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Psicologia em Pesquisa

versão On-line ISSN 1982-1247

Psicol. pesq. vol.10 no.2 Juiz de Fora dez. 2016

http://dx.doi.org/10.24879/201600100020062 

ARTIGO ORIGINAL
10.24879/201600100020062

 

Verificação empírica da consistência fatorial do inventário de bem-estar subjetivo munsh em jovens brasileiros

 

Empirical verification of factorial consistency of subjective well-being questionnaire munsh in brazilian teenagers

 

 

Maria de Fatima de Matos MaiaI; José Jacinto Branco Vasconcelos RaposoII; Nilton Soares FormigaIII; Thatiana Maia TolentinoIV; Gislane Ferreira de MeloV

IUniversidade Estadual de Montes Claros - Unimontes; Grupo Integrado de Pesquisa em Psicologia do Esporte, Exercício e Saúde, Saúde Ocupacional e Mídia - GIPESOM.

IIUniversidade Trás os Montes e Alto Douro - UTAD; Grupo Integrado de Pesquisa em Psicologia do Esporte, Exercício e Saúde, Saúde Ocupacional e Mídia - GIPESOM.

IIIDoutor em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba. Atualmente é professor na Faculdade Internacional da Paraíba/Laureate International Universities.

IVFaculdades Santo Agostinho-Sete Lagoas; Grupo Integrado de Pesquisa em Psicologia do Esporte, Exercício e Saúde, Saúde Ocupacional e Mídia - GIPESOM.

VUniversidade Católica de Brasília - UCB. Brasília, Distrito Federal - Brasil.

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este estudo se tratou de validação fatorial do Memorial University of Newfoundland Scale of Happiness (MUNSH) para adolescentes brasileiros. Participaram 1864 adolescentes de 12 a 20 anos, residentes no norte de Minas Gerais, Brasil. Foi realizada uma análise fatorial confirmatória visando a avaliar a estrutura fatorial da escala de bem-estar subjetivo para os jovens no contexto brasileiro. Os indicadores psicométricos se revelaram próximos aos exigidos pela literatura sobre modelagem estrutural, garantindo a confirmação do construto avaliado. Os resultados apresentados pelo modelo fatorial proposto evidenciaram uma excelente robustez da estrutura tetrafatorial, a qual, organizou-se em quatro fatores: Afeto Positivo, Afeto Negativo, Experiências Negativas e Experiências Positivas. Organização esta, previamente esperada. Considerando a evidência de validade fatorial e consistência interna da escala, sugere o seu emprego no contexto brasileiro para pesquisas com jovens relacionado ao bem-estar subjetivo.

Palavras chave: Adolescentes; Análise fatorial confirmatória; Bem-estar subjetivo.


ABSTRACT

This study sought to factorial validation of the Memorial University of Newfoundland Scale of Happiness for Brazilian adolescents. Participated in 1,864 adolescents aged 12 to 20 years, residents in northern of Minas Gerais, Brazil. The research was approved by the Ethics Committee. A confirmatory factor analysis in order to evaluate the structure of subjective well-being scale for youth was held in the Brazilian context. Psychometric indicators proved near to those required by the literature on structural modeling, ensuring confirmation of the assessed construct. The results presented by the proposed factorial model showed an excellent structural strength to the scales, which can be noted that the four-factor structure was proven. Considering the evidence of factorial validity and internal consistency of the scale, its use justified in the Brazilian context for research on the antecedent and consequent variables of psychological dynamics on the subjective well-being in the areas of education, labor, social assistance, physical education and others.

Keywords: Teenagers; Confirmatory factor analysis; Subjective well-being.


 

 

Introdução

O conceito de bem-estar subjetivo representa um somatório das qualidades que tipificam a vida de qualquer indivíduo na sociedade (Andrews & Robinson, 1991). Ao longo das décadas, a pesquisa tem evidenciado uma relação forte entre bem-estar, felicidade e satisfação com a vida. De acordo com Albuquerque e Tróccoli (2004), os estudos sobre este tema originou-se na psicologia positiva, tendo como objetivo avaliar a ação dos indivíduos sobre a sua vida com base em construtos sobre satisfação, felicidade e a intensidade e frequência emocional.

A pesquisa científica sobre bem-estar apresenta-se extensa, mas ao mesmo tempo conceitualmente difusa. A maioria dos estudos nessa área do saber tem-se centrado nos seguintes domínios científicos: saúde mental, qualidade de vida e gerontologia social. No que se refere à difusão conceitual, nas primeiras décadas de pesquisa se assistiu a uma dispersão de termos que na prática queriam se referir aproximadamente ao mesmo. Foram utilizados termos como felicidade, satisfação com a vida, afetos positivos e negativos, bem-estar, bem-estar subjetivo, entre outros. Com o passar dos anos alguns se fundiram e outros instrumentos autonomizaram-se (Kozma, Stones & Mcneil, 1991; Silva, 2011).

O desenvolvimento conceitual e teórico, repercutiu na produção científica, primordialmente, nos países anglo-saxônicos. Nos países ibero-americanos, o crescimento nesse domínio científico foi mais lento e a literatura produzida tendeu a emergir da utilização de instrumentos psicométricos indevidamente validados para as populações em estudo.

Os estudos relacionados com o bem-estar subjetivo se tipificam por serem realizados com medidas de autorrelato (Diener, 1984; Lucas, Diener & Sue, 1996), evoluindo depois para escalas intervalares como a lighted-terrible scale criada por Andrews e Withey (1976), que era composta por uma escala de resposta tipo Likert de sete pontos. Estas escalas foram desenvolvidas para públicos de várias idades. Num primeiro momento, a maioria dos instrumentos foi desenvolvida especificamente para amostras geriátricas, inviabilizando o seu uso com populações mais jovens (Andrews & Robinson, 1991; Diener, 1984).

Entre os instrumentos mais utilizados para uso em amostras de adultos jovens e de meia-idade destacam-se; affect balance scale (Bradburn, 1969); general well-being schedule (Fazio, 1977); affectometer 2 (Kammann & Flett, 1983). Porém, dentre os instrumentos mais utilizados para medir o bem-estar subjetivo em pesquisas com adultos podem ser destacados: a escala de satisfação de vida de Diener, Emmons, Larsen e Griffin (1985), a qual foi desenvolvida para avaliar a satisfação de vida global em adultos e jovens, assim como em pessoas da terceira idade. Os dados normatizados dessa escala estão disponíveis para as mais diversas populações, incluindo adultos de terceira-idade, pessoas portadoras de necessidade especiais, estudantes universitários e populações das mais diversas culturas. Tais condições tornou a escala, quanto ao seu uso, de domínio público, bem como suas instruções.

Outra escala que pode ser destacada é a escala PANAS (Positive and Negative Affect Schedule) de Watson, Clark e Tellegen (1988), que avalia o afeto positivo e negativo. Cada escala é composta por dez itens, que são termos descritores de estados de humor. Segundo os autores, os resultados encontrados sobre a estabilidade das medidas de afeto positivo e negativo são muito consistentes, sugerindo que essas podem ser utilizadas como medidas de traço de afeto. Os testes de validade concorrente demonstraram que a escala pode ser usada de forma confiável como indicadora de stress e substituta de medidas psicopatológicas como a de depressão e de ansiedade.

Para avaliar o bem-estar sub­jetivo, foi desenvolvida por Lawrence e Liang (1988) uma escala composta por 15 itens relativos a quatro subdimensões e que recebeu a designação de Subjective Well-Being Scale - SWBS e que avalia quatro construtos, nomeadamente a satisfação de vida, felicidade, afeto positivo e afeto negativo. Outros métodos existentes para avaliar o bem-estar subjetivo podem ser destacados como: os escores de descritores qualitativos da vida das pessoas; a medição das reações a estímulos emocionais ambíguos e os registros de lembranças de eventos bons e ruins das pessoas; frequência de sorrisos; a habilidade de lembrar eventos positivos ou negativos de suas vidas; relatos de familiares e/ou amigos sobre os níveis de satisfação e felicidade da pessoa (Diener & Diener, 1996); os níveis de cortisol salivar; as medidas eletrofisiológicas, obtidas através de eletroencefalografias, que também podem ser utilizadas para indicar níveis de bem-estar e mal-estar de acordo com Kahneman, Diener e Schwarz (1999); as reações emocionais, medidas fisiológicas e lembranças segundo Diener, Suh, Lucas e Smith (1999) são também necessárias para uma ampla e completa avaliação de bem-estar subjetivo.

A primeira escala de satisfação de vida infantil desenvolvida foi a escala de satisfação de vida percebida de Adelman, Taylor e Nelson (1989). Essa escala foi considerada confusa e com limitações técnicas que indicariam seu uso com ressalvas (Huebner & Dew, 1993). No entanto, existe discordância quanto ao seu uso, pois diferentemente da opinião colocada pelos autores acima Novo (2003) afirma que a escala é apontada como mais indicada para o uso com adolescentes. A escala de satisfação de vida de estudantes de Huebner (1991) é indicada para o uso com crianças a partir de oito anos, baseada no trabalho de Diener et al. (1985). Esta escala, quando aplicada em amostras norte-americanas, apresenta características psicométricas adequadas (Huebner, 1991; Huebner, 1994; Huebner & Dew, 1993). É importante ressaltar que a escala de satisfação de vida multidimensional de Huebner (1994) é uma escala de autorrelato de 40 itens, que foi desenvolvida para avaliar crianças entre os sete e os dez anos de idade.

Embora existam escalas que avaliam o bem-estar subjetivo de forma fidedigna, Kozma e Stones (1980) desenvolveram uma nova escala para mensurar a felicidade em pessoas mais velhas, combinando as melhores características de outras escalas existentes na época. Assim, a "Memorial University of Newfoundland Scale of Happiness - MUNSH" analisa a questão das medidas na área de saúde mental ou bem-estar subjetivo. A escala consiste em 10 afetos (5 afetos positivos e 5 afetos negativo) e 14 experiências (7 experiências positivas e 7 experiências negativas). Esta escala destaca-se da outras uma vez que de forma clara assume o bem-estar psicológico como uma atitude e, nessa qualidade, deve ser avaliado tanto na sua dimensão afetiva como cognitiva.

Apesar dos múltiplos instrumentos psicométricos apresentados, verificou-se através de consulta nos sites de busca com as palavras-chave "adolescentes", "bem-estar", "escala", "medida" e "adolescência" (Scielo, 2012; Indexpsi, 2012) que, para avaliar o bem-estar subjetivo, especificamente em adolescentes, as escalas são praticamente inexistentes no contexto brasileiro, não somente quanto à medida empírica, mas também quanto ao construto teórico abordado.

O fato é que, apesar da escala "Memorial University of Newfoundland Scale of Happiness - MUNSH", de Kozma e Stones (1980), ser projetada para adultos mais velhos, ela vai mais além, analisa a questão das medidas na área de saúde mental ou bem-estar subjetivo que, teoricamente, se considera de grande importância para avaliar a saúde mental em populações adolescentes. Outro motivo da escolha, mas não menos importante, deve-se ao fato de que os autores assumem que o único modo para provocar uma mudança no bem-estar é através da modificação das características das causas do impedimento deste fator, o que pode ajudar no entendimento do comportamento adolescente (Kozma, Stones & McNeil 1991).

O estudo do bem-estar subjetivo em adolescentes demanda novos instrumentos de avaliação que possam favorecer a compreensão de como os fatores biopsicossociais e culturais interferem na construção de um indivíduo satisfeito com a sua vida e consigo próprio. Ressalta-se que nesse estudo não há a intenção de se criticar ou não as escalas existentes. Nesse sentido, podem vir a subsidiar elementos esclarecedores sobre a complexa rede de fatores que compõem a felicidade e o bem-estar, bem como, eventualmente, estimular estratégias técnicas que favoreçam a prevenção de problemas de saúde em indivíduos adolescentes no contexto sociocultural contemporâneo.

Partindo do estudo original de Kozma e Stones (1980) e apesar da garantia e consistência da mensuração desse construto em outros países, para não deixar dúvidas, esses autores procuraram responder ao seguinte questionamento: quantos fatores são adequados para mensurar o construto do bem-estar subjetivo? A partir de uma análise fatorial confirmatória, a estrutura foi comparada a um, dois e quatro fatores, esta última tomando como base teórica e empírica a proposta da medida desenvolvida por Kozma e Stones (1980). Diante do que foi exposto sobre a MUNSH, procurou-se responder tanto à qualidade dos indicadores psicométricos para tal medida e se esta diferencia estruturalmente a partir da idade quanto ao conhecimento dos aspectos comuns dessa medida em reunir evidências da validade e precisão para avaliação e consolidação da teoria e mensuração da MUNSH.

Considerando que a MUNSH apresenta garantia de consistência interna na mensuração do bem-estar subjetivo observado pelos seus autores supracitados (Kozma & Stones, 1980; Kozma, Stones & McNeil 1991); porém, ao considerar apenas o tipo de análise que eles realizaram, aponta-se em direção de um inconveniente: a análise fatorial clássica baseia-se estritamente nos dados obtidos, não considerando um modelo teórico fixo que oriente a extração das dimensões latentes e muito menos têm o poder de apresentar qualquer indicação sobre a maldade de ajuste do modelo. O presente estudo visa confirmar a estrutura fatorial proposta pelos autores e para o efeito recorre à utilização da modelagem de equação estrutural (MEE) que têm a clara vantagem de levar em conta a teoria para definir os itens pertencentes a cada fator, bem como apresentar indicadores de maldade de ajuste que permitem decidir objetivamente sobre a validade de construto da medida analisada.

O que de fato o que a MEE pretende é: 1- estimativa da magnitude dos efeitos estabelecida entre variáveis, sendo que estas estão condicionadas no fato de o modelo especificado (isto é, o diagrama) estar correto; e 2 - testar se o modelo é consistente com os dados observados a partir dos indicadores estatísticos, podendo dizer que o modelo e dados obtidos são plausíveis, embora não se possa afirmar que ele é correto. O modelo final obtido atende simultaneamente ao grau de certeza e à estrutura fatorial proposta, assim como também leva em consideração a probabilidade da relação sistemática entre as variáveis.

Um dos principais objetivos das técnicas multivariadas - neste caso, considera-se a MEE - é expandir a habilidade exploratória do pesquisador e a eficiência estatística e teórica no momento em que se quer provar a hipótese levantada no estudo com um construto psicológico. Apesar das técnicas estatísticas tradicionais compartilharem limitações, nas quais é possível examinar somente uma relação entre as variáveis, é de suma importância para o pesquisador o fato de apresentar relações simultâneas, afinal, em alguns modelos existem variáveis que são independentes em algumas relações e dependentes em outras.

A fim de suprir essa necessidade, a MEE examina uma série de relações de dependência simultâneas, esse método é particularmente útil quando uma variável dependente se torna independente em relações subsequentes de dependência (Hair, Anderson, Tatham, & Black, 2009). Com isso, o objetivo do presente estudo é avaliar de forma mais robusta a estrutura fatorial da escala MUNSH, elaborada por Kozma e Stones (1980), em diferentes amostras etárias de 12 a 20 anos, a partir de uma Análise Fatorial Confirmatória (AFC), recorrendo à Modelação de Equações Estruturais (MEE).

Para isso, toma-se como referência o estudo e a análise exploratória realizada por Kozma e Stones (1980), suas sugestões metodológicas e avaliação do construto quanto à fatorialização dos conglomerados itens-fator da escala em questão. Sendo assim, espera-se que seja encontrada uma estrutura semelhante à que esses autores observaram na análise exploratória, porém oferecendo melhores indicadores psicométricos e consistência estrutural do construto analisado para o contexto amostral em diferentes faixas etárias.

 

Método

 

Participantes

Pesquisa composta por 1864 sujeitos, sendo 49% do sexo masculino e 51% do sexo feminino, de 12 a 20 anos (Média=15.70; DP=2.46). Os sujeitos foram distribuídos nos níveis fundamental, médio e universitário, de instituições públicas na cidade de Montes Claros-MG. Tomou-se como critério de inclusão no estudo o sujeito que estivesse devidamente matriculado no seu respectivo nível acadêmico, respondesse corretamente aos itens do instrumento da pesquisa (não ter questões em branco ou com respostas duplamente marcadas, etc.) e não ter idade superior a 20 e inferior a 12. Assim, a amostra foi não-probabilística, pois considerou-se a pessoa que, consultada, dispusera-se a colaborar, respondendo ao questionário que foi apresentado.

 

Instrumentos

Escala de Bem-estar Subjetivo ("Memorial University of Newfoundland Scale of Happiness - MUNSH"): trata-se de um instrumento desenvolvido por Kozma e Stones, (1980), o qual é composto por 24 questões respondidas em uma escala do tipo Likert, com 5 pontos, caracterizado por um continuum que varia do desacordo total à concordância total.

A escala divide-se em quatro fatores: Afetos Positivos - AP (por exemplo, Sinto-me completamente realizado (a), Sinto-me com boa disposição, etc.), Afetos Negativos - AN (por exemplo, Sinto-me aborrecido (a), Sinto-me muito solitário (a) ou afastado das outras pessoas, etc.), Experiências Positivas - EP (por exemplo, Eu estou exatamente tão feliz agora como nos tempos da minha juventude, As coisas que eu faço agora são tão interessantes como na infância, etc.), Experiências Negativas - EN (por exemplo, Este é o maior momento de tristeza da minha vida, A grande maioria das coisas que faço são chatas e monótonas, etc.), podendo encontrar uma pontuação total de bem-estar. O referido instrumento analisa a questão das medidas na área de saúde mental ou bem-estar subjetivo de acordo com Kosma e Stones (1980), que são importantes para serem investigados na população adolescente.

Além do MUNSH, os sujeitos responderam também alguns dados sócio-demográficos, por exemplo: idade e sexo.

 

Procedimentos

Todos os procedimentos adotados nesta pesquisa seguiram as orientações previstas na Resolução do CNS Nº 466 de 12 de dezembro de 2012 e na Resolução 016/2000 do Conselho Federal de Psicologia (CNS, 2012). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Unimontes Parecer Consubstanciado Nº 528 de 15/12/2006.

 

Administração

Colaboradores treinados especificamente para a administração e aplicação do instrumento de pesquisa foram responsabilizados pela coleta dos dados e apresentaram-se nas diretorias das instituições e posteriormente aos professores responsáveis pelas disciplinas no momento da aplicação.

O responsável pela aplicação apresentou-se como interessado em conhecer as opiniões e os comportamentos dos alunos sobre as situações descritas nos instrumentos. Solicitou-se a colaboração voluntária dos jovens no sentido de responderem a um breve questionário. Após ficarem cientes das condições de participação na pesquisa, assinaram um termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foi-lhes dito que não havia resposta certa ou errada. A todos foi assegurado o anonimato das suas respostas informando que estas seriam tratadas em seu conjunto.

Apesar de o instrumento ser do tipo autorrelato, contando com as instruções necessárias para que possam ser respondidos, os colaboradores na aplicação estiveram presentes durante o período de preenchimento para poderem tirar eventuais dúvidas ou realizar esclarecimentos que se fizessem indispensáveis. Um tempo médio de 30 minutos foi o suficiente para concluir essa atividade.

 

Análise dos dados

Quanto à análise dos dados, tomando como base o estudo de Kozma e Stones (1980), realizou-se uma análise fatorial confirmatória, com o objetivo de avaliar o modelo multidimensional, previamente encontrado por esses autores; e os indicadores psicométricos da sua estrutura fatorial proposta.

Considerou-se como entrada a matriz de covariâncias, tendo sido adotado o estimador ML (Maximum Likelihood). Sendo um tipo de análise estatística mais criteriosa e rigorosa, testou-se a estrutura teórica que se propõe neste estudo, isto é, a estrutura com quatro fatores. Essa análise apresenta alguns índices que permitem avaliar a qualidade de ajuste do modelo proposto (Bilich, Silva, & Ramos, 2006; Byrne, 1989; Hair et al., 2005; Tabachnick & Fidell, 1996; Van De Vijver & Leung, 1997). A seguir serão apresentados esses indicadores:

  • O χ² (qui-quadrado) testa a probabilidade do modelo teórico se ajustar aos dados: quanto maior o valor do χ² pior o ajustamento. Entretanto, ele tem sido pouco empregado na literatura, sendo mais comum considerar sua razão em relação aos graus de liberdade (χ²/g.l.). Neste caso, valores até três indicam um ajustamento adequado.
  • Raiz Quadrada Média Residual (RMR), que indica o ajustamento do modelo teórico aos dados, na medida em que a diferença entre os dois se aproxima de zero (Joreskög & Sörbom, 1989).
  • O Goodness-of-Fit Index (GFI) e o Adjusted Goodness-of-Fit Index (AGFI) são análogos ao R² na regressão múltipla e, portanto, indicam a proporção de variância-covariância nos dados explicada pelo modelo. Os valores desses indicadores variam de 0 a 1, sendo que os valores na casa dos 0,80 e 0,90, ou superiores, indicam um ajustamento satisfatório (Hair et al., 2005; Bilich et al., 2006).
  • A Root-Mean-Square Error of Approximation (RMSEA), com seu intervalo de confiança de 90% (IC90%), é considerado um indicador de "maldade" de ajuste, isto é, valores altos indicam um modelo não ajustado. Assume-se como ideal que o RMSEA se situe entre 0,05 e 0,08, aceitando-se valores até 0,10 (Garson, 2003).
  • O Comparative Fit Index (CFI) compara de forma geral o modelo estimado ao modelo nulo, considerando valores mais próximos de um como indicadores de ajustamento satisfatório (Hair et al., 2005; Bilich et al., 2006).
  • Tucker-Lewis Index (TLI) apresenta uma medida de parcimônia entre os índices do modelo proposto e do modelo nulo. Varia de zero a um, com índice aceitável acima de 0,90 (Bilich et al., 2006).
  • O Expected Cross-Validation Index (ECVI) e o Consistent Akaike Information Criterion (CAIC) são indicadores geralmente empregados para avaliar a adequação de um modelo determinado em relação a outro. Valores baixos do ECVI e CAIC expressam o modelo com melhor ajuste (Hair, et al., 2005; Bilich et al., 2006).

 

Resultados

A fim de atender ao objetivo principal do presente estudo, empregou-se o pacote estatístico AMOS 21.0 para efetuar uma análise fatorial confirmatória. Verificou-se, assim, o modelo teórico proposto por Kozma e Stones (1980), visando a avaliar a estrutura da escala de bem-estar subjetivo (MUNSH) para os sujeitos de 12 a 20 anos no contexto brasileiro. A fim de comparar a adequabilidade e qualidade do modelo hipotetizado, geraram-se dois modelos considerando a seguinte estrutura fatorial: (a) modelo multifatorial, com quatro fatores, de acordo com a concepção de Kozma e Stones (1980); e (b) modelo unifatorial, visando comparação dada estrutura fatorial, onde neste reúne-se todos os itens em um único fator.

Para comprovar a estrutura proposta, optou-se por deixar livres as covariâncias (phi, φ) entre os fatores, revelando que os indicadores de qualidade de ajuste para cada modelo se mostraram próximos às recomendações apresentadas na literatura (Byrne, 1989; Tabachnick & Fidell, 1996; Van De Vijver & Leung, 1997). De acordo com os resultados obtidos nas análises, o modelo multifatorial (isto é, tetrafatorial) proposto e já observado pelos autores supracitados (ver Kozma & Stones, 1980) apresentou indicadores estatísticos que justificam a sua consistência estrutural, independente do grupo de idade especificado por cada amostra. Esses indicadores revelaram-se próximos aos exigidos pela literatura estatística sobre modelagem estrutural, garantindo com isso a confirmação do construto avaliado e corroborando tanto a adequabilidade do inventário para o contexto amostral quanto a sua consistência etária (ver Tabela 1). Além dos indicadores exigidos para que o modelo hipotetizado fosse aceito, chama-se a atenção para o resultado do CFI e TLI, pois eles sugerem, considerando os achados neste estudo, que o modelo estimado é consistente e parcimonioso. Ao comparar todos os indicadores na especificidade das amostras, é destaque a pouca variação na diferença dos indicadores para o modelo multifatorial os quais estiveram dentro do intervalo exigido, condição esta que garante o modelo estrutural que Kozma e Stones (1980) propuseram.

Mesmo com todas as saturações (Lambdas, λ) dentro do intervalo esperado |0 - 1|, o que denota não haver problemas de estimação proposta, elas foram estatisticamente diferentes de zero (t > 1,96, p < 0,05). Tais resultados corroboram que a estrutura psicométrica composta por quatro fatores [Afeto Positivo (AP), Afeto Negativo (NA), Experiências Negativa (EN) e Experiências Positivas (EP)], as quais avaliam o bem-estar subjetivo, é consistente e confiável. Esses fatores, por sua vez, em todas as amostras, apresentaram lambdas (l) associativos positivos entre AP e EP (0.80) e EN e AN (0.86) e negativos entre AP, AN e EN (respectivamente -0.55 e -0.55) e AN com EP (-0.49) e este com EN (-0.54). Vale destacar que os alfas de Cronbach variaram de 0,74 a 0,81.

Considerando os valores dos lambdas associados entre os fatores, salienta-se a existência de uma associação positiva entre as variáveis positivas do bem-estar subjetivo (por exemplo, o afeto positivo e a experiência positiva), bem como entre as variáveis negativas do bem-estar, isto é, o afeto negativo e a experiência negativa, mas observou-se que, entre as variáveis positivas e negativas dos afetos e experiências, estas se associaram negativamente. Tal condição permite refletir que na vivência (afeto e/ou experiência) do sujeito por um bem-estar positivo, provavelmente este afastaria afeto e experiência negativa do bem-estar subjetivo. Um detalhe que é destaque nesses resultados é que, na vivência dessas variáveis positivas contra as negativas do bem-estar, independe da variação etária, seja na amostra total seja na especificidade desta com base no grupo de idade, as associações entre os fatores do bem-estar subjetivo seguiram semelhante direção associativa.

Tendo como objetivo principal do estudo avaliar tanto a consistência interna quanto, a partir do modelo de equação estrutural, a adequabilidade da estrutura da escala bem-estar subjetivo proposta por Kozma e Stones (1980), esta revelou segurança estatística quanto à mensuração do construto em uma amostra de jovens brasileiros, seja na amostra geral seja nas amostras por distribuição etária.

Os diversos critérios psicométricos empregados e comumente tidos em conta para provar o modelo proposto (exemplos: χ2/gl, RMR, GFI, AGFI, CFI, TLI, RMSEA, CAIC e ECVI) foram satisfatórios e estiveram dentro dos intervalos que têm sido considerados como aceitáveis na literatura vigente (Byrne, 1989; Garson, 2003; Van De Vijver & Leung, 1997). Considerando esses indicadores, justifica-se a estrutura fatorial proposta por Kozma e Stones (1980).

 

 

Discussão

A partir dos resultados obtidos na análise, pode-se destacar que a estrutura tetrafatorial da Escala de Bem-Estar Subjetivo foi comprovada de forma consistente. Nesse sentido, assume-se o modelo defendido por Kozma e Stones (1980) como o mais adequado neste estudo para representar o que Diener, Oishi e Lucas (2003) designam como bem-estar subjetivo, que seria a felicidade, o prazer ou a satisfação com a vida, sobretudo porque se refere a como as pessoas se sentem e a como avaliam suas vidas. Ainda é destaque o quanto ao se investir nos afetos e experiências positivas elas, por se associarem negativamente aos afetos e experiências negativas (ver Tabela 2), provavelmente inibiria as dimensões negativas do bem-estar subjetivo, já que é possível que essas dimensões possam causar problemas de comportamento nos jovens (Bilsky, Pfeiffer & Wetzels, 1993; Bilsky, 1999; Silva, 2011).

Contemplando um conceito mais amplo, apesar de ser uma publicação da década de 80, Glatzer (1987) considera que a felicidade seria concebida como um estado emocional produzido por eventos positivos e negativos, bem como pelas experiências de vida de uma pessoa. Esta, por sua vez, mensuram fatores categorizados (exemplos: Afeto Positivo, Afeto Negativo, Experiência Positiva e Experiência Negativa), condição que sustenta, em termos do construto psicológico abordado, a mensuração do bem-estar como uma variável mais completa. Os diversos critérios empregados para definição do número de fatores a serem extraídos reforçam a solução tetrafatorial, isto é, o modelo com quatro fatores, o qual se esperava teórica e empiricamente.

Considerando a evidência de validade da estrutura fatorial e consistência interna da escala avaliada, justifica-se seu emprego no contexto brasileiro para pesquisas acerca de variáveis antecedentes e conseqüentes da dinâmica psicológica quanto ao bem-estar subjetivo nas áreas da educação, trabalho, assistência social, educação física, etc. Ao avaliar o MUNSH em adolescentes, deve-se considerar que cada indivíduo avalia sua própria vida e vivencia os acontecimentos aplicando concepções subjetivas, as quais envolvem traços, expectativas, crenças, valores, emoções e experiências prévias. Essa autoavaliação engloba pensamentos e sentimentos sobre a existência individual em cada fase do desenvolvimento do sujeito (Diener & Lucas, 2000).

 

 

Considerações finais

A comprovação da organização dos itens em seus respectivos fatores e a consistência interna de cada um deles oferecem uma base teórica e empírica para avaliar a amplitude do construto apresentado, o qual foi confiável e torna-se capaz de predizer consequências futuras na dinâmica dos jovens na sociedade contemporânea. Seja considerando a amostra total ou em suas especificidades etárias, os indicadores psicométricos revelaram condição que corroboram a sua medida em jovens.

Apesar da confiabilidade desses resultados com base nos indicadores psicométricos, um limite neste estudo merece ser destacado: seria de extrema importância conhecer os aspectos que podem ser comuns a todas as culturas e aqueles que são específicos, contribuindo para consolidar um marco teórico do bem-estar subjetivo; não menos útil, reunir evidências adicionais de sua validade e precisão intra, inter e pan-culturais, por exemplo, validade de critério ou convergente em relação a construtos correlatos, bem como conhecer sua estabilidade temporal (teste-reteste), comparando com os resultados que podem ser indicados por outros autores (Muenjohn & Armstrong, 2007; Triandis et al., 1993; Triandis, 1995; Van De Vijver & Leung, 1997); a replicabilidade do inventário, considerando tanto amostras maiores e mais diversificadas quanto às características dos participantes, incluindo também jovens adultos, meia-idade e terceira idade de diferentes contextos socioculturais e econômicos, bem como, avaliar de forma comparativa, uma proposta bifatorial como modelo alternativo, pois, de acordo com os autores supracitados, o bem-estar subjetivo tem um fator de segunda ordem, por exemplo, o afeto e a experiência, as quais, geram os fatores positivos e negativos. Um outro estudo, com o objetivo de avaliar esse construto de forma mais consistente, poderia ser realizado considerando a dinâmica interna da família, isso seria importante para avaliar o processo socializador do bem-estar nesse grupo.

 

Referências

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Recebido em 04/02/2015
Aceito em 30/07/2015

Endereço para correspondência:
Maria de Fatima de Matos Maia
Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
Grupo Integrado de Pesquisa em Psicologia do Esporte, Exercício e Saúde, Saúde Ocupacional e Mídia - GIPESOM
Montes Claros, Minas Gerais - Brasil
E-mail: mfatimaia@yahoo.com.br

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