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SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas

On-line version ISSN 1806-6976

SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.) vol.11 no.3 Ribeirão Preto Sept. 2015

http://dx.doi.org/10.11606/issn.1806-6976.v11i3p136-144 

ARTIGO ORIGINAL
DOI: 10.11606/issn.1806-6976.v11i3p136-144

 

Mortalidade atribuível ao consumo de bebidas alcoólicas

 

 

Anna Klara BohlandI; Arquimedes Ribeiro GonçalvesII

IPhD, Professor Adjunto, Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE, Brasil
IIMédico

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O consumo abusivo de álcool se traduz em grave problema de saúde pública em todo o mundo. Neste trabalho objetivou-se descrever os óbitos atribuíveis ao álcool em Sergipe, entre 1998 e 2010. Foram coletados dados contidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade e analisados pelo programa TabWin. Observou-se aumento do número e dos coeficientes em todas regionais de saúde, entre os homens, na idade entre 45 e 54 anos, em ambiente hospitalar e cuja causa básica estivesse relacionada aos transtornos mentais e comportamentais. Dessa forma, ao ampliar a abordagem da mortalidade, este estudo poderá subsídiar futuras investigações, bem como contribuir para os gestores de saúde, em especial da saúde mental.

Descritores: Mortalidade;Transtornos Induzidos por Álcool; Bebidas Alcoólicas.


 

 

Introdução

O álcool é considerado um dos principais contribuintes para a carga de doenças e de mortes prematuras em todo mundo(1). A maior parte dos custos hospitalares resultantes do uso de substâncias psicoativas no Brasil é decorrente do uso indevido de álcool (83,1%%) contra 16,9% de gastos oriundos no consumo de outras substâncias psicoativas(2).

Das drogas, o álcool é de uso lícito, com grande abrangência e aceitação social, entretanto, seu consumo excessivo gera problemas médicos, psicológicos, profissionais e familiares, acarretando altos custos econômicos e sociais(3-4). Esse fato é paradoxal, uma vez que essa substância tem seu uso aceito e até incentivado em diversas situações, tais como rituais religiosos, cerimônias familiares, confraternizações entre amigos, eventos comemorativos e festejos populares, entre outros(5).

A ingestão de álcool foi avaliada em 193 países, e verificou-se que cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem anualmente em todo o mundo por causa do consumo abusivo, o que resulta em cerca de 4,0% do total de óbitos(4), apontando grave problema para a saúde pública(6).

O consumo de álcool é um dos principais fatores de risco para a mortalidade prematura em todo o mundo, juntamente com o tabagismo, a obesidade, o sedentarismo e a hipertensão arterial, estando relacionado direta ou indiretamente ao desenvolvimento de inúmeras patologias, tais como cirrose hepática, hipertensão arterial, miocardiopatia, dependência alcoólica, deficiências nutricionais, doenças neurológicas e inúmeros tipos de câncer(7-10), além das situações traumáticas e violentas, como acidentes de trabalho, de trânsito, violência doméstica e homicídios(4). Uma das formas de abordagem dos transtornos de álcool(11) é a partir dos ciclos de vida, verifica-se que cada etapa envolve diversos riscos, e conclui-se pela necessidade de esforços de prevenção e estratégias de tratamento. Certos setores sociais ou circunstâncias deveriam ser isentos de álcool, particularmente não deveria ser consumido durante a infância e adolescência(12). Outras situações são a condução de veículos e durante a gravidez(1). Também são(5) apontados como problemas relacionados ao uso de álcool os sociais, no trabalho, familiares, físicos, legais e relacionados à violência.

Entretanto, relata-se que a ingestão moderada de álcool tem efeito protetor para doenças cardiovasculares, que apresenta índices de mortalidade inferiores quando comparado aos abstêmios e aos que fazem uso exagerado(13).

Para evitar os óbitos relacionados ao consumo de álcool(14) são necessárias medidas de prevenção e promoção da saúde, incluindo aquelas entre a população escolar(15), visando a redução do consumo e conseqüente diminuição do risco de doenças e da mortalidade precoce.

No mundo, a população mais afetada por mortes resultantes do álcool(4) são os homens da Europa (10,8%), da América (8,7%) e da Oceania (8,5%). Os que sofrem menos consequências são os do Mediterrâneo Oriental (0,9%), da África (3,4%) e do Sudeste Asiático (3,7%), sobretudo aqueles países e regiões de cultura mulçumana, onde esse hábito é proibido por motivações religiosas e culturais. Entre as mulheres, há mais mortes na Europa e na América (1,7% em ambos os casos), seguidos da Oceania (1,5%), da África (1,0%), do Sudeste Asiático (0,4%) e do Mediterrâneo Oriental (0,2%).

Na Uniâo Europeia, uma avaliação da tendência, entre 1980 e 2003, apontou que as mortes relacionadas com o álcool representaram mais de 10% de toda a mortalidade, e os autores destacam a importância das estratégias nacionais de prevenção(16).

No Brasil, o Ministério da Saúde (MS)(17) revelou que houve incremento de 16,1% para 19,0% no percentual de brasileiros que declararam ter abusado do álcool (consumo de cinco doses da bebida em uma única vez para os homens e quatro doses para as mulheres), entre 2006 e 2008. Nesse mesmo período, houve aumento no coeficiente de mortalidade por doenças atribuíveis ao consumo abusivo dessa substância.

O MS verificou que, entre 2000 e 2006, foram registrados no Brasil 92.946 óbitos, cuja causa básica foi uma das doenças atribuíveis diretamente ao álcool, e 146.349 tinham esse grupo de doenças como causa básica ou associada(18). Outro estudo(19), realizado no país, entre 2006 e 2010, apontou óbitos ligados aos transtornos mentais e comportamentais devido ao uso do álcool por Unidades da Federação, sendo o Estado de Minas Gerais aquele que apresentou o maior coeficiente de mortalidade. Outros locais com índices relevantes de mortalidade foram os Estados do Ceará e de Sergipe. Diante disso, objetivou-se, neste trabalho, descrever os óbitos atribuíveis ao álcool em Sergipe, entre 1998 e 2010.

 

Método

Foi realizado um estudo da mortalidade, apresentando como causa do óbito o consumo de bebida alcoólica. Para tanto, a coleta de dados foi realizada junto ao Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)(20). O procedimento metodológico utilizado foi a epidemiologia descritiva. Foram analisadas as categorias e subcategorias da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde-10ª revisão (CID 10)(21), contendo, como causa básica na declaração de óbito, as doenças cujas condições, por definição, são totalmente atribuíveis ao álcool(22).

Causas Naturais relacionadas com a exposição ao álcool

E244 - Síndrome de pseudo-Cushing induzida por álcool

F10 - Transtornos mentais e comportamentais associados ao uso e abuso de álcool

G312 - Degeneração do sistema nervoso devido ao álcool

G405 - Síndromes epilépticas especiais

G621 - Polineuropatia alcoólica

G721 - Miopatia alcoólica

I426 - Cardiomiopatia alcoólica

K292 - Gastrite alcoólica

K70 - Doença hepática alcoólica

K852 - Pancreatite aguda induzida por álcool

K860 - Pancreatite crônica induzida por álcool

O354 - Assistência prestada à mãe por lesão causada ao feto por alcoolismo materno

P043 - Feto ou recém-nascido afetados pelo uso de álcool pela mãe

Q860 - Síndrome fetal alcoólica

R780 - Presença de álcool no sangue

Causas externas relacionadas com a exposição ao álcool

T51 - Efeito tóxico do etanol

X45 - Envenenamento acidental por exposição ao álcool

X65 - Autointoxicação voluntária por álcool

Y15 - Envenenamento por álcool com intenção não determinada

Y90 - Evidência de alcoolismo detectado pelas/taxas alcoolemia

Y91 - Evidência de alcoolismo determinado pelo nível da intoxicação.

Os dados foram analisados pelo programa TabWin(20). Além do número e percentual de óbitos, foi calculado o coeficiente de mortalidade anual pelo consumo de álcool no Estado de Sergipe, cuja população também foi fornecida pelo DATASUS(20). Foram realizados os cálculos dos coeficientes para cada uma das sete regionais de saúde (Aracaju, Itabaiana, Nossa Senhora (NS) do Socorro, NS da Glória, Lagarto, Estância e Propriá). Além dessa, outras variáveis foram inclusas: sexo, faixa etária e local de ocorrência. Finalmente, cabe ressaltar que o presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (CAEE: 12699213.5.0000.5546).

 

Resultados

Foi coletado, em Sergipe, no período entre 1998 e 2010, o total de 2.575 óbitos, cuja causa básica estava relacionada ao consumo de álcool. Esses óbitos (Tabela 1) distribuíram-se principalmente em: transtornos mentais e comportamentais relacionados ao álcool (1.314) e à doença alcoólica do fígado (1.161), e os demais casos (100) nas outras categotias.

Desses 2.575 casos, aqueles por síndrome de dependência foram os mais frequentes, totalizando 1.129 óbitos (43,8%). Na categoria doença alcoólica do fígado, predominaram aqueles por cirrose hepática alcoólica, com 674 óbitos (26,2%), seguidos pela insuficiência hepática alcoólica com 240 casos (9,3%).

Durante o período analisado, no Estado de Sergipe, observou-se aumento de 1,7 vezes no coeficiente de mortalidade pelo consumo de bebidas alcoólicas (de 5,1 óbitos/100.000 habitantes, para 13,9 óbitos/100.000 habitantes.), conforme a Tabela 2.

Foram observados 2.306 óbitos masculinos e 267 femininos. No sexo masculino, foram predominantes os óbitos por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de álcool, com 1.186 (51,4%) e 1.026 mortes por doença alcoólica do fígado (44,5%), enquanto que entre as mulheres houve predomínio dos óbitos por doença alcoólica do fígado com 133 (49,8%) e 128 por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso álcool (47,9%).

No sexo feminino, verificou-se crescimento de 0,9 óbitos/100.000 mulheres para 2,6 óbitos/100.000 mulheres (Tabela 2). No sexo masculino, observou-se incremento de 9,5 óbitos/100.000 homens para 25,8 óbitos/100.000 homens. O aumento foi de 1,9 vezes no coeficiente de mortalidade feminino e o masculino foi de 1,7 vezes. Observou-se, também, o coeficiente médio de 19,1 óbitos/100.000 homens e de 2,1 óbitos/100.000 mulheres, no período.

Em relação à faixa etária do óbito (Tabela 3), observou-se predomínio da idade entre 45 e 54 anos (28,9%), seguida dos 35 e 44 anos (27,2%), com 1.412 óbitos ou 56,1% do total. No período analisado, houve aumento do número de óbitos em todas as faixas etárias, a partir dos 25 anos. Os coeficientes de mortalidade das faixas etárias menores que 35 anos foram menores do que o coeficiente médio (11,4/100.000 habitantes), mais uma vez com destaque para os coeficientes de mortalidade das faixas etárias de 45-54, seguidos das faixas 55-64 e 65-74 anos.

A Tabela 4 mostra o número de óbitos e os coeficientes por regionais de saúde. A regional de Aracaju é a que apresenta o maior número absoluto, com 914 casos (35,7%), sendo seguida pelas regionais de NS do Socorro com 418 (16,3%), Estância com 353 (13,8%), Lagarto com 292 (11,4%), Itabaiana com 263 (10,3%), Propriá com 253 (9,9%) e NS da Glória com 68 óbitos (2,7%).

Houve predomínio dos casos por transtornos mentais e comportamentais associados ao álcool, em cinco das regionais de saúde do Estado, com exceção feita às regionais de Lagarto e NS do Socorro, onde os óbitos por doença alcoólica do fígado foram os mais frequentes.

Entre as regionais de saúde do Estado, prevaleceu crescimento no coeficiente de mortalidade, sendo que a regional de Aracaju foi aquela que apresentou maior estabilidade, enquanto a regional de Propriá apresentou o maior crescimento durante o período estudado. As regionais de Propriá, Estância, NS do Socorro e Aracaju tiveram os maiores coeficientes. Além de NS da Glória, somente as regionais de Lagarto e Itabaiana apresentaram coeficiente de mortalidade inferior ao observado para o Estado de Sergipe.

Em relação ao local de ocorrência (Tabela 5), observou-se predomínio de óbitos em ambiente hospitalar, com 1.421 casos (55,2%). Nesse mesmo período de tempo, verificaram-se 983 óbitos domiciliares (38,2%) e 91 (3,5%) na via pública. Cabe ressaltar que, ao longo do período, o percentual de óbitos domiciliares aumentou de 11,5%, em 1998, para 46,3%, em 2010.

 

Discussão

Em Sergipe observou-se predomínio dos óbitos por transtornos mentais e comportamentais associados ao álcool em relação à doença alcoólica do fígado. Esses resultados são coincidentes com aqueles obtidos para as capitais das Regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste(15). Segundo os autores, nas Regiões Nordeste e Sul, ocorreram mais mortes por doença alcoólica do fígado.

Os dados também apontaram aumento na mortalidade atribuível diretamente ao consumo do álcool no Estado de Sergipe, entre os anos de 1998 e 2010, em ambos os sexos, o que se deve ao provável aumento no padrão de consumo da bebida, tanto em homens quanto em mulheres(23). Resultados semelhantes foram obtidos pelo MS(18), que também verificou que o consumo está mais intenso no país.

Os óbitos masculinos ocorreram por transtornos mentais e comportamentais associados ao álcool (1.186), diferentemente do feminino, que foram por doença alcoólica do fígado (133). Os homens continuam respondendo pela maioria dos casos(23). Observou-se a razão de 9/1 em relação aos óbitos femininos, semelhante à razão encontrada para o Brasil(15), entre 1998 e 2002.

No entanto, o coeficiente de mortalidade entre as mulheres vem crescendo com índices superiores ao verificado para o sexo masculino. Apesar de essa diferença não ser tão pronunciada (1,9 vezes contra 1,7 vezes), tanto homens quanto mulheres estão morrendo cada vez mais pelo abuso de álcool. Tais fatos são confirmados pelo MS, que observou incremento no uso excessivo de álcool entre as mulheres, de 8,1%, em 2006, e em 2008 de 10,5%(17).

O presente trabalho mostrou ainda que o consumo abusivo de álcool no Estado de Sergipe foi responsável direto por 2,0% do total de óbitos, sendo 3,2% do total entre os homens e 0,5% do total entre as mulheres. Essa taxa é maior que a encontrada no Brasil, entre 1998 e 2002(15), que apontou o álcool como responsável direto por 0,8% dos óbitos masculinos e 0,1% dos femininos, no estudo sobre transtornos mentais e comportamentais, devidos ao uso de álcool. Esses resultados demonstram a importância de se estudar a mortalidade abordando todas as causas relacionadas ao álcool(22 ).

Os coeficientes de mortalidade masculino, obtidos no presente, foram maiores que os observados na série em Portugal(24) (em que houve aumento no coeficiente de mortalidade, de 19,7, em 2006, para 22,7 óbitos por 100.000 habitantes, em 2009). Entre as mulheres, o estudo português também apresentou valores muito inferiores aos do sexo masculino, mas também registrou aumento na série (3,1, em 2006, para 3,7 óbitos, em 2009, por 100.000 mulheres menores que 65 anos), portanto, maior que o encontrado no presente estudo.

A faixa etária que apresentou o maior número de mortes no Estado é aquela que se situa entre 45 e 54 anos, sendo semelhante a uma pesquisa nacional recentemente realizada(18). Dados da OMS(1) mostraram que o álcool foi o principal fator de risco para a morte entre os homens com idade entre 15 e 59 anos.

Assim como em Portugal, no ano 2010(24), houve aumento na mortalidade atribuível diretamente ao álcool, em todas as regiões de saúde do Estado de Sergipe, o que indica que o consumo está cada vez mais intensificado. A OMS também cita aumento da mortalidade atribuível ao álcool nos países em expansão econômica, como o Brasil e a China(1).

Quando ao local de ocorrência do óbito, a maior parte ocorreu em ambiente hospitalar. No entanto, observou-se que houve aumento dos óbitos no domicílio, quase sete vezes maior do que o crescimento observado em ambiente hospitalar. Quando se analisa o total de óbitos ocorridos no período, independente da causa, o percentual dos domiciliares foi de 33,2%, com tendência decrescente(20), mas, no presente estudo, conforme referido anteriormente, o percentual de óbitos domiciliares foi de 38,0%, com tendência acentuadamente crescente.

A tendência do crescimento no número de óbitos no ambiente domiciliar pode ser indicativo de que os indivíduos ou suas famílias, por desconhecerem sua condição de doente, estão negligenciando assistência médica, cabendo aos serviços de saúde o combate a estigmas e preconceitos(25).

 

Consideraçoes finais

Vale destacar que neste estudo foram analisadas apenas as mortes causadas diretamente pelo consumo excessivo de álcool, sendo excluídas aquelas em que essa substância é um fator associado, como os acidentes de trânsito, ou em casos de violência doméstica ou urbana, homicídios, doenças cardiovasculares ou câncer.

Observou-se que o consumo de bebidas alcoólicas em Sergipe vem apresentando níveis crescentes do coeficiente de mortalidade em todas as regionais de saúde, em ambos os sexos, sendo predominante entre os homens, porém, tem apresentado aumento mais pronunciado no coeficiente de mortalidade feminino.

Como no presente estudo foi utilizada a mortalidade atribuível ao álcool, o mesmo poderá subsidiar futuras investigações e contribuir para os gestores de saúde, e em especial para os gestores de saúde mental. Os resultados indicam que a questão precisa ser enfrentada e que, embora haja legislação específica acerca de ações voltadas para a atenção integral às pessoas que consomem álcool, essa ainda não se traduz efetivamente em ações de saúde.

Finalmente, sabe-se que a fração de risco atribuível ao consumo de álcool é maior que a obtida nesta pesquisa, pois, além das condições de morte ou doença que são totalmente imputadas a essa causa, também são inclusas as condições para o quais o álcool é causa componente e, portanto, bastante superior às verificadas, revelando que hoje esse é um tema a ser considerado como importante questão de saúde pública.

 

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Correspondencia:
Anna Klara Bohland
Universidade Federal de Sergipe. Departamento de Medicina
Rua Cláudio Batista, s/n
Bairro: Santo Antônio
CEP: 49060-100, Aracaju, SE, Brasil
E-mail: anna.bohland@uol.com.br

Recebido: 01.07.2014
Aprovado: 19.05.2015