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Revista Brasileira de Psicologia do Esporte

versión On-line ISSN 1981-9145

Rev. bras. psicol. esporte v.1 n.1 São Paulo dic. 2007

 

EDITORIAL

 

Temos a satisfação de nesse primeiro número da Revista Brasileira de Psicologia do Esporte (RBPE) sintetizar nossas expectativas sobre o futuro. Nela são encontrados 10 artigos inéditos de autores brasileiros e um internacional, afirmando nossa disposição de diálogo nacional sobre o tema e também de ampliação de nossas fronteiras buscando aproximação com aqueles que não se contentam com a comodidade do já estabelecido.

Se o propósito é incitar o debate e instigar novas idéias iniciamos esse número com um estudo sobre o futebol universitário no Canadá, Alemanha e Japão, baseada na Teoria dos Reversos, dos professores Guido Geisler e Larry M. Leith, da Universidade de Tsukuba, no Japão. É inegável o ineditismo dessa pesquisa e de seu referencial para a produção brasileira.

Ainda dentro dos relatos de experiência são encontrados os artigos de Marisa Markunas que discute o percurso da formação de atletas e o desenvolvimento do papel profissional, explicitando e discutindo possíveis contribuições da psicologia do esporte a partir da teoria psicodramática; um estudo sobre o abandono da prática do tênis por Mariana Hollweg Dias e Marco Antônio Pereira Teixeira, que pode oferecer subsídios para compreensão desse fenômeno ou subsidiar intervenções preventivas; Carla Di Pierro discute a construção do papel social da atleta de ironman e as implicações da prática dessa modalidade para a mulher contemporânea. Apontando para a emergência do tema resiliência Simone Meyer Sanches apresenta sua pesquisa sobre a prática esportiva como uma atividade potencialmente promotora de resiliência junto a jovens praticantes de atletismo em um projeto social e Márcia Pilla do Valle discute as possíveis intervenções para lidar com as pressões e os medos de ginastas e esgrimistas de alto rendimento.

Contribuindo para a discussão e compreensão da modalidade mais praticada no país, o futebol, Norma Fernandes Pereira, Renata Grasielle Michielini Santos e Eduardo Neves Pedrosa de Cillo discutem o estresse como controle coercitivo junto a árbitros de futebol de campo e Marcel de Almeida Freitas, a partir do referencial da Psicologia Social e da Antropologia apresenta a construção da subjetividade masculina entre praticantes de futebol.

Nos ensaios teóricos Fabio Silvestre da Silva apresenta uma importante reflexão sobre o papel e o lugar dos projetos sociais dentro da Psicologia do Esporte e o que pode e deve fazer o profissional que trabalha com e nessas instituições. Já Mônica d’Fátima Freires da Silva faz um balanço da trajetória da Psicologia do Esporte brasileira dentro do Sistema Conselhos (Conselho Federal e Regional de Psicologia) e de sua constituição como especialidade da Psicologia. Por fim Kátia Rubio analisa o que foi e o que tem sido a Psicologia do Esporte no Brasil, as questões profissionais e éticas implicadas na área e as perspectivas futuras a partir de uma revisão das publicações e trabalhos práticos realizados nos últimos 10 anos.

Esses trabalhos dão início a uma discussão que, esperamos, será longeva e frutífera para aqueles que se dedicam a construir e fortalecer a Psicologia do Esporte. Sejam bem-vindos todos aqueles que se identificam com essa idéia e desejam contribuir para essa proposta.

Katia Rubio
Editora

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