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Contextos Clínicos

versão impressa ISSN 1983-3482

Contextos Clínic vol.6 no.2 São Leopoldo dez. 2013

http://dx.doi.org/10.4013/ctc.2013.62.02 

ARTIGOS

 

Eficácia adaptativa: produção científica brasileira (2002/2012)1

 

Adaptive efficacy: the brazilian scientific production (2002/2012)

 

 

Márcia Calixto dos SantosI; Giovanna Corte HondaI; Tales Vilela SanteiroII; Elisa Medici Pizão YoshidaIII

IPontifícia Universidade Católica de Campinas. Av. John Boyd Dunlop, s/n, 13060-904, Campinas, SP, Brasil. marciacalixto@uol.com.br, giovanna.ch1@puccampinas.edu.br
IIUniversidade Federal de Goiás. Rua Riachuelo, 1530, 75804-020, Jataí, GO, Brasil. talessanteiro@hotmail.com
IIIPontifícia Universidade Católica de Campinas. Av. John Boyd Dunlop, s/n, 13060-904, Campinas, SP, Brasil. eyoshida@puc-campinas.edu.br

 

 


RESUMO

O estudo investigou características formais e qualitativas da produção científica sobre eficácia adaptativa, conceito que se refere aos recursos apresentados pela pessoa para enfrentar adversidades da vida. A busca de documentos foi feita por meio dos seguintes critérios: (i) temporal: 2002/2012; (ii) bases de dados eletrônicas de acesso aberto: SciELO, PePsic, Index Psi e IBICT; e (iii) unitermos: eficácia adaptativa, escala diagnóstica adaptativa operacionalizada e EDAO. A amostra foi constituída por 54 resumos de produções. Houve maior número de publicações no período de 2007-2011, predomínio de estudos empíricos e temáticas distintas, como: adoecimentos diversos, tratamentos psicoterápicos, educação, trabalho, entre outros. A discussão apontou as aplicações e a utilidade do conceito na pesquisa e na prática psicológica, principalmente no psicodiagnóstico e no tratamento psicoterápico de pacientes com diferentes patologias. Limitações do estudo foram apontadas. Sugere-se o desenvolvimento de pesquisas que incluam outras categorias de análise e outras bases de dados.

Palavras-chave: escala diagnóstica adaptativa operacionalizada, avaliação psicológica, pesquisa científica.


ABSTRACT

The study investigated formal and qualitative characteristics of the scientific production on adaptive efficacy, a concept that refers to the individual's adaptive resources to face life's adversities. The documental search was based on the following criteria: (i) temporal: 2002/2012, (ii) electronic databases: SciELO, Pepsic, Index Psi and IBICT and (iii) keywords: adaptive efficacy, operationalized diagnostic adaptive scale, EDAO. The sample consisted of 54 abstracts. The results suggested that publication on the theme was quantitatively higher between 2007-2011. There was a predominance of empirical studies on diffeerent issues, such as diffeerent illnesses, psychotherapeutic treatment, issues on education and work. The discussion pointed out the applications and the utility of the concept on the research as well as on practical psychology and highlighted its relevance to the psychological diagnosis and to the treatment of patients suffeering from diffe erent pathologies. Some limitations of the study were identified. Research studies that include other categories of analysis and other databases are suggested.

Key words: adaptative operational diagnostic scale, psychological assessment, scientific research.


 

 

Desde o final dos anos 80, quando a teoria da adaptação, juntamente com a proposta da Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionali-zada/EDAO, foi apresentada no livro Psicologia Clínica Preventiva: novos fundamentos (Simon, 1989), vários artigos (por exemplo: Corrêa et al., 2007; Gandini, 1995; Gebara e Simon, 2008; Gebara et al., 2004), capítulos (Simon, 2005; Yoshida et al., 2010; Yoshida e Rocha, 2007; Yoshida e Enéas, 2004), dissertações de mestrado (Nobrega, 2012; Rocha, 2002; Younes, 2011) e teses de doutorado (Alves, 2001; Tenenbojm, 2008) foram dedicados ao estudo do conceito de eficácia adaptativa e de sua avaliação. Posteriormente, no final dos anos 90, esse interesse foi renovado, quando Simon propôs a revisão da EDAO e uma nova maneira de avaliá-la (Simon, 1997, 1998). Essa versão da escala tem sido identificada pelo acrônimo EDAO-R (Yoshida, 1999).

A produção científica que se seguiu à proposta da EDAO-R e que até hoje dá sustentação à prática de inúmeros profissionais e a novas pesquisas encontra-se disseminada por inúmeros suportes (periódicos, livros, textos acadêmicos, entre outros), o que dificulta uma visão mais geral da diversidade e das áreas em que vem sendo aplicada. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo identificar em quais áreas, com quais temas e estratos da população as pesquisas envolvendo o conceito de eficácia adaptativa e/ou sua avaliação têm sido desenvolvidas. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática dos estudos disponíveis nas principais bases de dados eletrônicas. Definiuse o período entre 2002 e 2012, por se considerar que englobaria a maioria das produções referentes à EDAO-R.

 

Eficácia Adaptativa: conceito e avaliação

O conceito de adaptação defendido por Simon (1989) corresponde ao conjunto de respostas do organismo frente às situações que o modificam, permitindo que sua organização seja mantida, de forma compatível com a vida. A adaptação se dá ao longo da vida do sujeito e pode ser compreendida como um processo em que se alternam períodos de estabilidade e períodos de crise. Em períodos de estabilidade, o repertório de respostas do sujeito é suficiente para enfrentar as situações de seu dia a dia. No entanto, se existe um problema de extrema importância e o sujeito não encontra solução em curto prazo, considera-se que este está em crise adaptativa (Simon, 2005). Nessas circunstâncias, ele precisa encontrar novas soluções para as situações, o que demanda flexibilidade e capacidade de mudança.

Os momentos de crise podem ser classificados de duas formas: crise por perda e crise por aquisição. No primeiro caso, a pessoa se vê diante de uma condição em que há perda ou ameaça de perda de situações ou de pessoas afetivamente importantes, sendo comum o aparecimento de sentimentos de culpa e depressão. As crises por aquisição envolvem algum ganho ou aumento de responsabilidade e, geralmente, a partir delas, surgem sentimentos de insegurança, inadequação e inferioridade (Simon, 1989, 1998).

A partir da necessidade de qualificar a adaptação, Simon (1989) passou a considerála quanto à sua adequação na consecução dos objetivos da pessoa e com isso propôs o conceito de eficácia adaptativa. Para ele, a eficácia adaptativa é um indicador do sucesso do sujeito no enfrentamento das adversidades da vida e permite verificar o funcionamento do organismo em relação a si mesmo e ao seu ambiente. Além disso, pode ser considerada coerente ou não quanto ao objetivo da pessoa de encontrar novas respostas para as situações adversas. A condição adaptativa do sujeito consiste no estado de integração de seus vários sistemas e a coerência de suas ações com os objetivos de viver melhor, podendo ser verificada por meio de comportamentos observáveis e comunicáveis.

A adaptação global da pessoa abrange quatro setores da personalidade: Afetivo-relacional (A-R) corresponde aos sentimentos e às ações intrapessoal e interpessoal; Produtividade (Pr) refere-se à principal atividade exercida pela pessoa no período considerado; Sociocultural (S-C) compreende os sentimentos e as atitudes do sujeito relativos a contexto social, valores e costumes da cultura em que está inserido; e Orgânico (Or) refere-se ao funcionamento e aos cuidados com o próprio corpo, o sono, a atividade sexual e a indumentária. Quanto à resposta dada pela pessoa frente às situaçõesproblema, pode ser classificada em três tipos: (i) adequada, quando a resposta atende a três critérios: o problema é resolvido, traz gratificação e não há conflitos para a própria pessoa ou para a sociedade; (ii) pouco adequada, quando atende dois critérios: o problema é resolvido, traz satisfação em algum grau, porém pode trazer conflitos intrapsíquicos ou socioculturais; (iii) pouquíssimo adequada, a resposta encontrada é insatisfatória e gera conflito intrapsíquico e/ou ambiental (Simon, 1989).

Esses critérios são utilizados na avaliação da eficácia adaptativa por meio da Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada -EDAO (Simon, 1989). Seu desenvolvimento teve como principal motivação a necessidade de abreviar o tempo de trabalho no diagnóstico de uma população de universitários quanto à necessidade ou não de atendimento psicológico (Simon, 1996). Desde a sua concepção, a escala passou por várias reformulações e tem sido aperfeiçoada.

Originalmente, a EDAO era pontuada com base no grau de adequação das respostas da pessoa nos quatro setores da personalidade (Simon, 1989). Em sua proposta de redefinição (EDAO-R), Simon (1997, 1998), com base em evidências advindas de pesquisas e da prática clínica, sugeriu que os setores A-R e Pr deveriam ocupar posições centrais no conjunto da adaptação devido à constatação de que se mostravam mais relevantes para o funcionamento geral que os setores S-C e Or. Desta forma, foram atribuídos escores apenas aos setores A-R e Pr, enquanto os outros dois setores deveriam ser apreciados de forma qualitativa. Para proceder ao diagnóstico da eficácia adaptativa, a escala permite a seguinte classificação por grupos: Grupo 1 - Adaptação eficaz: A-R e Pr são adequados (soma 5,0 pontos); Grupo 2 - Adaptação ineficaz leve: quando um dos setores é adequado e o outro é pouco adequado (soma 4,0 pontos); Grupo 3 - Adaptação ineficaz moderada: ambos são pouco adequados (soma 3,0 pontos), ou um é adequado e o outro pouquíssimo adequado (soma 3,5 ou 3,0 pontos); Grupo 4 - Adaptação ineficaz severa: quando um setor é pouco e o outro pouquíssimo adequado (soma 2,0 ou 2,5 pontos); e Grupo 5 - Adaptação ineficaz grave: ambos são pouquíssimo adequados (soma 1,5 ponto) (Simon, 2005). Tanto a EDAO quanto a EDAO-R são escalas clínicas, cuja avaliação é baseada em julgamento clínico, fundamentado nos critérios operacionalizados de adequação das respostas. Ambas dependem de entrevista individual para coleta dos dados (Yoshida e Rocha, 2007).

A teoria da adaptação e o conceito de eficácia adaptativa inspiraram ainda a proposta de uma técnica de psicoterapia breve, intitulada Psicoterapia Breve Operacionalizada, ou PBO (Simon, 2005). O foco da PBO é esclarecer as situações-problema e a maneira como osujeito vem respondendo a elas. É indicada a qualquer pessoa que esteja vivenciando alguma dificuldade de adaptação. Desta forma, o terapeuta realiza entrevistas psicológicas a fim de identificar inadequações nos setores da personalidade (A-R, Pr, Or e SC) e formula uma compreensão psicodinâmica para planejar o processo terapêutico, que abarcará no máximo 12 sessões. A partir de interpretações teorizadas, o terapeuta deverá proporcionar insight ao paciente sobre seus conflitos inconscientes e que constituem o princípio de suas respostas inadequadas com vistas a ajudá-lo a desenvolver soluções mais adequadas (Simon, 2005; Simon e Yamamoto, 2009).

O conceito de eficácia adaptativa e sua avaliação têm sido amplamente utilizados ao longo dos anos em diferentes contextos e estratos da população, como, por exemplo, para estimar evidências de precisão e de validade em população idosa (Rocha, 2002); para avaliar a qualidade da eficácia adaptativa de estudantes universitários (Garcia, 2011; Giovanetti e Sant'Anna, 2005; Teixeira, 2008) e de pacientes com diferentes condições de saúde, como diabetes mellitus tipo I, depressão e portadores do vírus HIV (Bechara, 2011; Gioia-Martins et al., 2009; Heleno, 2010; Heleno e Santos, 2004; Silva Filho e Souza, 2004); como indicador de eficiência de programa de coaching de executivos (Milaré e Yoshida, 2009); para avaliar mudanças em pacientes atendidos em serviços-escola (Honda e Yoshida, 2012); como instrumento diagnóstico em pacientes de PBO (Gebara e Simon, 2008; Simon e Yamamoto, 2009; Younes et al., 2010), entre outros.

Devido ao fato de o conceito de eficácia adaptativa ter sido desenvolvido no Brasil e ser utilizado, principalmente, por profissionais e pesquisadores brasileiros, a revisão da literatura concentrou-se em bases de dados que abrangessem produções científicas nacionais. As categorias de análise foram: a distribuição da produção no período avaliado, os tipos de produção e os principais eixos temáticos. Análises qualitativas também foram realizadas a partir das temáticas surgidas na análise com o objetivo de ilustrar aspectos do que foi produzido pelos autores no período investigado.

 

Método

Material

Foram examinados 54 resumos de produções de origem nacional, derivados de textos de artigos científicos, teses e dissertações e publicados nos últimos dez anos (2002 a 2012). Os textos foram obtidos mediante acesso às bases eletrônicas de dados: SciELO, Pepsic, Index Psi e IBICT, todas elas estruturadas conforme o modelo de acesso aberto (open access; Sampaio e Serrada, 2009). A SciELO (Scientific Eletronic Library Online) abrange uma seleção de periódicos científicos latino-americanos e também europeus com o objetivo de armazenar, disseminar e avaliar a produção científica em formato eletrônico. A Pepsic (Portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia) é uma fonte da Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia da União Latinoamericana de Entidades de Psicologia (BVS-Psi ULAPSI) e contribui para a manifestação do conhecimento científico e psicológico advindo de países da América Latina. A base de dados do IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), através da biblioteca digital brasileira de teses e dissertações, integra, em um único portal, informações sobre teses e dissertações existentes no Brasil e, por meio de um catálogo nacional, disponibiliza esses textos na íntegra para os usuários. Quanto à IndexPsi, consiste numa fonte da Biblioteca Virtual em Saúde - (BVS-Psi ULAPSI), cujo objetivo é organizar, indexar e divulgar a literatura publicada em periódicos científicos brasileiros em Psicologia.

Procedimento

Os documentos foram selecionados nas bases de dados, utilizando como descritores: eficácia adaptativa, escala diagnóstica adaptativa operacionalizada e EDAO. Foram encontrados 131 textos, cujos resumos foram lidos minuciosamente, de forma independente, por dois integrantes do grupo de pesquisa, que fizeram a seleção dos resumos e analisaram cada uma das categorias pré-estabelecidas: título da pesquisa, ano, autores, população estudada e tipo de produção. Nos casos em que houve divergência, uma discussão dos critérios utilizados permitiu que se chegasse a uma avaliação consensual.

Na primeira etapa, foram excluídos 15 trabalhos por não apresentarem relação com o tema (como, por exemplo, estudo de ensaio farmacológico e pesquisa de análise comparativa da área de gestão econômica); 57 por estarem publicados em mais de uma base de dados; e cinco por apresentarem conteúdos repetidos (teses e dissertações que tiveram artigos derivados e publicados no período avaliado). A amostra final ficou composta por 54 produções.

Para a classificação do tipo de produção, utilizaram-se as seguintes categorias de análise propostas por Pinto et al. (2010): estudo empírico - pesquisa que envolve levantamento e análise de dados com o objetivo de conhecer um fenômeno ou de verificar uma hipótese. Envolve a participação de seres humanos e, geralmente, é estruturada com introdução, objetivos, método, resultado, discussão e conclusão; trabalho teórico - implica a reflexão de um assunto, um conceito teórico ou a descrição de uma técnica psicoterapêutica; trabalho teórico ilustrado - implica a reflexão de um assunto, um conceito teórico ou a descrição de uma técnica psicoterapêutica e acompanha, necessariamente, a ilustração de um ou mais casos clínicos; revisão de literatura - revisão sistemática sobre determinado tema, com a finalidade de descrever o estado da arte, de identificar principais pesquisas e/ou autores, de avaliar o progresso sobre determinado assunto, organizando o que realmente parece ser importante sobre o tema em questão; relato de experiência - emprego de novos programas ou formas de intervenções que são desenvolvidas empiricamente e mostradas pelos autores e/ou por quem as pratica.

 

Resultados e discussão

Conforme os objetivos estabelecidos, primeiramente, procedeu-se à análise das publicações por ano (Figura 1). De acordo com o período considerado, a análise dos textos selecionados indicou que 61,5% (n=33) concentraram-se nos últimos cinco anos (2008 a 2012), quando a produção mostrou-se mais regular, com 15% e 13% do total, a cada ano. Em relação a 2012, é provável que os dados não estejam completos em função de o processo de indexação nas bases de dados se estender por vários meses. Apesar dessa informação, observam-se publicações em todos os anos pesquisados, o que corrobora a relevância científica e prática que o conceito de eficácia adaptativa adquiriu em nosso meio.

A Figura 2 mostra que, em relação ao tipo de produção, houve predomínio de estudos empíricos (81,5%), seguidos por trabalho teórico ilustrado (9%) e trabalho teórico (5,5%). Não houve revisões de literatura ou relatos de experiência. A leitura dos resumos não permitiu classificar 4% (n=2) dos trabalhos dentro das categorias de análise. Os trabalhos são de Franco (2007) e de Lemos (2007). No primeiro caso, foram selecionadas notícias sobre universitários veiculadas em três jornais. Sob a luz da teoria da adaptação de Simon (1989), foi analisada a incidência de situações-problema relacionadas a cada um dos setores da personalidade (A-R, Pr, Or e S-C) em cada notícia publicada sobre o tema. Os resultados mostraram que os setores Pr e S-C foram mais destacados que o A-R e Or. No segundo estudo, a autora analisou publicações da mídia impressa sobre adolescentes vestibulandos em duas revistas e dois suplementos de jornais especializados sobre o tema. Também, sob o enfoque da teoria da adaptação de Simon (1989), foi analisada a incidência dos setores da personalidade em cada notícia publicada. A autora observou que houve maior destaque ao setor Pr em todos os veículos de informação que foram analisados. É importante ressaltar que, coincidentemente, ambos os trabalhos são da área de Comunicação Social.

 

 

Na Tabela 1, observa-se uma variedade significativa quanto às temáticas das pesquisas em que a eficácia adaptativa foi avaliada com o auxílio da EDAO-R. A diversidade de categorias temáticas identificadas (n=9) aponta para a relevância da eficácia adaptativa enquanto critério de orientação da prática clínica e também para a pesquisa. A maior parte (31,5%) dos trabalhos estava relacionada a adoecimentos diversos, como câncer, diabetes, distúrbios do sono, depressão, entre outros. No âmbito da saúde, ela tem se mostrado especialmente relevante para aferir os recursos de pacientes para fazerem frente a doenças que impõem restrições ao seu cotidiano e inclusive a suas vidas. Incluem-se, nesse âmbito, pesquisas voltadas, por exemplo, para a avaliação da percepção da imagem corporal de pacientes idosos com diagnóstico de câncer e a associação com a representação da doença (Brandão et al., 2004). Neste estudo, a EDAO permitiu avaliar a adequação da adaptação dos pacientes aos limites impostos pela doença. Os autores concluíram que os 12 participantes perceberam suas possibilidades de adaptação e sua qualidade de vida de acordo com o quadro clínico em que se encontravam, uma vez que 58% apresentaram adaptação adequada e 42%, pouco adequada.É possível que os recursos de enfrentamento desses participantes possam ter sido influenciados pela boa relação com a equipe de cuidados e assistência.

 

 

Ainda na área da oncologia, os trabalhos de Canaverde (2011) e de Silva (2011) permitiram comparar a eficácia adaptativa e o funcionamento global de mulheres com câncer de mama. A diferença entre estes estudos está na população avaliada (no primeiro, consideraram mulheres com menos de 60 anos e, no segundo, idosas). Nas duas pesquisas, as autoras compararam medidas da eficácia adaptativa, avaliadas com a primeira versão da EDAO e com a EDAO-R e as obtidas por meio da Escala de Avaliação Global do Funcionamento - AGF (DSM-IV-TR) (Associação Americana de Psiquiatria, 2002). Concluíram que a EDAO mostrou-se mais útil que a EDAO-R, uma vez que permite a avaliação da adaptação global e considera os limites orgânicos impostos pelo quadro clínico das participantes. A AGF também apresentou limites para esta população, por não considerar a influência do setor orgânico. As autoras sugerem a importância de incluir uma avaliação da condição física nas faixas de funcionamento da AGF ou que a Escala seja complementada com alguma medida que avalie a saúde física.

O tema HIV também foi tratado na categoria adoecimentos diversos. Sawtschenko (2009) investigou a eficácia adaptativa em situações de crise em 10 pacientes portadores do vírus HIV provenientes de um serviço de saúde de DST/AIDS. A maioria da população estudada foi avaliada com a EDAO-R como apresentando adaptação ineficaz severa (Gr.4), com comprometimento nos setores A-R e Pr. Além disso, a autora apresentou questionamentos relacionados à forma como o portador do vírus mantém seu equilíbrio psíquico e a maneira como executa seu trabalho.

Por fim, o tema obesidade também apareceu em alguns trabalhos. Cintra Junior (2006) buscou apreciar mudanças na qualidade de vida de 16 pacientes que, após tratamento cirúrgico de obesidade mórbida, foram submetidos a uma cirurgia plástica para retirada de gordura e pele em excesso na região do abdômen. Após análises qualitativas e quantitativas dos setores A-R, Pr, S-C e Or, o autor concluiu que os participantes obtiveram benefícios efetivos com a nova cirurgia, uma vez que a maioria de suas respostas foi classificada como adequada nos setores A-R, Pr e Or (62,5% cada) e S-C (81,25%). Sete pacientes foram classificados com adaptação eficaz e seis pacientes apresentaram adaptação ineficaz leve. Conejo (2009) realizou um estudo com vistas a compreender a relação entre obesidade e os diferentes setores da personalidade em quatro homens adultos. O setor A-R mostrou-se ser o mais relevante, uma vez que todos os participantes apresentaram respostas pouquíssimo adequadas nesta variável. A autora aponta que a obesidade está fortemente associada a aspectos afetivos e emocionais e que estes podem influenciar o estabelecimento e a manutenção da obesidade, o que se reflete na qualidade da adaptação geral do indivíduo.

Em relação às produções que tiveram como foco a aplicação do construto eficácia adaptativa em psicoterapias (19,5% do total), pode-se citar as pesquisas de Gebara et al. (2004) e de Gebara e Simon (2008), que objetivaram investigar a eficácia terapêutica da interpretação teorizada na PBO em pacientes clínicos. A PBO também foi utilizada no tratamento de mulheres vítimas de violência (Nukui, 2012), de pacientes com diabetes (Bechara, 2011) e de pacientes com transplante de fígado (Neder Filha e Simon, 2004). Já Simon e Yamamoto (2009) e Younes et al. (2010) ilustraram casos clínicos de pacientes em situações de crises adaptativas. Todos esses autores apontaram que o tratamento com a PBO mostrou-se eficaz, pois as populações estudadas evoluíram na qualidade da eficácia adaptativa.

A avaliação da eficácia adaptativa tem sido também utilizada em outras modalidades psicoterapêuticas usualmente associadas a outras medidas de avaliação. Por exemplo, Honda e Yoshida (2012) investigaram se os atendimentos prestados em uma clínica-escola ensejaram mudanças e sistematizaram os fatores que influenciaram o progresso ou o retrocesso das psicoterapias. As autoras concluíram que, em psicoterapias breves conduzidas por estagiários de psicologia, é possível esperar mudanças em sintomas psicopatológicos e em estágios de mudança, no entanto, a configuração adaptativa mostrou-se mais resistente às mudanças. Consideram que a configuração adaptativa reflete o padrão de respostas usuais do sujeito às situações de vida e não um estado eventual e passageiro da personalidade.

Silva Filho (2008) apresentou cuidados no manejo psicoterápico de uma paciente portadora do vírus HIV. Foram utilizados a EDAO e o Teste de Relações Objetais (TRO) (Phillipson, 1981), e os resultados da avaliação psicológica mostraram que a paciente apresentou depressão crônica associada à deterioração do sistema imunológico com risco de suicídio e, por isso, sugeriu-se prioridade para o oferecimento de psicoterapia.

Outra categoria temática identificada diz respeito à população de trabalhadores (11% das pesquisas). O estudo teórico de Milaré e Yoshida (2007) demonstrou a importância de se avaliar a eficácia adaptativa do indivíduo em programas de coaching de executivos, uma vez que a aderência a esse processo depende de recursos adaptativos prévios. As mesmas autoras realizaram posteriormente (Milaré e Yoshida, 2009) um trabalho voltado para a prática, que procurou avaliar a eficiência de um programa de coaching composto por 10 executivos. A eficiência dos processos foi avaliada comparando-se medidas psicológicas finais com iniciais, entre elas, a eficácia adaptativa. Os resultados sugeriram que o programa de coaching permitiu o desenvolvimento de novas competências, bem como ajudou na melhora da eficácia adaptativa dos participantes. A EDAO possibilitou saber qual setor da personalidade estava mais comprometido e quais respostas eram mais frequentes. Deste modo, no início do programa, seis participantes apresentaram adaptação pouco adequada e quatro, pouquíssimo adequada no setor A-R. No setor Pr, cinco apresentaram adaptação pouco adequada e cinco foram classificados com respostas adequadas. Ao término do programa, sete participantes tiveram avaliação eficaz no setor A-R, e nove, no setor Pr.

Zago (2004) pesquisou a dinâmica psíquica de executivos e suas relações com o trabalho. Neste estudo, a autora apontou que o setor Pr apresentou importância central na vida dos participantes e, inclusive, influenciou os demais setores adaptativos. Além disso, ela demonstrou que os sentimentos advindos do próprio trabalho podem afetar as relações dos executivos e, por isso, provocaram mudanças na eficácia adaptativa.

A avaliação da eficácia adaptativa tem sido ainda empregada no âmbito educacional (11% do total). Por exemplo, Teixeira (2008) avaliou a qualidade de vida e a qualidade da eficácia adaptativa em 330 universitários e apontou a importância de se obter informações sobre os setores A-R e Pr, pois possibilitam a organização de programas dirigidos à saúde mental de estudantes. Por sua vez, Garcia (2011) avaliou a eficácia adaptativa de adolescentes universitários com o intuito de verificar diferenças entre aqueles que trabalham e aqueles que não possuem atividade laboral. O autor concluiu que a eficácia da adaptação não está, necessariamente, relacionada com a rotina de trabalhar e estudar, mas sim com os sentimentos que estão presentes ao executarem essas atividades.

A categoria feminilidade (7,5% dos trabalhos) reuniu as produções que tinham como foco questões concernentes às mulheres e que poderiam comprometer a qualidade da adaptação. Dentro dessas amostras há, por exemplo, o trabalho de Heleno (2010), que investigou a eficácia adaptativa de dez mulheres que tiveram experiência de aborto (espontâneo ou provocado) e que frequentavam um Ambulatório de Reprodução Assistida. A autora observou que as participantes sentiam muita angústia e expectativas em relação ao tratamento, o que comprometia a qualidade de sua adaptação. Mulheres que tiveram aborto espontâneo sentiam medo de mais uma perda e, nas que tiveram aborto provocado, prevaleceram sentimentos de culpa. Como conclusão, a autora sugeriu que a PBO pudesse ajudar as participantes a elaborarem a perda anterior, além de auxiliar a lidar com os conflitos vivenciados no tratamento.

Ainda na categoria feminilidade, há o trabalho de Guzzon (2012), que estudou aspectos psicológicos de mulheres vítimas de violência em relação a estágio de mudança, qualidade da eficácia adaptativa e severidade de sintomas psicopatológicos. Todas eram provenientes de uma instituição de atenção e cuidados para mulheres vítimas de violência doméstica. Foram avaliados dois grupos: um que correspondeu à fase inicial de atendimento (G1) e outro cujas mulheres já haviam concluído seu atendimento (G2). A autora encontrou, em ambos os grupos, ausência de motivação para enfrentar o problema e elevados sintomas psicopatológicos. A configuração adaptativa no G2 foi caracterizada entre eficaz e ineficaz moderada, e, no G1, predominaram adaptações ineficazes severa ou grave.

Em relação à temática parentalidade (7,5% das produções), Tenenbojm (2008) avaliou a eficácia adaptativa de 30 mães de crianças (entre três e 24 meses) com insônia e comparou-a com a de 30 mães de crianças com características semelhantes, porém, sem insônia. A autora encontrou pior qualidade de sono no grupo de mães de crianças com insônia, bem como maiores níveis de sintomas depressivos. Além disso, apresentaram pior qualidade da eficácia adaptativa, principalmente no setor A-R. Verificouse também que as crianças com insônia dormiam com alguma fonte de luz e que suas mães ofereciam algum tipo de alimentação noturna.

Valentim (2010) descreveu aspectos adaptativos e psicológicos de sete mães de crianças abrigadas. A situação de abrigo geralmente ocorreu em função de as crianças estarem vivendo em situação de risco com a família. Os resultados demonstraram que as mães apresentaram eficácia ineficaz, que variou entre moderada, grave e severa. Os setores mais comprometidos foram A-R, Pr e SC. Quanto aos fatores psicológicos, foram encontradas falhas maternas na função de proteção e de cuidado aos filhos, bem como repetição e transmissão transgeracional de violência e de abandono, que estavam fortemente associadas ao abrigamento dos filhos.

No que diz respeito ao tema família (6% do total), Corrêa et al. (2007) avaliaram a eficácia adaptativa de 57 casais inférteis que estavam inseridos num programa de fertilização in vitro. Os autores encontraram melhor qualidade da eficácia adaptativa nos homens apesar das dificuldades vivenciadas (64,9% foram classificados com adaptação ineficaz leve, enquanto que 52,6% das mulheres apresentaram adaptação ineficaz severa). Além disso, 20,2% das pessoas estavam em crise, sendo que 31,6% delas eram mulheres e 8,8%, homens. Os autores sugeriram tratamento psicológico preventivo para os momentos de crise adaptativa.

Sooma (2005) verificou a configuração adaptativa de sete herdeiros de duas empresas familiares. Os resultados encontrados apontam que todos os participantes apresentaram respostas pouquíssimo adequadas no setor A-R e foram classificados com adaptação ineficaz que variou entre moderada, grave e severa. Foi verificada a importância da figura paterna tanto no lar, quanto na empresa. Quando este delegava tarefas e se comportava de maneira não onipotente, a probabilidade de os filhos encontrarem satisfação na área produtiva era maior.

Outros temas obtiveram um percentual de 6%. Um exemplo que pode ser ilustrado e que tem relação com intervenções cirúrgicas diversas é o trabalho de Tamagnini (2009), que verificou a dinâmica emocional de sete mulheres candidatas a transplante cardíaco. Verificou-se que o setor Or influenciou diretamente os demais setores da personalidade, uma vez que a indicação para transplante de coração pode ter sido encarada como um fator tensional para as participantes. O setor Pr mostrou-se prejudicado, pois as atividades realizadas por elas estavam mais restritas devido à condição clínica em que se encontravam, e o setor A-R pode ter sido comprometido pelo aparecimento de sentimentos de solidão, de desamparo, de insegurança, de perda e de abandono. Era esperado, portanto, que o diagnóstico adaptativo não fosse eficaz, sendo assim, duas participantes apresentaram adaptação ineficaz grave; duas, adaptação ineficaz severa; e três, adaptação ineficaz moderada. Sugeriu-se cuidado psicoterápico breve imediato no momento de crise, que provavelmente foi instaurado com a notícia de indicação de transplante.

O levantamento da produção científica relacionada ao emprego de medidas de avaliação da eficácia adaptativa aponta para a utilidade deste conceito enquanto orientador de pesquisas e práticas no âmbito da saúde, da educação e das organizações. Por outro lado, o volume crescente de produções nos últimos anos sugere a vitalidade do construto e a relevância conferida a ele por pesquisadores de diferentes áreas da psicologia. Frente aos resultados desta pesquisa é, portanto, possível vislumbrar que a teoria da adaptação de Ryad Simon e, mais especificamente, o desenvolvimento da EDAO-R, que permite avaliar a qualidade da adaptação, constituem contribuições relevantes à psicologia brasileira, que deverá ter vida longa em nosso meio.

 

Considerações finais

De modo geral, verificou-se que o tema eficácia adaptativa e a utilização da EDAO como instrumento de diagnóstico têm sido foco de pesquisas voltadas para a investigação dos recursos adaptativos dos indivíduos diante de variados quadros clínicos e de diferentes contextos. É importante destacar que a eficácia adaptativa pode auxiliar na orientação de diagnósticos (Simon e Yamamoto, 2009; Milaré e Yoshida, 2009) como critério de indicação para psicoterapia breve (Yoshida, 2001) e em programas preventivos (Yoshida, 1999), entre outros. Cabe ressaltar que o estudo envolveu o levantamento de trabalhos, realizado através da utilização das palavras-chave e da análise de resumos publicados no período avaliado. Aros (2008) destaca que "este tipo de material proporciona a ocorrência de viés" (p. 50) e, portanto, deve-se considerar que resumos não contemplam todos os dados obtidos num determinado estudo. Outra restrição deste trabalho está vinculada aos limites metodológicos envolvidos na escolha das bases de dados, pois, ao se considerar a quantidade de outras bases existentes, não se abrange todos os estudos produzidos sobre o tema em nível nacional. De toda forma, a EDAO-R e a teoria na qual está fundamentada têm se mostrado atuais e relevantes no estudo da eficácia adaptativa e, por isso, sugere-se que novos trabalhos sejam desenvolvidos com intuito de avaliarem outras categorias de análise, não contempladas neste estudo.

 

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Submetido: 24/06/2013
Aceito: 30/09/2013

 

 

1 Apoio: CAPES.