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Estudos e Pesquisas em Psicologia

versão On-line ISSN 1808-4281

Estud. pesqui. psicol. vol.16 no.3 Rio de Janeiro set./dez. 2016

 

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

 

Sintomas internalizantes, externalizantes e relações interpessoais de adolescentes em tratamento para dependência química

 

Symptons internalizing, externalizing and interpersonal relations teenagers in treatment for addictions

 

Síntomas internalizantes, externalizantes y relaciones interpersonales de adolescentes en tratamiento de adicciones

 

Dhiordan Cardoso da Silva*; Raquel de Melo Boff**; Maria Isabel Wendling***; Margareth da Silva Oliveira****

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O uso de drogas na adolescência produz importantes impactos psicológicos, comportamentais e nos estilos interpessoais do individuo. Este estudo visou examinar e descrever tais aspectos através do instrumento Young Self Report (YSR), uma entrevista clínica semi-estruturada e uma sessão de grupo focal com cinco adolescentes internados pela a dependência de drogas. O discurso dos participantes foi analisado através da Análise de Conteúdo de Bardin, modalidade temática e as sintomatologias clínicas examinadas pelo YSR. O conteúdo do grupo obteve seis categorias finais: habilidades interpessoais, dificuldades interpessoais, aspectos emocionais, aspectos físicos, ambiente escolar e ambiente familiar. Os resultados mostraram características importantes no funcionamento adaptativo, que facilita as relações e problemas clínicos que podem estar associados a estilos menos adaptativos. Este estudo destaca a importância de avaliar os elementos individuais envolvidos na dependência das drogas e no plano terapêutico, bem como, sugerir modelos de intervenções que atendem a essas demandas.

Palavras-chave: adolescente, transtornos relacionados ao uso de substâncias, aspectos psicológicos, relações interpessoais.


ABSTRACT

Drug use in adolescence produces significant psychological impact, behavioral and interpersonal styles of the individual. This study aimed to examine and describe these aspects through the instrument Young Self Report (YSR), a semi-structured clinical interview and a focus group session with five teenagers hospitalized for drug addiction. The speech of the participants was analyzed by the Bardin Content Analysis, thematic modality and clinical symptomatology examined by YSR. The content of the group obtained final six categories: interpersonal skills, interpersonal difficulties, emotional, physical, school environment and family atmosphere. The results showed important characteristics in the adaptive operation which facilitates relations and medical problems which may be associated with less adaptive styles. This study highlights the importance of assessing the individual elements involved in drug addiction and therapeutic, as well as suggest intervention models that meet these demands.

Keywords: adolescent, substance-related disorders, psychological aspects, interpersonal relations.


RESUMEN

El consumo de drogas en la adolescencia produce impacto psicológico significativo, estilos de comportamiento e interpersonales del individuo. El objetivo este estudio fue examinar y describir los aspectos através del instrumento Young Self Report (YSR), una entrevista clínica semiestructurada y una sesión de grupo focal con cinco adolescentes hospitalizados por adicción a las drogas. El discurso de los participantes fue analizado por el análisis de contenido de Bardin, modalidad temática y la sintomatología clínica examinadas por YSR. El contenido del grupo contenida seis categorías: habilidades interpersonales, dificultades interpersonales, ambiente emocional, físico, la escuela y ambiente familiar. Los resultados mostraron características importantes en el funcionamiento adaptativo que facilita las relaciones y problemas clínicos que pueden estar asociados con los estilos de menos de adaptación. Este estudio menciones la importancia de evaluar los elementos individuales implicados en la adicción de drogas y terapéutica, así como proponer modelos de intervención que cumplen estas exigencias.

Palabras-clave: adolescente, trastornos relacionados con sustancias, aspectos psicológicos, relaciones interpersonales.


 

 

1 Introdução

A adolescência é um período marcado por importantes transições. Entre elas, destacam-se as mudanças no corpo, nas relações interpessoais e nos aspectos emocionais (Blakemore & Mills, 2014; Schoen-Ferreira, Aznar-Farias & Silvares, 2003), assim como, significativas transformações no desenvolvimento do cérebro e da maturação (Bava & Tapert, 2010).

Para a Organização Mundial da Saúde, a adolescência conceitua-se como um intervalo biológico, psicológico e social compreendido entre os 10 e os 19 anos (World Health Organization [WHO], 2011). Cabe destacar, que nessa fase da vida, as discussões acerca da identidade - o conjunto de crenças e padrões comportamentais reunidos - e as manifestações no âmbito social e individual são mais frequentes (Habigzang, Diniz & Koller, 2014). As múltiplas curiosidades e expectativas, atitudes mais impulsivas e eventos de diferenciação, por exemplo, é comumente observado nesta etapa do desenvolvimento. Estudos apontam que é na adolescência, inclusive, que ocorre o primeiro contato com as drogas (Peeters, Vollebergh, Reinout & Field, 2014).

Conforme os dados da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ, 2013) entre os 370 mil usuários de crack e/ou similares estimados, cerca de 14% são menores de idade. As dificuldades financeiras graves, a falta de uma alimentação adequada, morte de algum membro familiar, assim como, a violência intradomiciliar, caracterizam fatores de risco e possíveis preditores ambientais e comportamentais para a dependência química na vida adulta (Gilbert et al. 2009; Laranjeira, Madruga, Viana, Pinsky & Mitsuhiro, 2014).

Sobre as repercussões do consumo recorrente de droga, a perda de sono, atrasos nas funções cognitivas, alterações neurobiológicas e na regulação afetiva são alguns dos problemas relacionados, podendo acarretar importantes perdas na qualidade de vida dessa população (Hasler, Soehner & Clark, 2014; Peeters et al., 2014).

No campo das relações, as amizades exercem diversas influências de escolhas dos jovens (Schoen-Ferreira et.al., et al., 2003). As expectativas, as atitudes e o desempenho nas habilidades sociais, ajudam a proteger o adolescente no desenvolvimento de problemas internos e relacionais no futuro (Caballo, 2003; Wagner & Oliveira, 2009).

As dificuldades no funcionamento interpessoal, os problemas externalizantes (Achenbach, & Rescorla, 2003), ou seja, aspectos não adaptativos nas relações familiares, amizades e profissionais, foram citados em estudos com jovens dependentes de drogas e internados para tratamento (Sayago, Lucena-Santos, Horta & Oliveira, 2014; Cerutti, Ramos & Argimon, 2015). Os problemas internalizantes (Achenbach, & Rescorla, 2003) ou sintomas emocionais e comportamentais, que na evolução do quadro pressupõem condições psicopatológicas, estão frequentemente associados à dependência de substâncias (McClernon & Kollins, 2008; Degenhardt et al., 2013; Copeland, Rooke & Swift, 2013; Mangerud, Bjerkeset, Holmen, Lydersen & Indredavik, 2014).

A partir do que foi exposto e sobre a permanente relevância do tema, esta pesquisa teve o objetivo de analisar o conteúdo do grupo focal com adolescentes internados por dependência de drogas sob as temáticas da identidade, relacionamentos interpessoais e da dependência química e verificar os sintomas internalizantes e externalizantes desses indivíduos.

 

2 Método

Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório. O corpus de análise foi composto pelos dados de uma entrevista semi-estruturada, da aplicação do instrumento de medidas sintomatológicas Young Self Report YSR (Achenbach, & Rescorla, 2003) e pela perspectiva da análise de conteúdo, modalidade temática (Bardin, 2009), do grupo focal. As discussões temáticas foram desenvolvidas sobre as concepções da identidade, relacionamentos interpessoais e dependência de drogas.

2.1 Participantes

Participaram desse estudo cinco adolescentes, com idade entre 15 e 17anos (M=15,60; DP= 0,836), todos do sexo masculino, que estavam abstinentes do uso de drogas e internados, por medida involuntária, em uma instituição de tratamento para dependência química da região de Porto Alegre, RS/Brasil.

2.2 Instrumento

Os participantes responderam uma entrevista semi-estruturada a fim de caracterizar a amostra sobre o histórico do uso de drogas e dos tratamentos realizados anteriormente. Além do roteiro, responderam ao Young Self Report -YSR (Achenbach, & Rescorla, 2003), que é um inventário de comportamentos, auto-aplicável, para jovens dos 11 aos 18 anos, derivado do Child Behavior Check List – CBCL (Achenbach, & Rescorla, 2003). Foi estruturado para obter respostas do adolescente a respeito de suas próprias competências e problemas. Permite ao avaliador traçar um perfil comportamental do adolescente, derivado da análise de nove agrupamentos de itens ou síndromes: isolamento, queixas somáticas, ansiedade e depressão (comportamentos internalizantes), problemas de atenção, pensamento, comportamentos agressivos, delinqüentes e intrusivos (comportamentos externalizantes) (Achenbach, & Rescorla, 2003).

2.3 Procedimentos para coleta de dados

A coleta de dados foi realizada em uma clínica de tratamento para dependência química masculina de Porto Alegre – RS/Brasil, por método de conveniência, em dois momentos. No primeiro encontro, os participantes, individualmente, foram convidados a responder a entrevista e ao YSR. Após sete dias, realizou-se um grupo focal, com duração de uma hora e meia, que consistia em três categorias temáticas: a) aspectos da sua identidade, b) relacionamentos interpessoais e c) dependência de drogas.

2.4 Análise dos dados

Os dados sociodemográficos e a escala YRS foram processados no Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 19.0, cuja análise foi realizada por meio de estatística descritiva (frequências, médias e desvio padrão). A sessão de grupo foi gravada e transcrita na íntegra, a priori, para o tratamento e a identificação das categorias temáticas (Bardin, 2009). A posteriori, as verbalizações foram desdobradas em subcategorias.

2.5 Aspectos éticos

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da universidade em que foi conduzido (CEP 735.418). Os participantes foram informados do estudo e posteriormente assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A fim de preservar o anonimato na pesquisa os participantes foram identificados com a letra P (sugerindo o termo paciente) e com a sequência do número 1 ao 5.

 

3 Resultados

Dos participantes, dois deles haviam buscado tratamento pela dependência de cocaína, dois pela maconha e um pelo uso problemático de crack. A tabela 1 apresenta os dados sociodemográficos e sobre o consumo de drogas.

 

 

Os principais motivos que os levaram a experimentar as drogas foram as "curiosidades" e os "sentimentos negativos" do tipo solidão, tristeza e ansiedade. Prejuízos nas relações familiares, nos estudos, nas atividades ocupacionais e com a própria saúde foram os principais danos causado pelo uso. Antes da internação, dois adolescentes moravam com as suas mães, um com o seu pai, um com a esposa e a avó e o outro em um abrigo. Pelo menos um membro da família dos entrevistados fez, ou fazia, uso de drogas.

Os resultados do YSR apontaram importantes aspectos clínicos na amostra estudada. Os dados relacionados ao funcionamento adaptativo ou aos problemas de comportamentos do grupo investigado estão apresentados na tabela 2.

 

 

A análise de conteúdo do discurso obtido através do grupo temático foi organizada em significados comuns, gerando seis subcategorias: habilidades interpessoais, dificuldades interpessoais, aspectos emocionais, aspectos físicos, ambiente escolar e ambiente familiar que estão descritas no quadro abaixo:

 

 

 

4 Discussão

Os aspectos relacionados ao consumo das drogas, como a média de inicio do uso de drogas, o abandono dos estudos e a prática de atos infratores, esteve presente no relato dos participantes, aspecto este que confirma uma tendência observada em outros estudos com a mesma população (Sanchez & Nappo, 2002; Martins & Pillon, 2008; Lucena & Ferreira, 2011).

Quanto ao estado emocional antes do uso de drogas, a maioria relatou estados de sentimentos negativos, como tristeza, ansiedade e solidão sendo um fator importante e que influenciou a primeira experiência do uso de drogas. Entre os prejuízos relatados, foi unânime a identificação de problemas criados nas relações familiares, nos estudos, atividades profissionais e com a própria saúde.  Estes resultados também foram encontrados em outros estudos que analisaram fatores associados ao funcionamento emocional, situações e comportamentos gatilhos e histórico de uso de drogas de adolescentes (Pechansky, Szbot & Scivoletto, 2004; Mombelli, Marcon & Costa, 2010; Ferreira, Capistrano, Maftum, Kalinke & Kirchhof, 2012).

Conforme a avaliação de sintomatologias, através do YSR, os achados clínicos destacaram problemas externalizantes, como comportamentos agressivos e de quebra de regra. Tais sintomas e comportamentos podem ser comuns, de forma transitória, na infância ou adolescência, ou ainda, evoluir para um quadro de transtornos de personalidade na idade adulta (Hart, Cox & Hare, 1995; Loeber, Burke, Lahey, Winters & Zera, 2000; Veirmeiren, 2003).

Na análise dos dados qualitativos, os resultados que originaram a subcategoria Dificuldades interpessoais foram concordantes às respostas quantitativas do YSR, ou seja, foi possível verificar tanto no instrumento quanto na entrevista, um estilo de relacionamento interpessoal mais agressivo, descontrole de impulsos, e também, situações que pudessem envolver comportamentos de heteroagressão (Schmitt, Pinto, Gomes, Quevedo & Stein, 2006; Lühring,Gauer, Vasconcello, Silva & Navarrete, 2014).

Os problemas internalizantes, como a ansiedade e depressão, isolamento, somatização, pensamento e atenção, não obtiveram resultados considerados clínicos, embora seja possível verificar através da analise de conteúdo (subcategoria aspectos emocionais) uma predominância equivalente de sintomas emocionais negativos. Ansiedade, isolamento, estresse, raiva e irritabilidade foram descritos como sentimentos vivenciados. Esses aspectos podem, ou não, estar relacionados ao uso das drogas ou por exposição de eventos traumáticos durante a vida (Vieira, Aerts, Freddo, Bittencourt, & Monteiro, 2008).

Tendo em vista as características interpessoais, ou seja, aquelas habilidades comportamentais que favorecem um relacionamento interpessoal (Del Prette & Del Prette, 2001; Caballo, 2003; Murta, 2005), a agressividade, raiva, inveja e o isolamento foram listados como dificuldades nas relações (dificuldades interpessoais). O ambiente escolar foi descrito como um espaço de construção de amizades, relacionamentos afetivos e estudo, assim como, um ambiente para práticas de consumo de drogas e atos de violência (Galduróz, Noto, Fonseca & Carlini, 2004).

Os aspectos físicos dos participantes tiveram forte relação com temas frequentemente discutidos pelos jovens dessa faixa etária. Tais comparações auxiliam os jovens na formação da autoestima e do autoconceito (Sisto & Martinelli, 2004). Chama a atenção um dos adolescentes que relatou estar descontente com cicatrizes que possuía no rosto. Segundo ele, as cicatrizes era resultado de uma agressão física praticada pela sua mãe. Nesse caso, é possível observar aspectos de insatisfação física e de violência intrafamiliar.

A análise dos dados do ambiente familiar apontou a presença do consumo de drogas por parte dos pais. O uso de drogas está frequentemente associado aos relatos de violência física, abuso emocional, posturas autoritárias e situações de abandono, conforme outros levantamentos de outros estudos (Bernardy & Oliveira, 2010; Cerutti, Ramos, & Argimon, 2015; Vieira et al., 2008), concretizando a presença de eventos traumáticos na vida dos adolescentes entrevistados. Em contraste disto, o estudo mostrou que todos os participantes relataram sentir saudades da família, atribuindo a eles um significado de importância e valor.

 

5 Conclusão

Os adolescentes avaliados apresentaram comportamentos considerados importantes para um bom repertório nas relações interpessoais e como fatores que podem sugerir menos ajuste emocional e social. Portanto, este estudo pode contemplar os objetivos inicialmente propostos. Foi possível descrever os aspectos sintomatológicos e as características dos relacionamentos interpessoais de cinco adolescentes em tratamento pela dependência de drogas. Habilidades e prejuízos nas relações interpessoais, emoções negativas, positivas e também preocupações com o corpo, ambiente escolar e familiar foram avaliados através da análise de conteúdo de um grupo temático e pelo inventário de comportamentos YSR.

Contudo, nossos dados não permitem a generalização dos achados. Sugere-se aos novos estudos aprimorar o método proposto nessa investigação, incluindo um número maior de participantes e a utilização de outros instrumentos que possam ser relacionados às habilidades e aos comportamentos dessa população. Também propomos intervenções de aprimoramento das habilidades interpessoais, de apoio psicológico e estudos que possam refletir acerca do sentido do espaço terapêutico e da reinserção social do adolescente. Por fim, o uso de métodos complementares na avaliação clínica no ingresso do tratamento, por exemplo, pode servir de subsídio para o plano e a prática terapêutica.

 

Referências

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Endereço para correspondência
Dhiordan Cardoso da Silva
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Laboratório de Intervenções Cognitivas do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS
Avenida Ipiranga, 6681, prédio 11, sala 927, Partenon, CEP 90619-900, Porto Alegre - RS, Brasil
Endereço eletrônico: dhiordanc@gmail.com
Raquel de Melo Boff
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Laboratório de Intervenções Cognitivas do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS
Avenida Ipiranga, 6681, prédio 11, sala 927, Partenon, CEP 90619-900, Porto Alegre - RS, Brasil
Endereço eletrônico: rmboff@hotmail.com
Maria Isabel Wendling
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Laboratório de Intervenções Cognitivas do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS
Avenida Ipiranga, 6681, prédio 11, sala 927, Partenon, CEP 90619-900, Porto Alegre - RS, Brasil
Endereço eletrônico: mariaisabel.wendling@gmail.com
Margareth da Silva Oliveira
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Laboratório de Intervenções Cognitivas do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS
Avenida Ipiranga, 6681, prédio 11, sala 927, Partenon, CEP 90619-900, Porto Alegre - RS, Brasil
Endereço eletrônico: marga@pucrs.br

Recebido em: 19/08/2015
Reformulado em: 21/04/2016
Aceito para publicação em: 20/06/2016

 

 

Notas

* Psicólogo Clínico e Pesquisador no Laboratório de Intervenções Cognitivas da Faculdade de Psicologia da PUCRS.
** Psicóloga Clínica, Professora do Centro Universitário UNIVATES e Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da Faculdade de Psicologia da PUCRS.
*** Psicóloga Clínica, Professora da Faculdade de Psicologia da PUCRS e Supervisora do Centro de Estudos da Família e do Indivíduo – CEFI.
**** Psicóloga, Professora Titular do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Psicologia da PUCRS e Coordenadora do Laboratório de Intervenções Cognitivas – LABICO.

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