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Psicologia em Pesquisa

On-line version ISSN 1982-1247

Psicol. pesq. vol.7 no.2 Juiz de Fora Dec. 2013

http://dx.doi.org/10.5327/Z1982-1247201300020001 

EDITORIAL
DOI: 10.5327/Z1982-1247201300020001

 

Ampliando Horizontes

 

 

Com este número, a PSICOLOGIA EM PESQUISA encerra mais um ano de atividades, trazendo contribuições de várias áreas da psicologia e cumprindo seu compromisso com a diversidade temática e metodológica característica deste campo. 

No primeiro artigo, Antunes, Faria, Rodrigues e Almeida analisam as percepções de professores do ensino superior em Portugal em relação à inclusão de alunos com necessidades especiais. Os resultados revelam percepções favoráveis ao processo de inclusão educativa, condicionado por fatores ideológicos e instrumentais.

Em seguida, Gondim et al. analisam a questão da identidade social, das emoções e da discriminação contra estrangeiros no mercado de trabalho brasileiro. Entre outras coisas, os resultados mostram que as emoções intergrupais e a percepção de ameaça geral contribuem para a explicação da percepção de discriminação.

Em estudo experimental, Hafner et al. avaliam a eficácia de um vídeo informativo sobre ansiedade em pacientes submetidos à exodontia. Ao contrário do que se esperava, contudo, os autores concluíram pela ineficácia da variável independente.

No quarto artigo, Borges e Peres realizam um estudo clínico-qualitativo no qual investigam os mecanismos de defesa empregados por pacientes oncológicos adultos recidivados. Os principais mecanismos encontrados foram a racionalização, a regressão, a projeção e a denegação. Ao final, os autores indicam a relevância desse tipo de estudo para o aprimoramento da assistência oferecida a tais pacientes.

A seguir, Fortes e Ferreira comparam o comportamento alimentar inadequado (CAI) e a insatisfação corporal (IC) em atletas do sexo masculino de esportes coletivos. Os resultados evidenciam que atletas de esportes coletivos demonstraram maior frequência de CAI quando comparados aos demais grupos.

No sexto artigo, Cardoso e Massimi fazem uma investigação histórica sobre as contribuições de Edith Stein para a fundamentação filosófica da psicologia enquanto ciência rigorosa da subjetividade. As autoras enfatizam a nova concepção de subjetividade que Stein traz para a área.

Entrando no campo da neuropsicologia, Salvador et al. investigam o perfil cognitivo de pacientes com Síndrome de Williams utilizando as Escalas Wechsler. Os resultados revelam um padrão de desempenho semelhante entre os participantes na escala verbal, mas uma discrepância entre habilidades verbais e não verbais em 40% dos participantes.

Ainda no campo da neuropsicologia, Lima, Azoni e Ciasca avaliam a atenção e as funções executivas (FE) em crianças com Dislexia do Desenvolvimento (DD). Os principais resultados sugerem que indivíduos com DD podem apresentar prejuízos na atenção e em componentes das FE. Além disso, eles possuem um padrão diferente de rastreamento visual e seleção de recursos executivos, principalmente diante de estímulos com conteúdo verbal.

No nono artigo, Dias e Bairrão abordam o tema da possessão e discutem as vantagens e desvantagens de uma abordagem etnopsicológica baseada na psicanálise lacaniana.

Em seguida, Paulino, Patias e Dias trazem um estudo qualitativo sobre o fenômeno da paternidade adolescente. A análise das entrevistas sugere uma percepção positiva dos participantes em relação à nova situação vivida.

No penúltimo artigo, Brum, Lourenço, Gebara e Ronzani investigam os efeitos de um programa de intervenção sobre as crenças e atitudes dos profissionais da Atenção Primária à Saúde em relação à violência doméstica. Os resultados revelam que a intervenção produziu uma alteração significativa nas crenças dos profissionais, mas não na confiança que eles sentem em relação à sua habilidade para lidar com a situação.

Encerrando a seção de artigos, Freitas et al. apresentam uma análise bibliométrica sobre o suicídio. Os resultados revelam alto índice de estudos teóricos e a necessidade de publicações que contribuam para a construção de políticas públicas de prevenção e gerenciamento do fenômeno em populações específicas.

Na seção livre, PSICOLOGIA EM PESQUISA abre espaço para uma discussão sobre o tema da medicalização da saúde a partir de duas cartas-resposta ao artigo de Frias e Júlio-Costa, publicado no número anterior.

Para encerrar esta edição, há uma resenha do livro "Ações Integradas Sobre Drogas: Prevenção, Abordagens e Políticas Públicas", organizado por Telmo Ronzani. 

Saulo de Freitas Araujo