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SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas

versão On-line ISSN 1806-6976

SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.) v.3 n.1 Ribeirão Preto fev. 2007

 

ARTIGO ORIGINAL

 

Avaliação do nível de propensão para o desenvolvimento do alcoolismo entre estudantes do curso de graduação em enfermagem da Universidade Católica Dom Bosco

 

Evaluación del nivel de propensión para el desarrollo del alcoholismo entre los estudiantes del curso de pregrado en enfermería de la Universidad Católica Dom Bosco

 

Evaluation of alcoholism propensity among undergraduate nursing students from Dom Bosco Catholic University

 

 

Ana Paula RodriguesI; Alex Souza de OliveiraII; Elizabeth Gonçalves Ferreira ZaleskiIII; Sandra Lúcia ArantesIV

I Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Católica Dom Bosco.
II Acadêmico do Curso de Enfermagem da Universidade Católica Dom Bosco.
III Orientador Metodológico Enfermeira Doutora em Saúde Mental, Professora do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Católica Dom Bosco, Campus de Campo Grade/MS.
IV Enfermeira Professora e Coordenadora do Curso de Enfermagem da Universidade Católica Dom Bosco Doutorado em Enfermagem em Saúde Pública.

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Realizado estudo epidemiológico descritivo-quantitativo, com o objetivo de rastrear a pré-disposição para desenvolver o alcoolismo em acadêmicos recém ingressados e formandos do Curso de Enfermagem na Universidade Católica Dom Bosco, após consentimento autorizado pelos próprios acadêmicos, foi realizada uma amostra de 103 estudantes, do 1º e 4º ano do curso. Como metodologia foi utilizado o instrumento de screening AUDIT para avaliação do nível de propensão para o desenvolvimento do alcoolismo, os resultados obtidos identificam que a prevalência de beber de risco entre os acadêmicos participantes é considerada alta (21,36% da amostra), pois apresentam escore > 8, sendo 35,71% dos homens e 19,10% das mulheres, o que pode trazer danos tanto profissional como pessoal.

Palavras-chave: Alcoolismo, Universitários, Estilo de vida, Instrumentos tipo screening para alcoolismo.


RESUMEN

Se efectuó un estudio epidemiológico descriptivo-cuantitativo, con objeto de rastrear la predisposición para el desarrollo del alcoholismo en académicos nuevos y graduandos del Curso de Enfermería en la Universidad Católica Dom Bosco. Tras el consentimiento de los propios académicos, se obtuvo una muestra de 103 estudiantes del primer y del cuarto año del curso. Como metodología se usó el instrumento AUDIT para evaluación del nivel de propensión para el desarrollo del alcoholismo. Los resultados obtenidos identifican que la prevalencia de beber de riesgo entre los académicos participantes es considerado alta (21,36% de la muestra), con score > 8, siendo el 35,71% de los hombres y el 19,10% de las mujeres. Eso puede traer daños profesionales y personales.

Palabras clave: Alcoholismo, Académicos, Estilo de vida, Instrumentos para evaluación del alcoholismo.


ABSTRACT

This descriptive-quantitative epidemiological study aimed to discover predisposition to alcoholism in first and last-year undergraduate Nursing students from Dom Bosco Catholic University. After the students’ consent, a sample of 103 students was obtained from the first and fourth year of the course. The screening instrument AUDIT was used as the methodology to evaluate the level of propensity to develop alcoholism. The obtained results identify that the predominance of risk drinking among participating students is considered high (21.36% of the sample), because their score is > 8, referring to 35.71% of male and 19.10% of female students. This can cause professional and personal damage.

Keywords: Alcoholism, Students, Lifestyle, Screening instruments for alcoholism.


 

 

INTRODUÇÃO

O ingresso à faculdade é um período em que os acadêmicos sofrem mudanças em seu modo de vida, tendo, entre elas, o uso de álcool, por ser de fácil acesso e de controle indiscriminado. A elevada incidência do consumo abusivo de álcool associa-se a inúmeras conseqüências negativas tanto para saúde física e mental desses jovens quanto para a sociedade como um todo(1-6).

O álcool é uma das drogas mais utilizadas no país, chegando a ser consumida por mais de 70% dos adultos. Além disso, é o principal responsável pelos acidentes de maior gravidade e pelas mortes mais violentas(7). Entre os prejuízos relacionados ao maior consumo de álcool estão, além daqueles já citado anteriormente, exposição a comportamentos de risco (exemplo: dirigir sob efeito do álcool, sexo sem proteção, uso de outras drogas), queda no desempenho acadêmico, prejuízo no desenvolvimento e na estruturação de habilidades cognitivo-comportamentais e emocionais, danos ao patrimônio público e violência(1,3-4,6,8-10).

Os riscos de saúde que incidem sobre a população jovem reduz as expectativas de vida. A vida de 15 a 20% dos brasileiros é passada em condições de saúde precárias(11). Segundo o Instituto Brasileiro de Estatística e Pesquisa (IBGE), a expectativa de vida da população em geral é de 67 anos, portanto, 55,2 anos são passados em condições de vida satisfatórias e os outros 11,7 anos em condições de enfermidade crônica(12). O álcool é um dos problemas mais sérios de saúde publica existente, estima-se que um em cada três leitos hospitalares no Brasil é ocupado em decorrência direta ou indireta do consumo abusivo de álcool. No entanto, dos 11% de brasileiros com problemas de alcoolismo, somente 1% consegue vaga para internação pelo Sistema Público de Saúde. Os demais ficam perambulando pelas ruas ou, morrem sem nenhum tipo de assistência, por falta de vagas nos hospitais públicos do país(13).

O objetivo desta pesquisa é rastrear a pré-disposição de desenvolver o alcoolismo em universitários do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), e para isso realizou-se revisão de literatura, para que se possa sensibilizar os universitários em relação ao alcoolismo e identificar a incidência de beber de risco do consumo de álcool.

 

REVISÃO

O alcoolismo constitui grave problema de saúde pública, sendo que cerca de 10% da população brasileira enfrenta sérios problemas relacionados ao uso excessivo de álcool, isto é, são dependentes dessa substância psicoativa(14).

Trata-se de síndrome de dependência do álcool, que é caracterizada por um continuum de gravidade, devido à presença intensa de sintomas, desencadeados pelo aumento gradativo de consumo, em proporção direta ao grau de dependência no decorrer do tempo(15).

Define-se dependência química como um estado psíquico e físico que sempre inclui compulsão de modo contínuo ou periódico, podendo causar várias doenças crônicas físico-psíquicas, com sérios distúrbios de comportamento(16). Pode, também, ser resultado de fatores biológicos, genéticos, psicossociais, ambientais e culturais e considerada hoje como epidemia social, pois atinge toda a gama da sociedade, desde a classe social mais elevada à mais baixa. A Classificação Internacional de Doenças – CID-10, define-a como transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas(17).

Não há dados detalhados do padrão de consumo de álcool e drogas na população geral, mas existem dados consistentes para algumas variáveis como o maior consumo de álcool encontra-se na população masculina, atingindo cerca de 12-15% nesse grupo; a grande maioria não busca tratamento; as mulheres com prevalência de abuso do álcool representam de 3-5%, com forte tendência à elevação desse número(15).

 

METODOLOGIA

Pesquisada uma população de ambos os sexos do Curso de Enfermagem da UCDB, do 1º e 4º anos (ingressantes no ano de 2002 e 2006) (n=103), a media de idade foi de 25,49 (dp=4,64). Desses 89,41% eram mulheres (n=89) e 13,59% homens (n=14). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica Dom Bosco-CEP/UCDB, protocolado sob o nº 040/06.

Ao instrumento de screening utilizado The alcohol Use Disorder Identification Test (AUDIT) foram acrescentados dados relacionados à idade e sexo, para estatística. Esse instrumento é composto por 10 questões a respeito do uso do álcool no que se refere aos últimos doze meses. As três primeiras questões medem a quantidade e a freqüência do uso regular ou ocasional de álcool e as três questões seguintes, investigam sintomas de dependência. As quatro finais referem-se a problemas recentes na vida relacionados ao consumo(18).

Neste estudo, o padrão de risco de uso de álcool, ou beber problemático, foi definido pelo escore > 8(19). O escore final pode variar de 0 a 40 pontos. Esse é um método que identifica pessoas com consumo de risco, uso nocivo e dependência do álcool(19-20).

Os participantes foram abordados em sala, durante as aulas, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), da UCDB. Todos os indivíduos que concordaram em participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme Resolução 196/96 sobre pesquisas em seres humanos, no qual foi esclarecido aos colaboradores da pesquisa que o estudo garantirá a confidencialidade, omitindo a identificação dos sujeitos.

Os dados coletados foram submetidos a procedimentos de estatística descritiva para avaliar as dez variáveis estudadas em termos de distribuição de escores, médias e desvio padrão.

 

RESULTADOS

O resultado deste trabalho será disposto a seguir em forma de tabelas referentes a cada questão do instrumento de screening utilizado, AUDIT. Os acadêmicos participantes desta pesquisa foram distribuídos na Tabela 1, de acordo com o ano que estavam cursando no momento da coleta de dados, facilitando, assim, a comparação entre os ingressantes e formandos desta universidade.

 

 

Do total de participantes, 67,96% é o valor correspondente ao somatório das respostas à questão 1, onde os mesmos relataram que consomem bebidas alcoólicas. A alternativa “nenhuma” demonstra que 32,04% dos respondentes não consomem bebidas alcoólicas, ou seja, estão menos expostos a mortes violentas, sexo sem proteção, uso de drogas, queda no desempenho acadêmico(1,3-4,6-10). Daqueles que responderam afirmativamente, 6,8% indicaram duas a três vezes por semana; 7,77% ingerem de >10 doses em um dia típico e com freqüência de 6 ou mais doses em uma única ocasião, 9,71% responderam semanalmente.

Os dados da Tabela 2, apontam que 9,71% da amostra percebeu que não conseguia parar de beber, uma vez que haviam começado, sendo que desses, 0,97% responderam que ocorreu diariamente, além disso, 9,71% afirmaram ter deixado de fazer o que era esperado, devido ao uso de bebidas alcoólicas. Todos os acadêmicos que participaram da pesquisa afirmaram que nunca precisaram de uma dose pela manhã para se sentir melhor após um dia de bebedeira.

 

 

Na Tabela 3, as respostas às quatro últimas questões do instrumento, 14,56% da amostragem sentiu-se culpada ou com remorsos depois de beber, sendo que com 1,94% desse total isso ocorreu mensalmente. Esquecimentos de fatos que aconteceram na noite anterior quando ingeriram álcool foi relatado por 9,71% dos universitários; 24,27% foram criticados pelos resultados de suas bebedeiras e, finalmente, 7,77% já foram aconselhados a parar de beber.

 

 

DISCUSSÃO

Os resultados obtidos demonstram que a prevalência do beber de risco entre os acadêmicos participantes é considerada alta, pois a pesquisa constatou que 21,36% (n=22) dos universitários estudados podem ser identificados com beber problemático, pois apresentaram escore >8, sendo 35,71% dos homens e 19,10% das mulheres, comprovando a maior incidência entre a população masculina e demonstrando que a amostra atingiu porcentagem superior à identificada por outras pesquisas (homens 12-15% e mulheres 3-5%)(15).

Outro aspecto que o estudo ofereceu diz respeito à propensão para o desenvolvimento do alcoolismo, relacionado ao fato de que 10,68% (n=11 e n=11) da população amostral (n=103) quando alunos de ambas as turmas do curso apresentaram igual propensão para o desenvolvimento do alcoolismo, mas há diferença significativa na proporção de escores 0 as respostas do teste aplicado, ou seja, referem não ter ingerido nenhuma bebida alcoólica durante os últimos doze meses, 39,65% dos acadêmicos ingressantes não fizeram ingestão de álcool, já a turma do ultimo ano 86,67% faz uso de bebidas alcoólicas (escore diferente de 0 em pelo menos uma questão), os dados coletados permitem afirmar que a situação de estresse com a conclusão do curso e ansiedade por entrar no mercado de trabalho são os fatores principais para esse aumento de consumo(21).

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo mostra que o nível de propensão para o desenvolvimento do alcoolismo foi considerado alto (21,36%) entre adultos-jovens na universidade que fazem uso de bebidas alcoólicas. O uso abusivo vem se constituindo, cada vez mais, em sério problema de saúde publica em nosso país. O consumo é socialmente tolerado, às vezes até estimulado, mas embora socialmente aceito, o beber excessivo traz uma série de riscos que raramente são reconhecidos como: mortes violentas, sexo sem proteção, uso de drogas, queda no desempenho acadêmico(1,3-4,6-10).

O trabalho mostra ainda que, para estudantes da área de Enfermagem, essa atividade remete à reflexão relativa ao seu futuro papel como profissionais na área de saúde no trato com essa questão. Considera-se que este foi o passo inicial para o desenvolvimento de outras pesquisas na área de prevenção, pois, vê-se, hoje, que o enfermeiro não se restringe ao atendimento de promoção da saúde, mas também visa a importância do desenvolvimento de ações profiláticas no campo social e de saúde publica.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Endereço para correspondência
Ana Paula Rodrigues
E-mail: anap_mju@hotmail.com

Alex Souza de Oliveira
E-mail: alesq8@hotmail.com

Elizabeth Gonçalves Ferreira Zaleski
E-mail: zaleski.msi@terra.com.br

Sandra Lúcia Arantes
E-mail: enf@ucdb.br

Recebido: 13/11/2006
Aprovado: 24/01/2007

 

 

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