhecimento como parte inevitável da vida, na situação terapêutica (BOX, 1994).

Leve-se ainda em conta que, tratando-se de filhos, uma vez que o casal recém-formado é o veículo de transporte das expectativas e necessidades que foram cunhadas numa situação ancestral, eles já estão hipotecados à família extensa e de origem. Ou seja, o bebê já faz parte, antes mesmo de seu nascimento, das fantasias dos pais e então é moldado por elas. Após sua chegada, o bebê será pressionado por seus pais para que seja cúmplice na satisfação das fantasias inconscientes destes, fantasias cujo conteúdo constitui a sua agenda oculta conforme denominação sugerida por Roger Shapiro (1967 apud MEYER, 2002).

Sendo assim, na orientação de pais é a área do intersubjetivo que será focada. No entanto, mesmo aqueles que apenas aspiram serem psicoterapeutas infanto-juvenis devem levar em conta que precisam dos conhecimentos sobre intersubjetividade para fazer a avaliação da criança ou adolescente que os pais lhes trazem, como escrevem Piva; Mello (1997). Isto porque segundo estas autoras se deve realizar um psicodiagnóstico que garanta uma noção clara da situação individual e intersubjetiva, ou seja, sobre o mundo interno da criança e das relações intersubjetivas com os pais. Evidencia-se assim como a criança e as pessoas que lhe são significativas estão interagindo no momento, quais os vínculos significativos existentes e como a criança vem construindo sua subjetividade neste contexto.

Destas considerações surgirão as indicações a serem feitas cujas possibilidades podem ser encontradas na literatura com suas justificativas teóricas e técnicas. No presente artigo apenas se explicitará que podem ser indicadas psicoterapia individual e orientação de pais conjuntamente. Estas modalidades podem ser conduzidas pelo mesmo psicoterapeuta, ou por profissionais diferentes, ou mesmo indicar-se uma terapia familiar concomitante à psicoterapia individual, ou ainda conforme a necessidade, priorizar-se alguns membros da família para este atendimento.

A par da importância de se ter acesso a dita literatura, vale enfatizar que é a partir das evidências encontradas no psicodiagnóstico que se pode inferir qual modalidade de atendimento poderá ser mais produtiva. Até mesmo algo tido por adequado na literatura, como por exemplo, que haja um mesmo psicoterapeuta para a criança e seus pais, poderá não ser a situação indicada num caso onde a vivência durante o psicodiagnóstico e os dados analisados mostrarem ser esta indicação improdutiva. Tais considerações permitem que se visualize a utilidade dos conhecimentos pertinentes à Orientação de Pais mesmo para aqueles que apenas aspiram exercer a psicoterapia infanto-juvenil.

 

Considerações finais: perfil, responsabilidade e recursos técnicos do orientador de pais

Chegamos enfim a um profissional num atendimento psicológico onde irá orientar pais. Muitos desses profissionais nem mesmo deixaram a casa de seus próprios pais ora por serem jovens, ora porque mesmo sendo mais velhos, na atualidade esta saída muitas vezes é adiada. Outros profissionais não tem ainda a experiência concreta de terem filhos, ora por postergação, ora por escolha, ora não puderam tê-los por diferentes motivos.

Outros ainda tiveram seus filhos, mas em outra época e sob outras circunstâncias. Isto também não permite que se diga que têm a experiência destes pais que na atualidade criam seus filhos. Por outro lado nem mesmo a possibilidade de contar com uma experiência concreta que permita um conhecimento diferente daquele apenas teórico, garante um trabalho mais bem conduzido.

Quanto muito, e aí sim, pode ser bastante útil para a orientação de pais quando a vivência pessoal, com filhos ou sem filhos, auxiliou o profissional a conscientizar-se de sua própria limitação para atingir aquilo que quer, bem como sua limitação para postular a priori a maneira pela qual deve ser atingido um fim. Este profissional terá assim melhores possibilidades para acompanhar pais, com curiosidade e modéstia diante dos sonhos deles nos quais, via de regra, não cabem problemas, frustração, esforço, postergação de prazer, decepção, ou não-atendimento aos direitos que já lhe devem estar garantidos a priori.

Pretende-se assim evidenciar que a experiência de vida, além daquelas atividades que tradicionalmente são apontadas como necessárias na formação, a psicoterapia pessoal e a supervisão, são ferramentas todas elas úteis para se poder vir a tolerar o não-saber característico da vivência de um orientador de pais, o que pode auxiliá-lo a ter condições de oferecer postura acolhedora para gente que não apenas relata casos, mas inunda o profissional com seu desespero além certamente de auxiliá-lo a compreender e assimilar os pressupostos teórico-técnicos tratados por ele.

Uma vez que até aqui foi enfatizada e enumerada uma gama de conhecimentos necessários aos profissionais em questão, insinuando-se que a inter-relação dos mesmos efetivamente fica a cargo de cada orientador, onde entra a relevância do tipo de aprendizagem conseguida, pretende-se a seguir apresentar de modo condensado as características do atendimento a pais. Entretanto não se pretende negar que tal inter-relação fica mesmo a cargo de cada orientador, uma vez que esta interdisciplinaridade, também própria de cada profissional, é a marca do século XXI.

Passa-se então a uma apresentação mais condensada das características da prática do atendimento a pais.

Zimerman (2002) ao utilizar-se em sua prática do grupo de reflexão inclusive com pais, fornece diretrizes teóricas e técnicas fruto de sua proposta e experiência, que oferecem bases para a atividade de orientação de pais e nos dão um esteio para tal prática que é inegavelmente complexa.

Explica ele (2002) que o nome "Grupo de Reflexão" foi cunhado pelo psicanalista argentino Dellarosa (1979 apud Zimerman, 2002). Neste tipo de grupo os participantes refletem sobre determinadas experiências afetivas e cognitivas que cercam a atividade, geralmente de aprendizagem.

Inicialmente Zimerman (2002) estendeu este tipo de grupo aos médicos, com a finalidade de construção de uma mais bem definida identidade médica, com o desenvolvimento de algumas capacidades. Posteriormente o autor citado expandiu os princípios deste tipo de grupo a outros contextos, dentre eles os círculos de pais, onde obteve resultados animadores e em função desta sua iniciativa suas considerações podem ser úteis àquele que exerce o papel de orientador de pais.

Apresenta-se a seguir o objetivo e algumas considerações técnicas quanto ao manejo destes atendimentos, com o intuito de mostrar de que maneira o conhecimento disponível no profissional pode ser usufruído pelo casal parental que recebe o atendimento.

Zimerman (2002) enumera sugestões técnicas para tais atendimentos. Destaca-se entre elas uma de suas recomendações que coloca em evidência o objetivo das intervenções sugeridas por ele. Tal objetivo mostra o propósito desta técnica: a percepção da existência de cada ser na situação compartilhada. Para tanto sugere que se façam intervenções que instiguem a pensar por meio de: indagações, clareamentos, assinalamento de contradições, paradoxos ou lapsos, ou seja, que transitem de uma possível posição esquizoparanóide onde a culpa sempre provêm dos outros, para uma posição depressiva onde cada um assuma a sua parcela de responsabilidade. Propõe este autor ainda que ao final de cada atendimento seja feita uma síntese dos pontos relevantes alcançados que auxiliam a se atingir os objetivos propostos (ZIMERMAN, 2002, p. 75 – 76).

Este autor enumera uma série de capacidades passíveis de serem desenvolvidas (reflexão, continente, empatia) como resultado de uma prática assim conduzida. Permite assim que se visualize a composição do substrato que, caso exista, pode sustentar relações familiares que permitam o desenvolvimento de seus integrantes: continente, empático e curioso.

Faz-se necessário que o profissional que exerce a Orientação de Pais esteja consciente de sua responsabilidade como tal, e desempenhe sua função com uma atitude de investigador do tipo que não conta com explicações a priori.

Zimerman (2002) nomeia as possíveis mudanças nos pacientes após um processo conduzido nos moldes apresentados acima as quais são: Percepção menos distorcida; Diferenciação entre ideal e real; Reconhecimento de limitações, possibilidades, diferenças; Autenticidade e veracidade quanto ao modo de ser; Comunicação que reduz os mal entendidos; Passagem de um narcisismo para um socialismo; Obtenção de uma liberdade para contestar e criar. (Zimerman, 2002, p. 77).

Focando-se a educação de filhos no contexto social atual, pode-se constatar a relevância de se atingir o último tópico citado acima. Frente a tal contexto, no qual vivemos sob a influência da ação de fatores até então sequer imaginados, e quem dirá pensados, a atitude crítica e a criatividade são essenciais para nortear nossos passos.

Pode-se afirmar que Zimerman (2002), com palavras simples e diretas, materializa aquilo que deve ser feito e com qual objetivo, na Orientação de Pais.

Por outro lado de modo algum estas considerações técnicas obscurecem a necessidade de uma sólida formação, dada a complexidade tanto da situação do aqui-agora como do processo de formação teórico-prática.

A prática tem mostrado que as simulações de atendimento durante a formação, são uma oportunidade valiosa para os participantes se darem conta da pressão das forças existentes numa situação de atendimento, quando então se procura nomeá-las e verbalizá-las. A esta constatação acopla-se a necessidade tão apregoada ao longo deste trabalho, da posse de um conhecimento teórico de diferentes disciplinas para tal prática, os quais devem ser inter-relacionados, e para tanto é necessário tempo.

O profissional irá, então, aprendendo com suas experiências pessoais, as teorias e a prática. Enquanto estiver vivo poderá ele se transformar e vir a ter melhores condições para desempenhar sua atividade profissional.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Endereço para correspondência
Endereço eletrônico: angelahiluey@yahoo.com.br

Recebido em: 26/04/2010
Aceito em: 20/10/2010

 

 

1 Psicóloga, Pós-Doutora em Terapia Familiar pela Escola de Terapia Familiar da Universidade Autônoma de Barcelona – Espanha; Doutora em Educação na área Psicologia e Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – USP; Membro da EFTA – European Family Therapy Association; Pesquisadora do LIDE – Laboratório Interunidades de Estudos sobre as Deficiências do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo – USP; Docente e supervisora dos cursos de especialização IPPIA, FETUS, NESME e CEFAS; Coordenadora da disciplina Casal e Família no CEFAS
2 Braga, Marli Claudete. Orientação de Pais. Texto cedido pela autora. Acompanhamento de Pais: uma abordagem pelo vértice psicanalítico. Trabalho apresentado pela autora no I Encontro Latino-americano de Crianças e de Adolescentes da SBPSP, 2007.

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