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Arquivos Brasileiros de Psicologia

versão On-line ISSN 1809-5267

Arq. bras. psicol. vol.70 no.1 Rio de Janeiro jan./abr. 2018

 

RESENHA

 

Assexualidades: perspectivas queer e feminista

 

 

Paulo Victor Bezerra

Docente. Universidade Estadual de Londrina (UEL). Londrina. Estado do Paraná. Brasil

Endereço para correspondência

 

 

Cerankowski, Karli June; Milks, Megan. Assexualities: Feminist and Queer Perspectives. New York: Routledge, 2014, 395 páginas.

A assexualidade é um tema emergente e extremamente polêmico. Longe de chegarem a algum consenso, os autores que se aventuram por esse tópico têm enfrentado o desafio inerente à tarefa de desbravar o assunto e construir alicerces profícuos para futuras discussões. Como reflexo dessas investidas iniciais, alguns deles têm definido a assexualidade como a quarta orientação sexual (Brotto, Knudson, Inskip, Rhodes, & Erskine, 2010; Gressgård 2013; Küsters, 2006; Prause, & Graham, 2007; Yule, 2011; Yule, Brotto, & Gorzalka, 2013), enquanto outros a caracterizam como uma falta de orientação sexual (Bogaert, 2004; 2006; Chasin, 2013; Munárriz, 2010).

Nosso posicionamento teórico com relação a este tema, tal como desenvolvemos em nossa tese (Bezerra, 2015), alinha-se à leitura da história da sexualidade de Michel Foucault, quando nomeia o processo de subjetivação pela sexualidade como dispositivo de sexualidade. Procuramos compreender e esclarecer quais são as linhas de saber-poder que possibilitam, dentro do dispositivo de sexualidade, um modo de subjetivação pela sexualidade caracterizado como assexual. Como é possível uma sexualidade assexual? A partir do que essa sexualidade assexual se constrói? E quais discursos de verdade tem-na fundamentado? Esse tem sido nosso posicionamento ético e teórico sobre a questão.

Esse assunto, que já começa a acumular alguma bibliografia, especialmente em formato de artigos, despertou o interesse acadêmico há 10 anos, quando explodiu na mídia através de entrevistas e matérias jornalísticas, resultado do trabalho de divulgação e conscientização da maior comunidade virtual desse grupo: a Rede Assexual de Visibilidade e Educação (AVEN, sigla em inglês)1

A coletânea de ensaios que ora apresentamos, organizada pelas pesquisadoras feministas da área de letras, Karli June Cerankowski e Megan Milks, soma-se ao Understanding Assexuality, de Bogaert (2012), como os dois únicos livros inteiramente dedicados ao tema, até esta data.

Já no prefácio de Asexualities, as organizadoras enfatizam que o leitor tem em suas mãos um volume fundamental para todos aqueles que desejam se colocar a par do tema e, entusiasmadas, acrescentam:

Nesta coletânea multidisciplinar os autores expandem essa definição de assexualidade considerando as complexidades de gênero, raça, disfunção, e dos discursos médicos. Juntos esses ensaios desafiam as maneiras como temos concebido o gênero e a sexualidade em relação ao desejo e à prática sexual. Este livro fornece uma reavaliação crítica até mesmo das teorizações queers mais radicais sobre a sexualidade (Cerankowski, & Milks, 2014, p. i, tradução nossa).

O livro é dividido em seis seções, cada uma contendo de dois a três ensaios. As primeiras seções mapeiam o lugar que a assexualidade tem ocupado, na cultura, na ciência e na mídia, bem como a luta política que vem sendo travada em torno dessa bandeira. A quarta seção constrói-se em torno do exame da masculinidade nesse contexto, apontando superações e desafios. A penúltima dá lugar à calorosa discussão acerca da ideia de a assexualidade ser uma disfunção ou uma patologia, enquanto análises da assexualidade, na literatura e na teoria literária, fecham o livro.

Como é de praxe nas publicações em língua inglesa, o livro traz em suas últimas páginas um índice remissivo, facilitando a consulta direta a temas, autores e ideias citadas ao longo dos textos. Apesar de o preço ser um pouco desanimador, uma versão digital pode ser adquirida instantaneamente, evitando-se o tempo e o preço do frete. A seguir, apresentamos, separadamente e de maneira sucinta, cada uma das seções do livro.

 

Parte 1 - Teorizando a assexualidade: novas orientações

No ensaio de abertura do livro, Jacinthe Flore se propõe explorar e "perturbar" o conceito de identidade assexual, tal como este aparece nos discursos da psiquiatria. O tom inicial do autor revela que vamos encontrar pela frente uma pujante crítica à medicina, apontando-a como a única a responsável pela ideia de que a sexualidade é um atributo necessário a todos os seres humanos. De fato, essa linha de argumentação tem sido relativamente comum nos textos sobre a assexualidade, de sorte que algumas leituras se centram na contrariedade ao discurso hegemônico, reduzindo a sexualidade humana a um mero culturalismo manipulado por alguns poucos e mal-intencionados poderosos.

De nossa parte, embora seja bastante evidente o papel desempenhado pela psiquiatria, não vemos que esta seja a única disciplina científica a trabalhar pela naturalização do dispositivo de sexualidade. Alguns discursos localizados nas ciências humanas também avolumam este coro. Além disso, outros estudos sobre a própria assexualidade apontam como alguns movimentos de minorias sexuais não reconhecem a assexualidade como uma possibilidade, a desqualificam e desacreditam (Macinnis, & Hodson, 2012).

Ao final, Flore chega à necessária conclusão de que a existência de um grupo de pessoas que reivindicam a assexualidade como identidade provoca uma fissura em toda a nossa sociedade hipersexualizada.

No ensaio seguinte, o conhecido arcabouço neurobiológico de Nicole Prause, uma das pesquisadoras mais assíduas do fenômeno da assexualidade, retorna com o intuito de comunicar o resultado de sua pesquisa-piloto, a qual visa a buscar a etiologia neuronal da assexualidade. Já no terceiro ensaio, que encerra essa primeira parte do livro, Kirstian Kanh procura situar o sujeito assexual no pensamento psicanalítico. Fazendo um percurso inusitado, mas bastante produtivo, o autor articula as leituras de Lacan sobre a linguagem e sinthoma, os textos de Michel Foucault sobre a sexualidade e sobre a identidade e a noção queer de política identitária. O resultado é uma contribuição verdadeiramente inédita e muito consistente, na medida em que esta é a primeira aplicação do referencial teórico da psicanálise ao entendimento desse fenômeno. Sem dúvida, a grande contribuição desse texto é não só a introdução de uma ideia de sujeito para a discussão, mas a ótima visualização da relação de mão dupla que esse sujeito estabelece com seu grupo.

 

Parte 2 - As políticas da assexualidade

As políticas de promoção e consolidação de uma identidade assexual é o segundo tema do livro. Reunindo três textos, essa seção é aberta por Erika Chu que afirma contundentemente que a crítica queer e feminista se faz necessária porque ainda existem hegemonias sexuais e de gênero, as quais limitam e até destroem a vida de muitas pessoas. Coloca-se em questão a adoção de um espectro linear da sexualidade que iria de uma sexualidade mais conservadora à uma mais radical, sendo que a possibilidade lançada pela identidade assexual rompe com tal linearidade ao ponto de fazê-la perder o sentido. Desse modo, aqui se encontram algumas das reflexões mais profícuas acerca da identidade assexual, desde sua condição de não ser o desdobramento direto de uma ou outra prática sexual, mas de um posicionamento político frente a compulsoriedade das sexualidades, até as possíveis contribuições para o campo teórico e o vocabulário típico dos estudos sobre as sexualidades.

Nessa segunda seção do livro destacamos também o texto de Megan Milks, o qual faz uma interessante ligação entre os assexuais e o conto de Melville (2005) intitulado "Bartlelby, o escrivão. Uma história de Wallstreet" (recentemente, esse conto ganhou uma representação no teatro, realizada por Denise Stocklos). A trajetória de Bartelby é marcada pela forma característica com que ele responde às solicitações de seu chefe: "Preferiria não". Através dessa resposta-padrão, o personagem de Melville vai gradativamente driblando e recusando a política de seu local de trabalho, atitude que causa estarrecimento e deixa seu chefe sem ação. De modo equivalente, parece ser isso que a anunciação da identidade assexual tem causado, uma quase paralisia intelectual, já que vem se produzindo muitos discursos identitários libertadores e fluidos, mas não a ponto de comportar o grupo dos que "preferem não".

 

Parte 3 - Visualizando a assexualidade na mídia e na cultura

Como uma continuação natural da parte anterior, aqui a política identitária é deixada um pouco de lado, para que se coloque em primeiro plano somente a representação que se tem produzido, tanto de dentro para fora do movimento quanto ao contrário. Assim, o texto de Cerankowski faz uma crítica contundente, na medida em que explicita os efeitos negativos e contraditórios de se usar a grande mídia como meio de obtenção da aceitação. Nas palavras da autora:

Paradoxalmente, a AVEN desafia as normas enquanto ao mesmo tempo busca ser normalizada. [...] Os assexuais ainda performatizam um desejo de serem reconhecidos e de serem socialmente inteligíveis - compreensivelmente - como "normais". É este desejo por algum senso de normalidade que impele a AVEN a sair procurando um lugar na mídia popular na tentativa de aumentar a visibilidade assexual e a educação (Cerankowski, & Milks, 2014, p. 43, tradução nossa).

Na sequência, ela afirma que a proposta de visibilidade assexual do movimento acaba sendo mais uma parte do espetáculo da sociedade hipersexualizada - pois as aparições incitam a se falar de sexo muito mais do que promover a aceitação da assexualidade - e lança a pergunta: "A que custo a assexualidade se torna interessante ou acessível?" (p. 150). E, para concluir, essa autora faz toda uma argumentação com a intenção de mostrar que nem toda visibilidade é educativa: a ética do espetáculo centra-se muito mais na ilusão de que o tema enfocado está sendo pensado e entendido do que na tarefa de explicar em si. Sem dúvida, esse artigo é um ponto alto do livro. Sério, crítico e realmente conectado com a realidade, na medida em que se permite expor algumas passagens problemáticas do ativismo assexual, mais do que romantizar toda e qualquer aparição nos meios de comunicação.

Outro tom o leitor encontrará nos textos que encerram esse tópico. Sarah Sinwell passeia muito tranquilamente por representações cinematográficas e por seriados televisivos, mas, a despeito de demonstrar uma grande familiaridade com essas representações, seu foco encerra-se em uma análise muito superficial e infrutífera para a questão do sujeito assexual, versando muito mais sobre a construção e a repetição hollywoodiana de certos tipos humanos. Já o ensaio de Cynthia Barounis se ocupa predominantemente da análise do filme Shortbus (2006), de John Cameron Mitchell. Suas observações evidenciam que a personagem principal, Sofia, uma terapeuta sexual, está imbuída do discurso da sexualidade compulsória, além do discurso "médico" da disfunção sexual, de maneira que vai mostrando como o orgasmo é ponto central do filme.

Textos com essa linha de argumentação, os quais criticam veementemente a busca pelo orgasmo e seus meios de obtenção, também têm sido bastante comuns nesse tema, não apenas academicamente, como também nos fóruns e manifestações diversas por parte dos assexuais. Para concluir seu texto, Barounis tenta relativizar a sexualidade compulsória que critica no filme, ao analisar a trajetória de uma outra personagem, a qual não faz sexo. Porém, a autora negligencia o fato de que essa personagem é uma dominatrix e trabalha espancando os seus clientes até que eles cheguem ao orgasmo.

 

Parte 4 - Assexualidade e masculinidade

Outro ponto alto dessa coletânea é o ensaio de Andrew Grossman. O autor começa revisando as noções psicanalíticas de desenvolvimento, atendo-se à fase perverso-polimorfa, tal como Freud a descreve, para, em seguida, tomar como exemplo de assexual perverso polimorfo a figura dramática do palhaço. Destacando que a fixação em certa fase do desenvolvimento tem como principal consequência não as atividades sexuais, mas todo um modo de funcionamento mental, uma dinâmica psicológica característica, o autor afirma que a assexualidade é uma "orientação existencial" (cf. p. 201). Essa orientação existencial está claramente presente nessa figura de grande apelo popular e ampla aceitação social, que é o palhaço. Ele passa então a explicitar a construção subjetiva do personagem e relembra a trajetória de alguns famosos palhaços do cinema da década de 1920.

Já o ensaio seguinte, da também assídua pesquisadora da assexualidade, Ela Pryzbylo, é erigido em torno da entrevista de três homens autoidentificados como assexuais, os quais falam sobre a dificuldade de conciliar essas duas identidades.

 

Parte 5 - Saúde, disfunção e medicalização

Nesta seção, o primeiro texto, de Eunjung Kim, faz um amplo e bem fundamentado resgate histórico dos discursos médicos sobre a sexualidade feminina como um todo, bem como do lugar que a assexualidade ocupava, geralmente como consequência de alguma disfunção.

O texto de Kristina Gupta, por sua vez, faz uma interessante análise da negação mútua entre o grupo dos assexuais e o grupo dos portadores de deficiências. Como já revela alguma literatura acerca do assunto, os portadores de deficiência tendem a ter a sua identidade sexual e suas sexualidades negadas ou invisibilizadas por grande parte da população, de forma que esta é uma das bandeiras desse grupo: o direito à sexualidade e a luta contra o estigma da assexualidade. O grupo dos assexuais, por sua vez, luta contra o estigma da deficiência que muitas vezes lhe é associada. Aliás, uma das "brigas" é para que o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM) expressamente exclua os assexuais do tópico de disfunções sexuais. Assim, a autora traz um texto interessantíssimo, o qual revela o que ela chama de "negação mútua", essa contradição que se assenta sobre o princípio da liberdade e dos direitos de um certo grupo identitário, em detrimento da estigmatização de outras identidades.

Fechando esse tópico, o texto de Christine Labuski narra as histórias de suas pacientes e suas respectivas relações com a sexualidade, desencadeadas a partir da impossibilidade que a dor vaginal traz para a relação sexual com penetração.

 

Parte 6 - Lendo a assexualidade

Quando achamos que a diversidade o livro se esgotou, deparamo-nos com esta última e extraordinária seção. Nela, o leitor encontrará dois textos inusitados, os quais relacionam a assexualidade e a produção discursiva. Jana Fedtke analisa o romance "Os povos do osso", do neozelandês Keri Hulme. Segundo relata, essa história desafia instituições como a família, a heterossexualidade e a reprodução. A análise central da autora baseia-se na trajetória de uma das personagens principais do livro e de sua relação amorosa com o protagonista, tomando-a como uma forma de viver a assexualidade.

Por fim, a escritora e editora Elizabeth Hanna Hanson destila a sua visão da lógica discursiva assexual. Para isso, ela retoma o lugar que o romance ocupou, nas revoluções sexuais, tal como relembra Foucault, para chegar à teoria literária, a qual sobrepõe a dinâmica do desejo e a construção da estrutura narrativa do texto literário. Passando por discussões a propósito das pulsões de vida e de morte, do alvo do desejo e do desejo sem alvo, a autora faz uma belíssima leitura da dinâmica psicológica revelada pela psicanálise, tal como ela aparece em sua forma discursiva. Ironicamente, o texto acaba demonstrando a possibilidade de uma narrativa assexual. Ironicamente, porque se trata de um texto orgástico, tanto do ponto de vista teórico, já que os conhecimentos articulados realmente iluminam a questão, quanto do ponto de vista estilístico.

Enfim, Asexualities é mesmo uma leitura obrigatória para quem quer se colocar a par do tema da assexualidade. Ressaltamos que a maioria numérica dos autores desse volume não são originalmente estudiosos da assexualidade ou mesmo da sexualidade, mas enxergam a assexualidade como um acontecimento importante do mundo contemporâneo, o que, ao nosso entender, consolida de vez a assexualidade enquanto um tema acadêmico promissor para o entendimento das transformações recentes da subjetividade.

 

Referências

Bezerra, P. V. (2015). Os avessos do excesso (Tese de Doutorado não publicada). Universidade do Estado de São Paulo, Assis, SP, Brasil.         [ Links ]

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Endereço para correspondência:
Paulo Victor Bezerra
paulusvictorius@gmail.com

Submetida em: 11/09/2014
Revista em: 25/10/2017
Aceita em: 25/10/2017

 

 

1 Para mais informações, cf. www.assexuality.org. Recuperado em: 25 de agosto de 2014.

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