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Vínculo

versão impressa ISSN 1806-2490

Vínculo vol.9 no.2 São Paulo jul. 2012

 

ARTIGOS

 

O psicanalista vincular e a incerteza: o desejo e a realidade possível

 

The linking psychoanalyst and the uncertanty: the desire and the possible reality

 

El psicanalista vincular y la incertidumbre: el deseo y la realidad possible

 

 

Waldemar José Fernandes1

 

 


RESUMO

Estamos em tempos de solidão, com frágeis relacionamentos, principalmente com intermediação de máquinas, sempre conectados, mas com frágil contato com os que nos rodeiam e precária qualidade do vínculo.
É importante o vínculo do terapeuta com seus pacientes, mas há limites na eficiência da interpretação, e também inúmeras dificuldades para ocorrer uma comunicação verdadeira.
É fundamental que seja abordado o conflito desejo versus realidade, assim como a necessidade de aceitar e lidar com a incerteza, pois sabemos que quanto mais se conhece uma faceta da experiência mais se desconhece outra.

Palavras-chave: vínculo frágil; comunicação verdadeira; incerteza.


ABSTRACT

These are times of solitude with fragile relationships; especially those intermediated by machines, always connected, but with a fragile contact with those around us and precarious quality of the link.
The link between the therapist and his patients is important, but there are limits in the efficiency of interpretation and there are also countless difficulties preventing the rise of a true communication.
It is fundamental to approach the conflict desire versus reality, as well as the necessity of accepting and dealing with uncertainty, because it is known that the more one facet of the experience is known, the more another is unknown.

Keywords: fragile link; true communication; uncertainty.


RESUMEN

Estos son tiempos de soledad, con relaciones frágiles, principalmente con intermediación de máquinas, siempre conectados, sin embargo con débil contacto con los que están en nuestro alrededor y precaria calidad del vínculo.
Es importante el vínculo del terapeuta con sus pacientes, pero hay límites en la eficiencia de la interpretación y, además, innúmeras dificultades para que ocurra una comunicación verdadera.
Es fundamental que se plantee el conflicto deseo versus realidad, así como la necesidad de aceptar y lidiar con la incertidumbre, puesto que sabemos que cuanto más se conoce una faceta de la experiencia más se desconoce otra.

Palabras clave: vínculo frágil; comunicación verdadera; incertidumbre.


 

 

Introdução

O homem atual "comunica-se" o tempo todo com pessoas que nunca viu ou que raramente encontra – suas centenas de "amigos".

Estamos em tempos de solidão, com frágeis relacionamentos, principalmente com intermediação de máquinas, computadores, telefones celulares de última geração etc. O indivíduo dedica-se a jogos, recebe e envia e-mails, e permanece sempre conectado, seja andando na rua, na academia, restaurante, banco, farmácia ou no trânsito – inclusive na sala de espera dos consultórios, chegando, por vezes, a não desligar o aparelho durante as consultas. Entretanto, vive de modo isolado, com frágil contato com os que o rodeiam e precária qualidade do vínculo.

O vínculo se refere àquilo que ocorre de mais essencial entre os seres humanos, especialmente ao que Bion chama "experiência emocional".

As ocorrências concretas na relação com os objetos provocam as impressões sensoriais, captadas pelos sentidos. As emoções têm uma função similar na mente.

Experiência é uma forma de conhecimento. As emoções implicam movimento, sendo fundamentais na vida mental, e responsáveis pela origem do sentido, do significado do pensamento, assim como da loucura, segundo a concepção bioniana.

Experiência emocional significa que a emoção impõe um movimento à experiência, que pode estar dirigido ao crescimento e à sabedoria ou também à deterioração da personalidade.

A experiência emocional é vincular. As impressões sensoriais e experiências emocionais percebidas são transformadas em elementos α (BION, 1962) que servem para pensar, sonhar, memorizar, simbolizar, aprender, e contribuem para uma discriminação entre consciente/inconsciente e realidade interna/externa.

A experiência emocional tem capital importância, seja no contato de cada um consigo mesmo (mundo intrasubjetivo), seja com a sociedade, as leis, a cultura (mundo transubjetivo), assim como o contato que ocorre entre as pessoas (mundo intersubjetivo), portanto, envolvendo a diversidade.

Para Buber, citado por Borges, "somente quando o indivíduo conhece o outro em toda a sua alteridade como a si próprio, como homem, experiência a partir da qual irrompe na direção do outro, conseguirá romper sua solidão, em um encontro estrito e transformador" (BORGES, R., 2011).

Entretanto, ocorre atualmente um decréscimo no diálogo frente a frente, e um aumento de afazeres, tarefas e metas a cumprir.

O enfraquecimento das relações humanas tem muito a ver com a ambição e também com a "obrigação diária estabelecida pelo mercado em que as pessoas devem provar que são competentes" (BORGES, R., 2011).

 

O vínculo do terapeuta com seus pacientes

Para Bion a psicanálise tem como um dos maiores objetivos fazer emergir e revelar aquilo que se é, tentar chegar mais perto da realidade incognoscível (BION, 1965), isto é, de todo o desconhecido, presente na realidade psíquica.

Na teoria das transformações, de Bion, há um modelo de transformação - as transformações em Ó - referentes a ser o que se é - (GRIMBERG, 1972). Nesse caso, referindo-se a um passo além de saber acerca da personalidade do paciente, conhecimento esse que não pode ser alcançado totalmente.

Conduzir o indivíduo para ser ele mesmo - ser o que ele é - irá despertar forte resistência, em primeiro lugar porque o Ó original irá se aproximando das fantasias inconscientes mais primitivas, e também, devido ao sofrimento e responsabilidade inerente ao amadurecimento mental e às mudanças envolvidas.

Assim, o que se espera no processo analítico é que os analisandos possam transformar o saber acerca de algo (um insight ainda com uma conotação intelectiva, por exemplo) em vir a ser esse algo (Por exemplo, com um insight realmente transformador e elaborativo).

No vínculo com o psicoterapeuta ocorre importante experiência emocional, em que estarão envolvidas fantasias inconscientes e aspectos do caráter de cada um, material que será trabalhado na comunicação.

Algo parecido acontece na psicoterapia existencial. Assim, Buber valoriza o que é mais característico do homem: sua humanidade. Para a psicoterapeuta Gabriela Bessa (SAEP), cliente e terapeuta

estarão afetando e sendo afetados pelo outro. Esse processo leva a uma transformação mútua que somente psicoterapeuta e cliente poderão definir vivenciando o que poderá acontecer, até onde irão e quais os limites e alcances para cada um. Para tanto, é necessário o respeito, a reciprocidade e a responsabilidade por ambos e pelo encontro que pode acontecer (BESSA, 2000).

Na sessão, o terapeuta vincular mantém-se atento à comunicação, procurando captar a natureza das experiências emocionais de cada um, do casal ou dos participantes do grupo, conforme a configuração vincular em jogo.

O contato com a realidade externa e as possibilidades de contato com a realidade psíquica estarão em pauta.

 

Os limites da interpretação

Interpretar é transferir ou traduzir alguma coisa de um contexto para outro, explicar o sentido de algo ou exprimir a intenção ou o pensamento. Na técnica psicanalítica, habitualmente é trazer para o consciente aquilo que estava inconsciente.

Há muitos limites com relação a essa tentativa, sim, tentativa, pois o analista não tem o poder de realmente penetrar no inconsciente de seus pacientes, e traduzir fielmente seu conteúdo, mas pode tentar. Não podemos esquecer, então de que, só a sequencia da sessão individual, de grupo ou de casal é que irá trazer confirmação ou novos dados que corrijam a hipótese inicial interpretativa. Além disso, a interpretação pode estar potencialmente correta, mas fora da possibilidade do paciente ter insight e elaborar algo a partir dela, ou seja, no momento errado.

Outro alerta sobre os limites da interpretação é quanto ao fato de que a interpretação do analista é realmente um instrumento de poder. Devemos estar atentos sobre quanto estamos sujeitos a desviar o indivíduo ou o grupo de seu caminho, pois devido a nossa posição de realce, podemos influenciar os analisandos, dando a impressão de que aquele caminho que a interpretação mostra é o único possível, que deve ser seguido, contribuindo assim, para afastá-lo de si mesmo e de sua verdade.

Se o que acabei de assinalar for associado ao narcisismo do terapeuta e à tendência à idealização de alguns analisandos, já não haverá possibilidade de qualquer crescimento pessoal.

Finalmente, mas sem encerrar o tema, que é inesgotável, ao interpretar teríamos de estar atentos, "ao nosso desejo de curar e de propiciar mudanças positivas, segundo nossos critérios" (FERNANDES, 1989, p.61).

 

As dificuldades de uma comunicação verdadeira

A principal forma de comunicação no grupo e demais dispositivos vinculares é a palavra, como lembra o colega César Vieira Dinis (2012). Entretanto, como tenho refletido em trabalhos anteriores, ainda mais importante do que a palavra é a pessoa que a expressa, já que as palavras são apenas resumos, que usamos como substitutos convenientes, mais leves, das coisas.

Como diz Berlo (1960, p.183), "não existe um sentido certo ou dado por Deus para as palavras, pois os significados não estão nas coisas, estão nas pessoas".

Mesmo os dicionários não proporcionam sentidos, nem poderiam fazê-lo, pois as significações estão naqueles que utilizam as palavras. Os sentidos são pessoais, já que aprendemos significados, acrescentando algo pessoal, causando transformações.

A comunicação não consiste na transmissão de significados. "Os sentidos não são transmissíveis, não são transferíveis. Somente as mensagens são transmissíveis, e os sentidos não estão na mensagem, mas sim nos que usam as mensagens" (BERLO, 1960, p.173).

Comunicação verdadeira, sem ruído, que expresse exatamente o que o emissor pretenda, e que seja captada como tal, não existe. A comunicação que acompanha as palavras tem ajudado muito na minha compreensão. Tenho me interessado especialmente pelo tom de voz, gestos e olhares. "Nesse sentido, o arrogante, o detalhista, o ambíguo, o dramático, o depressivo, o hipomaníaco em sua exuberância, todos se mostram na comunicação não verbal" (FERNANDES, W. J., 1993, p.191).

O que é verbalizado, frequentemente tem a finalidade de impedir a comunicação, mantendo a situação em nível social, intelectualizado ou prolixo, mera evacuação. Além disso, a realidade é que terapeutas e clientes fazem transformações o tempo todo. Desse modo, não estamos isentos de distorções comunicativas também em nossas interpretações.

 

O conflito desejo X realidade

Esta questão envolve cada paciente do grupo, cada parte do casal, enfim, todos nós, inclusive terapeutas, pois o desejo, se não for adaptado à realidade, é uma bomba prestes a explodir.

Muitos pacientes vêm à consulta, e quando recomendo psicoterapia, me dizem: já fiz e não adiantou. Sempre que pergunto "não adiantou quanto a quê? De que estamos falando"? Acabo descobrindo que os sintomas, alguma dor, a angústia, taquicardia ou insônia, não melhoraram. Ou seja, não houve nenhum trabalho conjunto em que o pensar estivesse se desenvolvendo, em que o crescimento pessoal fosse o alvo, apenas o desejo de eliminar sintomas.

Por vezes, me dizem que desejavam se sentir bem, descansados e sem angústia nem sintomas, porém a pessoa trabalha 15 a 18 horas por dia, não tira férias, tem três telefones celulares, e está disponível dia e noite para as pressões e cobranças da empresa, o que não tem respaldo com a mínima condição saudável de vida, nem com sua qualidade.

Nós terapeutas, frequentemente estamos no mesmo barco, isto é, além do desejo de curar, de sermos úteis, de recebermos gratidão e reconhecimento pela nossa capacidade e dedicação, o que não é nada realista, podemos também estar endividados, trabalhando em excesso, apostando na bolsa de valores, bebendo demais ou tomando ansiolíticos, sem férias, atividade física ou alimentação adequada; estarei exagerando?

 

A dificuldade de aceitar e lidar com a incerteza

Em grupo de três participantes, José contava como vários funcionários têm dificuldade de relacionamento com o dono da empresa, relatando diversas situações em que ele, de forma agressiva, chingou diversos funcionários, sempre querendo ter razão. Marilda fala sobre uma briga com o marido, que foi muito grosseiro, e reclamou da roupa mal passada, camisa com manchas etc., sendo que até o dia anterior estava tranquilo e eles pareciam viver verdadeira lua de mel. Carolina reclama de um pesadelo em que via uma casa com amiga do tempo em que era criança, com cenas confusas, das quais já não se recorda bem, e que não tinham nada a ver com qualquer coisa que fizesse sentido – queria se livrar desses pesadelos.

No decorrer da conversa, e com as associações que seguiram, ocorreu-me que um ponto que parecia perturbá-los era da inquietação com o inusitado, o inesperado. Isso fez sentido, e logo diversas situações, inclusive que já ocorreram nas sessões de grupo foram abordadas.

O inusitado também é difícil para os terapeutas, principalmente quando muito apegados a regras, diagnósticos, interpretações baseadas sempre na transferência e relacionadas com a primeira infância. Nem sempre estamos atentos ao presente e seus impactos no aqui e agora, a chamada presentação, expressão usada por Janine Puget (2006), pois é muito mais fácil considerar que tudo já estava inscrito nos primeiros meses de vida, e que o resto é apenas repetição.

É essencial a disponibilidade para aceitar outras interferências que não apenas a influência linear do tempo histórico. Se isso for possível, algo da ordem do incerto e do imprevisível poderá conviver com o determinismo (FERNANDES, W. J., 2009)

 

Para finalizar

Morin (1986) chamou de obsessão cognitiva, a relação da conjunção de questões ansiogênicas, associadas a respostas tranquilizadoras que se impõem a cada um de nós de modo incondicional, para confirmar a verdade, as justificações esdrúxulas ou não, para provar teorias e fundamentar os diversos níveis de adequação entre a teoria e o real.

É fundamental que cada um de nós se pergunte por que o interesse por esse ou aquele tema; por que defendemos determinadas hipóteses e abraçamos a teoria A, B ou C.

Para Edgar Morin a obsessão pela certeza e a verdade decorrem da necessidade de se dar uma resposta à ansiedade vital (MORIN, E. 1986).

Para esse autor, "o sujeito do conhecimento é sempre impulsionado por um sentimento, por uma estrutura organizacional da sua psique quando empreende qualquer investimento cognitivo, mesmo que disso não tenha consciência" (ALMEIDA, M.C. de, 2004, p.09).

Considero importante não esquecermos de que estamos trabalhando a partir do vínculo com cada paciente e com o grupo, havendo necessidade essencial de que haja envolvimento pessoal de cada um de nós, analistas, nesse trabalho, com uma participação ativa na tessitura da experiência emocional presente.

É importante não esquecermos que o paciente é quem tem a palavra, assim como ele é que deve buscar seu conhecimento, sua verdade. Só podemos tentar ajudar, ou pelo menos, não atrapalhar.

Nesse sentido, abrir mão do narcisismo e da onipotência é essencial. Entretanto, das coisas mais difíceis e necessárias para o terapeuta de grupo - devido à contratransferência - é poder conservar, por algum tempo, para si mesmo, o que pensa estar acontecendo com o grupo, dessa forma dando oportunidade a que os demais participantes utilizem seus próprios recursos e concluam algo sobre a experiência pela qual estão passando. Nesse caso, poderemos ter a surpresa de verificar que suas conclusões são mais apropriadas do que as nossas.

Falar pouco é difícil, mas essencial. Sendo assim, não importa, na realidade, quanto o terapeuta saiba desde que não se preocupe em divulgar narcisicamente sua sabedoria.

Finalizo com uma contribuição advinda de evento ocorrido em 2011.

Quando se trata da observação de elementos psíquicos estamos sob a égide do princípio da Incerteza, formulado por Heisenberg: quanto mais conhecemos uma faceta da experiência mais se desconhece outra. Nesse aspecto a ideia de objeto proposta pela teoria clássica psicanalítica é apenas um recorte, um pedaço, uma aparência, uma face, a faceta simplificante e unidimensional de uma realidade complexa (MARQUES, M., 2011, p.3).

 

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. C. de (2004) Um itinerário do pensamento de Edgar Morin. Palestra no Ciclo de Estudos sobre 'O Método' de Edgar Morin, promovido pelo Instituto Humanitas UNISINOS. São Leopoldo, RS, 14/04/2004.         [ Links ]

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1Médico especialista em psiquiatria com certificação na área de atuação de psicoterapia pela ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria; membro do NESME e SPAGESP. wjfernandes@hotmail.com.br