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Vínculo

versão impressa ISSN 1806-2490

Vínculo vol.12 no.2 São Paulo dez. 2015

 

EDITORIAL

 

 

Este número da revista encerra um ano muito produtivo no NESME, 2015. Organizamos nosso X Congresso de Psicanálise das Configurações Vinculares, em maio, tivemos participantes do XII Encontro Lusobrasileiro, em Lisboa, em outubro, além de representantes no XXI Congresso da FLAPAG, em novembro no Uruguai.

Parte dos artigos deste número da revista são resultantes de trabalhos produzidos para apresentação em algum desses eventos, seja por membros do NESME ou por profissionais de referência em suas áreas de trabalho.

Waldemar José Fernandes traz o artigo "Memória, desejo e espera. O grupo não é apenas uma galeria de espelhos". Nele, o autor retoma a metáfora de Foulkes do grupo como uma galeria de espelhos para, a partir das contribuições de Bion, Puget e também de sua experiência clínica, ampliar tal ideia, valorizando a força do presente no encontro grupal.

No artigo "A desorganização dos vínculos familiares contemporâneos e as intervenções institucionais possíveis", Lazslo Antonio Ávila apresenta uma reflexão crítica sobre as consequências da desorganização dos vínculos familiares na atualidade, tendo como base sua experiência como supervisor de equipes de equipamentos públicos de Saúde e Assistência Social pela realização de grupos operativos e com a fundamentação da psicanálise das configurações vinculares.

O trabalho "Atenção ao vínculo em neonatologia: Grupos Balint-Paideia – uma estratégia para lidar com a dor e a incerteza em situações-limite", escrito por Priscila Melillo de Magalhães e Maria de Lourdes Feriotti, traz a experiência das autoras com os Grupos Balint-Paidéia, que aliam recursos da psicanálise a metodologias democráticas de gestão para uma experiência compartilhada de análise das relações, focada na atenção ao vínculo. A experiência direcionada às equipes das UTIs neonatais favorece a mudança de paradigma, acolhendo a singularidade das experiências subjetivas e enriquecendo formas possíveis de vida e de trabalho.

João Carlos Melo, no artigo "Tirar leite das pedras" valoriza as vivências positivas das psicoterapias e o seu papel promotor da saúde, do bem estar e da resiliência. Ele defende que a Grupanálise pode ser mais terapêutica se considerado o seu potencial e a sua importância num funcionamento mental mais saudável.

Esperidião Barbosa Neto nos presenteia com o texto "Ato e palavra no contexto da ética, ato e não-palavra na via do consumo". Discute a questão da ética da psicanálise, considerando o ato e a palavra. Como pano de fundo, elenca os riscos do consumo exacerbado na atualidade e seus efeitos sobre a estrutura psíquica dos sujeitos e sustenta a ideia de que o ter, na via do consumo, restringe-se ao aqui e agora, enquanto o ser, no contexto da ética, realiza-se no tempo do sujeito.

Desejamos que as leituras sejam profícuas!

Solange A. Emílio e Rose Pompeu de Toledo

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