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Ciências & Cognição

versão On-line ISSN 1806-5821

Ciênc. cogn. vol.12  Rio de Janeiro nov. 2007

 

Editorial

 

Falar na falta de fomento para a pesquisa em nosso país e sua divulgação é inevitavelmente cair na redundância. Tratar da questão da distribuição do pouco valor a esta destinado nem se fala. O Brasil que tinha, ainda, uma certa tradição de investimento em pesquisa básica vê mesmo esta ser gradativamente abandonada em prol de projetos incautos, nitidamente dissonantes das necessidades das instituições já existentes e pouco ou nada lembradas.

É com um suspiro de teimoso empenho que ações como a publicação de Ciências & Cognição deixa em todos os envolvidos a grata sensação de la resistance acadêmica. Grande é o bem-estar de se ver envolvido neste projeto e observar, ao fim deste quarto ano de publicação constante e ininterrupta, o reconhecimento por uma larga comunidade de leitores e colaboradores (consultores ad hoc, pareceristas e autores), contando até o lançamento deste último volume (12, nov./2007) com o total de 664.049 visitas. Nestes quatro anos, foram publicados 158 trabalhos acadêmicos (86 artigos científicos, 32 revisões, 15 ensaios, 1 análise de caso clínico, 15 artigo de divulgação científica e 9 resenhas). Tais resultados reforçam a sensação de que estamos trilhando o caminho certo. Ainda mais tendo conhecimento de que se trata de uma iniciativa sem fins lucrativos e sem apoio financeiro de qualquer nível governamental. Iniciativa suportada apenas pelo apoio do Instituto de Ciências Cognitivas (ICC), a firmeza de vontade e pelo propósito de oferecer um canal que trate os pesquisadores e leitores brasileiros com a seriedade, dignidade e respeito que entendemos indispensável. Grata é a verificação de que tal iniciativa atravessou fronteiras, vindo contar com colaborações constantes ao longo deste ano de pesquisadores ligados a instituições estrangeiras (Espanha, Portugal, Alemanha, Venezuela, México), representando, hoje, 12% dos artigos publicados.

Fiéis à concepção de que o ambiente virtual seria o melhor meio para a visibilidade da produção acadêmica nacional, estimulando a integração de pólos fora dos eixos do sudeste, percebemos ao longo destes quatro anos a constante e valiosa presença de representantes de todas as regiões brasileiras (60% sudeste, 16% sul, 12% nordeste, 10% centro-oeste, 2% norte) e de diversificadas instituições.

Encerrar 2007 vendo frutos saudáveis sendo colhidos é ter certeza de que aquele teimoso empenho está nos conduzindo ao propósito de uma missão que não pretende se dar por cumprida.