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Pesquisas e Práticas Psicossociais

On-line version ISSN 1809-8908

Pesqui. prát. psicossociais vol.15 no.4 São João del-Rei Oct./Dec. 2020

 

Dossiê PesquisarCOM: o feminino e o feminismo nas ciências

 

 

Laura Cristina de Toledo QuadrosI ;Marcia MoraesII ;Dolores GalindoIII ;Ana Claudia Lima MonteiroIV

IE-mail: lauractq@gmail.com
IIE-mail: mazamoraes@gmail.com
IIIE-mail: dolorescristinagomesgalindo@gmail.com
IVE-mail: anaclmonteiro@gmail.com

 

 

É com alegria que retomamos nosso número temático, feito de um trabalho que transbordou na quantidade de artigos aprovados. Relembramos aqui a diferença temporal das escritas e de sua publicação, apontando para a possibilidade de recebermos estes artigos como mensagens vindas em garrafas que atravessam lugares e tempos diferentes e, portanto, carregam uma mensagem que pode nos trazer respiro. Em tempos difíceis, com a continuidade e o agravamento da pandemia que nos espreita, somado ao sistemático desmonte da ciência, ter esta Revista com estes artigos é um respiro. A possibilidade de perceber que a pesquisa feminista ganha fôlego nas páginas apresentadas a seguir nos enche de esperança numa resistência feita sempre num campo comum, na tessitura dos encontros que produzimos juntas.

Construir narrativas que afirmem nosso campo de estudos é afirmar uma ciência que é feita no feminino, ciência essa que reivindica o rigor e a potência de se pesquisar levando em conta a localização dos saberes constituídos. Apostar numa ciência no feminino é também estar inserida num campo de impasses e tensões no qual a expertise não está posta de antemão, é necessário compor, é necessário se deslocar, é necessário lidar com as diferenças e não apenas estudá-la.

Os cinco artigos que integram a chamada que fizemos para o PesquisarCOM: feminino e feminismos na ciência, intitulam-se: "Formação profissional, experiência e dialogicidade no contexto universitário: relato de uma experiência extensionista em educação feminista" de Luciana da Silva Oliveira e Paula Land Curi, da Universidade Federal Fluminense; "Narrativas e feminismos em disputa na construção do conhecimento agroecológico no Brasil", de Maria da Graça Costa, Magda Dimenstein e Jáder Leite, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte;"Os fios de Caracol: mulheres em danças de si", de Ana Gabriela Machado de Farias e Michele de Freitas Faria de Vasconcelos, da Universidade Federal de Sergipe; "A política dos afetos nas práticas de pesquisas feministas e o encontro com 'mulheres negras jovens'", de Ana Cecília Ramos Ferreira da Silva e Marcos Ribeiro Mesquita, da Universidade Federal de Alagoas; "PesquisarCOM Jovens: pistas metodológicas para narrativas ético-políticas", de Marília Meneghetti Bruhn e Lílian Rodrigues Cruz, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

São trabalhos que avançam na construção e na afirmação do PesquisarCOM e que afirmam que fazer ciência é prática local e situada. Assumir tais localizações é parte constitutiva do PesquisarCOM. Nesse sentido, esses cinco trabalhos nos ajudam a complexificar e a modular o fazerCOM os outros a pesquisa, seguindo as pistas de uma ética feminista na produção do conhecimento.

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