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Estudos e Pesquisas em Psicologia

On-line version ISSN 1808-4281

Estud. pesqui. psicol. vol.21 no.3 Rio de Janeiro Sept./Dec. 2021

http://dx.doi.org/10.12957/epp.2021.62709 

Estudos e Pesquisas em Psicologia
2021, Vol. 03. doi:10.12957/epp.2021.62709
ISSN 1808-4281 (online version)

 

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

 

Habilidades Sociais Educativas Parentais de Mães de Adolescentes Apontados Como Tendo Problemas de Comportamento

 

Maria Aparecida de Souza*, I; Giovani Amado Rivera**, I; Jandilson Avelino da Silva***, II
I Faculdades Integradas de Patos - FIP, Patos, PB, Brasil
II Universidade Federal de Pelotas - UFPel, Pelotas, RS, Brasil
Endereço para correspondência

 

RESUMO

As habilidades sociais educativas parentais são estratégias que os pais utilizam para direcionar os comportamentos dos filhos diante de situações de interação social. O presente estudo trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva que teve por objetivo avaliar as habilidades sociais educativas parentais de mães de adolescentes estudantes de uma escola pública, apontados como tendo problemas sociais de comportamento. Participaram do estudo 20 mães, selecionadas a partir de uma amostragem por conveniência que considerou a ocorrência de queixas pela escola sobre problemas de comportamento de seus filhos. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados o Roteiro de Entrevista das Habilidades Sociais Educativas Parentais. Os resultados encontrados apresentaram uma frequência baixa de práticas parentais positivas, em detrimento a uma frequência mais alta de práticas parentais negativas desempenhadas pelas participantes dessa pesquisa. Dessa forma, pode-se concluir um déficit nas habilidades sociais educativas parentais das mães entrevistadas no presente estudo. Esse estudo sugere a necessidade de maior atenção sobre a elaboração e aplicação de programas de treinamentos de habilidades sociais educativas parentais para mães cuidadoras de adolescentes, visto que um possível melhoramento neste aspecto pode influenciar um aprimoramento das estratégias educativas parentais.

Palavras-chave: habilidades sociais educativas parentais, mães, adolescentes, estudantes, escola pública.


 

Parenting Social Educational Skills of Mothers of Teenagers Pointed out as Having Behavioral Problems

 

ABSTRACT

Parenting educational social skills are strategies that parents use to guide their children's behavior in situations of social interaction. This study is an exploratory descriptive research that aimed to assess the social skills related to the parenting practices of mothers of adolescent students from a public school identified as having social behavior problems. Twenty mothers participated in the study, selected from a convenience sampling that considered the occurrence of complaints by the school about their children's behavior problems. As a data collection instrument, the Parental Social Skills Interview Guide was used. The results found showed a low frequency of positive parenting practices to the detriment of a higher frequency of negative parenting practices performed by the participants in this research. Thus, it is possible to conclude a deficit in the parenting educational social skills of the mothers interviewed in the present study. This study suggests the need for greater attention on the design and implementation of training programs for parenting educational social skills for mothers who care for adolescents, since a possible improvement in this aspect may influence an improvement in parenting educational strategies.

Keywords: parenting educational social skills, mothers, adolescents, students, public school.


 

Habilidades De Educación Social Parental De Madres De Adolescentes Nombrados Con Problemas De Conducta

 

RESUMEN

Las habilidades sociales educativas parentales son estrategias que los padres usan para dirigir el comportamiento de sus hijos en situaciones de interacción social. Este estudio es una investigación exploratorio-descriptiva que tuvo como objetivo evaluar las habilidades sociales relacionadas con las prácticas de crianza de madres de estudiantes adolescentes de una escuela pública, apuntados con problemas de conducta social. Veinte madres participaron en el estudio, seleccionado de una muestra de conveniencia que consideró la aparición de quejas por parte de la escuela sobre los problemas de comportamiento de sus hijos. Como instrumento de recopilación de datos, se utilizó la Guía de entrevista de habilidades sociales de los padres. Los resultados encontrados mostraron una baja frecuencia de prácticas de crianza positivas en detrimento de una mayor frecuencia de prácticas de crianza negativas realizadas por los participantes en esta investigación. Por lo tanto, es posible concluir un déficit en las habilidades sociales educativas parentales de las madres entrevistadas en el presente estudio. Este estudio sugiere la necesidad de una mayor atención en el diseño e implementación de programas de capacitación en habilidades sociales educativas parentales para madres que cuidan a adolescentes, ya que una posible mejora en este aspecto puede influir en una mejora en las estrategias educativas para padres.

Palabras clave: habilidades sociales educativas parentales, madres, adolescentes, estudiantes, escuela pública.


 

 

Segundo Del Prette e Del Prette (2008), as habilidades sociais (HS) são componentes dos repertórios comportamentais importantes para o desenvolvimento dos relacionamentos interpessoais, nos quais se incluem autocontrole e expressividade emocional, civilidade, empatia, assertividade, fazer amizades, solução de problemas interpessoais e habilidades sociais acadêmicas. O relacionamento entre pais e filhos pode ser influenciado pelo repertório de HS dos pais, bem como pelas práticas parentais educativas relacionadas - estratégias que os pais utilizam para direcionar os comportamentos dos filhos a fim de obter objetivos específicos diante das situações (Bem & Wagner, 2006; Bolsoni-Silva, 2003; Fantinato & Cia, 2015).

Para Pinheiro, Haase, Del Prette, Amarante e Del Prette (2006), promover práticas educativas mais adaptativas reflete em uma melhor compreensão dos estilos educativos por parte dos educadores, já que os estilos educativos podem estar relacionados ao desenvolvimento ou não de problemas sociais de comportamento dos filhos. Nesse sentido, as habilidades sociais educativas parentais estão relacionadas às práticas parentais positivas que promovem ampliação do repertório de comportamento de interação social saudável dos indivíduos. Essas habilidades envolvem expressão de afeto, estabelecimento de limites, supervisão positiva das atividades dos filhos e a promoção do comportamento moral. Já as práticas negativas envolvem abuso físico/psicológico, negligência, ausência de atenção/afeto e monitoria negativa (excesso de instruções independentemente de seu cumprimento), contribuindo para o surgimento de problemas sociais de comportamento (Bolsoni-Silva, Silveira, & Marturano 2008; Sabbag & Bolsoni-Silva, 2011).

Embora essas questões venham sendo discutidas ao longo dos últimos anos, os estudos nacionais ou internacionais que o fazem têm se restringido em maior parte da literatura aos processos envolvidos na educação de crianças (Fantinato & Cia, 2015; Kuhns, Cabrera, Hennigar, West, & Acosta, 2018; Leme & Bolsoni-Silva, 2010; Lewallen & Neece, 2015). Leme e Bolsoni-Silva (2010), por exemplo, ao realizar um estudo sobre habilidades sociais educativas parentais, no qual participaram 40 mães de crianças consideradas com e sem problemas de comportamento (divididas igualmente entre os grupos), tiveram como um dos objetivos descrever os comportamentos das mães diante dos comportamentos dos filhos. Para tanto, utilizando o Questionário de Respostas Socialmente Habilidosas para Pais (QRSH-Pais) eles constataram que as mães de crianças consideradas sem problemas de comportamento mantinham mais habilidades sociais educativas parentais.

Poucos estudos têm sido realizados com objetivo de avaliar as relações entre os estilos educacionais e os comportamentos de filhos adolescentes (Gregson, Tu, Erath, & Petit, 2017; Leme, Del Prette, & Coimbra, 2015; Sabbag & Bolsoni-Silva, 2011). Nessa direção, Sabbag e Bolsoni-Silva (2011), por exemplo, desenvolveram um estudo de correlação entre as habilidades sociais educativas, as práticas educativas maternas e os problemas de comportamentos em adolescentes. Participaram do estudo 24 mães de filhos considerados com e sem problemas de comportamentos também separados em grupos distintos. Eles utilizaram o RE-HSE-P (Roteiro de Entrevista das Habilidades Sociais Educativas Parentais) e o IEP (Inventario de Estilo Parental) para avaliar o comportamento das mães e o Child Behavior Chekclist (CBCL) para avaliar os comportamentos dos filhos.  A comparação entre grupos mostrou que as mães de filhos considerados com problemas de comportamento apresentavam maior frequência de práticas parentais negativas, e seus filhos mostraram menor frequência de habilidades sociais e maior índice de problemas sociais de comportamento.

Considerando os poucos estudos que relacionam estilos educativos parentais e comportamento de adolescentes, e considerando o foco maior que eles têm dado a determinados grupos de participantes (de regiões ou classes sociais especificas dos país) o presente estudo teve como objetivo avaliar as habilidades sociais educativas parentais de mães de adolescentes apontados como tendo problemas sociais de comportamento. Trata-se de um estudo descritivo realizado em uma escola pública de uma cidade do interior da Paraíba (Nordeste, Brasil), o que possibilita a visualização dessas questões relatadas de uma perspectiva cultural diferente da que tem se discutido.

 

Método

Participantes

Participaram do estudo 20 mães, selecionadas a partir de uma amostragem por conveniência que considerou a ocorrência de queixas sobre problemas sociais de comportamento de seus filhos relatadas pela escola (desobedecer e brigar, timidez, tristeza, ficar sozinho, recusar-se a entrar na escola). Elas encontravam-se em idades de 30 a 55 anos (M = 39 anos), com filhos adolescentes de 12 a 18 anos estudantes de uma escola de ensino público do interior da Paraíba, Brasil. Em sua maioria, essas mães possuíam ensino fundamental (12 mães), o que corresponde a cerca de nove anos de escolaridade; eram casadas (13 mães) e não trabalhavam fora de casa (14 mães); metade delas (dez mães) possuía renda de menos de um salário mínimo (ver mais detalhes na Tabela 1).

 

 

Instrumentos

Utilizou-se um questionário sociodemográfico criado especificamente para o estudo, com objetivo de caracterização da amostra, com itens que perguntavam sobre idade, escolaridade, entre outras questões; foi utilizado também o Roteiro de Entrevista das Habilidades Sociais Educativas e Parentais (RE-HSE-P; Bolsoni-Silva & Loureiro, 2010) para a coleta de dados relacionados ao objetivo principal do estudo. O RE-HSE-P apresenta propriedades psicométricas adequadas como apresentado em seu estudo de validação.

O RE-HSE-P é um instrumento de aplicação individual para contexto clínico e institucional, com duração média de 120 minutos e que tem como objetivo avaliar as habilidades sociais relacionadas às práticas parentais. Essas habilidades são avaliadas por meio da frequência e caracterização comportamental (ex. situações em que ocorrem, assuntos relacionados), bem como das reações apresentadas pelos filhos, com base em perguntas-guia direcionadas ao seu responsável. O roteiro apresenta conjuntos de perguntas que englobam os seguintes tópicos: expressão de sentimentos e enfrentamento (expressão de sentimentos positivos, negativos, opiniões e demonstração de carinho); comunicação (manter conversas, fazer perguntas, ouvir e consequenciar perguntas sobre sexo); interação positiva (brincar com o filho); habilidades que propiciam consistência - nas práticas da mesma pessoa e de pai e mãe (concordar com cônjuge, participar da educação do filho, estabelecer limites, cumprir promessas); descrição positiva do filho (discriminar e consequenciar comportamento adequados dos filhos); reflexão sobre a prática educativa (autoavaliação quanto a "erros cometidos", reações parentais após cometer "erros"). Desse modo, o roteiro permite a descrição funcional das interações entre pais e filhos, investigando variáveis antecedentes e consequentes para cada habilidade social educativa parental relatada.

Procedimentos

Aspectos éticos. A coleta de dados do estudo só teve início após aprovação de seu projeto inicial pelo Comitê de Ética em Pesquisa das Faculdades Integradas de Patos, Parecer 1.239.659, CAAE n. 48690815.8.0000.5181. Solicitou-se para as mães que aceitaram participar do estudo a assinatura de um Termo de Compromisso Livre e Esclarecido (TCLE), no qual afirmavam concordar em sua integração à pesquisa, destacando seu conhecimento a respeito dos objetivos e métodos do estudo, bem como de seus direitos diante de sua participação (como por exemplo, anonimato).

Coleta de dados. Após aprovação ética do estudo, realizou-se um primeiro contato com a direção da escola selecionada (por ser a única escola da cidade que tinha estudantes adolescentes na faixa etária pretendida), a fim de obter liberação para realização da pesquisa. Após permissão da escola, pediu-se que a diretora elaborasse uma lista como o nome de todos os alunos identificados como tendo comportamentos sociais considerados inadequados. Essa lista deveria ter também nome e contato dos pais desses adolescentes. Entrou-se em contato com as mães dos alunos identificados, por meio de uma carta-convite, para uma reunião com o objetivo de discutir a proposta do estudo. Nessa reunião, as mães foram convidadas para integração ao estudo e aquelas que aceitaram preencheram o questionário sociodemográfico e assinaram o TCLE. Entrevistas foram agendadas em momentos diferentes de acordo com as disponibilidades de cada uma delas. As mães foram entrevistadas individualmente ao longo de um mês em dias úteis, em salas vazias da própria escola, que eram sempre um ambiente tranquilo e silencioso, com luminosidade e temperatura agradáveis. Cada uma das entrevistas durou em média 120 minutos.

Tratamento e análise dos dados. Os dados obtidos em cada entrevista foram tabulados e avaliados em conjunto por meio de estatísticas descritivas (frequências e porcentagens de cada uma das respostas dadas pelas mães consultadas). Esses dados serão apresentados a seguir por meio de tabelas específicas, nas quais são apontadas as diferentes categorias de comportamentos relatados pelas mães a respeito de suas interações com seus

filhos.

 

Resultados

Os dados a seguir referem-se à descrição da quantidade de respostas obtidas para o conjunto de mães entrevistadas em relação às suas práticas parentais associadas às relações interpessoais com seus filhos adolescentes. A Tabela 2 refere-se ao "Estabelecimento de comunicação pelas mães com seus filhos". Foi observado que oito das 20 mães conversam com seus filhos frequentemente (muitas vezes durante a semana). Dessas, 15 relataram que conversam com os filhos frente a perguntas/pedidos e 14 afirmaram que os assuntos são sobre concepções de certo ou errado. Finalmente, nove relataram que o filho responde às conversas mostrando interesse e/ou introduzindo novos assuntos. Quando indagadas se faziam perguntas aos seus filhos, 13 mães relataram que "algumas vezes". Os assuntos das perguntas geralmente eram escola/estudo para 18 delas, porém 11 delas evocaram que seus filhos respondem com pouco interesse.

 

 

A Tabela 3 refere-se à "Expressão de sentimentos e opiniões das mães aos seus filhos". Ao questionar se elas expressam seus sentimentos positivos aos seus filhos, 13 relataram que algumas vezes, sendo falando/conversando para 14 delas; 12 mães afirmaram que estes momentos geralmente ocorrem quando estão juntas ao filho, sendo que oito delas relataram que eles reagem sorrindo. Quando questionadas se expressam os seus sentimentos negativos aos seus filhos, 12 delas relataram que frequentemente, sendo falando/conversando, quando os filhos não estudam ou quando recebem reclamações da escola. Questionadas sobre a reação do filho, sete delas evocaram que o filho sai da situação (fica quieto no quarto). Quanto a expressar as próprias opiniões ao filho, 12 mães responderam que algumas vezes acontece, e 17 relataram que o fazem para ensinar o que é certo ou errado. Questionadas sobre a reação do filho, mais uma vez sete delas relataram que o filho sai da situação, ficando quieto no quarto.

 

 

A Tabela 4 refere-se às "Práticas educativas e interação com os filhos (e deles com as mães)". O estabelecimento de limites é frequentemente importante para dez das 20 mães entrevistadas, sendo que, de acordo com dezenove delas é importante para orientar/ensinar o que é certo e errado. Do total da amostra, 14 mães costumam estabelecer limites em relação aos horários dos filhos, em sua maioria (12) conversando/pedindo. Os filhos reagem a isto fazendo birras, ficando bravos, respondendo/fazendo cara feia de acordo com nove delas, fazendo com que se sintam mal, tristes, culpadas e com dó. Em relação ao cumprimento de promessas feitas aos filhos, 14 mães relataram que cumprem algumas vezes, sendo que 16 delas sentem dificuldades em cumpri-las algumas vezes. As dificuldades em sua maioria são de ordem financeira (presentes, passeios) de acordo com 11 das mães, sendo que cinco destas não fazem nada em relação ao filho (ex. conversar/negociar, pedir desculpas).

Tanto para os casais que moram juntos quanto para os separados, todas as mães relataram se entender com os maridos quanto à forma de educar os filhos. Em todos os casos, elas relataram que isso acontece porque o casal tem a mesma opinião. Para os casais separados (15% da amostra – três mães), todas responderam que ocorre comunicação após a separação algumas vezes, sendo que todas as mães participar mais que os pais na educação dos filhos. De acordo com 17 mães, os filhos fazem coisas que elas gostam algumas vezes, como por exemplo estudar. Quando os filhos fazem algo considerado "legal" por elas, 11 mães afirmaram sentir orgulho deles. Destas, cinco demonstram contentamento falando algo (dizendo que ama, agradecendo, elogiando). Em onze casos, os filhos sorriem nestes momentos. Para 15 mães, os filhos fazem coisas que elas não gostam (brigar e desobedecer às ordens dadas). O sentimento nesta situação é de tristeza para catorze mães. Nestas situações, segundo nove mães, o filho faz birras, fica bravo, responde/faz cara feia para elas. Quanto a demonstrar carinho ao filho, 14 delas o fazem algumas vezes, quando estão juntas aos filhos de acordo com nove mães. Questionadas sobre o que fazem para demonstrar carinho, nove delas relataram dizer que amam os filhos, sendo que os filhos reagem sorrindo para seis delas.

Perguntou-se também se as mães faziam brincadeiras com os seus filhos, sendo que 11 delas relataram que algumas vezes. Nessas ocasiões, 12 delas sentem-se bem e felizes, sendo que em 45% dos casos os filhos sorriem para elas. Dessas mães, 14 relataram que os filhos também fazem brincadeiras algumas vezes com elas, e do mesmo modo, 12 delas sentem-se bem e felizes. Nesses momentos, nove delas relataram dizer que amam/que gostam dos filhos sendo que em 45% dos casos os filhos sorriem para elas.

Quanto ao assunto sexo/sexualidade, a maioria (12 delas) relatou que algumas vezes os filhos fazem perguntas sobre, sendo que nove disseram ser sobre namoro/paquera. Nos casos contrários, quando questionadas se elas fazem perguntas para os filhos sobre sexo/sexualidade, 11 delas responderam que quase nunca ou nunca. Geralmente perguntam sobre namoro/paquera ou menstruação (dez mães). Mais ainda, dez mães disseram se sentir mal/fica encabulada nessas ocasiões, sendo que 60% dos filhos reage não respondendo/ignorando. Para 14 mães, algumas vezes acontece de fazerem algo em relação aos filhos e sentirem-se como erradas, como quando batem neles. Porém, de acordo com nove delas, não fazem nada em relação ao filho nessas ocasiões (ex. conversar/dar explicações, pedir desculpas). Destes, 50% dos filhos reagem chorando/ficando tristes.

Sobre o relacionamento do filho com os irmãos, dez mães avaliaram como bom. A maioria delas relatou passar dia todo com os filhos (14 mães).

 

 

 

Discussão

As práticas educativas parentais são táticas empregadas pelos pais para orientar os comportamentos dos filhos diante das diversas situações. Valer-se dessas estratégias em momentos oportunos e de modo adequado é uma preocupação importante dos pais na promoção de educação acertada dos filhos. Contudo, sabe-se que possíveis problemas sociais de comportamento dos filhos podem ser decorrentes de potenciais déficits em habilidades sociais dos pais, que estão diretamente relacionadas ao excesso de suas práticas parentais negativas (Bem & Wagner, 2006; Bolsoni-Silva, 2003; Bolsoni-Silva, Silveira, & Marturano 2008; Pinheiro, Haase, Del Prette, Amarante & Del Prette, 2006; Sabbag & Bolsoni-Silva, 2011). Deste modo, o desenvolvimento destes repertórios comportamentais guia as relações entre habilidades sociais e práticas educativas parentais positivas, que sejam adaptativas para os problemas sociais de comportamento dos indivíduos em desenvolvimento, como propõe a literatura vigente da área (Almeida & Centa, 2009; Bem & Wagner, 2006; Bolsoni-Silva & Del Prette, 2002; Bolsoni-Silva & Loureiro, 2011; Bolsoni-Silva & Marturano, 2007; Bolsoni-Silva, Paiva, & Barbosa, 2009; Bolsoni-Silva, Salina-Brandão, Versuti-Stoque, & Rosin-Pinola, 2008; Bolsoni-Silva, Silveira & Marturano, 2008; Cia, Pereira, Del Prette, & Del Prette, 2006; Cano, Ferriani, & Gomes, 2000; Cavalcante, 1998; Pinheiro, Haase, Del Prette, Amarante & Del Prette, 2006; Vasconcelos-Raposo & Anastácio, 2000; Wagner, Falcker, Silveira, & Mosmann, 2002).

Grande parte dos estudos - nacionais ou internacionais - têm se restringido às práticas educativas parentais infantis. Poucos têm sido realizados com objetivo de relacionar estilos educacionais e os comportamentos de filhos adolescentes (Fantinato & Cia, 2015; Gregson, et al., 2017; Kuhns et al., 2018; Leme & Bolsoni-Silva, 2010; Leme, Del Prette, & Coimbra, 2015; Lewallen & Neece, 2015; Sabbag & Bolsoni-Silva, 2011). Desse modo, o presente estudo teve como objetivo avaliar as habilidades sociais educativas parentais de mães de adolescentes estudantes de uma escola pública, apontados como tendo problemas sociais de comportamento. Avaliaram-se as várias categorias relacionadas aos comportamentos de interação social entre mães e filhos adolescentes no desempenho de suas práticas educativas.

Ao se comparar os resultados do presente estudo com achados da literatura disponível, percebeu-se que determinados dados da presente pesquisa corroboram, ao passo que alguns outros diferem do que se encontra nos estudos revistos. No que diz respeito às habilidades de comunicação, por exemplo, observou-se no presente estudo que manter conversa com o filho é uma habilidade frequente das mães, o que corrobora os resultados de Wagner, Falcker, Silveira e Mosmann (2002) acerca da comunicação em famílias com filhos adolescentes. Segundo os autores, a frequência de diálogo dos adolescentes com as mães é bastante alta, e deste modo, importantes na medida em que possibilita à mãe oferecer suporte ao filho, ajudando-o a lidar com dificuldades inerentes aos comportamentos sociais desejáveis.

No presente estudo, os assuntos abordados nas conversas entre mães e adolescentes foram geralmente acerca de concepções de certo e errado a respeito dos comportamentos sociais dos filhos. Estes dados concordam com o estudo de Bolsoni-Silva e Loureiro (2011), sobre práticas educativas parentais e repertório comportamental infantil, comparando crianças diferenciadas pelo tipo de comportamento: os pais que conversavam com menos frequência sobre essas concepções comportamentais do que seja certo ou errado possuíam filhos considerados sem problemas sociais de comportamento. Pode-se levantar a hipótese de que este tipo de conversa, tendo caráter regulador sobre os filhos, pode estar, na verdade, os subestimando. Isso pode fazer com que se comportem mal como uma forma de reação.

Segundo as mães, perguntas direcionadas aos filhos são pouco frequentes. Porém, quando realizadas são sobre assuntos relacionados à escola/estudo, o que para Cavalcante (1998) é bastante importante pois, segundo a autora, pais que colaboram com a escola têm efeitos positivos no rendimento escolar do filho. Um outro efeito obtido quando os pais se tornam mais ativos na comunidade escolar (e desse modo, na sociedade de forma geral) é que consequentemente eles tendem a influenciar a melhora das relações sociais dos filhos.

Como mencionado nos resultados do presente estudo, a maioria das mães só conversam com seus filhos sobre sexo/sexualidade apenas algumas vezes e o assunto sempre é sobre namoro/paquera. De acordo com Cano, Ferriani e Gomes (2000) é conflitante para os pais falarem sobre esse assunto com os filhos, pois eles muitas vezes se defrontam com sua própria sexualidade e assim, isso acaba por gerar angústia. Nesta mesma direção, o estudo de Almeida e Centa (2009) sobre a família e a educação sexual dos filhos demonstrou que alguns pais têm dificuldades para conversarem sobre sexualidade com seus filhos, pois se lembram da forma como foram educados, o que dificulta também a transmissão de novos conhecimentos e valores da sexualidade nos tempos atuais.

No presente estudo foi observado que os filhos também encontram dificuldades em estabelecer diálogo com os pais quando se trata do tema sexualidade. De forma coerente, no estudo de Vasconcelos-Raposo e Anastácio (2000) verificou-se que os jovens procuram mais por amigos para obter informações sobre namoro, amizades e preocupações com a sexualidade. No entanto, quando se trata das modificações corporais decorrentes da adolescência é com as mães que os filhos conversam.

No que diz respeito à expressão de sentimentos e enfrentamento das mães em relação aos seus filhos considerados pela escola como tendo problemas sociais de comportamento, elas relataram, no presente estudo, expressar mais seus sentimentos negativos do que positivos. Isto está de acordo com os resultados do estudo de Bolsoni-Silva e Marturano (2007) sobre a influência da qualidade da interação positiva e da consistência parental nos comportamentos adequados socialmente dos filhos.

O comportamento de expressar opiniões sobre o que é certo ou errado para os filhos relacionado aos problemas sociais nos comportamentos dos adolescentes também foi um resultado encontrado no presente estudo, corroborando os resultados de Bolsoni-Silva e Del Prette (2002). Segundo os autores, pais que expressam opiniões que tenham caráter controlador tendem a ter filhos com problemas sociais de comportamento. Portanto, os pais devem promover a troca de ideias através de diálogo com seus filhos, evitando coerção. Estabelecer limites é uma prática que segundo Bolsoni-Silva e Del Prette (2002) e Bolsoni-Silva, Paiva e Barbosa (2009) pode ser uma das estratégias interessantes para os pais utilizarem com filhos que tenham problemas de comportamento. Contudo, eles observaram que os pais devem fazer isso de modo amigável nas situações de brincadeiras, de alimentação, ou mesmo de brigas entre irmãos.

Cumprir promessas também é uma prática parental que muitas vezes passa despercebida pelos pais. No presente estudo, notou-se que a maioria das mães não cumpre promessas algumas das vezes devido a dificuldades financeiras, já que geralmente essas promessas estão relacionadas a objetivos materiais. O mesmo não foi encontrado no estudo de Bolsoni-Silva e Del Prette (2002) em que a maioria dos participantes relatou sempre cumprir promessas (apenas cinco de 20 participantes encontraram dificuldades em cumpri-las). Provavelmente essa diferença de resultados deveu-se ao tipo de escola na qual os dados foram coletados. O presente estudo realizou-se em uma escola pública, onde a maioria das pessoas possui baixos recursos financeiros.

A adolescência é um período na qual as brincadeiras entre mães e filhos são trocadas por conversas. Acredita-se que haja uma relação direta entre a quantidade de brincadeiras estabelecidas na infância e a quantidade de conversas que ocorrem na adolescência entre pais e filhos (Bolsoni-Silva, Salina-Brandão, Versuti-Stoque, & Rosin-Pinola, 2008). O presente estudo corrobora essa ideia na medida em que encontrou grande número atual de interações em famílias que tiveram mães que brincavam com seus filhos na infância.

Outra prática parental importante é saber o que fazer quando os filhos fazem coisas consideradas agradáveis pelos pais. Neste estudo foi observado que as mães demonstram como prática parental positiva contentamento, agradecimento e elogios, quando o filho faz algo considerado adequado. Na situação contrária, quando os filhos fazem algo que as mães não gostam, elas brigam com eles, como prática parental negativa. Esses resultados concordam com Bolsoni-Silva, Silveira e Marturano (2008).

A dinâmica familiar também foi um contexto avaliado de acordo com as práticas parentais, e as mães relataram que participam mais que os pais na educação dos filhos. O mesmo não foi observado no estudo de Cia, Pereira, Del Prette e Del Prette (2006) em que ambos os pais demonstraram cuidado, bem como responsabilidade escolar, cultural e de lazer na educação de seus filhos. Essa diferença pode estar relacionada de modo hipotético ao fato de que em grupos familiares de filhos que estudam em escolas públicas, de renda financeira menor, como no caso do presente estudo, os pais atuam mais como provedores e passam mais tempo fora de casa devido ao trabalho. Por outro lado, as mães tendem a ser mais donas de casa, tendo mais tempo de convivência com os filhos por permanecerem mais tempo em casa.

É interessante destacar ainda que as mães relataram uma baixa frequência na comunicação com os pais de seus filhos após a separação. Bolsoni-Silva e Marturano (2007) destacam a importância de haver uma comunicação melhor entre os pais para favorecer a formação de um autoconceito satisfatório dos filhos. Não se encontraram estudos que abordassem diretamente a comunicação de pais separados, o que se sugere como um assunto importante e interessante a ser abordado futuramente. As mães avaliaram ainda o relacionamento dos filhos com os irmãos, e a maioria considerou um relacionamento adequado. Os dados da pesquisa de Wagner, Falcker, Silveira e Mosmann (2002) apresentam que os irmãos mais novos preferem conversar com os irmãos mais velhos, e que os adolescentes não valorizam muito o relacionamento com os mais novos.

Alguns avanços podem ser indicados nesse estudo como, por exemplo, o fato de propor-se a apresentar um panorama das práticas educativas parentais de mães que se encontram em uma região de localização diferente do que se costuma observar na literatura. As mães desse estudo eram pessoas de rendimentos financeiros baixos que se encontravam em uma cidade pequena do interior da Paraíba, no Nordeste do Brasil, com todas as suas características regionais especificas que podem servir de base para futuras avaliações e comparações.

Contudo, algumas limitações podem ser apontadas como o fato de tratar-se apenas de um estudo quantitativo e descritivo, com poucas participantes, sem grupos de comparação que pudessem controlar os dados e dar maior clareza aos resultados obtidos. Porém, mesmo sabendo da importância desses pontos, esse não era o objetivo inicial do estudo e essas lacunas podem, na verdade, se transformar em seus desdobramentos, na medida em que se sugere para outras investigações relacionadas tentar preenchê-las.

 

Considerações finais

De forma geral, os resultados apresentaram uma frequência baixa de práticas parentais positivas em detrimento a uma frequência mais alta de práticas parentais negativas desempenhadas pelas participantes dessa pesquisa. Assim, esses resultados sinalizam que apesar das mães apresentarem práticas educativas positivas em relação aos seus filhos, o nível de frequência relativo delas ainda é baixo, destacando a importância de se avaliar de modo constante as habilidades sociais educativas parentais quando são apontados problemas sociais de comportamento em filhos adolescentes.

Destarte, é possível concluir que as mães entrevistadas no presente estudo apresentaram um déficit nas habilidades sociais educativas parentais. Isso sugere a necessidade de maior atenção sobre a elaboração e aplicação de programas de treinamentos de habilidades sociais educativas parentais para mães cuidadoras de adolescentes, visto que um possível melhoramento neste aspecto pode influenciar um aprimoramento das estratégias educativas parentais.

 

Referências

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Recebido em: 14/05/2020
Reformulado em: 30/07/2020
Aceito em: 09/09/2020

 

 

Notas

* Psicóloga, graduada pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP), Patos-PB.
** Psicólogo, com graduação e mestrado em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Doutorando em Ciências da Saúde pela Santa Casa (FCMSC/SP). Professor do curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Patos (FIP).
*** Psicólogo, com graduação, mestrado e doutorado em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa-PB. Professor do curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas-RS.

 

Agradecimento: Os autores agradecem às mães de adolescentes participantes do estudo.

 

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