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Vínculo

versão impressa ISSN 1806-2490

Vínculo vol.16 no.2 São Paulo jul./dez. 2019

 

Editorial

 

 

Há 30 anos foi fundado o NESME. Há 15 anos a Vínculo – Revista do Nesme tem estado presente na vanguarda de trabalhos sobre grupos, famílias e instituições sob o eixo teórico da Psicanálise das configurações vinculares.

Neste número encontram-se trabalhos sobre a promoção de saúde pública numa UBS (Unidade Básica de Saúde). Os trabalhos dessa unidade ocorrem por meio da técnica de Grupos Operativos, visando a expressão de sentimentos e ideias para uma maior reflexão no contexto laboral. Em outro equipamento público é discutida a escuta do sujeito psicótico, também no contexto de um CAPS, enfatizando o impacto destes sujeitos no trabalho de equipe. Traz uma leitura da luta antimanicomial, ressaltando a desconsideração com relação à noção de sujeito no contexto das práticas nos serviços públicos.

Um estudo sobre os familiares de portadores de doença mental descreve a experiencia emocional desses familiares, marcados por um sofrimento profundo onde as intervenções nem sempre são eficientes e funcionais. É enfatizada a utilização de ferramentas artísticas na elaboração das dificuldade de portadores de Alzheimer, salientando a participação interdisciplinar na busca de uma melhor qualidade de vida. A vida sexual da velhice também é destacada neste número, permitindo um olhar atento para a necessidade de desconstrução de ideias e preconceitos sobre o processo do envelhecimento.

Da velhice para a adolescência, é retratado como adolescentes percebem e definem gênero, e como essas vivências repercutem nos processos de subjetivação.

Duas revisões de literatura científica são abordadas: a primeira busca compreender de que modo são transmitidos os padrões conjugais e familiares relacionados ao adoecimento entre diferentes gerações. A outra sobre o sofrimento e a dor, sempre presentes nos indivíduos, grupos e famílias. Traça um painel de quem são os mais afetados e qual a população mais afetada.

Finalizando este número da revista, o artigo sobre “transferência como resistência”. Como um mecanismo dá lugar ao outro, através de um recorte de história clínica, sob o olhar de uma supervisão.

Desfrutem dos textos e que eles possam ser uteis científica e culturalmente.

Beatriz S. Fernandes
Waldemar José Fernandes

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