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Pesquisas e Práticas Psicossociais

versão On-line ISSN 1809-8908

Pesqui. prát. psicossociais vol.14 no.4 São João del-Rei out./dez. 2019

 

C. G. Jung e Educação: aproximações e contribuições da tipologia junguiana para o processo educativo

 

C. G. Jung and Education: approaching and contributions of the jungian typology to the educational process

 

C. G. Jung y Educación: aproximaciones y contribuciones de la tipología junguiana para el proceso educativo

 

 

Suely Teodora da SilveiraI; Priscila MartinsII; Paula Krempel Marques BurityIII

IMestranda em Psicologia pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
IIMestranda em Psicologia pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
IIIMestranda em Psicologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

 

 


RESUMO

Neste artigo, buscou-se compreender a concepção de Educação para C. G. Jung e suas possíveis contribuições para o processo educativo, principalmente no tocante à sua teoria dos tipos psicológicos. Embora tenham sido orientados para o trabalho psicoterapêutico, os resultados apontaram que a Psicologia Analítica traz pressupostos relevantes que podem ser aplicados à educação. Os resultados, também, demonstraram a importância da escola na formação da consciência individual, por ser o primeiro espaço que a criança frequenta fora do ambiente familiar. O processo transferencial e as interferências dos conteúdos inconscientes envolvidos na relação educador-aluno sugere a necessidade de atuação sobre a personalidade do educador, no sentido de desenvolver não somente o aspecto cognitivo, mas, principalmente, a afetividade e a sensibilidade, a fim de evitar influências negativas na transmissão do conhecimento. A teoria dos tipos psicológicos contribui para pensar as diferenças individuais, ao considerar as variadas formas de cognição, adaptação e percepção do mundo.

Palavras-chave: Psicologia Analítica. Educação. Tipos psicológicos.


ABSTRACT

In this article, we try to understand the conception of Education for C. G. Jung and his possible contributions to the educational process, especially his theory about psychological types. The results pointed out, although it was oriented to psychotherapeutic work, Analytical Psychology provides relevant assumptions that can be applied to education. The results demonstrated the importance of the school in the formation of individual consciousness, since it is the first space that the child attends outside the family environment. The transfer process and the interferences of the unconscious contents involved in the educator-student relationship suggest the need to act on the personality of the educator, seeking to develop not only the cognitive aspect, but mainly the affectivity and sensitivity, in order to avoid influences in the transmission of the knowledge. The theory of psychological types contributes to the thinking of individual differences, considering the different forms of cognition, adaptation and perception of the world.

Keywords: Analytical Psychology. Education. Psychological TYPES.


RESUMEN

En este artículo, se buscó comprender la concepción de Educación para C. Jung y sus posibles contribuciones al proceso educativo, principalmente en lo que se refiere a su teoría sobre los tipos psicológicos. Los resultados apuntan, aunque se ha orientado al trabajo psicoterapéutico, la Psicología Analítica proporciona presupuestos relevantes que pueden aplicarse a la educación. Los resultados demostraron la importancia de la escuela en la formación de la conciencia individual, por ser el primer espacio que el niño frecuenta fuera del ambiente familiar. El proceso transferencial y las interferencias de los contenidos inconscientes involucrados en la relación educador-alumno sugiere la necesidad de actuación sobre la personalidad del educador, en el sentido de desarrollar, no sólo el aspecto cognitivo, sino, principalmente la afectividad y la sensibilidad, a fin de evitar influencias negativas en la transmisión del conocimiento. La teoría de los tipos psicológicos contribuye a pensar las diferencias individuales, al considerar las diferentes formas de cognición, adaptación y percepción del mundo.

Palabras clave: Psicología Analítica. Educación. Tipos psicológicos.


 

 

Introdução

A Educação escolar se configura como um importante aspecto do desenvolvimento humano, uma vez que, da forma como é oferecida, ocupa um tempo considerável na vida das pessoas. No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em seu art. 2º diz que: "a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". No entanto, o fato é que essa proposta de Educação não parece ter alcançado seus objetivos. Há anos essa temática vem sendo debatida, com mudanças variadas nas legislações, metodologias e currículos, mas até hoje, de maneira geral, ainda não foram encontrados recursos satisfatórios que proporcionassem um ensino de qualidade que poderia criar condições para o eficiente desenvolvimento das potencialidades humanas.

Assim sendo, neste artigo, buscaremos contribuir para o debate de ideias em torno da Educação discutindo a concepção de C. G. Jung sobre o tema e, principalmente, as possíveis contribuições que sua tipologia pode oferecer para esse meio. O objetivo principal será buscar entender como a tipologia junguiana pode colaborar para se pensar as relações no contexto escolar. Discutiremos, também, qual seria o papel da Educação para C. G. Jung, a importância dos professores no processo educativo e como se faz necessário refletir e promover um investimento de qualidade na formação desses profissionais. Como método, foi escolhido o levantamento bibliográfico, pesquisando sobre o tema nas obras completas de Jung e comentadores.

Acreditando que as crianças precisam de uma realidade educacional especial, que seja propícia ao seu desenvolvimento pleno, Jung (1928a/1972) considera a educação como sendo um aspecto fundamental de assistência ao desenvolvimento e ampliação da consciência, por oferecer um rico campo de experimentação. Em seu entendimento, o primeiro ambiente que uma criança encontra fora de casa será a escola, que desempenhará um papel importante em sua estrutura psicológica. Para ele, se o processo educacional é efetivo, essa elaboração é composta de intermediários inconscientes dos adultos em seu entorno, em um relacionamento cada vez mais interdependente.

Jung (1928a/1972, p. 59) salientou a importância de o professor compreender seu papel, considerando que

O conhecimento psíquico mais aprofundado, por parte do professor, não deveria jamais ser descarregado diretamente sobre o aluno, como lamentavelmente talvez aconteça. Tal conhecimento deve em primeiro lugar ajudar o professor a conseguir uma atitude mais compreensiva em relação à vida psíquica da criança.

Assim sendo, é fundamental que o professor tenha um conhecimento amplo sobre os estudos relacionados ao desenvolvimento infantil, mas é imprescindível que se empenhe em seu próprio desenvolvimento. Negar essa necessidade pode ter consequências negativas na formação dos alunos. Em seus estudos, Jung (1934/2012) ressalta a importância do processo interativo e relacional para a construção da capacidade de simbolização no homem.

Jung (1928b/1997) estava convencido de que a psique é um sistema de autorregulação que, constantemente, tenta manter o equilíbrio entre as tendências opostas. Dessa forma, quando se produz uma polaridade ou unilateralidade no campo da consciência, o psiquismo inconsciente reage em sonhos ou fantasias tentando corrigir o desequilíbrio que está ocorrendo. Dentre vários aspectos desse processo de autorregulação está a dinâmica tipológica.

Como aborda Sharp (1987), o modelo de tipologia de Jung é parte integrante da conceitualização relacionada ao processo de individuação. A tipologia pode ser usada como uma ferramenta para ajudar um indivíduo a se desenvolver psicologicamente e tem como foco a relação atitudinal do sujeito, o movimento para o qual direciona a energia psíquica.

O interesse inicial de Jung (1921/2013) para seu estudo sobre a tipologia estava em sua incompreensão em relação ao fato de Freud e Adler terem visões tão diferentes sobre a neurose. Jung considerou ambas as opiniões válidas e complementares, concluindo que a maneira diferente de olhar era devido a diferenças tipológicas pessoais, que deram origem a duas atitudes. Dessa maneira, o tipo psicológico tem a ver com os diferentes modos de funcionamento e com as possíveis atitudes da consciência em relação ao mundo, aos outros e aos objetos. É importante lembrar que, de acordo com Jung (1921/2013, p. 521), "A psique individual não se explica por nenhuma classificação. Contudo, a compreensão dos tipos psicológicos abre um caminho para melhor entendimento da psicologia humana em geral". A tipologia se manifesta sob algumas características nos alunos, conforme aponta o trabalho de Zacharias (2006), sendo útil compreender as categorias de comportamento que constituem as variáveis tipológicas ampliando a condução do processo educacional.

 

A concepção de Educação na perspectiva de C. G. Jung

C. G. Jung se ocupou ao longo de sua vida em estudar temas variados, uma vez que se interessava, principalmente, pelo estudo do psiquismo humano. Esse interesse fez com que seus escritos versassem sobre diferentes temáticas, o que propicia que suas ideias possam ser utilizadas em diferentes âmbitos, que não somente na psicoterapia. A Educação pode ser considerada como um desses possíveis campos que pode se beneficiar do corpo teórico desenvolvido pelo psiquiatra suíço. Embora não tenha desenvolvido uma teoria especificamente voltada à educação, para Teixeira (2006), o pensamento de Jung pode ser adequado à Pedagogia, pois contempla tanto o conhecimento da psique individual quanto a participação do indivíduo na coletividade, ou seja, oferece uma visão ampla das relações que são estabelecidas tanto com a subjetividade quanto com o mundo exterior.

Uma das dificuldades percebidas no modelo de Educação tradicional é a de contemplar o aluno em sua totalidade, valorizando sua subjetividade e alcançando-o em seu contexto social e familiar. Segundo Vergueiro (2009), a Educação ainda disponibiliza conteúdos distanciados da realidade dos alunos, o que faz com que sejam facilmente esquecidos ou que não se consiga aplicá-los em suas vidas cotidianas.

Para Toledo (2010, p. 11),

A pedagogia hoje privilegia o pensamento e a percepção e o conceito, em detrimento de outros aspectos como sentimento e a intuição. O conflito entre pensamento e sentimento, entre racional e irracional se intensificou de tal forma que os objetivos humanísticos da escola foram superados pela pretensão de formar seres humanos racionais e capazes de dominar a tecnologia. Domínio este que os distancia cada vez mais da sua humanidade, produzindo personalidades fragmentadas que buscam no coletivo (religião, moda, drogas, culto ao corpo) algo que os complete.

Segundo Byington (2003), privilegiar o racionalismo na Educação, desconsiderando a vivência e a experimentação, faz com que o aprendizado seja superficial, não sendo assimilado de forma adequada. O estilo de ensino que incita o aluno a decorar os conteúdos paralisa o processo criativo, pois parte de uma dinâmica na qual o professor apresenta o seu saber como verdade e o aluno somente o absorve. Esse estilo vai de encontro ao que se espera que deveria ser a interação professor-aluno: uma relação dialética e construtiva.

Na opinião de Laufer (2015, p. 13311), outro aspecto ao qual Jung atribui relevância é o desenvolvimento do processo simbólico.

Na sua concepção, a psique cria por meio de símbolos e essas são formas básicas que tornam possível ao homem organizar suas experiências e ações. Estes processos permitem-lhe assumir sua humanidade por meio dos elementos inconscientes e responsáveis pela ação e adaptação do indivíduo no mundo.

Na escola tradicional, nota-se que o processo simbólico está vinculado, principalmente, à ideia de desenvolvimento cognitivo. Entretanto, segundo Byington (2003, p. 26), "o símbolo estruturante já está expressando o Self e patrocinando a formação e a diferenciação da identidade do Ego e do Outro a partir da indiferenciação". Nesse caso, o componente arquetípico do símbolo aponta ser desnecessário orientar o ensino exclusivamente pela via racional, podendo ele contribuir naturalmente para o desenvolvimento do ego por meio das diversas formas com que a inteligência pode se expressar.

Talvez, por isso, Jung conferia grande valor à experiência e seu arcabouço teórico foi fundamentado por suas próprias vivências e estudos. Em suas memórias, Jung (1961/1963) menciona um fato que aconteceu em sua infância e que, infelizmente, ainda podemos observar acontecendo em escolas contemporâneas. Jung (1961/1963) tinha uma inaptidão que o levou a ser expulso das aulas de desenho. Embora tivesse habilidades espontâneas para o desenho, somente conseguia desenhar aquilo que surgia de sua imaginação. Naquela época, porém, eram apresentados aos alunos modelos que deveriam ser copiados, não havendo espaço para suas produções criativas, o que colocou um fim em seu curso de desenho.

Em outro episódio escolar, Jung foi constrangido perante os colegas por um professor, que duvidou ter sido dele a autoria de uma redação. Essas e outras situações fizeram com que o início de sua trajetória escolar fosse marcado por dificuldades, gerando-lhe sintomas que, inclusive, o levaram a se afastar da escola por algum tempo. Somente se dispôs a retornar quando percebeu a preocupação que a situação causava em seu pai em relação ao seu futuro (Jung, 1961/1963).

Esses fatos apontam como a escola, já naquele tempo e, infelizmente, ainda hoje, pode funcionar como fator de adoecimento e de restrição de potencialidades criativas, trazendo prejuízos para o desenvolvimento da personalidade do aluno. Segundo Silveira (1981a), pais e mestres precisam estar atentos para não obstruir o surgimento e desenvolvimento das peculiaridades da personalidade na infância e na juventude, pontuando que contribuir para o desenvolvimento do indivíduo, em sua completude como totalidade coesa e única, é tarefa dos adultos.

Para Jung (1934/2012), não seria adequado tentar aplicar às crianças o ideal de educação da personalidade, uma vez que isso implica em um trabalho que se desenvolve ao longo de toda a vida. Antes de se querer mudar qualquer coisa nas atitudes das crianças, é preciso, em primeiro lugar, examinar se não é algo que precisa ser mudado nas atitudes dos adultos.

O educador não pode contentar-se em ser o portador da cultura apenas de modo passivo, mas deve também desenvolver ativamente a cultura, e isto por meio da educação de si próprio. Sua formação não deve jamais estacionar, pois de outro modo começará a corrigir nas crianças os defeitos que não corrigiu em si mesmo. (Jung, 1928b/1972, p. 62)

Segundo Jung (1943/2012), é fundamental que o professor realize em si mesmo e em sua vida aquilo que ensina, pois os resultados que alcançar estarão relacionados ao quanto ele estiver envolvido na educação de si mesmo. Seguindo essa ideia, Jung (1928b/2012) distinguiu três tipos de Educação, que podem se aplicar tanto aos pais quanto aos educadores.

1. Educação por meio do exemplo: a vida dos pais é que educa. A criança identifica-se com o ambiente onde vive e, de modo especial, com os pais.

2. Educação coletiva: processa-se de acordo com regras, princípios e métodos. Normas coletivas são necessárias e parte dos objetivos da educação é tornar o individuo útil à sociedade. O perigo dessa educação é a rigidez, que pode abafar o desenvolvimento normal das individualidades. Casos extremos podem criar grupos humanos uniformes, cidadãos idealmente obedientes, facilmente manejáveis.

3. Educação individual: nesse caso, as regras, princípios e métodos ficarão subordinados ao objetivo único de permitir a manifestação da individualidade específica da criança. Levam-se em conta seus dons especiais e também suas dificuldades.

Ao propor essas três formas de educação, Jung (1928a/2012) considera que o mais importante não é o que o educador ensina por intermédio da linguagem, mas o seu verdadeiro ensinamento, o que parte de sua própria vivência. Por essa razão, ele deve ser educado antes de receber educação, para não correr o risco de se transformar em comunicador de certos conceitos.

Segundo Jung (1928a/2012), a escola exerce importante papel nesse processo por ser o primeiro ambiente que a criança encontra fora da família, onde será completada a educação dada pelos pais, que costumam ser parciais na educação dos filhos, enquanto a escola é parte do mundo onde a criança poderá ir se desprendendo deles.

De acordo com a verdadeira finalidade da escola o mais importante não é abarrotar de conhecimentos a cabeça das crianças, mas sim contribuir para que elas possam tornar-se adultos de verdade. O que importa não é o grau de saber com que a criança termina a escola, mas se a escola conseguiu libertar o jovem ser humano de sua identidade com a família e torná-lo consciente de si próprio. Sem essa consciência de si, a pessoa jamais saberá o que deseja de verdade, mas continuará sempre na dependência da família, apenas procurará imitar os outros, experimentando o sentimento de estar sendo desconhecida e oprimida pelos outros. (Jung, 1928a/2012, p.65)

Como personalidade, os professores não podem agir de maneira que sucumbam aos alunos. Também, na concepção de Jung, não podem ser isentados de sua autoridade, o que confere um valor especial ao desenvolvimento da personalidade do educador.

Como personalidade tem, pois o professor tarefa difícil, porque se não deve exercer a autoridade de modo que subjugue, também precisa apresentar justamente aquela dose de autoridade que compete à pessoa adulta e entendida perante a criança. Tal atitude não pode ser obtida artificialmente, mesmo com toda boa vontade, mas somente se realiza de modo natural, à medida que o professor procura simplesmente cumprir seu dever de homem e cidadão. É preciso que ele mesmo seja uma pessoa correta e sadia, o bom exemplo é o melhor método de ensino. (Jung, 1928a/2012, p. 65)

Nem todos têm essa visão e a força de vontade para atuar sobre sua própria personalidade, o que acentua as dificuldades na relação ensino-aprendizagem. Dessas reflexões, depreende-se que os educadores, assim como pais e adultos em geral, são chamados a prestar atenção em suas disposições psíquicas, a se conhecerem, pois os resultados dos métodos educativos dependem principalmente daqueles que são responsáveis em aplicá-los. A personalidade educacional tornou-se um ideal de ensino, porque é um processo gradual de alcançar o potencial inato do desvelamento, descobrindo-se completamente, contrapondo ao homem coletivizado promovido pela massificação geral.

A Pedagogia simbólica junguiana (Byington, 2003) acontece com mais facilidade no ensino pré-escolar e fundamental, quando, devido à pouca idade dos alunos, acontece a superposição direta das funções didáticas com as funções parentais, o que propicia aos professores uma prática lúdica, imaginativa e afetiva, permitindo que esses profissionais se soltem mais nos níveis subjetivo, intuitivo e afetivo. Vale ressaltar que esses períodos de ensino são, na maioria das vezes, ministrados por mulheres, geralmente mais abertas ao padrão matriarcal. Enquanto nas universidades o ensino adulto ainda está muito identificado com o padrão patriarcal e mostra-se mais racionalista e dissociado do emocional. É importante e necessário que se absorvam, em todos os níveis educativos, novos métodos com uma noção simbólica e arquetípica para que se construa uma relação emocional aluno-professor participativa e construtivista.

Para que isso aconteça, é preciso que se invista adequadamente na formação dos professores. O cuidado com a Educação não deve ser dedicado somente aos níveis básicos e fundamentais do ensino, pois é na universidade, como espaço múltiplo e de construção de conhecimento, que se deveria ter a oportunidade de capacitar profissionais, não somente no nível intelectual, mas, principalmente, no nível afetivo e emocional.

 

A sensibilização e o cuidado na formação profissional

O trabalho de formação de um profissional, em particular daqueles que trabalharão nas áreas da saúde e da Educação, e que vão interagindo diretamente com outras pessoas, não pode ser concebido de forma simplista. Formar um pedagogo ou psicopedagogo, por exemplo, precisa ser um processo que envolva não apenas as técnicas e procedimentos práticos, mas que se atente também para a pessoa do profissional que está se formando, sua personalidade e suas potencialidades.

Para Garcia (1999), o conceito de formação é complexo, implica em aspectos diversificados, mas que precisa considerar como ponto fundamental uma dimensão pessoal de desenvolvimento global que se diferencia de concepções eminentemente técnicas. Ressalta que esse conceito precisa estar aliado à vontade de formação, ou seja, o indivíduo em formação precisa estar ativamente envolvido no processo.

Pereira (2011, p. 99) considera que educar significa "preparar o ser humano para o mundo, para ser capaz de enfrentar os desafios e viver no convívio com os outros seres humanos". Assim sendo, o educador deve estimular seus educandos a assumir responsabilidade por si mesmos. Educar não pode ser pensado apenas em termos de intelecto, mas também em termos de sensibilidade. A autora pontua que a universidade precisa propiciar experiências significativas que impliquem em um envolvimento do aluno em seu próprio processo de formação, pois caso não haja esse envolvimento fica inviabilizado o seu crescimento e deturpado o verdadeiro sentido, pois o indivíduo precisa ter formação tanto pessoal quanto profissional.

Esses apontamentos concordam com o pensamento de Jung (1935/2012), que considera o tratamento psicoterapêutico como um encontro em que ambos, terapeuta e paciente, passam por transformações. Sendo assim, o terapeuta está em análise tanto quanto a pessoa que está sendo atendida, sendo parte integrante do processo e, portanto, também sujeito às influências transformadoras. Embora o espaço escolar não se configure como um setting terapêutico, podemos aqui traçar um paralelo com a relação professor-aluno, concebendo que se trata de um encontro, pois ao ensinar o professor também aprende e, portanto, se transforma, podendo também desenvolver sua personalidade.

Wendt (2003) e Vergueiro (2009) pontuam que a relação professor-aluno é um acontecimento arquetípico, organizado por fatores conscientes e inconscientes. Analisando essa relação, Wendt (2003) considera que são estabelecidas "conversas", a saber:

- Consciente do professor para consciente do aluno: a autora chama de "aliança pedagógica", quando a relação pressupõe um contrato no qual são estabelecidos o programa do curso, avaliação, normas de conduta, direitos e deveres.

- Consciente e inconsciente do professor: contato que deve ser mantido pelo professor com seu "aluno" interior. Esse contato possibilita ao professor o desejo de aprender, se reciclar e exercer a empatia. A falta desse contato faz com que o professor perca sua espontaneidade, entusiasmo, curiosidade. Acarreta também uma projeção sobre o aluno, que tenderá a permanecer numa posição de dependência do professor. Nesse caso, o professor assume o papel de quem tudo sabe e o aluno no papel do que não aprende. Torna-se, assim, uma relação de poder e de disciplina. Segundo Guggenbühl-Craig (1994, p. 96),

Esses tornaram-se 'professores e nada mais' e confrontam as crianças ignorantes quase como inimigos. Queixam-se que estas não sabem nada e não têm vontade de aprender; seus nervos ficam à flor da pele com a infantilidade e a falta de autocontrole dos alunos. Para esse tipo de professor as crianças são o Outro, aquilo que ele próprio não deseja ser jamais; comprazendo-se em exibir seu poder...

- Consciente e inconsciente do aluno: em situações pedagógicas propícias, o aluno vai tornando-se mais independente, o que demonstra que seu professor interno está se constelando. O aluno começa a trazer para seu cotidiano os ensinamentos recebidos e a contribuir com os demais e até com o professor externo. Sem esse contato, o aluno pode se tornar infantil, desmotivado e até destrutivo ou, então, tornar-se submisso e dependente.

- Inconsciente do professor e inconsciente do aluno e vice-versa: o aluno aprende com a personalidade do professor, com sua postura, atuando este como modelo. O professor em contato com seu aluno interior ganha mais capacidade de aprender, mais entusiasmo, curiosidade, paciência e flexibilidade.

Diante do exposto, fica evidente a necessidade de se trazer a discussão a respeito de uma formação humanizada nas universidades, criando condições para que se consiga formar não apenas técnicos, que executem esse ou aquele método, mas formar pessoas sensíveis, criativas e capazes de lidar tanto com seus próprios conteúdos quanto com os conteúdos daqueles com quem tiverem a oportunidade de estabelecer um bom encontro.

Como exemplo de ensino que leva em consideração a afetividade, temos o trabalho de Nise da Silveira, médica brasileira e estudiosa da Psicologia de Jung, que também considerava fundamental o cuidado com a formação dos monitores, valorizando sua sensibilidade e intuição, pois sabia o quanto isso influenciava no tratamento. Assim, o trabalho do monitor na Seção de Terapêutica Ocupacional e Reabilitação (STOR) que coordenava não se constituía em interferir no trabalho artístico que as pessoas produziam, mas proporcionar a eles um afeto catalisador, entendido como um modo de interação que possibilita a reorganização psíquica (Silveira, 1981b).

Seu trabalho criava um ambiente de liberdade protegida, onde o cuidado tornava viável a manifestação das forças autocurativas do psiquismo. Para Castro e Lima (2007), o interesse da psiquiatra era encontrar o doente, estabelecer com ele algum tipo de vínculo, oferecer o cuidado acolhedor e abrir-lhe espaço para que pudesse dizer sua verdade. Para Silveira (1979), era preciso observar cada gesto como as tarefas eram executadas, pois a forma como se manipula os materiais expressivos, como se bate o tear ou até mesmo a forma como se parte uma linha de costura são formas de expressão.

Esse trabalho poderia servir de modelo também na formação de educadores. Segundo Pereira (2011, p. 82), "é o cuidado que humaniza, que faz com que surja o ser humano com toda sua complexidade, sensibilidade e solidariedade". Boff (1999) diz que o cuidado precisa ser uma atitude de ocupação, preocupação, responsabilização e envolvimento afetivo com o outro. Nise da Silveira conseguiu aliar conhecimento, cuidado e afetividade, provando que o respeito pela individualidade das pessoas e o cuidado atento podem ser mais eficazes que qualquer método que se tenha conhecimento para fazer emergir as forças autocurativas do psiquismo.

Trazendo novamente a discussão para o âmbito educacional, percebe-se o quanto ainda se encontra distante o ideal de uma Educação voltada para o desenvolvimento da completude do ser humano. Segundo Lima (2006, p. 85),

abrir real espaço no seio das práticas educativas para a imaginação, a fantasia, os sonhos, os mitos e a aprendizagem pela vivência demanda um trabalho que, para ser efetivo, precisa passar também pela psique do educador. [...] Priorizar o processo de individuação, de completude humana, como objetivo educacional, mais do que formar cidadãos úteis, ainda é uma utopia.

 

Tipos psicológicos

Em 1921, Jung trouxe uma contribuição fundamental para o entendimento da tipologia humana ao escrever um de seus mais importantes trabalhos, o livro Tipos Psicológicos, fruto de mais de 20 anos de observação e do exercício da Medicina Psiquiátrica e da Psicologia prática. A tipologia é baseada em processos que pertencem a estruturas e funções mais básicas e elementares do funcionamento psíquico e pode ser rastreada em quase todas as dimensões humanas: adaptação, motivação, relações interpessoais, desempenho profissional, tomada de decisão, resolução de conflitos, fontes de satisfação etc. Portanto, é uma disposição geral que se observa nos indivíduos, como a psique está preparada para agir ou reagir numa determinada situação. Como coloca Sharp (1997, p. 12), "o modelo de Jung diz respeito ao movimento da energia psíquica e ao modo como cada indivíduo se orienta no mundo, habitual ou preferencialmente".

Quando formulou sua teoria dos tipos psicológicos, Jung (1921/2013) falou das atitudes e funções da consciência, em que os tipos seriam dimensões psicológicas que se referem à maneira usual de funcionamento cognitivo de um indivíduo. Messick (1976) define estilos cognitivos como atitudes estáveis, preferências ou estratégias habituais que determinam como o indivíduo percebe, recorda, pensa, aprende e se relaciona com os outros. O estilo cognitivo exerce uma forte influência sobre o que se hierarquiza da realidade e na perspectiva do mundo que é construído a partir dessa hierarquização. É uma dimensão da personalidade que permite reconhecer o invariante de uma pessoa por meio de comportamentos muito diferentes.

Do ponto de vista junguiano, a concepção de personalidade contém aspectos conscientes e inconscientes, que se organizam e se desenvolvem a partir de certos padrões dinâmicos. Esses padrões configuram movimentos e processos que tendem à adaptação e à individualização.

Jung (1921/2013) distingue oito tipos psicológicos decorrentes da articulação das atitudes - Introversão (I) e Extroversão (E), com uma das quatro funções psicológicas - Sensação (S), Intuição (N), Pensamento (T) e Sentimento (F). Tanto as atitudes como as funções se organizam em três pares de polaridades. O par I/E refere-se fundamentalmente às diferenças na direção do fluxo de energia para o mundo interno ou externo, respectivamente. Enquanto na extroversão a energia psíquica está voltada para fora, o que faz com que a pessoa se sinta motivada pelo externo; na introversão, a energia se volta para o interior, a subjetividade predomina e, ambas, desempenham função muito importante na adaptação ao mundo.

Na teoria dos tipos psicológicos, as quatro funções se organizam em dois pares de polaridades. A polaridade Sensação (S)/Intuição (N) determina duas maneiras diferentes de captar a realidade, como funções perceptivas. A polaridade Pensamento (T)/Sentimento (F) caracteriza-se pela avaliação e fornece uma estrutura racional às percepções, constituindo duas maneiras diferentes de processar a realidade. A função Sensação diz que algo existe, pois se refere à informação recebida por meio dos cinco órgãos dos sentidos, direciona sua atenção para o mundo tangível, sensorial, o presente. No outro polo está a função Intuição, que se refere à informação que vem do intangível, das possibilidades, do prospectivo, do futuro. A função Pensamento explica, discrimina, classifica e identifica as informações que são adquiridas pela Sensação ou pela Intuição. A abordagem por meio do Pensamento é essencialmente lógica e analítica, pois estabelece categorias para poder compreender, mantendo uma lógica e uma ordem, enquanto o Sentimento atribui valor. Essas quatro funções assumem características diferentes, dependendo da atitude que está associada a elas.

O tipo psicológico, diz Jung (1921/2013), é o resultado de uma unilateralidade do desenvolvimento, que ocorre sempre por meio da diferenciação hierárquica das funções. Essa diferenciação se dá seguindo certa ordem que está a serviço da adaptação. Haverá sempre uma função principal, superior, que pode ser perceptiva ou racional, e uma função auxiliar, que será de natureza oposta à principal, ou seja, se a função principal é perceptiva, Sensação ou Intuição, a auxiliar será racional, Pensamento ou Sentimento, e vice-versa. Os outros dois polos permanecerão pouco desenvolvidos e, portanto, inconscientes. A polaridade oposta à função principal é a menos desenvolvida das funções e é denominada função inferior, que também está no inconsciente. Segundo Von Franz (2016, p. 20), "pode-se dizer que a função inferior sempre faz a ponte para o inconsciente. Ela é sempre dirigida para o inconsciente e para o mundo simbólico".

Os termos superior e inferior, neste contexto, não implicam um julgamento de valor, pois nenhuma função é melhor ou pior que as demais. A função superior chegou a esse estágio pelo seu exercício frequente, bem como a inferior, pelo desuso, não teve oportunidade de se desenvolver. Assim, tanto a função inferior quanto a segunda função auxiliar, em menor grau, segundo Jung (1921/2013), permanecem num estado mais ou menos primitivo e infantil, muitas vezes apenas em parte conscientes ou, ainda, totalmente inconscientes. Jung (1921/2013) entende por função inferior aquela que, no processo de desenvolvimento e diferenciação, ficou para trás.

A experiência mostrou que, devido às adversidades das circunstâncias da vida e exigências sociais, a pessoa diferencie mais especificamente uma determinada função, seja por ser mais condizente com sua própria natureza, seja por lhe oferecer mais gratificação e meios mais eficientes ao seu sucesso social. A função superior virá de um dos dois pares de funções racionais ou irracionais. Naturalmente, a pessoa não dependerá exclusivamente dessa função superior, porém utilizará a função auxiliar.

As polaridades nas funções:

- Pensamento/Sentimento: são as funções de avaliação, fornecem uma estrutura racional às percepções, constituindo duas maneiras diferentes de processar a realidade.

- Sensação/Intuição: duas maneiras diferentes de captar a realidade, sendo funções perceptivas.

 

Tipologia junguiana e a relação professor-aluno

A contribuição de Jung para o estudo da tipologia está no fato de as funções estruturantes psicológicas, que caracterizam os tipos por ele descritos, serem funções arquetípicas, logo existem igualmente em todas as pessoas, embora cada tipo tenha certa capacidade estruturante mais desenvolvida que outras (Byington, 2003). Ao criar sua famosa tipologia, Jung não tinha a intenção de classificar os indivíduos, mas, sim, obter uma forma de orientação em meio à enorme variedade de tipos individuais, contribuindo para uma melhor comunicação entre as pessoas, já que tipos variados indicam pressupostos diferentes (Saiani, 2002).

Ao refletirmos sobre o estudo de Jung, pensando nas relações no ambiente da sala de aula, nos deparamos com um modelo educacional que, historicamente, supervaloriza o pensamento em detrimento do sentimento e da intuição, sendo esse um dos desafios na Educação até hoje. Convém ressaltar que, no sistema tipológico, não existe função melhor que outra, na medida em que cada função é mais indicada para determinada situação e todas são necessárias para a vida, sendo importante que possamos desenvolvê-las da melhor forma possível. Porém, em nossa cultura ocidental, é feita uma leitura distorcida das funções, pois se confunde pensamento com inteligência, sentimento com sentimentalismo, intuição com desorganização e sensação com falta de imaginação, além de facilitar uma melhor adaptação dos que apresentam uma atitude extrovertida, com função pensamento (Byington, 2003).

A formação do professor seria enriquecida se fizesse parte dos seus aprendizados a identificação de sua tipologia e da tipologia dos seus alunos. Certamente, observaríamos grandes mudanças nas relações e desempenho dos alunos e de seu trabalho, pois, ao fazê-lo, se daria conta de que boa parte das transferências positivas e negativas que recebe de alunos ou até de turmas está relacionada com sua tipologia e muitos problemas de aprendizado também seriam selecionados devido à dificuldade dos diferentes alunos em se adaptar a um único modelo. O professor não pode ser simplesmente um transmissor de conteúdo ou achar que está ensinando para alguém idêntico a ele (Byington, 2003). Para o ensino se desenvolver, é preciso que seja estabelecida uma relação transferencial e que as diferenças sejam respeitadas e estimuladas, para que o espaço da sala de aula seja um ambiente propício para a criação e a transformação de professores e alunos. Essa condição se faz necessária para qualquer ambiente que tenha como objetivo a Educação, seja no primeiro contato com a escola, seja na universidade.

 

Considerações finais

A temática sobre a relação entre educadores e estudantes tem atraído cada vez mais o interesse e a atenção de professores e psicólogos, bem como de outros acadêmicos, visto que pode interferir positiva ou negativamente na forma como o conhecimento é apreendido. Neste estudo, buscou-se compreender qual a concepção e importância atribuídas à Educação tendo como aporte teórico a Psicologia Analítica, principalmente no que diz respeito às relações, que são perpassadas por influências tanto em nível consciente quanto inconsciente.

É preciso considerar a relação entre educador e aluno como sendo de caráter dialético, em que ambos têm a oportunidade de ensinar e aprender. Embora o contexto escolar seja permeado por uma complexidade de fatores sociais, culturais e subjetivos, acredita-se ser imprescindível uma formação dos profissionais voltada para a afetividade e a sensibilidade, a fim de contribuir para a criação de um ambiente mais saudável e propício ao desenvolvimento integral do ser humano.

Outro ponto importante a ser considerado diz respeito ao conhecimento e às diferenças individuais, aspectos que podem ser muito beneficiados pelo estudo da tipologia junguiana. Jung não pretendeu fornecer uma tipologia estrita com fins classificatórios, mas sua tipologia pode ser vista como um prelúdio para o estudo da personalidade, podendo ser um ponto-chave na compreensão desse desenvolvimento.

Embora Jung voltasse seus estudos para o trabalho psicoterapêutico, suas ideias mostram-se pertinentes às práticas educacionais. Verifica-se, no entanto, que existem poucos estudos, principalmente de ordem prática, sobre essa temática. Seria interessante que houvesse mais iniciativas nesse sentido, que poderiam contribuir para a formação dos educadores e que seus resultados fossem compartilhados nos meios acadêmicos.

 

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Recebido em: 12/6/2019
Aprovado em: 10/10/2019

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