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SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas

versión On-line ISSN 1806-6976

SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.) vol.16 no.3 Ribeirão Preto jul./set. 2020

http://dx.doi.org/10.11606/issn.1806-6976.smad.2020.168328 

ARTIGO DE REVISÃO

 

Mindfulness e regulação emocional: uma revisão sistemática de literatura*

 

Mindfulness y regulación emocional: una revisión sistemática de la literatura

 

 

Liana Santos Alves PeixotoI,II; Sônia Maria Guedes GondimI

IUniversidade Federal da Bahia, Instituto de Psicologia, Salvador, BA, Brasil
IIBolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Brasil

Autor correpondente

 

 


RESUMO

OBJETIVO: este estudo de revisão sistemática de literatura buscou analisar as relações entre mindfulness e regulação emocional.
MÉTODO: foram consultadas diversas bases de dado nacionais e internacionais e selecionou-se para análise 60 artigos publicados no período de 2009 a 2019.
RESULTADOS: Em termos conceituais, mindfulness é prevalentemente considerado como um traço, e menos como um estado ou habilidade. Os resultados dos estudos empíricos sugerem que mindfulness mostra-se associado ao uso de estratégias de regulação emocional adaptativas favorecendo o funcionamento psíquico saudável. Apontam-se também os limites e contribuições desta revisão.
CONCLUSÃO: Há a necessidade de mais estudos que considerem o aspecto processual de mindfulness e que possibilitem capturar a vivência subjetiva da prática, tendo em visto a prevalência de estudos quantitativos que fizeram uso de escalas de autorrelato.

Descritores: Atenção Plena; Revisão de Literatura; Emoções; Saúde Mental.


RESUMEN

OBJETIVO: este estudio de revisión sistemática de la literatura buscó analizar la relación entre la atención plena y la regulación emocional.
MÉTODO: se consultaron varias bases de datos nacionales e internacionales y se seleccionaron para su análisis 60 artículos publicados en el período de 2009 a 2019.
RESULTADOS: en términos conceptuales, la atención plena se considera predominantemente como un rasgo, y menos como un estado o habilidad. Los resultados de los estudios empíricos sugieren que la atención plena se asocia con el uso de estrategias adaptativas de regulación emocional que favorecen el funcionamiento psíquico saludable. También se señalan los límites y las contribuciones de esta revisión.
CONCLUSIÓN: se concluye que es necesario realizar más estudios que consideren el aspecto procesal de la atención plena y que permitan capturar la experiencia subjetiva de la práctica, considerando la prevalencia de estudios cuantitativos que utilizaron escalas de autoinforme.

Descriptores: Atención Plena; Revisión de Literatura; Emociones; Salud Mental.


 

 

Introdução

Nas últimas três décadas observou-se um notório crescimento do interesse científico pelos benefícios promovidos pela prática de mindfulness(1). Evidências empíricas apontam que essa prática pode permitir que as pessoas lidem com suas emoções de maneira mais adaptativa(2-3). Associado a mindfulness, o processo de regulação emocional também vem sendo amplamente investigado(4), trazendo evidências de que ambos contribuem para a saúde mental e o bem-estar pessoal(4-11).

O crescente interesse em explorar o papel de mindfulness no processo de regulação emocional deve-se ao seu efeito na redução da resposta negativa ao estresse e na melhoria de processos de gerenciamento emocional(12), potencializando o efeito no bem-estar psicológico(13-14). Níveis mais elevados de mindfulness têm sido associados a processos de regulação emocional mais adaptativos em população clínica e não-clínica(7,15). Entretanto, os mecanismos dessa relação ainda não foram amplamente compreendidos(7,11,16).

Uma das dificuldades é a operacionalização do construto mindfulness(17). Os autores destacam três tipos de estudos mais presentes na literatura científica em mindfulness: i) estudos baseados em intervenções (como, por exemplo, a utilização do Programa de Redução do Estresse baseado em Mindfulness - MBSR ou exercícios de atenção plena), ii) comparação de praticantes e não praticantes de mindfulness e iii) estudos sobre o traço disposicional de mindfulness. Atribui-se essa variabilidade de estudos às distintas formas de operacionalizações de mindfulness.

No campo da Psicologia o termo mindfulness vem sendo utilizado de três maneiras, com possíveis impactos na maneira como o conceito se operacionaliza nos estudos empíricos: i) característica ou traço: qualidade estável que difere entre os indivíduos, ii) estado momentâneo: que pode ser induzido; e iii) habilidade desenvolvida por intervenção: que envolve aprendizagem mediante práticas formais e informais. As evidências sobre os efeitos de mindfulness diferem dependendo da forma como é operacionalizado(18). Há a discussão na literatura(19) de que alguns autores o concebem como um construto unidimensional(20), enquanto outros o vêem como multifatorial(21-22). Há ainda a crítica à tendência de definição e operacionalização deste construto como um traço estável, que afasta-se da definição dos textos budistas que valorizam o seu aspecto processual e dinâmico(23).

Tomando como base os aspectos apontados, decidiu-se por realizar um estudo de revisão sistemática de literatura com o objetivo de identificar como mindfulness vem sendo operacionalizado nos estudos empíricos e caracterizar a natureza das relações entre mindfulness e o processo de regulação emocional na literatura nacional e internacional nos últimos dez anos. As revisões sistemáticas são recursos metodológicos importantes em um contexto de crescimento acelerado da produção científica. Elas permitem que os cientistas respondam a questões sobre a qualidade e a quantidade do que está sendo produzido em um campo científico específico, auxiliando os pesquisadores na análise crítica do conhecimento acumulado e na elaboração de projetos de pesquisa mais promissores por levarem em conta evidências empíricas e bases teóricas apontadas como mais consistentes(24-25).

Espera-se que os resultados e a análise realizada a partir desta revisão sistemática contribuam ao oferecer um panorama mais claro sobre a operacionalização e o estado atual da produção científica concernente à relação entre mindfulness e regulação emocional. Espera-se, ainda, contribuir para o aprimoramento dos estudos nesta área e oferecer informações para subsidiar programas de intervenção baseados em mindfulness.

 

Método

As revisões sistemáticas são estudos secundários realizados a partir de estudos primários publicados(24). Os passos para a realização de uma revisão de literatura são: definição da pergunta de pesquisa; busca de evidência (definição dos termos ou palavras-chave e das estratégias de busca); seleção dos estudos (inclusão ou exclusão tendo em vista os critérios estabelecidos); avaliação da qualidade metodológica do estudo (mediante a leitura dos artigos) e apresentação dos resultados (elaboração de resumo sobre os estudos selecionados e articulação com a pergunta de pesquisa)(25).

As perguntas norteadoras desta revisão de literatura foram: "Quais as relações empíricas entre mindfulness e regulação emocional disponíveis na literatura nacional e internacional?" e "de que forma mindfulness vem sendo operacionalizado nestes estudos empíricos?" O marco temporal estabelecido foi de 2009 a 2019, sendo este período escolhido por possibilitar analisar tanto publicações mais recentes (últimos cinco anos) quanto estudos anteriores, ampliando a compreensão da relação entre os construtos.

Inicialmente fez-se uma busca, entre novembro e dezembro de 2019, no Google Acadêmico e em todas as bases disponíveis no Portal de Periódicos da CAPES (Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior) de artigos científicos sobre mindfulness e regulação emocional. A busca também foi feita em bases específicas como Scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e o site Research Gate.

Os critérios estabelecidos para seleção dos artigos científicos foram: artigos empíricos, publicados no período de 2009 a 2019, usando combinações das palavras-chave mindfulness, atenção plena, regulação emocional, emotional regulation e emotion regulation. O operador boleano "and" foi utilizado para que ambas as palavras-chave constassem nas buscas realizadas. A pesquisa limitou-se a artigos publicados em português, inglês e espanhol, cujos participantes tenham sido adultos. As bases de dados foram configuradas para buscar as palavras no "título" e "assunto" no Portal da CAPES e "título" e "palavras-chave" no Google Acadêmico e demais bases de dados. Por meio do Research Gate se teve acesso a artigos cujo texto completo não estava disponível nas bases de dados consultadas. Os critérios de exclusão foram remoção de teses, artigos teóricos, artigos de revisão ou meta-análise, editoriais, comentários sobre artigos, livros e capítulos de livro.

Foram encontrados 762 artigos nas bases de dados do Portal de Periódicos da CAPES, 350 documentos no Google Acadêmico, um artigo no Scielo, um artigo no Research Gate e nenhum artigo no Lilacs, totalizando 1.114 documentos. A partir da leitura do título, iniciou-se a primeira seleção dos artigos que atendiam aos critérios de inclusão. Nos casos em que o título, resumo ou palavras-chave não foram suficientes para decidir sobre a inclusão do artigo, procedeu-se à leitura na íntegra do estudo. Excluíram-se também os documentos duplicados. Ao fim desta primeira etapa foram selecionados 283 textos, 236 identificados nas bases de dados disponíveis na plataforma de periódicos da CAPES, 45 do Google Acadêmico, um do Scielo e um do Research Gate. A segunda e última etapa de seleção dos artigos empíricos foi feita a partir da leitura dos resumos desses artigos. Levaram-se em conta os critérios de inclusão estabelecidos, excluindo aqueles artigos que faziam referência a assuntos muito específicos o que dificultaria extrair conclusões gerais de relações entre mindfulness e regulação emocional. Sendo assim, artigos muito específicos sobre psicopatologias, treinamentos com foco na compaixão ou no aspecto cognitivo, dor crônica, processos de tomada de decisão, população-alvo de crianças, adolescentes e idosos, entre outros, foram retirados da lista final de artigos. Restaram 60 artigos para análise, sendo 45 do portal da CAPES, 14 do Google Acadêmico, e um do Research Gate.

As bases de dados e os respectivos quantitativos de artigos identificados para a leitura foram: Springer (n=19), Elsevier (n=18), PubMed (n=9), Routledge (n=4), American Psychological Association (n=3), Ebsco (n=2), Semantic Scholar (n=2), e Wiley Periodicals (n=2) e Australian Psychological Society (n=1).

Os artigos selecionados foram lidos na íntegra e foi realizada uma síntese das principais informações, como ano, autoria, objetivo do estudo e conclusões. A partir da leitura dos textos realizou-se uma categorização quanto à operacionalização de mindfulness usando a informação direta do texto ou a partir da forma como o autor tratou o construto (traço, estado ou habilidade). Além disso, os estudos foram categorizados de acordo com o seu objetivo, mediante análise do conteúdo temática(26-27) em que buscou-se agrupar os estudos por similaridade ou proximidade temática, pois a análise de dados de uma revisão de literatura deve observar padrões e realizar comparações entre os estudos, agrupando-os em categorias analíticas(28). As categorias foram elaboradas de maneira indutiva, após leitura dos artigos selecionados pela primeira autora e orientação da segunda autora. Essas categorias foram criadas buscando responder às perguntas desta revisão de literatura.

 

Resultados

Inicialmente serão descritas as características gerais dos estudos revisados e posteriormente será apresentada uma análise de seus objetivos e principais resultados. Observa-se que a maior parte das publicações ocorreu nos últimos cinco anos (2015 a 2019), com 37 publicações neste período (61,6%) e 23 entre 2009 e 2014 (38,4%).

Os estudos revisados foram realizados em diversos países: Estados Unidos da América (n=15), China (n=4), Alemanha (n=2), Irã (n=2), Israel (n=2), Suíça (n=2), Áustria (n=1), Alemanha e Áustria (n=1), Brasil (n=1), Coréia do Sul (n=1), Índia (n=1), Itália (n=1), Japão (n=1), Reino Unido (n=1), Singapura (n=1) e Suécia (n=1). Em 23 estudos não foi mencionado o local de realização do estudo.

Em relação aos participantes, houve prevalência de divisão em dois grupos, sendo 26 realizados com indivíduos adultos da população em geral e 26 com estudantes. Cinco estudos contaram com uma amostra clínica (indivíduos em tratamento ou em busca de tratamento para desordens de ansiedade e depressão) e três mesclaram participantes clínicos e não clínicos.

Em relação à operacionalização de mindfulness, em 38 estudos mindfulness foi definido como traço (característica individual estável), oito como um estado (estado momentâneo induzido durante a coleta de dados) e nove como uma habilidade (desenvolvida mediante um programa de intervenção baseado em mindfulness ou um breve treinamento). Três estudos abordaram mindfulness tanto como estado quanto traço e dois o tratou como estado e habilidade, conforme descrito na Figura 1.

Dos instrumentos mais utilizados para mensurar os construtos em análise predominou o uso de escalas de autorrelato. Sobre mindfulness prevaleceu o Five-Facet Mindfulness Questionnaire (FFMQ(21); n=25) e Mindful Attention Awareness Scale (MAAS(20); n=19) e em relação às medidas de regulação emocional, o destaque ficou para Difficulties in Emotion Regulation Scale (DERS(36); n=16), Positive and Negative Affect Schedule (PANAS(37); n=15) e Emotional Regulation Questionnaire (ERQ(38); n=14).

Quando aos seus objetivos, os estudos foram organizados em cinco categorias (Figuras 2 a 5) por similaridade do foco da investigação. A maior parte dos estudos (n=19) buscou identificar os efeitos de mindfulness e de estratégias de regulação emocional na resposta emocional e regulação das emoções (Figura 2). O foco mais específico da relação buscada foi: i) mindfulness e estratégias específicas, exemplo reavaliação cognitiva e ruminação (n=5); ii) mindfulness e a resposta e o envolvimento dos indivíduos com os estímulos emocionais (n=3); iii) mindfulness e a capacidade de diferenciação emocional na regulação das emoções (n=3); iv) os efeitos de um programa baseado em mindfulness na experiência emocional (n=3); e v) como as dimensões destes construtos se relacionam e impactam em melhorias na saúde e bem-estar (n=3). De forma resumida, os resultados desses estudos indicam efeitos positivos de mindfulness no processo de regulação emocional (mais adaptativos, mais flexíveis, maior uso de reavaliação, menos pensamentos negativos, menor estresse), com repercussões na saúde e no bem-estar(4,7, 31,34,39-45).

Contrariando a forte suposição de que praticantes de mindfulness seriam menos afetados pelos estímulos emocionais, em um dos estudos praticantes experientes tiveram alto engajamento emocional com tarefas propostas quando comparados aos não praticantes e recuperação mais rápida que esses últimos(32). O estímulo emocional foi induzido a partir da apresentação de filmes, após os quais se mediu o tempo de resposta na evocação de memória com conteúdo emocional oposto ao induzido (e.g. filme triste - memória alegre). Em outro estudo foi proposta a investigação da reatividade e recuperação emocional a estímulos afetivos e identificou-se que indivíduos que apresentavam maiores escores de mindfulness tiveram uma rápida recuperação após estímulos negativos induzidos por imagens com conteúdo afetivo, porém sem diminuição da reatividade (mensuradas mediante a avaliação subjetiva das imagens)(46).

Foram identificadas associações positivas entre mindfulness e a capacidade de diferenciação das emoções. Escores mais altos de mindfulness mostraram-se associados a maior capacidade de diferenciação emocional e menor dificuldade emocional (autorrelato de desregulação emocional e menor labilidade emocional)(47). A capacidade de diferenciação de emoções negativas esteve associada a escores mais elevados de mindfulness, com repercussões na resposta adaptativa ao estresse(48). Outro estudo avança ao investigar, se além da diferenciação emocional, a capacidade de diferenciação da avaliação do contexto (interpretação da realidade) seria um mediador da relação entre mindfulness e a capacidade de diferenciação emocional(49). Os resultados sugerem que indivíduos com escores mais baixos de mindfulness experimentam estados emocionais indiferenciados não apenas pela inabilidade de regular as emoções, mas também por causa da interpretação que fazem do mundo (avaliações diferentes e concorrentes), com ênfase, portanto, também no aspecto cognitivo.

Além disso, alguns estudos investigaram dimensões de mindfulness em associação com estratégias de regulação emocional. As dimensões "descrever" e "não reatividade" foram associadas ao maior uso de reavaliação e aceitação e menor uso de supressão de emoções; observação com mais ruminação; e não julgamento com menor ruminação(50). Em outro estudo identificou-se que alguns fatores associados a mindfulness (descrição, agir com consciência) predizem menor reatividade ao estresse e angústia(12). Encontrou-se ainda a discussão sobre a sobreposição de mindfulness e regulação emocional, tendo em vista os seus fatores e enfatizam os mediadores: clareza, gerenciar emoções negativas, desapego e ruminação na relação entre mindfulness e saúde mental(1).

Os estudos que incluíram outros construtos para aprofundar a compreensão da relação entre mindfulness e regulação emocional (n=15), apresentados na Figura 3, fazem referência a afetos (n=4), humor (n=3), motivação do comportamento (n=2), memória de trabalho (n=2), apego (n=2), autoeficácia (n=1) e conexão social (n=1). Os resultados trazem evidências de efeitos positivos de mindfulness nos afetos, humor, memória e conexão social(16,51-57). Outro resultado aponta que o afeto e a autoeficácia seriam mediadores da relação entre mindfulness e regulação emocional, com efeitos positivos na satisfação com a vida(10,58). Adicionalmente, mindfulness, regulação emocional e apego estariam correlacionados(29,59). Por fim, estudos indicam que mindfulness relaciona-se com o sistema de inibição do comportamento, que prevê maior vigilância com inibição do comportamento, e problemas no funcionamento psíquico (ansiedade). Isto é, indivíduos mais sensíveis ao sistema de inibição comportamental apresentam mais dificuldade de regulação das emoções, em parte porque têm dificuldades em utilizar importantes dimensões de mindfulness, como agir com consciência, não julgar e não ser reativo(60), e que a aceitação e as facetas de mindfulness (observação e não reatividade) amorteceriam a influência do sistema de inibição comportamental no sofrimento psicológico(61).

Por sua vez, nos estudos em que foram avaliadas as relações entre mindfulness, regulação emocional e o funcionamento psíquico (n=14), apresentados na Figura 4, observa-se que em sete deles foram enfatizados o sofrimento psíquico ou disfunções como ansiedade e depressão. Em cinco deles foi conferido foco ao bem-estar e a saúde mental e em um artigo foram investigadas tanto as disfunções quanto a saúde e bem-estar.

Dentre os resultados desses estudos ressalta-se os achados de que a regulação emocional funcionaria como um mediador na relação entre mindfulness e disfunções ou saúde mental(13-14,17,62-64) com exceção de um estudo que propôs um modelo em que a regulação emocional facilitaria mindfulness, com consequências para a saúde e o bem-estar(65). Constata-se também que mindfulness e regulação emocional seriam preditores do funcionamento psíquico saudável(66-68) e a problematização se a não reatividade, a aceitação, o não julgamento e o agir com consciência seriam relevantes na relação entre mindfulness, regulação emocional e funcionamento psíquico(69-72).

Nos estudos em que foram abordados fatores neurobiológicos envolvidos na prática de mindfulness (n=10), reunidos na Figura 5, foram investigadas regiões específicas do cérebro, como amígdala e córtex frontal (n=3), os efeitos cerebrais de técnicas ou intervenções baseadas em mindfulness (n=3), efeitos no cérebro de distintas estratégias de regulação emocional (n=3), a reatividade afetiva a estímulos emocionais (n=1) e mecanismos neurais da ansiedade generalizada (n=1). Os resultados alcançados com a sua realização indicaram alterações nas regiões cerebrais e mecanismos neurais envolvidos no processamento emocional (amígdala e córtex pré-frontal) com otimização do processo de regulação emocional(33,35,73-79). Um estudo testou o efeito moderador de mindfulness na resposta a estímulos emocionais (imagens com conteúdo emocional), pressupondo que a reatividade aos estímulos seria menor, uma vez que mindfulness facilita uma postura receptiva e não reativa a estímulos externos e internos(18). Entretanto, este estudo não encontrou evidências empíricas de que mindfulness disposicional modera a reação individual (mesurada com medidas fisiológicas e psicológicas) a estímulos emocionais.

Por fim, nos dois estudos em que foram efetuadas comparações de modalidades de meditação e/ou técnicas de controle do estresse, encontram-se comparações entre meditação mindfulness e a meditação dos corações gêmeos** (n=1) e entre mindfulness, o relaxamento muscular progressivo passivo*** e meditação da bondade amorosa**** (n=1). Os resultados indicaram que a meditação baseada em mindfulness favorece uma postura de maior descentralização (uma maneira mais desprendida de se relacionar com os próprios pensamentos) do que as outras técnicas(80). Em um estudo, porém, foi apontado que a meditação dos corações gêmeos foi mais eficaz para a emergência de afetos positivos do que a meditação baseada em mindfulness(81). É importante considerar os objetivos de cada tipo de meditação para compreender o alcance desses resultados. A meditação dos corações gêmeos e a da bondade amorosa induzem emoções positivas mediante o direcionamento destas para toda a humanidade e o relaxamento muscular progressivo direciona o foco da atenção para o relaxamento do corpo. As práticas de mindfulness, por sua vez, apenas sugerem que o indivíduo perceba as emoções e sensações presentes no corpo, independentemente de quais sejam. Sendo assim, os resultados de cada tipo de meditação estão coerentes com os objetivos a que se propõem, como verificado nos resultados: mindfulness promovendo maior descentralização do que a meditação da bondade amorosa e relaxamento muscular progressivo, enquanto a dos corações gêmeos promove mais emoções positivas do que mindfulness.

 

Discussão

Esta revisão buscou responder a duas questões: (i) identificar como mindfulness vem sendo operacionalizado nos estudos empíricos e (ii) caracterizar a natureza das relações entre mindfulness e o processo de regulação emocional na literatura nacional e internacional nos últimos dez anos. Em relação à primeira pergunta, observou-se a presença de três principais operacionalizações de mindfulness nos estudos pesquisados: traço, estado e habilidade. Essa discussão está presente na literatura(18,82), em que enfatiza-se que a maneira como mindfulness é operacionalizado é crucial para o processo investigativo deste construto. Esses autores pontuam que há diferentes formas de investigar o construto mindfulness, considerando-o como um traço ou característica que varia entre os indivíduos, um estado temporário que pode ser induzido e manipulado em laboratório por um curto período de tempo e ainda uma habilidade que pode ser desenvolvida mediante intervenções baseadas em mindfulness(83). Na presente revisão predominou a concepção de mindfulness como traço, seguido de uma habilidade e, por fim, como um estado temporário.

A operacionalização do construto está atrelada a uma concepção de mindfulness e à maneira como é mensurado. Alguns estudos encontraram evidências da relação entre mindfulness tratado como estado ou habilidade na diminuição da reatividade a estímulos emocionais(18). Por outro lado, há resultados inconclusivos quando mindfulness é tratado como traço. Em alguns estudos que constam nesta revisão, por exemplo, mindfulness disposicional não esteve associado à redução da reatividade afetiva durante a visualização de estímulos emocionais(18,46).

Nos estudos desta revisão também não foram encontradas evidências de uso de metodologias qualitativas para apreender o aspecto subjetivo da vivência de mindfulness, mas sim o uso frequente de escalas para a mensuração deste construto. Apesar do valor científico das medidas de autorrelato que proporcionam informações da autopercepção dos indivíduos, há o problema da desejabilidade social e a imprecisão na resposta por falta do pleno conhecimento pelo indivíduo de seus próprios estados e comportamentos(23). No caso das escalas, pode ocorrer falta de compreensão dos itens, resultando em distintas interpretações de seus significados para o pesquisador e os participantes(84) ou ainda entre participantes com níveis distintos de familiaridade com o conceito(19,23).

Os ocidentais são relativamente inexperientes com o conceito e a vivência de mindfulness, o que impacta no entendimento dos itens formulados(72). Por outro lado, em defesa das escalas de mindfulness, vários estudos identificaram suas boas propriedades psicométricas medidas por consistência interna e validade preditiva(19), poder preditivo de problemas psicológicos(20), apontando ainda correlações positivas entre escores elevados e o tempo de prática(21) e elevação de escores após intervenção(20).

Desse modo, torna-se relevante considerar a operacionalização do conceito, pois as duas medidas mais citadas na presente revisão para mensuração de mindfulness possuem estruturas fatoriais distintas. A escala MAAS(20) tem uma estrutura unidimensional para medir a consciência do momento presente nas experiências diárias, ao passo que a FFMQ(21) é multidimensional (cinco fatores), sendo composta por observar, descrever, não julgar a experiência interior, agir com consciência e não ser reativo à experiência interior.

Essa variabilidade na operacionalização de mindfulness pode se configurar como um obstáculo para o entendimento do construto(19,23) e realização de pesquisas que possam trazer evidências robustas sobre a sua efetividade para a saúde mental dos indivíduos, pois as medidas podem estar avaliando distintos aspectos, inclusive, com sobreposição em relação a outros construtos como o de regulação emocional.

Em um estudo apresentado nesta revisão, foi corroborada a hipótese de sobreposição entre os fatores de mindfulness e o conceito de regulação emocional(36), ainda que sejam processos distintos(1). Ao examinar essas sobreposições, os autores identificaram que há alguns fatores comuns entre esses: "aceitação da experiência interna", "reconhecimento da experiência interna" e "comportamento na presença de experiências internas desagradáveis". Por outro lado, os fatores de mindfulness "atenção no presente" e "agir com consciência" foram identificados como específicos do construto mindfulness, sem sobreposição com fatores de regulação emocional. Por fim, neste estudo também foi revelado que os construtos em análise podem contribuir ou facilitar a expressão um do outro.

Buscando responder às interações existentes entre mindfulness e regulação emocional, a análise dos estudos revisados foi reafirmada a concepção presente na literatura de que mindfulness e regulação emocional são construtos associados ao funcionamento psíquico e à saúde mental e buscam compreender quais mecanismos estão na base destas relações. Além disso, algumas investigações incluíram a interação desses com outros construtos da Psicologia, como afetos, humor, autoeficácia, conexão social. Os estudos também incluíram a abordagem neurobiológica para identificar mudanças cerebrais mediante a prática de mindfulness.

Os construtos em análise podem contribuir ou facilitar a expressão um do outro(1), o que foi também apontando por outros estudos revisados(65). É considerada como pertinente a visão de que a relação entre regulação emocional e mindfulness pode ser bidirecional(29), e que intervenções baseadas em mindfulness podem propiciar uma melhor regulação emocional, enquanto indivíduos com estratégias adaptativas de regulação emocional possuem maiores níveis de mindfulness.

Observa-se na literatura uma grande variedade em relação às interações entre mindfulness e regulação emocional, com estudos em que são indicadas relações de mediação, moderação, predição, associações ou correlações. Além disso, nos artigos selecionados não se evidenciou um consenso de que mindfulness seria considerado uma estratégia de regulação emocional, pois apenas seis dos estudos analisados, conceituam mindfulness desta forma.

Há ainda a visão de que mindfulness não é simplesmente uma estratégia específica de regulação emocional(31). Mindfulness desempenha um papel mais amplo nos processos de regulação das emoções, afetando as etapas regulatórias mais centrais. Esta visão é compartilhada nos artigos de revisão(2,5) e teóricos(85). Mindfulness pode promover uma flexibilidade na avaliação cognitiva, mediante o aumento da atenção interoceptiva, que impacta no processo de regulação das emoções(40).

Desse modo, compreender a relação entre mindfulness e regulação emocional em estudos empíricos, exige retomar estes conceitos e a sua operacionalização e investir esforços científicos para um delineamento mais claro e preciso das possíveis conexões entre estes construtos que vêm se mostrando essenciais para a saúde mental e funcionamento psíquico dos indivíduos.

 

Conclusão

Essa revisão de literatura apresenta um panorama geral das discussões existentes no campo científico sobre a relação entre mindfulness e regulação emocional, além de discutir aspectos operacionais relativos à concepção de mindfulness. Em relação à operacionalização de mindfulness, observa-se uma predominância nos estudos que o tratam como um traço, o uso de medidas de autorrelato e a prevalência de análises quantitativas. Estudos de abordagem qualitativa, que permitem apreender melhor a experiência subjetiva, não foram identificados na amostra desta revisão. Alguns autores ainda discutem sobre a sobreposição de fatores dos construtos mindfulness e regulação emocional, o que dificulta a demarcação conceitual e o entendimento de suas relações, além da ausência de consenso relativo aos fatores que compõem mindfulness.

Na revisão foi demonstrado que de fato mindfulness e regulação emocional estão interrelacionados. Observou-se nos estudos analisados que mindfulness exerce repercussões no processo de escolha das estratégias emocionais ao (i) facilitar o uso de estratégias mais adaptativas como reavaliação cognitiva; (ii) diminuir o uso de estratégias disfuncionais como ruminação e supressão; e (iii) conferir mais flexibilidade na escolha das estratégias uma vez que o indivíduo está mais presente e receptivo às demandas do contexto. Adicionalmente, mindfulness estaria relacionado ao processo de regulação emocional eficaz, pois ele promoveria (i) boa capacidade de diferenciação emocional; (ii) rápida recuperação emocional após estímulos negativos; (iii) alto engajamento emocional com estímulos emocionais. Além disso, é valido destacar que os resultados dos estudos foram inconclusivos em relação à investigação das relações entre a reatividade emocional, mindfulness e o processo de regulação emocional.

A regulação emocional também foi caracterizada como um importante mediador na relação entre mindfulness e saúde mental, ainda que existam outros modelos que concebem mindfulness como o mediador da relação entre regulação emocional e saúde mental. Identificou-se ainda a discussão de que mindfulness e regulação emocional são preditores de saúde mental e que as dimensões de mindfulness estão relacionadas com o processo de regulação emocional e saúde mental, favorecendo-o, com exceção da dimensão observação que isoladamente associa-se com maiores níveis de ansiedade.

Constatou-se que a relação entre mindfulness e regulação emocional contribui com efeitos positivos em outros construtos como afetos, humor, memória, conexão social; além de estar relacionado a conceitos como autoeficácia e apego. E, por fim, que mindfulness contribui com alterações nas regiões cerebrais e mecanismos neurais envolvidos na otimização do processo de regulação das emoções.

Identificou-se assim que há repercussões positivas de níveis altos de mindfulness e estratégias de regulação emocional adaptativas com o funcionamento psíquico saudável, mas os mecanismos subjacentes a este processo demandam mais pesquisas. Outro aspecto é que a imprecisão conceitual e as medidas utilizadas para avaliar estes construtos, dificultam a identificação das relações entre eles, indicando muitas vezes sobreposição. Os estudos têm avançado na investigação dos construtos e um aspecto importante e destacado nestes é sobre a necessidade de explorar os processos de regulação emocional nos programas de intervenção, tendo em vista a conexão entre mindfulness e a regulação das emoções para o bem-estar psicológico.

Na maioria dos estudos identificados nesta revisão foi feito uso de metodologia de corte transversal, o que limita conclusões sobre causalidade ou precedência temporal. Assim, uma lacuna observada foi a necessidade de mais estudos longitudinais. Além disso, destaca-se a utilização de outras medidas (fisiológicas, por exemplo) e condições rigorosas de controle (grupo controle) para determinar a especificidade dos efeitos de mindfulness, indicando assim uma necessidade de mais estudos experimentais e de intervenção.

Há, entretanto, algumas claras limitações na presente revisão, pois ainda que tenha sido realizada uma consulta em diversas bases de dados, alguns periódicos relevantes para a área podem não ter sido contemplados. Outra fragilidade metodológica deste estudo é que a seleção dos artigos e a análise dos dados foi realizada por uma pesquisadora apenas, sem validação de um juiz externo ou grupo de revisores independentes. Optou-se também por delimitar a revisão em estudos empíricos, excluindo os estudos de revisão e meta-análise que poderiam ter adicionado informações relevantes para a compreensão da relação entre mindfulness e o processo de regulação emocional. Ainda que alguns estudos de revisão tenham sido consultados, não o foram de uma maneira sistemática como foi realizado com os estudos empíricos.

Conclui-se, portanto, que futuras investigações devem considerar e explicitar os aspectos conceituais e operacionais de mindfulness e regulação emocional para a construção de maior clareza conceitual, pois na presente revisão foi constatado que este é um aspecto que demanda uma melhor compreensão. Os resultados indicados nesta revisão de literatura podem contribuir para um melhor entendimento dos avanços no campo científico que relaciona mindfulness com processos de regulação emocional, uma vez que estes construtos repercutem no funcionamento psíquico saudável dos indivíduos.

 

Referências

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Autor correpondente:
Liana Santos Alves Peixoto
E-mail: liana.sap@gmail.com

Recebido: 31.03.2020
Aceito: 10.06.2020

 

 

Contribuição dos autores
Concepção e planejamento do estudo: Liana Santos Alves Peixoto e Sonia Maria Guedes Gondim. Obtenção dos dados: Liana Santos Alves Peixoto. Análise e interpretação dos dados: Liana Santos Alves Peixoto e Sonia Maria Guedes Gondim.
Obtenção de financiamento: Liana Santos Alves Peixoto. Redação do manuscrito: Liana Santos Alves Peixoto e Sonia Maria Guedes Gondim. Revisão crítica do manuscrito: Sonia Maria Guedes Gondim.
Todos os autores aprovaram a versão final do texto.
Conflito de interesse: os autores declararam que não há conflito de interesse.
* Este artigo refere-se à chamada temática "Mindfulness e outras práticas contemplativas".
* Artigo extraído da tese de doutorado "Mindfulness, regulação emocional e carreira acadêmica: uma investigação com estudantes de pós-graduação", apresentada ao Instituto de Psicologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil.
** A meditação dos Corações Gêmeos foi criada por Grandmaster Choa Kok Sui e consiste em visualizar o planeta Terra e direcionar emoções positivas para toda a humanidade.
*** O relaxamento muscular progressivo passivo é uma técnica em que os indivíduos são guiados a perceber sensações de tensão em cada parte do corpo e, em seguida, permitir que esses músculos relaxem completamente
**** A meditação da bondade amorosa é baseada na tradição budista e consiste em criar sentimentos de conexão social e compaixão por si e pelos outros, através da repetição de frases como: "Vivo em segurança, vivo feliz" e gradativamente estender para outros significativos e pessoas desconhecidas: "Que você viva em segurança, que você viva feliz"

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