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Revista Psicologia Organizações e Trabalho

versão On-line ISSN 1984-6657

Rev. Psicol., Organ. Trab. vol.19 no.1 Brasília jan./mar. 2019

http://dx.doi.org/10.17652/rpot/2019.1.14869 

Escala de metas de autoimagem e compaixão: adaptação para amostras brasileiras

 

Self-image and compassion goals scale: adaptation for brazilian samples

 

Escala de metas de autoimagen y compasión: adaptación para muestras brasileñas

 

 

Paulo Henrique Ferreira-AlvesI; Claudio Vaz TorresI; Laura Novaes AndradeI; Francesco MontaniII

IUniversidade de Brasília, Distrito Federal, Brasil
IIInternational University of Monaco, Monte Carlo, Monaco, França

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O artigo teve como objetivo traduzir e adaptar a escala de metas de autoimagem e compaixão de sua versão original em inglês para o português, no contexto da Polícia Militar do Distrito Federal (com amostras; N=127 e N=480) e buscar evidências de validade nacionais da escala. A original possui treze itens e o processo foi desenvolvido com base em métodos recomendados na literatura, passando por etapas de tradução, tradução reversa, comitê e análise de coeficiente de validade de conteúdo, que obteve índices satisfatórios (CVC=0,95). A análise fatorial exploratória apontou a estrutura bifatorial da escala conforme teoria e confirmou suas evidências de validade, mas indicando três itens que apresentaram baixas cargas fatoriais. Por fim, após nova coleta de dados, foi realizada a análise fatorial confirmatória da escala que confirmou sua estrutura bifatorial após exclusão de três itens existentes em sua versão original.

Palavras-chave: metas; autoimagem; compaixão.


ABSTRACT

The aim of this study was to translate and adapt the scale of Self-Image and Compassion goals from English to Portuguese, in the context of the Federal District Military Police (with samples N = 127 and N = 480), and seek evidence of the scale's national validity. The original scale had 13 items, and the validation procedure was developed following the cross-cultural literature recommendation. Thus, using the first sample, items went through a translation/back translation procedure, followed by the Content Validity Index computation, which obtained satisfactory levels (CVI = 0.95). An exploratory factor analysis confirmed the proposed two-factor structure, providing evidence of validity, but indicated three items that presented low factor loadings, which were later excluded. Finally, with the larger sample (N = 480), a confirmatory factor analysis confirmed the two-factor structure of the scale, after exclusion of three items from its original English version.

Key words: goals; self-image; Compassion.


RESUMEN

Este artículo tiene como objetivo traducir y adaptar la escala de metas de autoimagen y compasión, de su versión original en Inglés al portugués, en el contexto de la Policía Militar del Distrito Federal (con muestras, N = 127 y N = 480) y buscar evidencias de validez nacional de la escala. La original tiene trece ítems y el proceso fue desarrollado con base en métodos recomendados en la literatura, pasando por etapas de traducción, traducción reversa, comité y análisis de coeficiente de validez de contenido, que obtuvo índices satisfactorios (CVC = 0,95). El análisis factorial exploratorio apuntó la estructura bifactorial de la escala, según la teoría, y confirmó sus evidencias de validez, pero indicó tres ítems con bajas cargas factoriales. Por último, tras una nueva recopilación de datos, se realizó el análisis factorial confirmatorio de la escala que ratificó su estructura bifactorial tras la exclusión de tres ítems de su versión original.

Palabras claves: metas; autoimagen; compasión.


 

 

Uma das principais características dos seres humanos é sua tendência para unir-se a seus pares e formar grupos (Forsith & Burnette, 2010). De forma geral, as pessoas têm uma necessidade fundamental de pertencimento, interação social e contato com indivíduos que estejam preocupados com seu bem-estar (Baumeister & Leary, 1995), sendo essa a principal motivação dos sujeitos (Fiske, 2003). Os recursos, materiais ou não, advindos da interação com outras pessoas constituem o que é chamado de suporte social (Cohen & Syme, 1985).

Uma vez que suporte social é um conceito fortemente associado à saúde e ao bem-estar (Cohen & Syme, 1985), há um crescente interesse por parte da academia em estudar o tema. A partir da década de 1970 é observável um aumento nos estudos sobre suporte social (Matskura, Marturano, & Oishi, 2002); mais recentemente, as pesquisas têm investigado sua relação com a saúde (Wills, Ainette, Baum, Revenson, & Singer, 2012), o engajamento escolar (Wang & Eccles, 2012), o envelhecimento ativo (Paul, 2017), a solidão de estudantes universitários no primeiro ano de graduação (Shukla & Joshi, 2017), a saúde mental de mulheres no setor bancário (Upadhyay & Singh, 2017), o estresse parental e a satisfação em mães de crianças com paralisia cerebral (Wang & Kong, 2017), a qualidade de vida e a ideação suicida entre pessoas portadoras do vírus HIV ou de aids (Wani & Sankar, 2017), entre outros.

Um estudo expoente na área de suporte social é a pesquisa de Crocker e Canevello (2008) sobre como metas individuais influenciam o suporte social em relações comunitárias. Nessa pesquisa, foi investigada a influência de dois tipos específicos de metas individuais: as metas de compaixão e as metas de autoimagem; as primeiras têm foco nos outros, em apoiar e visar o bem-estar das pessoas a sua volta - ou seja, quando as pessoas engajam metas de compaixão, elas querem ser uma força construtiva em suas interações com os outros, evitando prejudicá -los (Crocker, 2011; Crocker & Canevello, 2008, 2012; Canevello & Cocker 2015). Já as metas de autoimagem visam construir, manter e defender as imagens públicas e privadas desejadas, para ganhar ou obter algo. Em contextos sociais, pessoas com metas de autoimagem querem que os outros as reconheçam e reconheçam suas qualidades (Crocker 2011; Crocker & Canevello, 2008, 2012; Canevello & Cocker 2015). Dessa forma, as metas de autoimagem envolvem autoapresentação e gerenciamento de impressão, não com a intenção de enganar os outros, mas sim de transmitir a concepção do self desejada pelo sujeito, ajudando as pessoas a realizar metas interpessoais, como fazer amigos, obter um emprego ou obter reconhecimento (Crocker & Canevello, 2008, 2012).

A escala criada por Crocker e Canevello (2008) para a mensuração de metas de autoimagem e compaixão contém, em sua versão original, 13 itens e obteve evidências de validade em um estudo com 204 participantes em uma universidade nos Estados Unidos (Crocker & Canevello, 2008), além de já ter evidências de validade em diversos contextos (Crocker, 2011; Crocker & Canevello, 2012; Crocker, Olivier, & Nuer, 2009; Crocker, Canevello, Breines, & Flynn, 2010). Apresenta, inclusive, evidências de validade em uma versão chinesa (Min Zhang, Lin Zhang, & Jennifer Crocker, 2012) com 24 itens e também japonesa (Niiya, Crocker, & Mischkowski, 2013), com 22 itens. A hipótese corroborada pelas autoras previa que a adesão a metas de compaixão cria um ambiente caracterizado por sentimentos de proximidade, cooperação e redução de conflitos; enquanto a adesão a metas de autoimagem poderia minar os efeitos positivos das metas de compaixão.

A relação entre metas de compaixão e metas de autoimagem e suporte social observada no estudo original de Crocker e Canevello (2008) é relevante e pode ser utilizada no contexto da segurança pública, mais especificamente, na atuação de policiais, pois a natureza de sua missão de servir e proteger implica muitas vezes priorizar metas de compaixão. Atualmente, há uma constante discussão acerca dos índices de criminalidade, da sensação de segurança da população, da política criminal brasileira e do papel da polícia na sociedade (Silva & Beato Filho, 2013), tópicos que devem estar diretamente relacionados com o suporte social provido pelos policiais (Crocker & Canevello, 2008).

Nesse sentido, conforme a literatura, conhecer metas endossadas é importante para entender diversos fenômenos psicológicos consequentes, como, por exemplo, suporte social (Crocker & Canevello, 2008), entre outros fenômenos psicológicos consequentes, como, por exemplo, hostilidade e conflito (Moeller, Crocker, & Bushman, 2009), e alguns que possam impactar diretamente na qualidade dos serviços prestados. Apesar da importância do tema e das correlações já evidenciadas entre os construtos propostos e outros construtos relevantes – como suporte social (Crocker & Canevello, 2008), mudança em aprendizado e busca de metas (Crocker, Olivier, & Nuer, 2009), mudança em ansiedade e disforia (Crocker, Canevello, Breines, & Flynn, 2010), qualidade de relacionamento e capacidade de resposta (Canevello & Crocker, 2010), entre outros -, não há ainda uma versão da escala adaptada para o português brasileiro. Tendo isso evidenciado, entende-se ser importante a realização de pesquisas na área de avaliação psicológica no contexto da segurança pública, pois, embora se tenha avanços significativos na área, há ainda carência de estudos sobre a adequação dos comportamentos policiais à sociedade civil (Faiad, Coelho Júnior, & Albuquerque, 2012). Nesse sentido, um dos focos de pesquisas no contexto supracitado pode ser na mensuração das metas endossadas e fenômenos psicológicos consequentes.

O processo de adaptação do instrumento de medida se faz necessário porque cada cultura traz seu cenário político-sócio-econômico, fato que demanda dos pesquisadores um cuidado especial no delineamento dos seus estudos - é trabalho dos estudiosos da área compreender as características culturais que cercam seu objeto de estudo, para, então, medir o fenômeno de forma adequada a sua população, não adotando conceitos estranhos ao grupo social em análise (Smith, Fischer, Vignoles, & Bond, 2013). O trabalho de adaptação do instrumento resulta na qualidade ou no fracasso dos estudos, uma vez que qualquer falha nesse sentido prejudica a representatividade do construto ou da amostra em questão, inviabilizando a associação entre estudos de diferentes países e a comparação entre os resultados obtidos.

Ou seja, busca-se equivalências entre o instrumento original e o adaptado a uma determinada cultura. Nesse sentido, o processo visa identificar equivalências funcionais, mensurando se o mesmo construto subjacente existe ou não em diferentes contextos; estruturais, se os mesmos itens ou estímulos podem ser usados em contextos culturais diferentes como indicadores do construto subjacente; métrica, que pode ser inferida pela relação direta entre a variável latente e o indicador observado na amostra, mas parece não ter sido discutida; e escalar, garantia de que a medida não foi afetada pelo viés de uniformidade, ou seja, se o escore de 5 no Grupo A, onde o instrumento foi originalmente desenvolvido, indica o mesmo nível do construto que um escore de 5 no Grupo B, onde ele está sendo aplicado e adaptado, no caso no Brasil (Smith et al., 2013).

Assim, para que se obtenha dados satisfatórios, devem ser aplicadas técnicas para reduzir vieses do instrumento (Smith et al., 2013). A aplicação desse instrumento em amostras brasileiras com os cuidados no processo de tradução e busca de evidências de validade e na administração do instrumento, podem minimizar parte desses vieses, iniciando o desafio de alcançar a equivalência cultural, métrica e funcional da medida. Para atingir esses objetivos, diferentes técnicas devem ser utilizadas para adaptação do instrumento, seguindo um processo com várias etapas de tradução, tradução reversa, análises semântica e de juízes (Beaton, Bombardier, Guillemin, & Ferraz, 2000).

Considerando a relevância do estudo de metas de compaixão e metas de autoimagem, e não tendo sido encontrados outros instrumentos, inclusive no Brasil, que se proponham a medir esse fenômeno psicológico, este artigo tem por objetivo adaptar a escala proposta por Crocker e Canevello (2008) para o contexto brasileiro e, mais especificamente, para a aplicação com uma amostra de Policiais Militares do Distrito Federal. Dessa forma, pretende-se contribuir para a consolidação desse tema de pesquisa no Brasil e permitir posteriores comparações transculturais com a utilização dessa escala.

 

Método

Para cumprir o objetivo proposto, este estudo foi realizado em três etapas. Inicialmente, realizou-se o processo de tradução e adaptação da escala para o português, respeitando-se todos os critérios recomendados para a construção e a adaptação de instrumentos (Beaton et al., 2000; Brislin, 1970; Cassep Borges, Balbinotti, & Teodoro, 2010; Hernandez-Nieto, 2012; van de Vijver & Hambleton, 1996). Na segunda etapa, foi feita a análise fatorial exploratória (AFE) da escala traduzida e aplicada em uma amostra de policiais militares do Distrito Federal, que proporcionou a primeira solução fatorial da escala para o contexto brasileiro. A terceira etapa, por sua vez, envolveu uma nova aplicação da mesma escala, mas com outra amostragem de policiais, para o desenvolvimento de uma análise fatorial confirmatória (AFC), a fim de testar a estrutura fatorial anteriormente proposta.

Etapa 1: Tradução e adaptação

Participantes

Nas etapas de tradução e retrotradução participaram especialistas em tradução por formação acadêmica ou convidados que já residiram, por motivos acadêmicos, em países de língua inglesa. Para avaliação dos critérios de coeficiente de validade de conteúdo (CVC) foram convidados a participar, como juízes, pesquisadores com conhecimento teórico e atuação acadêmica em psicologia social ou administração e voltados a temáticas correlatas às metas.

Procedimentos de coleta de dados e cuidados éticos

Inicialmente, a versão original da escala (Crocker & Canevello, 2008) foi apresentada a um grupo de cinco tradutores para que cada um deles apresentasse sua versão traduzida do instrumento. As cinco versões em português obtidas foram compiladas em uma versão única e então encaminhada para dois novos tradutores bilíngues responsáveis pela retrotradução dos itens do português para o inglês. Em seguida, os sete especialistas participantes dessa etapa reuniram-se em comitê virtual para verificar se a tradução reversa da escala era equivalente à versão original do instrumento e reportar questões culturais relevantes que poderiam impactar a compreensão dos itens. Com o consenso dos tradutores, chegou-se à primeira versão da escala contendo os 13 itens traduzidos para o português.

A primeira versão da escala foi, então, encaminhada a um novo grupo de seis acadêmicos especialistas no tema, para que fosse julgado o CVC do instrumento (Cassep-Borges et al., 2010; Hernandez-Nieto, 2002. O documento enviado aos juízes tinha definições teóricas e orientações para que avaliassem a clareza de linguagem de cada item, considerando a linguagem utilizada em relação às características da população; a pertinência prática, que considera se cada item foi elaborado de forma a avaliar o conteúdo de interesse em uma determinada população e se, de fato, cada item tem importância para o instrumento; a relevância teórica, ou seja, considerassem o grau de associação entre o item e a teoria; e, por fim, a dimensão teórica do item, isto é, se mede uma meta de autoimagem ou uma meta de compaixão.

O resultado final do CVC é alcançado por meio de cinco passos: o primeiro é o cálculo da média das notas de cada item; o segundo, o cálculo do CVC inicial por meio da relação entre a média do item e o valor máximo que ele poderia receber; o terceiro refere-se à subtração do inicial pela margem de erro (um dividido pela quantidade de juízes elevado à essa potência); o quarto é cálculo do CVC final para cada item e o quinto, o CVC final médio, utilizando as três características avaliadas (clareza de linguagem, pertinência teórica e pertinência prática). Após essa análise de juízes, obteve-se a versão final da escala traduzida para o Brasil.

Etapa 2: Análise fatorial exploratória (AFE)

Participantes

Na segunda etapa, que objetivou a realização de AFE, participaram 127 policiais militares do Distrito Federal de diversos níveis hierárquicos, das áreas operacional e administrativa, sendo 81,9% homens, com idade média de 34,45 anos (DP = 6,71 anos); o tempo de serviço variou entre 1 e 31 anos (M = 9,41; DP = 9,11). Além disso, a maioria dos respondentes possuía graduação completa (90,6%) e entre esses 25% tinham algum tipo de pós-graduação. É importante ressaltar que não houve necessidade de submissão anterior ao Comitê de Ética, conforme previsão legal estabelecida no artigo 1º, V da Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde.

Instrumento

O instrumento aplicado aos participantes e objeto desse processo de tradução e adaptação para a língua portuguesa com amostras brasileiras foi a escala de metas de autoimagem e compaixão (Crocker & Canevello, 2008). Seu formato original contava com 13 itens, sendo sete para metas de compaixão e seis para metas de autoimagem. Ela é respondida por uma escala Likert de 5 pontos, em que os respondentes têm que indicar se na última semana, em relação às suas amizades, o quanto se comportou conforme o descrito no item, variando de 1 (nunca), passando por 2 (raramente), 3 (algumas vezes), 4 (frequentemente) e 5 (sempre).

Procedimentos de análise de dados

A escala foi aplicada de maneira presencial e por meio de questionários impressos, em cursos ou no próprio local de trabalho (unidades administrativas ou operacionais da PMDF). Os dados foram analisados no software de análise estatística Statistical Package for the Social Sciences - SPSS, versão 23. Empregaram-se estatísticas descritivas (medidas de tendência central e dispersão, distribuição de frequência), principalmente para caracterizar a amostra. O critério de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) foi empregado com o objetivo de se conhecer a possibilidade de fatoração do conjunto de itens da escala e o alfa de Cronbach foi também calculado para conhecer a consistência interna (precisão) do instrumento estrutura fatorial resultante, sendo o parâmetro psicométrico mínimo estabelecido de 0,60 para que o instrumento possa ser considerado adequado em pesquisas exploratórias de acordo com Hair, Black, Anderson e Tatham (2009), bem como Pasquali (2010).

Especificamente, a busca pelas evidências de validação da estrutura interna do instrumento foi realizada por meio da AFE e foram empregadas estatísticas descritivas para confirmação das suas evidências de validade fatorial e consistência interna foram realizadas as etapas de exame gráfico, identificação e avaliação de valores faltosos, bem como a identificação e tratamento de outliers, conforme roteiro estabelecido por Hair, Anderson, Tatham, & Black (2009).

Etapa 3: Análise fatorial confirmatória (AFC)

Participantes

Para os procedimentos de AFC, utilizando o mesmo instrumento que passou anteriormente pela AFE, realizou-se uma nova fase de coleta de dados. A amostra foi composta por 480 policiais de diversas unidades operacionais e administrativas e diferentes graus hierárquicos, sendo 79,4% homens, com idade média de 41,18 anos (DP = 6,07 anos); com tempo de serviço entre 2 e 32 anos (M = 18,67; DP = 6,97). A maioria da amostra possuía graduação completa (68,1%) e, entre esses, 14,3% têm algum tipo de pós-graduação, com índice de 16,9% que não responderam sobre sua formação acadêmica.

Procedimentos de análise de dados

A tabulação e análise de dados foi realizada por meio do SPSS, versão 23 e para realização da AFC utilizou-se o Software Amos (v.23) e o estimador de máxima verossimilhança (ML). Empregaram-se estatísticas descritivas (medidas de tendência central, dispersão e distribuição de frequência) para caracterizar a amostra e para o teste do modelo extraído na fase de AFC, teve-se como índices: Qui-quadrado (χ2 ), razão Qui-quadrado e graus de liberdade (χ2 /g.l), Comparative Fit Index (CFI) e Root Mean Square Error of Aproximation (RMSEA), pois de acordo com Hair et al. (2009), a saída da AFC inclui muitos índices de ajuste, mas não se pede todos, a regra é que se confie em pelo menos um índice de ajuste absoluto e um incremental, além do resultado do χ2 (p. 614). Assim, os parâmetros adotados para que os índices fossem considerados satisfatórios foram o menor índice χ2 entre os modelos e p < 0,05, χ2 /g.l < 5, CFI superior a 0,90 e RMSEA próximo ou inferior a 0,08, conforme literatura (AErA, 2005; Bentler, 1990; Byrne, 2001; Hair, 2009; Maroco, 2010; Nascimento, 2014; Ullman, 2001).

 

Resultados e discussão

Etapa 1: Tradução e adaptação

As fases de tradução e retrotradução mostraram-se adequadas, restando apenas dois problemas iniciais que foram solucionados em relação a termos em língua inglesa que poderiam causar imprecisão, mais especificamente positive qualities (item 3) e be supportive (item 11). A primeira porque em uma tradução literal seria "qualidades positivas", o que foi considerado, pelos tradutores, um pleonasmo em si e, na segunda, porque o termo solidário, tradução mais adequada de be supportive, não tem a mesma conotação cultural no Brasil (Torres & Pérez-Nebra, 2015). Após considerações, optou-se por utilizar com os termos "qualidades" no item 3 e "ser solidário" (dar suporte) no item 11.

Superadas as questões linguísticas, foi realizado o cálculo do CVC (Hernandez-Nieto, 2002). Os escores obtidos após a avaliação de cada um dos juízes resultou na aprovação de todos os 13 itens da escala (CVC > 0,8). A Tabela 1 apresenta o resultado do cálculo dos escores do CVC para cada item em relação às três características avaliadas, além da descrição de qual dimensão teórica foi classificado com a quantidade de juízes que colocou em cada uma delas.

 

 

Dessa forma, o CVC final para clareza da linguagem foi de 0,905; para pertinência prática de 0,959 e para pertinência teórica o valor foi 0,990. Por fim, o CVC médio final da escala foi de 0,950. Em relação às dimensões de cada um dos itens, 11 deles foram unânimes e em dois houve divisão de votos.

Etapa 2: Análise fatorial exploratória (AFE)

A matriz de correlações entre as variáveis observadas apresentou mais da metade dos coeficientes acima de 0,30, indicando boa fatorabilidade da matriz e a amostra se revelou adequada para fatoração pelo critério de Kaiser (KMO = 0,707). O teste de esfericidade de Bartlett revelou violação desse critério, χ2(78) = 375,806, p < 0,01. No entanto, aspectos como o tamanho da amostra inflam a significância real do teste e o tornam obsoleto para análise.

A tabela do total de variância explicada apresenta a magnitude dos eigenvalues. De acordo com critério de Kaiser (K ˃ 1), é possível extrair até quatro fatores, que explicam uma variância total de 61,02%.

 

 

Análise paralela

Esta análise foi realizada para avaliar, em uma amostra de quantidade igual de sujeitos e itens, os autovalores provenientes de uma análise aleatória. A análise do banco de dados paralelo revelou a possibilidade de extração de até dois fatores.

 

 

Solução fatorial

Também foram realizadas análises fatoriais utilizando o método de extração de fatoração dos eixos principais (principal axis factoring, PAF) com rotação oblíqua (promax), uma vez que se sugere que os fatores da escala estão correlacionados. Seguindo as indicações dos resultados da análise paralela e utilizando-se de parcimônia, a solução final aqui apresentada resulta da extração de dois fatores nos quais se agruparam os itens do questionário. As Tabelas 4 e 5 apresentam os valores de confiabilidade para a exclusão de itens. Foram excluídos da versão original os itens 1, relacionado às metas de compaixão e os itens 2 e 13 relacionados às metas de autoimagem, pois apresentaram cargas fatoriais menores que 0,30, ou seja, não representaram o construto medido pelo fator, conforme proposto por Tabachnick e Fidell (2007).

 

 

 

 

Assim, após análise dos resultados e, conforme apresentados os resultados finais nas Tabelas 4, 5 e 6, o instrumento permaneceu com dez itens e a sua confiabilidade foi avaliada com base no alfa de Cronbach de cada um dos fatores, com o Fator 1 obtendo α = 0,79 e o Fator 2, α = 0,66.

 

 

Etapa 3: Análise fatorial confirmatória (AFC)

Os resultados do modelo resultante após a AFE, composto por 10 itens (após a exclusão dos três que apresentaram cargas fatoriais menores que 0,30), indicaram ajustes satisfatórios após a realização da AFC. Entretanto, um ponto importante a ser relatado é que houve, nos índices de modificação, um indicativo de correlação entre os erros 09 e 10, relacionados respectivamente aos itens 11 e 12, relativos ao fator de metas de compaixão. Por isso, foi testado um novo modelo correlacionando os dois erros supracitados, mas mantendo a escala com dez itens. Além disso, mesmo com a queda de três itens na AFE, foi testado o modelo original com 13 itens para visualização de seus índices de ajuste.

Dessa forma, após a realização da AFC na testagem dos outros dois e a comparação entre os resultados dos índices de ajustes dos três modelos indicaram melhor qualidade do modelo estabelecido com dez itens e os erros correlacionados, conforme pode ser observado na Tabela 7. Os escores mostraram-se com valores aceitáveis de Qui-quadrado e sua razão em relação aos graus de liberdade, apesar deste ter sido um pouco abaixo dos valores de referência, bem como do CFI. Por outro lado, foram satisfatórios os índices de GFI, TLI, RMSEA e PCFI, com valores dentro dos padrões recomendados pela literatura (Hair et al., 2009; Maroco, 2010). Além desses resultados, a escala final com melhores índices de ajuste, retratada na Figura 1, apresentou o valor de 0,81 para o índice Rho de Jöreskog, reforçando uma boa consistência interna.

 

 

 

 

Discussão

O presente estudo teve por objetivo traduzir, adaptar e buscar evidências de validade para a escala de metas de autoimagem e compaixão (Crocker & Canevello, 2008) para utilização no contexto brasileiro. Assim, por meio da utilização de diversas técnicas recomendadas na literatura (Beaton et al., 2000; Brislin, 1970; Cassep-Borges et al., 2010; Hernandez-Nieto, 2002; Vijver & Hambleton, 1996), realizou-se processos de tradução seguida de tradução reversa conforme apontado pelas referências supracitadas, para posterior consolidação de uma versão em português.

Esses processos passaram, em cada etapa, por tradutores especializados que, após considerações em relação às questões linguísticas e culturais, auxiliaram na obtenção de uma versão adequada que foi submetida a um comitê de especialistas teóricos para avaliação de suas evidências de validade por meio do CVC. Essa técnica, que utiliza critérios qualitativos e quantitativos, na presente pesquisa, obteve resultados adequados para todos os 13 itens da escala. Entretanto, conforme já apresentado, dois problemas iniciais foram solucionados em relação a termos em língua inglesa com certa imprecisão (positive qualities - item 3 e be supportive - item 11) com os termos "qualidades" no item 3 e "ser solidário (dar suporte)" no item 11, de acordo com a numeração original das autoras.

A análise fatorial exploratória confirmou a estrutura bifatorial da escala, conforme versão original na língua inglesa, com estatísticas de item, consistência internas e confiabilidade em índices satisfatórios e com os dois itens mais debatidos na etapa anterior apresentando as duas cargas fatoriais mais altas no modelo testado nesse procedimento. Contudo, os itens 1, 2 e 13 obtiveram escores fatoriais abaixo de 0,30 e foram retirados do modelo. O item 1, foi o que apresentou o menor índice de CVC, pois realmente o conteúdo ficou confuso, principalmente se está relacionado à autoimagem ou à compaixão. O item 2 também não apresentou um índice de clareza linguística alto, o que certamente influenciou em sua carga fatorial. O item 13, por fim, apesar do elevado índice de CVC, provavelmente apresentou baixa carga fatorial por também demonstrar certa confusão em medir, tanto autoimagem quanto compaixão.

Ademais, com base no modelo resultado da AFE, realizou-se uma análise fatorial confirmatória, procedimento mais robusto e com uma amostra maior que a primeira, que indicou índices de adequação satisfatórios (Hair et al., 2009; Maroco, 2010), mas abaixo do esperado e com uma relevante indicação de correlação entre dois erros dos itens 11 e 12. Entretanto, a covariância supracitada pode ocorrer devido à semelhança de conteúdo entre esses itens, pois como pode ser visto na Tabela 1, os conceitos subjacentes do item 11 (ser solidário - dar suporte) são muito próximos aos do item 12 (exercer uma diferença positiva).

Dessa forma, foi testado um modelo com esses itens correlacionados e outro com a exclusão do item 12, que, conforme pode ser visto na Tabela 5, apresentou menor escore fatorial (0,649) do que o item 11 (0,737). Portanto, como os índices de ajuste do Modelo 2 foram melhores que os outros dois testados e, levando em conta que os dois itens supracitados apresentaram escores fatoriais altos na AFE, optou-se pela manutenção do segundo modelo testado, com dez itens e dois erros correlacionados. Além disso, essa é uma pesquisa de validação de escala e a não eliminação de nenhum item após a realização da AFC mantém o instrumento mais próximo à versão original.

Assim, a versão final da escala de metas de autoimagem e compaixão com evidências de validade para uso no contexto brasileiro, após as etapas de tradução e validação, análise fatorial exploratória e análise fatorial confirmatória, ficou estabelecida com dez itens conforme pode ser visto na tabela 8.

 

 

Entende-se, portanto, que a estrutura latente do construto foi confirmada com algumas alterações em relação à sua versão original, ficando com apenas dez itens. Esse resultado não é inédito, uma vez que em outros processos de validação, conforme tratado na introdução, a quantidade de itens também foi diversa da versão original. Nesse sentido, na China ficou com 24 itens, enquanto no Japão, após uma revisão, apresentou 22 itens. Essas questões fazem parte de processos de adaptação de instrumentos, pois após a realização dos presentes estudos pode-se minimizar vieses comuns em pesquisas transculturais (Smith et al., 2013), seja por meio do processo de tradução e retrotradução em várias etapas, com a participação de especialistas, atenção a questões culturais e de linguística e o cuidado na administração do instrumento aos policiais reduz o viés de construto, de instrumento e de administração. Portanto, no caso da presente pesquisa, por mais que a amostra não seja representativa da população brasileira, pode-se afirmar que o apresenta equivalência funcional, estrutural e métrica (Smith et al., 2013).

Por fim, sabe-se que somente foram alcançados índices aceitáveis de ajuste após a exclusão de três itens, isso porque o processo de adaptação de instrumentos deve considerar as questões culturais em que estes são aplicados e a possibilidade de seu funcionamento diferencial de acordo com a necessidade de cada população. A escolha por eliminar três itens e, assim, obter o melhor ajuste do modelo evita condições teórico-metodológicas inadequadas ao contexto estudado e evidencia um fenômeno autóctone para essa população (Triandis & Marin, 1983). Nesse sentido, mesmo sabendo que os índices ainda não são tão elevados, ainda é possível melhorá-los, pois propõe-se que pesquisas futuras se dediquem ao aprimoramento da escala e a revisão de itens de tradução conflituosa ou imprecisa. Portanto, por exemplo, pode-se formular dois novos itens a partir do item 8 da sua versão final ou da reescrita dos itens 8 e 9, o que poderia diminuir a covariância entre os termos de ser solidário (dar suporte) e exercer a diferença positiva na vida de outrem.

Essas questões, no entanto, não impedem, ao contrário, tornam necessário ainda difundir a escala de metas de autoimagem e compaixão para aplicação maior no contexto brasileiro, em amostras diferentes para uma busca mais aprofundada de explicação de fenômenos psicológicos antecedentes e consequentes, bem como, aprimorar sua estrutura latente e evidências de validade por meio de novas testagens.

 

Referências

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Endereço para correspondência:
Paulo Henrique Ferreira-Alves
Universidade de Brasília. Departamento de Psicologia Social e do Trabalho. Campus Darcy Ribeiro, Instituto Central de Ciências Sul - Instituto de Psicologia - Sala AT, 013
70.910-900. Brasília-DF, Brasil
E-mail: phferreiraalves@gmail.com

Recebido 17/01/2017
Primeira decisão editorial em: 23/04/2018
Versão final em: 31/07/2018
Aceito em: 31/07/2018

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