SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.11 número1Gênero como uma categoria de análise nos estudos brasileiros sobre mulheres e consumo de crackCompreendendo o ambiente familiar no contexto da reprovação escolar de adolescentes índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Gerais : Revista Interinstitucional de Psicologia

versión On-line ISSN 1983-8220

Gerais, Rev. Interinst. Psicol. vol.11 no.1 Belo Horizonte enero/jun. 2018

http://dx.doi.org/10.36298/gerais2019110104 

ARTIGOS

 

Avaliação psicológica em escolares: relação entre personalidade, autoconceito e habilidades sociais

 

Psychological assessment in students: relationship between personality, self-concept and social skills

 

 

Natália Costa SimõesI; Paulo Francisco de CastroII

IUniversidade de Taubaté, Taubaté, Brasil. E-mail:napsico17@hotmail.com
IIUniversidade de Taubaté, Taubaté e Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, Brasil. E-mail: castro.pf@uol.com.br

 

 


RESUMO

Objetiva-se comparar e correlacionar as características da personalidade, do autoconceito e das habilidades sociais de grupos de escolares, diferenciados pela idade e sexo das crianças. Participaram 90 crianças, igualmente divididas quanto ao sexo e às três faixas etárias (8, 9 e 10 anos). Foram aplicados: Escala de Traços de Personalidade para Crianças (ETPC), Escala de Autoconceito Infanto-Juvenil (EAC-IJ) e Sistema Multimídia de Habilidades Sociais de Crianças (SMHSC). Os resultados foram comparados aos dados normativos e foi realizado tratamento estatístico quanto às distribuições por grupos de idade e o sexo e quanto à correlação entre as variáveis avaliadas. Observou-se correlações significativas entre psicoticismo e sociabilidade, psicoticismo e assertividade, psicoticismo e padrão ativo, sociabilidade e autoconceito familiar, autoconceito pessoal e autoconceito social, passividade e padrão ativo.

Palavras-chave: Avaliação psicológica. Psicologia infantil. Personalidade. Autoconceito. Habilidades sociais.


ABSTRACT

The aim of this paper is to compare and correlate personality characteristics, self-image and social skills of groups of school children, differentiated by the children's age and gender. Ninety children, equally divided according to gender and three age groups (8, 9 and 10 years old) participated. The following assessments were applied: Childhood Personality Trait Scale (ETPC), Child-Youth Self-Image Scale (EAC-IJ) and Multimedia Children's Social Skills System (SMHSC). The results were compared to the normative data and a statistical treatment was carried out regarding the distribution by age groups and gender and the correlation between the evaluated variables. We observed significant correlations among psychoticism and sociability, psychoticism and assertiveness, psychoticism and active pattern, sociability and family self-image, personal self-image and social self-image, passivity and active pattern.

Keywords: Psychological assessment. Child psychology. Personality. Self-concept. Social skills.


 

 

Introdução

As vivências e características infantis podem ser consideradas como a base do desenvolvimento humano e têm grande influência nas tendências psicológicas, sociais e comportamentais dos indivíduos. A compreensão do mundo infantil pode subsidiar o estudo das características das crianças, com vistas a ações que possam melhorar sua qualidade de vida e suas relações familiares, além de possibilitar reflexões sobre ações pedagógicas e psicológicas nesse grupo. O estudo das características infantis pode ainda ser benéfico para a previsão de comportamentos e apoio diário para o desenvolvimento das crianças, auxiliando pais ou cuidadores, além dos professores e profissionais (Boyd & Bee, 2011; Cória-Sabini, 2003; Papalia, Olds & Feldman, 2009).A partir da proposta do presente texto, optou-se por abordar brevemente três importantes aspectos do mundo infantil: personalidade, autoconceito e habilidades sociais.

Não existe uma definição única para a personalidade, devido à variedade de concepções teóricas que discutem tal construto. No presente trabalho, adotou-se a proposta de que personalidade pode ser compreendida como um padrão de respostas que as crianças têm diante da interação com outros indivíduos e objetos do ambiente. Além disso, entende-se que a personalidade pode sofrer influência das diferenças individuais, pautadas em predisposições pessoais e vivências emocionais, que podem ocorrer durante toda a infância e que geram diferentes impressões nos indivíduos e no ambiente (Boyd & Bee, 2011; Hall, Lindzey & Campbell, 2008).

Em relação à criança, é importante lembrar que os traços de personalidade são mais maleáveis e mutáveis, a adaptação dessas características consiste um processo que irá manter-se em construção durante a infância. À medida que as crianças com menor idade conseguem compreender as pessoas e o ambiente social no qual estão inseridas, é possível observar a exposição de características pessoais que podem ser identificadas como traços de personalidade. Nesse contexto, o papel dos pais e cuidadores que fazem parte da rotina da criança é fundamental, pois passam a ser uma via com a qual a criança estabelece a relação entre si e o mundo, vivenciando essa experiência por meio do que percebe (Boyd & Bee, 2011; Mussen, Conger, Kagan & Huston, 2001).

Outro atributo importante no desenvolvimento da criança é o autoconceito, que pode ser definido como um construto multidimensional no qual o indivíduo desenvolve uma visão sobre si em diferentes aspectos. O autoconceito é resultado do acúmulo de informações que cada pessoa tem acerca de si mesma, obtidas por meio de percepção pessoal e também a partir da visão que o ambiente social proporciona. Envolve a avaliação da eficácia de capacidades para a realização de tarefas, desde simples até as mais complexas, e como o ambiente avaliará seu desempenho e seu comportamento (Boyd & Bee, 2011; Cória-Sabini, 2003; Sisto & Mattinelli, 2004).

O desenvolvimento do autoconceito se inicia a partir do momento em que a criança tem um reconhecimento de si mesma como indivíduo e gradativamente compreende sua própria existência e identidade. A partir disso, a criança aprimora suas habilidades pessoais e passa a criar conceitos sobre objetos e pessoas e, inclusive, sobre ela mesma (Hutz, 2012; Myers, 2006). A visão que a criança tem sobre si varia de acordo com o período de desenvolvimento em que se encontra. Na fase escolar, há um aprimoramento do autoconceito, fruto da capacidade cognitiva que a criança passa a aprimorar a partir das vivências escolares. A elaboração do autoconceito se inicia com descrições de cunho mais concreto e, na fase escolar, pode evoluir para a incorporação de definições mais abstratas. Tal processo sofre grande influência do meio social no qual a criança está inserida, pois oferece um padrão de avaliação externo das capacidades, expectativas, comportamentos e valoração geral destas, por meio das competências que são realçadas pelos pais, professores e demais indivíduos que fazem parte da rotina das crianças, principalmente diante do impacto que a entrada na escola proporciona (Boyd & Bee, 2011; Mussen et al., 2001; Papalia et al., 2009).

A entrada na escola também proporciona o desenvolvimento das habilidades sociais. É possível compreender as habilidades sociais como uma capacidade complexa de emitir comportamentos interpessoais que implicam a direta expressão adequada de sentimentos, que são reforçados de maneira positiva ou negativa. Proporcionam um comportamento social adaptativo, que é apresentado pelos sujeitos durante a interação social, com vistas à formação de novas relações sociais e qualidade dos relacionamentos (Caballo, 2012; Del Prette & Del Prette, 2005; Hutz, 2012).

Compondo os construtos analisados, tem-se também as habilidades sociais, que são comportamentos que possibilitam à criança a interação efetiva com as outras pessoas e a diminuição de comportamentos que levem prejuízo na interação e contribuem para a competência social da criança, ressaltando relacionamentos interpessoais saudáveis e produtivos. Nesse cenário, a família e a escola são espaços sociais nos quais pode ocorrer o desenvolvimento das habilidades de relacionamento social, por meio da incorporação de regras de conduta e comportamentos esperados para cada faixa de idade e em cada ambiente próprio (Cassiano, Neufeld & Rossetto, 2011; Del Prette & Del Prette, 2005; Hutz, 2012).

O desenvolvimento das habilidades sociais se inicia quando a criança abandona o egocentrismo e passa a dirigir sua atenção e comportamentos em direção ao meio social, tanto no sentido de melhor interação como também na expectativa de receber recompensa social diante de ações que são valorizadas pelas normas vigentes do contexto social. Embora esse processo seja mediado pelo grupo familiar e seus valores e normas, é na escola que a criança efetivamente aplica esse conjunto de conceitos com a finalidade de interação social e de aceitação com o grupo que características semelhantes às dela (Boyd & Bee, 2011; Cória-Sabini; 2003; Del Prette & Del Prette, 2005; Mussen et al., 2001, Papalia et al., 2009).

Assim sendo, os objetivos desta pesquisa foram comparar e correlacionar as características da personalidade, do autoconceito e das habilidades sociais de grupos de escolares, diferenciados pela idade e sexo das crianças.

 

Método

Antes de qualquer ação para coleta de dados, o projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética da Universidade na qual a pesquisa está vinculada. Participaram do presente estudo 90 crianças, entre oito e dez anos de idade, divididas igualmente em relação ao sexo, organizadas em três grupos equitativos de acordo com a faixa etária. As crianças estavam regularmente matriculadas no ensino fundamental, de acordo com o ano letivo compatível com suas idades, além de não indicarem dificuldades escolares ou queixas psicológicas manifestas.

Para que a pesquisa fosse realizada, foram utilizados três instrumentos de avaliação psicológica: Escala de Traços de Personalidade para Crianças (ETPC), Escala de Autoconceito Infanto-Juvenil (EAC-IJ) e Sistema Multimídia de Habilidades Sociais de Crianças (SMHSC). Todos os instrumentos utilizados apresentam evidências de validade e normas para a população brasileira.

A ETPC é um teste psicológico, de base psicométrica e organizada a partir do autorrelato das crianças, que tem como objetivo a avaliação de características de personalidade de crianças com cinco a dez anos de idade. A escala é composta por 30 questões que são respondidas por escolha forçada "sim" e "não". As respostas são articuladas em quatro dimensões que permitem a avaliação de aspectos relacionados à extroversão, psicoticismo, neuroticismo e sociabilidade, elementos que, segundo a metodologia expressa pelo instrumento, compõem a personalidade das crianças (Sisto, 2004).

A EAC-IJ é um teste psicológico, também psicométrico e de autorrelato, que investiga informações relacionadas ao autoconceito em crianças e jovens. Compreende a faixa etária entre 8 e 16 anos. É composta por 20 questões que contém alternativas de reposta por escolha forçada em "sempre", "às vezes" e "nunca" diante de um conjunto de afirmações ligadas ao autoconceito. Os resultados estão articulados em quatro fatores relacionados ao autoconceito: pessoal, escolar, social e familiar. A escala busca avaliar o autoconceito da criança e do jovem em distintos contextos sociais, com os quais interagem com frequência. As quatro subescalas da EAC-IJ fazem referência ao ambiente social e com isso oferece também uma medida de autoconceito geral (Sisto & Martinelli, 2004).

O SMHSC é composto por um conjunto de materiais para se avaliar a habilidade social, visando a um público de 7 a 12 anos de idade. O instrumento baseia-se na concepção conceitual, teórica e técnica das habilidades sociais e tem como objetivo a avaliação do referido construto por meio da investigação das competências sociais infantis. Tem duas modalidades equivalentes de aplicação, uma que utiliza estratégia multimídia e outra por meio de versão impressa, na presente pesquisa foi utilizada a primeira estratégia. É composto por 21 itens que representam situações de interação de crianças com outras crianças e com adultos, sendo expressas decisões que o avaliado deve tomar, e por meio de suas respostas é possível avaliar as habilidades sociais de interação infantil. Fornece identificação de fatores ligados às habilidades sociais e identifica elementos relacionados à assertividade, passividade e padrão ativo, variáveis utilizadas na presente investigação (Del Prette & Del Prette, 2005).

Como etapas da coleta de dados, diante da autorização dos responsáveis pela escola, o objetivo e o procedimento para coleta de dados foram expostos aos responsáveis pelos menores e com a concordância para a execução das atividades, as crianças foram convidadas a participarem da pesquisa. Em dia e horário marcados pela escola, os testes foram aplicados, de acordo com as especificações técnicas expressas em seus manuais.

A aplicação de dois testes (ETPC e EAC-IJ) foi realizada de forma coletiva em uma única sessão, sendo as crianças divididas em vários grupos de cinco participantes, enquanto a aplicação do Sistema Multimídia de Habilidades Sociais de Crianças foi realizada de forma individual em outro dia, por meio da versão eletrônica. A aplicação dos testes foi realizada pela autora deste trabalho, realizada em uma sala com condições adequadas para tal finalidade.

A correção dos testes foi realizada a partir das especificações técnicas que constam nos manuais e os resultados foram ponderados a partir dos valores normativos de cada instrumento (Del Prette & Del Prette, 2005; Sisto & Martinelli, 2004; Sisto, 2004). Para a comparação dos dados, foram utilizados os Testes Qui-quadrado ou Exato de Fisher (nesse caso para os valores menores que 5), adotando-se nível de significância de p < 0,05.

 

Resultados

A Tabela 1 apresenta os dados referentes às quatro dimensões estudadas pela ETPC (Sisto, 2004) quanto à comparação das variáveis categóricas de classificação dos elementos de personalidade distribuídas entre as três idades-alvo do presente estudo.

No que se refere ao Psicoticismo, observa-se que não houve diferença estatisticamente significativa, revelando que os resultados não são diferentes quando se considera a idade das crianças. A maior parte dos participantes do estudo apresentou valores rebaixados quanto ao item, indicando que são crianças sensíveis afetivamente, revelam preocupação com os demais e têm uma conduta mais convencional. Quando se analisa a Extroversão, a comparação dos dados entre os três grupos etários revelou diferenças estatisticamente significantes, com maior frequência de classificação de valores elevados nas idades de 9 e 10 anos. Tal dado demonstra que as crianças com maior idade tendem a ser mais impulsivas e despreocupadas, com tendência a comportamentos de domínio e assertividade, além disso, preferem atividades em grupo e revelam facilidade de expor suas ideias e buscam mais relacionamentos.

Ao se analisar as informações sobre Neuroticismo, nota-se diferenças estatisticamente relevantes, indicando maior frequência de valores elevados na idade de 9 anos, explicitando que crianças com essa idade do grupo estudado tendem a ser mais ansiosas, com sentimentos de culpa, prejuízo na autoestima e tendência a oscilações de humor. Quando se observa os resultados sobre Sociabilidade, percebe-se diferenças estatísticas significativas, indicando maior frequência de valores elevados nas idades de 8 e 9 anos, demonstrando que as crianças da amostra com menor idade tendem a apresentar maior capacidade de socialização.

A Tabela 2 expõe a comparação das variáveis categóricas de classificação do autoconceito, considerando as cinco dimensões estudadas pela EAC-IJ (Sisto & Martinelli, 2004) e a distribuição nos três grupos de idade, alvo do presente estudo.

Com relação ao Autoconceito Geral, observa-se que não houve diferença estatisticamente significativa, indicando que os resultados não são diferentes quando se considera a idade das crianças. A maior parte das crianças apresentou valores elevados quanto à categoria, o que indica que elas têm consciência e adequação de sua autoimagem.

Ao se observar o Autoconceito Pessoal, a comparação dos dados entres os três grupos etários revelou diferenças estatísticas significativas com maior frequência nos valores medianos nas idades de 8 e 10 anos. Demonstrando que tais crianças tendem a se avaliarem de forma positiva, considerando as diferentes situações em que estão inseridas.

Quando se analisa o Autoconceito Escolar, nota-se que não existiu diferença estatisticamente relevante, explicitando que os resultados não são diferentes quando se considera a idade das crianças. A maior parte delas apresentou valores rebaixados, indicando que as crianças se avaliam sem possibilidades de liderança, com dificuldades de ordem acadêmica e relacional na escola.

Analisando-se o Autoconceito Familiar percebe-se uma diferença estatística significante, com maior frequência de valores rebaixados nas idades de 9 e 10 anos e de valores elevados na idade de 8 anos, exibindo que crianças com menor idade tendem a ser mais cuidadosas e receptivas em situações familiares. Ao se avaliar o Autoconceito Social, não foram reveladas diferenças significativas em comparação dos dados entre os três grupos etários, apesar de maior frequência de valores elevados nas idades de 8 e 9 anos.

Na Tabela 3, tem-se dados dos três grupos etários estudados, no que se refere às características das habilidades sociais referentes às três dimensões estudadas no SMHSC (Del Prette & Del Prette, 2005).

Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas quanto às informações das habilidades sociais das crianças estudadas. Quando se analisa a Assertividade, tem-se que a maior parte das crianças apresentou valores rebaixados quanto ao item, indicando que os participantes são mais reservados e tendem não respeitar o seu próprio limite e o de terceiros. No que se refere à Passividade, a maior parte das crianças revelou valores rebaixados, indicativos de que elas tendem a dar mais importância para os direitos e limites dos outros do que para seus próprios direitos e limites. Ao se analisar as informações sobre o Padrão Ativo, os dados revelam que a maioria das crianças indicou valores rebaixados, que indicam que os participantes tendem a ter comportamentos mais submissos e respeito pelos outros.

A Tabela 4 apresenta a comparação das variáveis categóricas de classificação das características de personalidade referentes às quatro dimensões avaliadas pela ETPC (Sisto, 2004), considerando a distribuição entre os sexos.

Em referência ao Psicoticismo, observa-se diferença estatisticamente significativa, com maior frequência de classificação de valores rebaixados no sexo feminino. Tal dado demonstra que as meninas tendem a ser sensíveis afetivamente, revelam preocupação com os demais e têm uma conduta mais convencional.

Quando se analisa a Extroversão, a comparação dos dados entre os dois grupos não revelou diferenças estatisticamente significantes, com frequência de classificação de valores elevados em ambos os sexos. Tal dado demonstra que as crianças, independentemente do sexo, tendem a ser mais impulsivas e despreocupadas, com tendência a comportamentos de domínio e assertividade, preferem atividades em grupo e revelam facilidade de expor suas ideias e buscam mais relacionamentos.

Ao se analisar as informações sobre Neuroticismo, nota-se diferenças estatisticamente relevantes, indicando maior frequência de valores elevados para o sexo feminino, explicitando que as meninas tendem a ser mais ansiosas, com sentimentos de culpa, baixa autoestima e tendência a oscilações de humor. Quando se observa os resultados sobre Sociabilidade, não se percebe diferenças estatísticas notórias, indicando maior frequência de valores elevados em ambos os sexos, revelando que as crianças tendem a ser mais adequadas e ajustadas às regras sociais, mostrando condutas mais socializadas.

Conforme informações contidas na Tabela 5, no que se refere à avaliação do autoconceito, não existem diferenças estatisticamente significantes nos resultados, quando o sexo das crianças é considerado como variável.

No que se refere ao Autoconceito Geral, a maior parte das crianças apresentou valores elevados quanto à categoria, o que indica que elas têm consciência no que se refere à autoimagem. Ao se observar o Autoconceito Pessoal, percebe-se que as crianças tendem a ter um adequado conceito sobre si mesmas. Quando se analisa o Autoconceito Escolar, define-se que a maior parte das crianças apresentou valores rebaixados, indicando que as crianças têm certo prejuízo na forma como se definem na escola. Analisando-se o Autoconceito Familiar, verifica-se que as crianças têm condições de se definir adequadamente no ambiente familiar. Ao se avaliar o Autoconceito Social, verifica-se certo interesse em serem melhores e evoluírem nas suas relações sociais.

A partir dos dados da Tabela 6, tem-se que também não foram observadas diferenças significativas na avaliação das três dimensões estudadas no SMHSC (Del Prette & Del Prette, 2005), quando se compara os dados pelo sexo dos participantes.

Quando se analisa a Assertividade, a maior parte das crianças apresentou valores rebaixados quanto à dimensão, indicando que os participantes tendem a ser submissos e uma tendência a não respeitar o seu próprio limite e o de terceiros. No que se refere à Passividade, a maior parte dos participantes revelou valores rebaixados, indicativos de que eles tendem a dar mais importância para os direitos e limites dos outros do que para seus próprios direitos e limites. Ao se analisar as informações sobre o Padrão Ativo, tem-se que a grande maioria das crianças revelou valores rebaixados, que indicam que os participantes tendem a ter comportamentos submissos e respeitosos.

Conforme se observa nos dados expostos na Tabela 7, que apresenta os valores de correlação entre as variáveis que compõem os três instrumentos aplicados nas crianças, é possível verificar índices de correlação significativa em dez associações.

Inicialmente destaca-se a correlação entre os quatro fatores que compõem a EAC-IJ com os dados do autoconceito geral, obtido igualmente na mesma escala. Uma vez que o dado do autoconceito geral é obtido a partir da interação entre as quatro subescalas (autoconceito pessoal, escolar, familiar e social), é esperada a correlação entre eles, o que foi confirmado pelos dados da presente investigação.

Assim, optou-se em descrever as outras seis variáveis que apresentaram correlação significativa, por meio de análise estatística aplicada aos dados mais detalhados, como segue.

No que se refere à Tabela 8, que trata da associação dos resultados entre as características de psicoticismo e sociabilidade, ambos dados da ETPC, observa-se que existiu associação significativa entre os dois aspectos.

Os dados revelam que as crianças com valor de sociabilidade elevado tendem a apontar psicoticismo rebaixado e as com sociabilidade baixa apresentam psicoticismo médio. Tal dado indica que crianças mais socializáveis e adequadas às regras sociais tendem a ser mais sensíveis e preocupadas com os outros.

Observa-se na Tabela 9, que trata da associação dos resultados entre as características de psicoticismo e assertividade, dados do ETPC e SMHSC respectivamente, que existiu associação significativa entre os dois aspectos.

Os dados indicam que as crianças com valor de assertividade elevado tendem a apontar psicoticismo rebaixado e as com assertividade baixa tendem a apresentarem psicoticismo médio. Essa informação explica que crianças mais assertivas e sociáveis tendem a ser menos rígidas e solitárias.

A Tabela 10 trata da associação dos resultados entre as características de psicoticismo da ETPC e padrão ativo do SMHSC.

Observa-se associação significativa entre os dois aspectos, revelando que as crianças com valor de psicoticismo rebaixado tendem a apontar padrão ativo rebaixado. Além disso, as que apresentam classificação média em psicoticismo tendem ao padrão ativo alto. Esse dado indica que crianças mais sensíveis e preocupadas com os outros tendem a ter maior capacidade de socialização.

Quando se analisa a Tabela 11, que trata da associação dos resultados entre as características de sociabilidade e autoconceito familiar, dados da ETPC e do SMHCS, respectivamente, observa-se que existiu associação significativa entre os dois aspectos.

Ao interpretar esses dados, tem-se que as crianças com valor de sociabilidade elevado tendem a apontar autoconceito familiar elevado e as que apresentam sociabilidade baixa e média tendem ao autoconceito familiar baixo. Essa associação indica que crianças mais adequadas aos padrões sociais tendem a revelar fortes sentimentos em relação aos familiares, além de indicarem comportamentos mais adequados quando inseridas no ambiente familiar.

Observa-se na Tabela 12, que trata da associação dos resultados entre as características de autoconceito pessoal e autoconceito social, ambos dados da EAC-IJ, que existiu associação significativa entre os dois aspectos.

Os dados revelam que as crianças com valor de autoconceito pessoal rebaixado tendem a apontar autoconceito social baixo, enquanto crianças que apresentam autoconceito social alto demonstram tendência a um autoconceito pessoal elevado. Essa informação remete que crianças que se avaliam com capacidade intelectual e como capazes em estabelecer relações sociais adequadas tendem a estar bem consigo mesmas, sem muitas preocupações e medos.

Ao se avaliar a Tabela 13, que trata da associação dos resultados entre as características de passividade e padrão ativo, ambos dados do SMHSC, observa-se que existiu associação significativa entre os dois aspectos.

Essas informações apontam que as crianças com valor de padrão ativo rebaixado tendem a apontar passividade rebaixada e na média, enquanto crianças que apresentam padrão ativo médio demonstram tendência à passividade na média. A correlação indica que crianças com comportamento mais agitado tendem a ter ações mais submissas nas relações sociais.

 

Discussão e Considerações Finais

As crianças que participaram do presente estudo apresentaram, em sua maioria, valores rebaixados no item psicoticismo, entretanto Pacheco e Sisto (2003) observaram que crianças mais novas tendem à pontuação mais alta no psicoticismo, tal informação pode estar associada à idade dos participantes, pois, na pesquisa destacada, as crianças encontravam-se na faixa entre 5 e 7 anos, menores do que desta investigação. Além disso, estudo de Bolsoni-Silva, Marturano e Freiria (2010) indicou que há uma redução de problemas de comportamento com o avanço da idade e da escolaridade, o que pode se associar também ao psicoticismo. De qualquer maneira, os dois estudos abordados diferem dos dados encontrados na presente investigação. No tocante à extroversão, os dados deste estudo indicaram aumento dos índices dessa característica nas últimas faixas etárias estudadas. Tal dado pode ser verificado também em trabalho de Quirino e Villemon-Amaral (2013), que observaram um processamento mais impulsivo e extrovertido em crianças mais velhas. Por outro lado, em estudo de Santos et al. (2010), os dados sobre extroversão são compatíveis com os valores normativos para tal item.

Dados desta pesquisa indicaram valores mais expressivos de neuroticismo nas crianças com 9 anos, mas em pesquisa de Mansur-Alves e Flores-Mendoza (2009) foi observada estabilidade temporal no estudo do neuroticismo em crianças, indicando que tal característica acompanhara o processo de desenvolvimento e adaptação em relação à faixa etária. Quando se analisa as informações sobre socialização deste trabalho, tem-se que os participantes com menor idade revelaram índices maiores no item, mas em pesquisa de Bandeira, Rocha, Souza, Del Prette e Del Prette (2006) o dado foi oposto, observaram que crianças menores são mais propensas a comportamentos considerados pelos autores como problemáticos, tais como agressão, ameaças, brigas e dificuldade em cumprir ordens. Além disso, Santos et al. (2010) identificaram valores de socialização de acordo com valores normativos em seu estudo. Assim, tem-se que em três pesquisas distintas os resultados foram diferentes em relação ao aspecto de socialização em crianças.

Em relação ao autoconceito geral, não foram observadas diferenças em relação à idade e indicaram maior incidência de valores elevados. Outros estudos que versaram sobre o tema também verificaram que não existem diferenças do referido construto em relação à idade das crianças (Bordignon & Teodoro, 2011; Moraes Júnior & Cunha, 2007). Além disso, trabalho de Cia, Barham e Fontaine (2012) verificou que o autoconceito apresenta valores médios na maior parte das crianças pesquisadas. Além disso, como apontam Linhares e Martins (2015), o processo de autorregulação pode ser compreendido como importante fator para o aprimoramento da maneira pela qual a criança passa a se perceber e se definir, contribuindo positivamente para o desenvolvimento infantil. Nesta pesquisa, as informações sobre o autoconceito pessoal revelam resultados considerados médios para as crianças com 8 e 10 anos, embora o estudo de Fernandes, Bartholomeu, Rueda, Suehiro e Sisto (2005) tenha observado valores consideravelmente elevados do referido aspecto no grupo que foi pesquisado.

Na análise do autoconceito escolar, nesta pesquisa não foram observadas diferenças quanto à idade dos participantes, revelando valores rebaixados para a maioria das crianças. Em relação a esse aspecto, outras investigações apontam prejuízo no autoconceito e na autopercepção em crianças que apresentaram dificuldades de aprendizagem, algum tipo de dificuldade psicológica ou comprometimento de atenção (Molina & Maglio, 2013; Stevenato, Loureiro, Linhares & Marturamo, 2003). Informação que pode ser corroborada por pesquisa que destacou resultados significativamente mais elevados no autoconceito em crianças sem dificuldades escolares, demonstrando que a dificuldade de aprendizagem pode estar relacionada à diminuição do autoconceito (Okano, Loureiro, Linhares & Marturano, 2004)

Quando se considera o sexo das crianças como variável para análise, esta investigação encontrou valores de psicoticismo mais baixo nas meninas. A pesquisa de Macedo e Sperb (2007) indicou, por meio de revisão sistemática, que as meninas tendem a se referir a estados interiores com maior facilidade do que os meninos, revelando maior sensibilidade e capacidade em lidar com emoções, o que pode se associar às conclusões de Roveri e Soares (2011), que encontraram maior sensibilidade e fragilidade nas crianças do sexo feminino. Por outro lado, estudo de Fernandes et al. (2005) indicou índices maiores de psicoticismo nas meninas. Além desses dados, o presente estudo indicou maior incidência de valores elevados no neuroticismo para as meninas. Novamente, o trabalho de Fernandes et al. (2005) chega à conclusão contrária, que obteve valores mais elevados de neuroticismo nos meninos, dado que pode ser confirmado no estudo de Bandeira et al. (2006), que verificou maior incidência de comportamentos considerados como problemáticos nos meninos.

Quanto à extroversão e à sociabilidade, os dados desta pesquisa não indicaram diferenças quanto ao sexo. No estudo de Fernandes et al. (2005) também não foram observadas diferenças quanto à extroversão, entretanto, indicou variação na sociabilidade, com valores mais elevados para crianças do sexo masculino. No presente estudo, não foram observadas diferenças significativas na avaliação do autoconceito em relação ao sexo, em todos os elementos analisados. Entretanto, outros estudos apresentaram diferenças nesse construto para meninos e meninas, como segue: Observou-se autoconceito geral maior nas meninas (Bordignon & Teodoro, 2011), diferenças significativas no autoconceito pessoal e autoconceito social, ambos mais altos nos meninos, além de autoconceito escolar mais alto nas meninas (Fernandes et al., 2005). Também se observou que o autoconceito pessoal aumenta com a idade em meninos e o autoconceito escolar diminui com a idade nas meninas (Moraes Júnior & Cunha, 2007) e, por fim, tem-se que meninos com queixas escolares tendem a ter diminuição do autoconceito e autopercepção desfavorável (Ferreira, Conte & Marturano, 2011).

Os dados da presente pesquisa revelaram que não existem diferenças nos itens de avaliação das habilidades sociais, quando se considera o sexo da criança, dado também observado no estudo de Silva, Batista, Oliveira e Dassie-Leite (2012), que apresentou valores semelhantes nas habilidades sociais para meninos e meninas. Por outro lado, Bolsoni-Silva, Mariano, Loureiro e Bonaccorsi (2013) observaram que, segundo avaliação de professores, tanto meninos como meninas têm repertório de habilidades sociais, entretanto as meninas são, em geral, mais habilidosas socialmente do que os meninos, que são mais propensos a dificuldades de comportamento e de relacionamento.

Observou-se no presente estudo que crianças com valor de sociabilidade elevado tendem a apontar psicoticismo rebaixado. Na amostra normativa de Sisto (2004), foram observados dados de correlação negativa entre sociabilidade e psicoticismo, confirmando os dados obtidos na presente investigação. Fernandes et al. (2005) também observaram correlação negativa entre esses dois construtos nos meninos.

Outra correlação significativa deste trabalho indica que crianças com valor de assertividade elevado tendem a apontar psicoticismo rebaixado. Tal informação pode ser associada às considerações de Bandeira et al. (2006), que identificaram que crianças com maiores habilidades sociais tendem a ter menos comportamentos problemáticos, segundo avaliação de pais e professores. Também se relaciona ao trabalho de Bolsoni-Silva et al. (2010), que observaram redução de problemas de comportamento, quando a criança tem habilidades sociais elevadas. Tem-se ainda, na presente investigação, que crianças com valor de sociabilidade elevado tendem a apontar autoconceito familiar elevado, o que é confirmado em estudo de Fernandes et al. (2005), que observaram correlação positiva entre as duas características, tanto para meninas como para meninos.

Para finalizar essas reflexões, considerando-se os dados como um todo e sua discussão com as outras pesquisas sobre o assunto, tem-se grande variedade de dados quanto à personalidade, o autoconceito e as habilidades sociais das crianças avaliadas. Tal fato pode estar associado aos diferentes instrumentos que são utilizados para a referida avaliação, sendo escalas e testes psicológicos distintos.

Outro ponto que merece atenção, e que pode subsidiar o desenvolvimento de novas pesquisas, é a variação da idade das crianças pesquisadas, considerando-se que no processo de desenvolvimento infantil as mudanças ocorrem de forma acelerada e que a diferença de um ou dois anos acarreta alterações significativas nos aspectos psicológicos, há de se supor que a variável idade pode alterar de forma significativa os dados levantados. Além disso, as questões relativas às variações cultural e do nível socioeconômico também podem ser um fator que pode interferir na apresentação de características psíquicas em crianças.

De qualquer forma, uma vez que não predominam dados comuns nas diferentes pesquisas e pela relevância do tema aqui abordado, o assunto merece maior atenção no desenvolvimento de novas investigações, considerando-se as possíveis influências das variáveis destacadas, para que seja possível melhor compreensão global da personalidade, autoconceito e habilidades sociais infantis, bem como outros componentes psicológicos do mundo infantil.

 

Referências

Bandeira, M., Rocha, S. S., Souza, T. M. P., Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2006). Comportamentos problemáticos em estudantes do ensino fundamental: características da ocorrência e relação com habilidades sociais e dificuldades de aprendizagem. Estudos de Psicologia, 11(2), 199-208.         [ Links ]

Bolsoni-Silva, A. T., Mariano, M. L., Loureiro, S. R., & Bonaccorsi, C. (2013). Contexto escolar: práticas educativas do professor, comportamento e habilidades sociais infantis. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, 17(2), 259-269.         [ Links ]

Bolsoni-Silva, A. T., Marturano, E. M., & Freiria, L. R. B. (2010). Indicativos de problemas de comportamento e habilidades sociais em crianças: um estudo longitudinal. Psicologia: Reflexão e Crítica, 23(3), 506-515.         [ Links ]

Bordignon, S., & Teodoro, M. L. M. (2011). Relações entre percepção corporal, autoconceito e traços depressivos em crianças escolares com e sem excesso de peso. Aletheia, 34, 19-31.         [ Links ]

Boyd, D., & Bee, H. (2011). A criança em desenvolvimento (D. Bueno, Trad.). Porto Alegre: Artmed. (Original publicado em 2010).         [ Links ]

Caballo, V. E. (2012). Manual de avaliação e treinamento das habilidades Sociais (S. M. Dolinsky, Trad.). São Paulo: Editora Santos.         [ Links ]

Cassiano, M., Neufeld, C. B., & Rossetto, C. P. F. (2011). Intervenção em habilidades sociais com grupo de crianças em idade escolar (p. 120). Resumos do 3º Seminário Internacional de Habilidades Sociais. Taubaté: Universidade de Taubaté         [ Links ].

Cia, F., Barham, E. J., & Fontaine, A. M. G. V. (2012). Desempenho acadêmico e autoconceito de escolares: contribuições do envolvimento paterno. Estudos de Psicologia, 29(4), 461-470.         [ Links ]

Cória-Sabini, M. A. (2003). Psicologia do desenvolvimento (2a ed.). São Paulo: Editora Ática.         [ Links ]

Del Prette, A., & Del Prette, Z. A. P. (2005). Manual do Sistema Multimídia de Habilidades Sociais de Crianças. São Paulo: Casa do Psicólogo.         [ Links ]

Fernandes, D. C., Bartholomeu, D., Rueda, F. J. M., Suehiro, A. D. B., & Sisto, F. F. (2005). Auto concepto y rasgos de personalidad: um estudio correlacional. Psicologia Escolar e Educaional, 9(1), 15-25.         [ Links ]

Ferreira, A. A., Conte, K. M., & Marturano, E. M. (2011). Meninos com queixa escolar: Autopercepções, desempenho e comportamento. Estudos de Psicologia, 28(4), 443-451.         [ Links ]

Hall, C. S., Lindzey, G., & Campbell, J. B. (2008). Teorias da personalidade (4a ed.). (M. A. V. Veronese, Trad.). São Paulo: Artmed.         [ Links ]

Hutz, C. S. (2012). Avanços em avaliação psicológica e neuropsicológica de crianças e adolescentes II. São Paulo: Casa do Psicólogo.         [ Links ]

Linhares, M. B. M., & Martins, C. B. S. (2015). O processo de autorregulação no desenvolvimento de crianças. Estudos de Psicologia, 32(2), 281-293.         [ Links ]

Macedo, L., & Sperb, T. A. (2007). O desenvolvimento da habilidade da criança para narrar experiências pessoais: uma revisão da literatura. Estudos de Psicologia, 12(3), 233-241.         [ Links ]

Mansur-Alves, M., & Flores-Mendoza, C. (2009). Estabilidade temporal e correlatos desenvolvimentais do traço de neuroticismo em crianças em fase escolar. Psicologia em Estudo, 14(4), 807-815.         [ Links ]

Molina, M. F., & Maglio, A. L. (2013). Características del autoconcepto y el ajuste en las autopercepciones de los niños con Trastorno por Déficit de Atención con Hiperactividad de Buenos Aires. Cuadernos de Neuropsicología, 7(2), 50-71.         [ Links ]

Moraes Júnior, R., & Cunha, C. A. (2007). Reconhecimento de palavras e autoconceito num grupo de crianças. PSIC - Revista de Psicologia da Vetor Editora, 8(2), 215-226.         [ Links ]

Mussen, P. H., Conger, J. J., Kagan, J., & Huston, A. C. (2001). Desenvolvimento e personalidade da criança (7a ed.). São Paulo: Harbra.         [ Links ]

Myers, D. G. (2006). Psicologia (E. J. C. da Silva, M. dos A. S. Rouch, Trad.). Rio de Janeiro: LTC.         [ Links ]

Okano, C. B., Loureiro, S. R., Linhares, M. B. M., & Marturano, E. M. (2004). Crianças com dificuldades escolares atendidas em programa psicopedagógico na escola: Avaliação do autoconceito. Psicologia: Reflexão e Crítica, 17(1) 121-128.         [ Links ]

Pacheco, L., & Sisto, F. F. (2003). Aprendizagem por interação e traços de personalidade. Psicologia Escolar e Educacional, 7(1), 69-76.         [ Links ]

Papalia, D. E., Olds, S. W., & Feldman, R. D. (2009). Desenvolvimento humano (D. Bueno, Trad.). São Paulo: McGraw-Hill.         [ Links ]

Quirino, G. S., & Villemon-Amaral, A. E. (2013). Estudo comparativo entre indicadores afetivos das técnicas de Pfister e Zulliger. Avaliação Psicológica, 12(1), 1-7.         [ Links ]

Roveri, F. T., & Soares, C. L. (2011). Meninas! Sejam educadas por Barbie e "com" a Barbie. Educar em Revista, 41, 147-163.         [ Links ]

Santos, B. C. A., Ribeiro, M. C. C., Ukita, G. M., Pereira, M. P., Duarte, W. F., & Custódio, E. M. (2010). Características emocionais e traços de personalidade em crianças institucionalizadas e não institucionalizadas. Boletim de Psicologia, 60(133), 139-152.         [ Links ]

Silva, M., Batista, A. P., Oliveira, J. P., & Dassie-Leite, A. P. (2012). Habilidades sociais em crianças disfônicas. Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 24(4), 361-367.         [ Links ]

Sisto, F. F. (2004). Manual da Escala de Traços de Personalidade para crianças. São Paulo: Vetor Editora.         [ Links ]

Sisto, F. F., & Martinelli, S. C. (2004). Manual da Escala de Autoconceito Infanto-Juvenil. São Paulo: Vetor Editora.         [ Links ]

Stevenato, I. S., Loureiro, S. R., Linhares, M. B. M., & Marturamo, E. M. (2003). Autoconceito de crianças com dificuldades de aprendizagem e problemas de comportamento. Psicologia em Estudo, 8(1), 67-76.         [ Links ]

 

 

Recebido em 24/08/2016
Aprovado em 10/02/2018

Creative Commons License