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Psicologia em Pesquisa

versión On-line ISSN 1982-1247

Psicol. pesq. vol.10 no.2 Juiz de Fora dic. 2016

http://dx.doi.org/10.24879/201600100020056 

ARTIGO ORIGINAL
10.24879/201600100020056

 

Representações sociais relacionadas às práticas de rejuvenescimento

 

Rejuvenation practices: a study of the social representations with people between the ages of 40 and 60

 

 

Bruna BerriI; Amanda CastroI; Brigido Vizeu CamargoI

ILaboratório de Psicologia Social da Comunicação e Cognição, Departamento de Psicologia, Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis), Brasil.

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O rejuvenescimento apresenta-se como um recurso para manter-se em um lugar social relacionado ao estar ativo, para entender como pessoas constroem e compartilham conhecimentos cotidianos sobre rejuvenescimento utilizou-se como abordagem teórica a Teoria das Representações Sociais. Objetivou-se estudar as representações sociais das práticas de rejuvenescimento para homens e mulheres adultos. Descritiva e exploratória, envolveu 20 participantes residentes de Santa Catarina. Mediante realização de entrevistas em profundidade formou-se um material textual submetido a classificações hierárquicas descendentes. Resultados indicaram que as mulheres pensam rejuvenescimento enquanto práticas invasivas e minimamente invasivas, e os homens o associam as atividades físicas e leituras. Atividades físicas e exercícios mentais, como retardadores do envelhecimento, organizam a compreensão tanto do rejuvenescimento como das práticas para todos participantes.

Palavras chave: representações sociais, práticas, envelhecimento, rejuvenescimento.


ABSTRACT

Rejuvenation is presented as a resource to keep a social place related to the capacity of being alive. The Social Representation theory allows understanding how people build and share daily knowledges to elaborate and interpret issues about rejuvenation. This research aims to verify the relations between social representations and rejuvenation practices. Descriptive and exploratory, it involved 20 adults equally distributed by gender. The textual material obtained by in-depth interviews underwent descendant hierarchical classifications. Results have shown that women think rejuvenation as invasive and minimally invasive practices, and men associated it to physical activities and reading. Physical activities and mental exercises, as aging retardants, organize the understanding of rejuvenation as well as the practices for all participants.

Keywords: social representations, practices, aging, rejuvenation.


 

 

O envelhecimento populacional é um fenômeno universal que vem ocorrendo de forma mais intensa desde a década de 1980. Projeções indicam que em 2030 o grupo etário dos idosos representará 13,44% da população brasileira (IBGE, 2013). Quando se estuda o fenômeno envelhecimento a dimensão biológica parece ser majoritariamente salientada, no entanto este processo é determinado por múltiplos fatores, compreendendo aspectos biopsicossociais (Neri, 2013).

Pesquisas têm mostrado que as concepções de velhice e do processo de envelhecimento frequentemente os associam ao declínio das funções orgânicas, envolvendo fragilidades físicas e/ou psicológicas (Araújo, Coutinho, & Saldanha, 2005; Wachelke, Camargo, Hazan, Soares, Oliveira, & Reynaund, 2008). Contudo, a velhice e o processo de envelhecimento não podem ser considerados sinônimos de inatividade e doença (Biasus, Demantova, & Camargo, 2011; Magnabosco-Martins, Camargo, & Biasus, 2009).

O interesse deste estudo está em um dos aspectos menos convencionais do envelhecimento, o rejuvenescimento. A mídia, enquanto importante fonte de difusão de representações sociais (Moscovici, 1961/2012), valoriza a juventude em detrimento da velhice, trazendo informações sobre rejuvenescimento e relacionando-o com bem-estar, atividade, jovialidade e beleza (Teixeira et al., 2007).

Doise (1982; 1986) relata que quando se considera a velhice e o processo de envelhecimento na sua dimensão sociocultural as representações sociais enquanto conhecimentos cotidianos construídos e compartilhados sobre esses objetos passam a ser variáveis importantes para se entender o envelhecimento saudável. Pois elas possibilitam compreender como as pessoas elaboraram, transformam e interpretam questões relativas à velhice; e como estas crenças compartilhadas sustentam práticas sociais relacionadas ao enfrentamento desta etapa da vida, como a utilização de estratégias de rejuvenescimento (Camargo & Bousfield, 2014).

O rejuvenescimento é reconhecido como uma maneira de mascarar os sinais da velhice e o processo natural do envelhecimento, minimizando seus impactos (Stuart-Hamilton, 2002). Para isso pode-se usar um conjunto de métodos, cirúrgicos clínicos ou naturais, que visam reduzir os sinais do envelhecimento para a obtenção de uma aparência mais jovial (Zani, 1994). A busca pelo rejuvenescimento é estimulada pela certeza do envelhecimento e pela esperança de envelhecer de maneira saudável, dessa forma, estudos constataram que as práticas de rejuvenescimento são também acompanhadas de uma preocupação com a saúde (Teixeira, Settembre, & Leal, 2007).

O desenvolvimento tecnológico unido a uma população mais envelhecida em um país que valoriza o perfil jovem (Moreira & Nogueira, 2008) e que elege ao corpo e beleza um status de grande importância (Camargo, Goetz, Bousfield, & Justo, 2011), impulsiona tentativas de adiar ou evitar o processo de envelhecimento através de alternativas que buscam a manutenção da jovialidade (Aguiar, 2016). Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, 2011) mostram que o Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias plásticas, totalizando 905.124 procedimentos cirúrgicos estéticos em 2011. No que diz respeito a cirurgias que visam o rejuvenescimento, como o face levantamento - conhecido como lift - o país totalizou no mesmo ano 38.484 cirurgias. Ainda, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC, 2015), o país ocupa a sexta posição mundial ao que se refere no consumo de produtos para a pele.

Torres (2010) em um estudo com diferentes grupos etários relatou duas dimensões relacionadas à representação social do rejuvenescimento: a subjetiva, que envolve a convivência com outras pessoas, a espiritualidade, o bem-estar e o "sentir-se jovem"; e a funcional, voltada às práticas que visam o retardo do processo de envelhecimento. No mesmo estudo, é destacada a longevidade como desejo dos indivíduos que envelhecem, por esta associar-se à sabedoria e experiência (Torres, 2010), no entanto, assim como em outras pesquisas, observou-se uma rejeição em ser enquadrado como velho, porque ser velho está associado a elementos negativos, como inatividade e doenças (Magnabosco-Martins, Camargo, & Biasus, 2009). Então o rejuvenescimento pode ser visto como um recurso para manter-se em um lugar social relacionado à capacidade de estar ativo, diminuindo os aspectos negativos atribuídos a velhice.

Para que se compreenda as práticas de rejuvenescimento sob a luz da psicologia social faz-se necessário que o entorno social no qual essas ações incidem seja considerado, o que acarreta levantar os significados compartilhados socialmente acerca do que significa envelhecer e rejuvenescer. Dessa forma, essa pesquisa baseia-se na Teoria das Representações Sociais com abordagem societal, elaborada por Moscovici (1961/2012), a qual possibilita entender como as pessoas utilizam esse conhecimento compartilhado e construído socialmente para elaborar e interpretar questões relativas ao envelhecimento, podendo sustentar práticas sociais relacionadas ao enfrentamento desta fase do ciclo vital. De acordo com Jodelet (1989) a representação social refere-se a um saber vinculado a experiência que o produziu, desta forma servindo ao indivíduo para agir sobre o mundo e sobre o outro.

Entende-se a expressão "práticas sociais" como sistemas de ações e de comportamentos concebidos no contexto de atividades sociais dos indivíduos e grupos; assim, conforme Dany e Abric (2007), as práticas consideradas como sistemas possibilita considerar os comportamentos numa dimensão societária, e não individual. Esses sistemas de ação podem ser decompostos em dois aspectos: a maneira de fazer e as percepções desse fazer que pode ter sido ou não desejado (Rouquette, 1998).

A compreensão das representações sociais do rejuvenescimento e suas práticas torna possível entender de que forma as pessoas pensam conteúdos relacionados ao envelhecimento e como esse pensamento pode sustentar práticas relativas ao seu enfrentamento, o que colabora para a construção e execução de políticas públicas que incentivam o envelhecimento saudável e permitem uma postura mais ativa nesse processo.

Assim, o objetivo deste estudo é descrever as representações sociais relativas às práticas de rejuvenescimento para homens e mulheres de 40 a 60 anos e sua relação com a intenção do seu emprego.

 

Método

Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, natureza exploratória e descritiva, com corte transversal (Gil, 2008). Participaram do estudo 20 indivíduos catarinenses, distribuídos igualmente entre os sexos masculino e feminino. A escolha do número de participantes seguiu o critério de saturação dos dados em pesquisas qualitativa, que considera a realização de 20 entrevistas para que se obtenha o conteúdo de investigação de forma satisfatória (Ghiglione & Matalon, 1993). A média de idade dos participantes foi de 50 anos e 5 meses (DP = 5,51). Realizou-se o acesso aos participantes a partir da técnica de amostragem por bola de neve, em que um participante entrevistado indica outro, que indica outra pessoa de sua rede e assim sucessivamente (Flick, 2009). O primeiro participante escolhido foi uma profissional da equipe multiprofissional de um Centro de Atenção Psicossocial, por questão de proximidade com a entrevistadora. Como critério de inclusão os participantes deveriam ser adultos com proximidade com o envelhecimento, ou seja: ter de 40 a 60 anos.

O instrumento de coletas de dados foi composto por uma entrevista em profundidade e não diretiva (Ghiglione & Matalon, 1993), visando conteúdos relativos ao rejuvenescimento e suas práticas, também foi composto por um questionário com questões sobre características sociodemográficas. Duas perguntas serviram como dispositivos disparadores para as entrevistas: 1) O que vem a sua cabeça quando você pensa em práticas de rejuvenescimento?; 2) O que você pensa sobre a possibilidade de utilizar algum recurso para rejuvenescer? As entrevistas (tempo médio de 40 minutos) foram gravadas e transcritas pela pesquisadora.

Em seguida, organizou-se o material textual em dois grupos de textos monotemáticos. O primeiro corpus textual referia-se as respostas à primeira pergunta e o segundo compreende as respostas à segunda. Para a análise do material textual optou-se pela utilização do programa informático IRaMuTeQ versão 0.6, o programa é traduzido em diversas línguas, possui uma interface simples e por ser gratuito é acessível aos mais diversos tipos de pesquisa. O material textual foi submetido a Classificações Hierárquicas Descendentes (CHD) simples feitas pelo programa, na qual a distribuição de vocabulário pelas classes é feita pela semelhança do vocabulário dos segmentos de texto a partir do corpus inicial (Camargo & Justo, 2013). De acordo com Camargo e Justo (2013) o programa informático foi criado no intuito de superar a costumada oposição entre o método de análise quantitativo e qualitativo, pois sua análise permite a quantificação e realização de cálculos estatísticos sobre as variáveis de essência qualitativas. No campo da psicologia social, particularmente nos estudos de representações sociais de abordagem societal, tendo em vista a importância que se atribui às manifestações linguísticas, as classes geradas pelo software podem indicar representações sociais ou aspectos dela (Veloz, Nascimento-Schulze, & Camargo, 1999).

As questões para caracterização dos participantes foram submetidas à análise descritiva (média, desvio-padrão, frequência e porcentagem) com o emprego do software SPSS, versão 17.0. Todos participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) contendo esclarecimentos sobre a mesma. A pesquisa teve a aprovação do Comitê de Ética para Pesquisa com Seres Humanos sob o nº 334.570 e foi realizada com base nos determinantes instituídos pela resolução 196/1996 e 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde - CNS.

 

Resultados

Com relação à escolaridade 18 participantes do total de 20 possuíam ensino superior completo, e 2 participantes tinham o ensino médio completo. Considerando a situação socioeconômica 13 participantes declararam ter renda familiar acima de 7 salários mínimos (R$ 724 em janeiro de 2014), 6 declararam renda familiar de 5 a 7 salários mínimos e 1 participante declarou ter renda familiar menor que 2 salários mínimos. A maioria dos participantes era casada (13 participantes), 4 eram divorciados, 2 solteiros e 1 participante era viúva.

O primeiro corpus analisado, referente às respostas da pergunta: "O que vem a sua cabeça quando você pensa em práticas de rejuvenescimento?" apresentou 356 segmentos de textos dos quais 80% foram retidos na CHD, que dividiu o corpus em cinco classes, conforme indica a Figura 1. A descrição das classes em função das palavras que mais se associaram a ela teve como critérios a) apresentar frequência superior a média de ocorrência das palavras (6,7) no corpus e b) ter um ?² igual ou maior que 3,84 (o que significa uma margem de erro igual ou menor do que 0,05).

O programa dividiu primeiramente o corpus em duas partes, distinguindo as classes 1 e 4 das demais. A segunda partição separou a classe 5 no bloco de classes a direita da figura 1. Uma terceira partição originou as classes 2 e 3. E uma quarta partição criou as classes 1 e 4 no bloco de classes a esquerda da figura 1.

A classe Manutenção da funcionalidade (classe 5), referente a 20,51% do total de segmentos de textos, está associada a questões referentes a perda e manutenção da funcionalidade do corpo. Nesse sentido a classe é permeada pela ideia da necessidade de atividades físicas, alimentação balanceada e atividades que mantenham a mente ativa. A seguir, um extrato que ilustra esse contexto: "Eu procuro fazer atividades físicas regulares, sobretudo caminhadas, e procuro cuidar da minha alimentação, manter a atividade intelectual..." (Participante 14, sexo masculino).

As classes Qualidade de vida (classe 3) e Espírito x corpo (classe 2) estão associadas ao sexo masculino. A classe Qualidade de vida, que representa 19,38% do total de segmentos de textos, apresenta questões referentes ao envelhecer bem e saudável, associa os métodos mais naturais de retardo do envelhecimento, para a manutenção da qualidade de vida e alongamento da vida. O trecho a seguir ilustra os conteúdos dessa classe: "Me vem prioritariamente a busca de uma melhor qualidade de vida para enfrentar o futuro e não para aparentar uma idade inferior do que na verdade eu tenho, é uma preocupação para que eu tenha uma vida futura."(Participante 14, sexo masculino).

A classe Espírito x corpo, referente a 13,48% do total de segmentos de textos, está associada à ideia de manutenção do "espírito jovem", ou seja, pensa-se mais na manutenção de alguns comportamentos tipicamente juvenis para evitar algumas desvantagens do envelhecimento do que nos cuidados com o corpo. Essa classe também apresenta conteúdos referentes à religiosidade. Um trecho que refere-se a essa classe: "Estado de espírito, a forma de ver o mundo, ter uma visão mais ampliada das coisas, não podemos ser muito restritos, precisamos ser abertos e se abrir para as coisas novas." (Participante 10, sexo masculino).

As classes Cuidados com a pele (classe 1) e Chegada da velhice (classe 4) possuem conteúdos associados as respostas do sexo feminino. A classe Cuidados com a pele, que apresenta 19,66% do total de segmentos de textos, está associada aos benefícios que as práticas de rejuvenescimento invasivas e não-invasivas podem trazer a pele, com o destaque para a aplicação de toxina botulínica como forma de tratamento para enxaqueca, englobando também conteúdos relacionados ao autoestima e saúde. O trecho a seguir ilustra esse contexto: "Você começa a ir atrás de alguns cremes que te deixam com a pele mais brilhosa e diminuem as rugas, e dessa forma vão entrando os tratamentos como o Botox que tira as linhas de expressões." (Participante 03, sexo feminino).

A classe Chegada da velhice, que representa 26,97% do total de segmentos de textos, traz conteúdos referentes ao processo de envelhecer e forma de enfrentamento dessa fase da vida. Inclui-se o aparecimento dos cabelos brancos, as perdas de algumas funções corporais, a perda de interesse por certas atividades e o surgimento do interesse por outras. Também aparecem questões relacionadas com as diferenças entre gerações. Ilustra-se pelo trecho a seguir: "Eu acho que aquela ideia de que velhice pode estar muito associada com doença, a pessoa se olha no espelho e se vê mais enrugada, com cabelos brancos, uma aparência mais jovial poderia melhorar esse aspecto psicológico da pessoa" (Participante 16, sexo feminino).

Já o segundo corpus corresponde à pergunta e "O que você pensa sobre a possibilidade de utilizar algum recurso para rejuvenescer?". O material textual foi submetido a mesma forma de análise que o primeiro corpus. Nessa análise, o programa reconheceu a separação do primeiro corpus em 20 textos que foram fracionadas em 695 segmentos de textos dos quais 83,45% foram retidos na CHD, que dividiu o corpus em quatro classes, conforme indica a Figura 2. Como critério de escolha para as palavras utilizadas usou-se um ?² igual ou maior que 3,84 (o que significa uma margem de erro igual ou menor do que 0,05). O programa dividiu primeiramente o corpus em duas partes, distinguindo as classes 1 e 4 das demais. A segunda partição separou a classe 1 e 4 no bloco de classes a direita da figura 2. Uma terceira partição criou as classes 2 e 3 no bloco de classes a esquerda da figura 2.

As classes Vantagens e desvantagens (Classe 3) e Atividades físicas e envelhecimento natural (Classe 4) estão associadas ao sexo masculino. A classe Vantagens e desvantagens que representa 13,28% do total de segmentos de textos, traz conteúdos essencialmente associados às vantagens e desvantagens da utilização de recursos para rejuvenescer. Apresenta como vantagens, principalmente, o bem-estar pessoal e autoestima e como desvantagens os excessos quanto ao uso desses recursos e a dificuldade em lidar com as limitações que surgem no processo de envelhecimento. O trecho a seguir ilustra esse contexto: "A desvantagem é essa, virar uma obsessão, a gente vira escravo. Quando tiver um equilíbrio e bom sendo é uma vantagem para a autoestima, mas quando vai para outro lado é uma grande desvantagem." (Participante 10, sexo masculino)

A classe Atividades físicas e envelhecimento natural que representa 23,97% do total de segmentos de texto, está associada às práticas naturais de manutenção do corpo para retardar os efeitos do envelhecimento, como as atividades físicas, esportes e caminhadas; e atividades mentais como as leituras e exercícios de memória. Ilustra-se pelo trecho a seguir: "A gente percebe as limitações da idade, sempre fui uma pessoa ativa fisicamente, sempre pratiquei esporte, sempre fui de me movimentar, mentalmente eu tenho uma boa memória, são sinais que a gente vai amadurecendo e vendo mais limites na vida." (Participante 14, sexo masculino)As classes Reflexos e efeitos da idade (Classe 1) e Intervenções (Classe 4) estão associadas ao sexo feminino. A classe Reflexos e efeitos da idade que representa 31,72% do total de segmentos de textos, traz conteúdos relacionados a comportamentos apropriados para a idade, aos reflexos que os cuidados corporais podem trazer a curto e longo prazo e aos efeitos inerentes a idade no corpo e no estilo de vida. A seguir, um extrato que ilustra esse contexto: "Continuo usando meu creme Nivea desde os 9 anos de idade. Eu tentei utilizar Botox, mas foram fatores externos, era uma certa preocupação com os sessentas anos." (Participante 6, sexo feminino)

A classe Intervenções que representa 31,03% do total de segmentos de textos, está associada às práticas estéticas de rejuvenescimento invasivas e minimamente invasivas, como as intervenções cirúrgicas e aplicações de substâncias e os excessos cometidos. O trecho a seguir ilustra os conteúdos dessa classe:"Eu acho muito legal, faço aplicação de Botox de 6 em 6 meses, mas algo sutil. Cirurgia plástica já fiz também, hoje eu não faria mais porque fiz uma semana passada e ainda estou muito inchada e sofri demais. Mas faço Botox, faço progressiva no cabelo, tem que mais é fazer mesmo se for para se sentir bem e ficar feliz." (Participante 11, sexo feminino)

Os dados percentuais de cada classe apresentam que alguns aspectos das representações sociais do rejuvenescimento no discurso dos participantes (como atividades físicas e envelhecimento natural, por exemplo) possuem maior predominância de representatividade do que outros (como as vantagens e desvantagens, por exemplo).

 

 

 

Discussão

O perfil dos participantes estudados é específico. Trata-se de pessoas com alta escolaridade e renda média. As formas de pensamento que vamos caracterizar a seguir não refletem a população em geral, mas uma parcela que pode ser considerada com um bom nível sociocultural.

Além da perspectiva biológica o corpo humano é composto a partir de representações individuais e sociais. Nesse sentido, para os participantes desta pesquisa a representação social do rejuvenescimento parece associada à manutenção da funcionalidade, com destaque para a importância da realização de atividades físicas, alimentação balanceada e realização de atividades que mantenham a mente ativa. Esse aspecto é igualmente destacado no corpus 2 em que são destacadas as práticas naturais de manutenção do corpo para retardar os efeitos do envelhecimento. Tal representação parece coadunar com a ideia de envelhecimento bem sucedido, que segundo Baltes (1987) pode ser compreendido como um processo dinâmico de equilíbrio entre ganhos e perdas, por meio da manutenção da atividade funcional da pessoa que envelhece, nos seus aspectos físicos, psicológicos e sociais (Baltes, 1987). A perspectiva da funcionalidade parece igualmente destacada no estudo desenvolvido por Magnabosco-Martins et al. (2009) relativo às representações sociais do idoso e da velhice, que traz como característica principal a dicotomização entre atividade e inatividade, em que o idoso saudável seria aquele que permanece ativo, ao se atualizar e se adaptar diante de novas informações e situações diversas.

A relação entre envelhecimento bem sucedido e atividade também já havia sido destacada por Freire Jr. e Tavares (2005), que abordaram a temática das representações sociais de saúde na velhice. Segundo Freire Jr e Tavares (2005) fatores como aparência física, autonomia, estilo de vida, atividade física e bem-estar mental, estão presentes nas ideias e representações de velhice e de saúde na velhice. Assim, a manutenção da funcionalidade da pessoa que envelhece parece um aspecto significativo que compõe concomitantemente as representações sociais da velhice, da saúde na velhice e do rejuvenescimento, representando possivelmente um aspecto de resgate da saúde durante o processo de envelhecimento, uma forma de evitar as perdas associadas à doenças e inatividade.

De modo similar na classe qualidade de vida há indicações de participantes, majoritariamente do sexo masculino que relacionam o rejuvenescimento ao envelhecer bem e saudável, com a manutenção da qualidade de vida e alongamento da vida. As mulheres mais do que os homens são incentivadas a mudar sua forma corporal em conformidade com o conceito de imagem ideal (Camargo, Justo, & Jodelet, 2010). As mulheres são mais valorizadas em razão da sua jovialidade, enquanto em relação aos homens são destacados outros aspectos para ascensão social, como situação financeira e profissional (Camargo, Justo, & Jodelet, 2010). Nesse sentido, as representações sociais do rejuvenescimento, principalmente para os homens parecem associadas à saúde e longevidade, sem menção a questões estéticas que parecem apresentar maior saliência perceptiva às mulheres, possivelmente devido à uma maior pressão normativa em relação à mulher que envelhece.

Assim como a perspectiva de rejuvenescimento associado à saúde e longevidade, a concepção de "espírito jovem" surge principalmente indicada por homens que destacam a necessidade de manutenção de alguns comportamentos tipicamente juvenis, como forma de evitar a chegada da velhice. No estudo desenvolvido por Magnabosco-Martins et al. (2009) os participantes entrevistados diferenciam velho e idoso: o velho é aquele que se sente velho e o idoso é o que tem idade avançada, mas que não se sente velho.

De forma análoga em estudo de Torres (2010) é salientada pelos participantes a expressão "envelhecimento mental", na compreensão de que um pensamento de "velho" levaria ao envelhecimento. Entretanto, apesar do rejuvenescimento enquanto "estado de espírito" ser destacado nesta pesquisa principalmente por homens, em estudo de Pereira e Penalva (2014) as mulheres de 50 anos destacam a necessidade da construção de uma rede de relacionamentos que tragam a juventude de maneira indireta. Tal fato se justificaria, pois de acordo com Camargo et al. (2011) conforme aumenta a faixa etária, as mulheres diminuem o monitoramento do seu corpo em relação às normas sociais, enquanto o homem, de modo geral é menos submisso à normatização de um padrão para o corpo. Assim, desconsiderando aspectos estéticos, o rejuvenescimento diminuiria os aspectos negativos do envelhecimento por meio de um estado subjetivo relativo às condições "mentais" e de flexibilização de ideias do indivíduo que envelhece.

Dentre os entrevistados, principalmente as mulheres indicam os benefícios que as práticas de rejuvenescimento podem trazer a pele, associando o rejuvenescimento tanto à necessidade de autoestima quanto aos aspectos relativos à saúde. De modo análogo no corpus 2 principalmente os homens enfatizam as vantagens e desvantagens da utilização de recursos para rejuvenescer, apresentando como vantagens, principalmente, o bem-estar pessoal e autoestima e como desvantagens os excessos quanto ao uso dos recursos invasivos e minimamente invasivos. Assim, conforme Teixeira, Settembre e Leal (2007) e Teixeira et al. (2007) parece haver menor favorabilidade em relação aos métodos de rejuvenescimento invasivos e minimamente invasivos, pois tais métodos são caracterizados pelo excesso, que pode ocasionar riscos à saúde, incômodos pós cirúrgicos e alteração radical da aparência. Portanto, o rejuvenescimento é desejado, na condição de recurso para alcance do bem-estar e melhoria de autoestima, porém o rejuvenescimento por meio da adoção de práticas invasivas e minimamente invasivas parece indesejado, tendo em vista os riscos relacionados aos excessos.

Para a mulher, a representação do processo de envelhecimento pode apresentar mais elementos relacionados a perdas do que ganhos, tendo em vista que seus atributos físicos são aspectos importantes nas competições afetivas e profissionais (Camargo et al., 2010). Portanto, o envelhecimento pode trazer sentimentos de baixa autoestima e alguns desequilíbrios psicológicos para as mulheres, favorecendo a procura por práticas de rejuvenescimento (Teixeira et al., 2007).

Conforme Chnaiderman (2013) a velhice pode ser compreendida como uma ameaça eminente, não apenas pelas transformações físicas, mas por evidenciar a morte e a terminalidade. Esta concepção pode alterar igualmente as representações sociais do rejuvenescimento e sua significância para os indivíduos que envelhecem. Nessa perspectiva, os participantes desta pesquisa citam a religiosidade, caracterizada pela busca por Deus, como uma estratégia de enfrentamento para explicar e lidar com a terminalidade, associada ao envelhecimento, tal como em pesquisa de Araújo et al. (2005). Assim, o rejuvenescimento surge mais uma vez na condição de estratégia de enfrentamento diante das perdas decorrentes do envelhecimento, a partir do elemento religiosidade, que propõe manter o indivíduo resignado diante das adversidades da vida.

A perspectiva trazida pela percepção dos participantes em relação à chegada da velhice destaca conteúdos referentes ao processo de envelhecer e apresenta o rejuvenescimento, mais uma vez, como forma de enfrentamento dessa fase da vida. Nesse contexto, os cabelos brancos, as perdas de algumas funções corporais, a perda de interesse por certas atividades e o surgimento do interesse por outras são salientados como aspectos característicos da velhice. De modo similar, os resultados encontrados por Wachelke et al. (2008) apontam que na condição de ganhos o envelhecimento é associado à prática de novas atividades, na condição de perdas é caracterizado como um período marcado por forte enfraquecimento, desgaste.

Conforme estudos de Veiga (2012) as representações sociais da velhice estão majoritariamente ancoradas sobre o corpo que envelhece, pois de acordo com Craciun e Flick (2014) o indivíduo é reconhecido socialmente como velho, com base nos sinais físicos perceptíveis. Em relação às práticas de rejuvenescimento, majoritariamente as mulheres parecem destacar os reflexos que os cuidados corporais podem trazer a curto e longo prazo, tendo em vista os efeitos inerentes ao envelhecimento. Assim, é possível inferir, conforme destacado por Wachelke e Camargo (2007) que a relação entre as representações sociais e as práticas sociais se estabelece em regime de reciprocidade, em que uma é premissa para existência da outra. Estando, possivelmente, as práticas de rejuvenescimento relacionadas à representação social deste em uma relação de mútua influência.

No que se refere às práticas de rejuvenescimento, principalmente as mulheres entrevistadas salientam a existência de comportamentos apropriados para a idade. Em pesquisa desenvolvida por Hurd Clarke e Griffin (2007) a maioria das mulheres enfatizou a importância de manter um aspecto natural por meio de suas práticas de beleza e rejuvenescimento, para que se embelezem, mas não pareçam exageradamente mais jovens do que de fato são.

Desse modo, as representações sociais do rejuvenescimento para as mulheres, de maneira geral, estão associadas às práticas de rejuvenescimento aos benefícios físicos e psicológicos que estas podem trazer a pessoa que as realizadas, também trazendo conteúdos relacionados ao envelhecimento e suas perdas e ganhos. Já os homens associam as práticas de rejuvenescimento como maneiras de se atingir qualidade de vida possivelmente através da manutenção de comportamentos entendidos socialmente como juvenis, e menos relacionado com os procedimentos estéticos.

Sobre a possibilidade do uso de práticas de rejuvenescimento, as mulheres parecem destacar, principalmente, práticas invasivas e minimamente invasivas enfatizando os reflexos dos cuidados com o corpo e sobre os efeitos inerentes a idade no corpo e no estilo de vida. Enquanto os homens, de forma geral, associam as práticas de rejuvenescimento a hábitos mais naturais como as atividades físicas e leituras. Os conteúdos relativos às atividades físicas e exercícios mentais para o retardo dos sinais de envelhecimento permeiam ambos os sexos e aparecem de maneira significativa em ambos os corpus, demonstrando uma possível popularização dessas práticas interligadas com a saúde. Pesquisas de representações sociais relacionadas ao envelhecimento mostram que uma das maiores perdas acometidas pelo envelhecimento é o declínio da saúde (Torres, 2010; Veloz, Nascimento-Schulze, & Camargo, 1999), dessa forma, a centralidade de práticas saudáveis na fala dos participantes dessa pesquisa pode ser sustentada por um aspecto do enfrentamento dessas perdas.

 

Considerações finais

Essa pesquisa indicou que as mulheres pensam rejuvenescimento enquanto práticas invasivas e minimamente invasivas, cuidados com o corpo, e minimização de efeitos da idade no corpo e no estilo de vida; compreendendo-as como benefícios físicos e psicológicos, e determinantes na relação entre perdas e ganhos do envelhecimento. Já os homens o associam as atividades físicas e leituras, e as vantagens e desvantagens no uso de recursos rejuvenescedores, associando as práticas de rejuvenescimento como maneiras de se atingir qualidade de vida possivelmente através da manutenção de comportamentos entendidos socialmente como juvenis; focalizando as práticas mais na qualidade de vida e menos nos procedimentos estéticos.

Os conteúdos relativos às atividades físicas e exercícios mentais para o retardo dos sinais de envelhecimento permeiam ambos os sexos e aparecem de maneira significativa, indicando uma popularização dessas enquanto saudáveis. Dada a relação entre os elementos saúde e estética, saúde e autoestima em que a saúde constitui-se como elemento normativo preponderante, torna-se importante a investigação de possível zona muda na representação social do rejuvenescimento relacionada à estética, pois de acordo com Abric (2005) o fenômeno de desejabilidade social e o contexto grupal podem propiciar a omissão de determinadas representações.

Esse estudo, ao descrever as representações sociais das práticas de rejuvenescimento, contribui para o avanço do conhecimento na área, uma vez que esse objeto apresenta grande relevância social em um país com acelerado processo de envelhecimento populacional como o Brasil. Em contrapartida, as entrevistas foram realizadas em um público muito específico de participantes (classe média-alta, alta escolaridade, residentes do estado de Santa Catarina) o que se mostrou uma limitação ao estudo, ficando como sugestão a realização de estudos mais abrangentes sobre essa temática.

 

Referências

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Recebido em 12/11/2015
Aceito em 05/05/2016

Endereço para correspondência:
Bruna Berri
Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas.
Departamento de Psicologia. Campus Universitário Trindade. Bloco C - 2º piso.
CEP: 88.040-900 - Florianópolis - SC
Telefone: (48) 3721-9067
E-mail: brunaberri@hotmail.com

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