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Revista de Psicologia da UNESP

versão On-line ISSN 1984-9044

Rev. Psicol. UNESP vol.13 no.1 Assis jan. 2014

 

Relato de experiência

 

Agonias dum pesquisador numa abordagem envolvendo crianças: reflexões advindas de Catingueira – PB

 

Agonies of a researcher in an approach involving children: reflections arising from Catingueira – PB

 

 

Antonio Luiz da SilvaI

I Universidade Federal do Rio Grande do Norte

 

 


RESUMO

Neste artigo destaco a importância do campo de pesquisa para a formação do pesquisador. Enfatizo que o preparo prévio não elimina as angústias antes da entrada em campo. Apresento a abordagem que experimentei, mostrando como circulei por todos os espaços do campo, visando compreender como viviam adultos e crianças. Afirmo que mesmo cuidadoso com minha autoexposição, não estive livre de constrangimento, desconfiança social e controle da comunidade. Intuo que isso ocorreu porque minha abordagem envolvia também as crianças quando eu não estava sob a proteção de uma instituição específica. Concluo que a entrada em campo e a abordagem às pessoas podem ter consequências diretas para a condução da pesquisa e para seus resultados.

Palavras-chave: Pesquisador; campo; metodologia; abordagem; crianças.


ABSTRACT

In this article I highlight the importance of a search field for the training of the researcher. I emphasize that the previous preparation does not eliminate the anguish before his entry into the field. I present my approach, showing how I scoured through all the spaces of the field, aiming to understand how adults and children lived. I argue that even careful with my performance on the field, I was not free from embarrassment, social mistrust and community control. I believe this was because my approach also involved children when I was not under the protection of a specific institution. I conclude that the entry into the field, and the approach to the people can have direct consequences for the conduct of research and their results.

Keywords: Researcher; field; methodology; approach; children.


 

 

Para introduzir a conversa:

Nunca se vai a um campo de pesquisa intelectualmente 'desarmado'. Como se trata de uma atividade marcante na formação do pesquisador, é usual que o aspirante seja guiado por pessoa(s) supostamente competente(s), devendo, nesse processo, se submeter a programas de estudos preparatórios cuja finalidade é tornar familiar as possíveis 'armadilhas e belezas do campo'. Com isso cria-se todo um aparato acadêmico, onde saberes são produzidos, reificados e mistificados. Por conta dos muitos conhecimentos construídos ou intuídos pelos manuais, pelos professores e pela autoridade inventada ao redor do campo, real ou suposta não faz diferença, toda sorte de apreensões pode ser despertada no iniciante.

Contudo, como num grande teatro a céu aberto, somente nos espaços do campo, o pesquisador pode ver descerrarem-se as cortinas da existência, numa quantidade incomensurável de cenas cotidianas, todas dramatizando o vivido humano. Nele o investigador pergunta, enxerga, ouve e, às vezes, anota muito mais do que consegue alcançar mentalmente. Aliás, diz Cardoso de Oliveira (2000) que o trabalho de campo passa pelo ver, ouvir e escrever. E, voltando para casa, aquelas vivências passarão a ser ruminadas, inclusive por vários anos, pois uma pesquisa não se finda nunca, nem com a conclusão de uma investigação nem com a escritura de um texto científico.

De minha parte, mesmo tendo vários anos como trabalhador graduado, atuando em políticas para crianças, no empreendimento que deu origem à reflexão aqui apresentada tudo me era novidade. Embora o que tenho a comunicar pareça um deslumbramento de 'neoconvertido', esse ter ido, ter estado e haver vivido lá, mesmo num mês curto, fevereiro de 2012, me fez acreditar, em comunhão com Peirano (1992), que o campo de pesquisa continuará sendo uma 'instituição' soberana, tanto nas ciências sociais quanto nas humanas, se é que pode mesmo existir uma instituição soberana no saber científico.

Reconheço que o trabalho de campo é uma experiência ímpar, por vezes estranha e assustadora na vida de qualquer pesquisador. Porém, é nesse "(...) estar estranho em campo que podemos perceber o fazer etnográfico" (Silva Jardim, 2010, p.13). Além disso, como afirma Maluf (2012, p. 42): "É também o campo o que pode legitimar as novas invenções conceituais e teóricas".

Dada a importância dessa atividade, está correto pensar que ninguém poderá passar pelo 'ritual teórico e prático vivencial do campo', fundamentado pela inventividade de Malinowski (1984), sem se deixar afetar (Favret-Saada, 2005). É bem possível que já se vá a campo 'pré-afetado', sendo improvável uma não contaminação afetiva, condição acentuada nas ciências sociais e humanas, onde a relação de investigativa se dar com elemento de natureza semelhante, envolvendo pesquisdor/pesquisado. É claro que a ciência sempre tentou expurgar a subjetividade do pesquisador. Hoje, porém, embora o cientificismo não esteja ainda desincentivado, já se é mais aceitável a experiência de algum laço emocional indo além das informações e das abstrações meramente cognitivas.

De qualquer forma, como todo neófito que leu atentamente antes de chegar ao campo, acabei desenvolvendo uma imensidão de perguntas e muita ansiedade. Para Silva, Barbosa e Kramer (2006, p. 87): "Toda véspera de trabalho de campo mobiliza, inquieta, suscita expectativas". Naquele período, estava sempre me indagando: como a vida acontece na ação ordinária de um cotidiano desconhecido? Como coletarei os dados? Que teoria me servirá? Como abordarei as pessoas? Devo incluir todos os grupos etários?

Inicialmente queria ouvir apenas as crianças. Mais tarde, por sugestão de Flávia Pires (2011), resolvi não separa-las de sua vivência comunitária adulta, mesmo considerando-as em sua 'atuação política', através de sua autoexposição e da ocupação dos espaços públicos urbanos, sem me descuidar de olhar para aquilo que os poderes governamentais municipais 'propunham' para elas.

Abaixo reflito sobre algumas experiências advindas de meu campo de pesquisa, sendo este texto reelaborado a partir do material de minha dissertação . Embora o assine sozinho, ele inclui reflexões feitas, posteriormente, com a ajuda de vários autores e também de pensadores locais do meu campo de pesquisa. Para facilitar a leitura, subdividi o texto oito partes, contando com essa introdução e a reflexão final.

 

No campo tudo muda o tempo todo: localizando a experiência.

O campo de minha pesquisa foi Catingueira, uma cidadezinha interiorana, com menos de cinco mil habitantes, localizada no Sertão Paraibano, no Nordeste brasileiro. Trata-se de é um campo de pesquisa em 'ebulição' que há mais de uma década vem oferecendo contribuições significativas. É claro que ninguém poderá dizer que já a conhece em sua totalidade. Talvez, se conhecê-la plenamente fosse possível, seria uma prerrogativa reservada àqueles que nela vivem na condição de seus pensadores.

De fato, não é possível conhecer-se totalmente um campo, porque ele muda muito e sempre. Não digo que ele se transforma radicalmente, 'da água para o vinho', negando suas faces anteriormente percebidas. Contudo, dependendo da olhada, ele acabará revelando suas outras múltiplas feições. Dessa forma, duas observações jamais poderão ser iguais, mesmo quando feitas por uma única pessoa, porque o campo nunca será o mesmo numa segunda mirada.

Além disso, observadores diferentes sempre fazem inserções bem diversas em um mesmo campo, logo as produções por eles assinadas só podem resultar distintas. Como acreditam Silva, Barbosa e Kramer (2008, p. 93): "O lugar de onde faço a observação interfere naquilo que eu observo e assim é importante expor o lugar social e político de onde faço observação, para além de lugar físico (...)".

Se o raciocínio acima estiver correto, a Catingueira dos dias festivos não será a dos dias comuns. Se for a mesma, deve ser revestida de um 'não sendo', concomitantemente. É, na condição de palco geográfico, porém não é enquanto terreno político, afetivo, por exemplo. Portanto, a Catingueira da festa de São Sebastião é, ao mesmo tempo não sendo, a Catingueira dos filhos ausentes, dos malassombros, da religião das crianças, do Programa Bolsa Família, do empoderamento das mulheres e das crianças (Pires, 2000; Pires, 2011; Pires, Santos & Silva, 2011; Silva Jardim, 2010; Benjamin, 2010; Souza, 2011; Pires, 2013), analisada em ocasiões distintas. Se de alguma forma essa explicação faz sentido, a Catingueira de todos esses assuntos é e não é a mesma dos direitos infantis, duas décadas depois da publicação do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil (Silva, 2013), que foi a que pude ver.

 

A importância da entrada em campo:

Existem muitas maneiras do pesquisador se aproximar de seu campo. Dependendo, esse ato pode determinar inserção, rejeição ou indiferença ao pesquisador. "A entrada em campo e a aceitação pelo grupo social são destacados como essenciais na observação etnográfica" (Bussab & Santos, 2009, p. 108).

Minha entrada em campo deu-se pela porta do jeitinho brasileiro. Comentei com uma colega que estava planejando pesquisar em Catingueira. Para ela, parecia uma insanidade chegar sem conhecer ninguém. Já sabendo ser uma cidade pequena, sem pousadas e talvez sem casa para alugar, ela me censurou, prontificando-se a resolver a situação. Rápido localizou um político da região, o qual havia sido secretário do município e tinha boas relações com o prefeito daquela gestão (2012). Ele queria que eu ficasse na casa do prefeito e por conta da prefeitura, o que para mim seria um disparate. Ainda permaneci hospedado dois dias na maternidade municipal, até que aluguei, na base da 'camaradagem', minha moradia. Levei para lá um colchão emprestado, coisas de uso pessoal e meu computador. Mais tarde comprei um mosquiteiro, um prato, dois talheres, um pano de chão e um rodo. E esse foi todo meu suporte habitacional.

Chegar pela porta da prefeitura me abriu vários caminhos, me garantindo acesso fácil aos gestores municipais. No entanto, apesar de julgar minha entrada importante para minha inserção, não tenho certeza se teria sido assim até o fim, caso não tivesse me mudado ou tivesse ficado por conta da prefeitura. Como Afirmam Matias e Francischini (2010, p. 245) "(...) o trabalho do pesquisador depende de sua inserção no campo de registro simbólico do grupo que investiga, (...) e a entrada nesse campo é um aspecto muito importante de sua abordagem".

O fato de ter alugado a residência a uma pessoa conhecida, me facilitou a vida. A população saberia que a proprietária não entregaria seu imóvel a uma pessoa sem 'boas indicações'. Assim, quando dizia que estava na casa de D. Celeste, as pessoas já sabiam inclusive que eu estava morando na Rua do Olho D'Água.

 

O campo refaz o conteúdo pré-concebido pelo pesquisador:

Ao circular pelos espaços do campo, eu estava observando como crianças e adultos compreendiam direitos infantis. Mas estava sendo inquirido pelas pessoas. Algumas vezes tive de responder o que estava fazendo, onde estava morando, até quando ficaria na cidade, etc. Era uma forma do campo manter sobre mim ao menos um controle mínimo. Conforme Roy Wagner (2010, p. 35): "(...) o problema da comunidade não é o mesmo do antropólogo, que consiste em administrar sua competência pessoal ao lidar com os outros: o problema da comunidade é simplesmente controlar o antropólogo".

Porém, mesmo me controlando, ninguém parecia se incomodar em responder às minhas questões, me dando inclusive várias indicações. Recordo-me de seu Agenor, 85a, me perguntando: "Como é, já pegou muito conhecimento na cidade?"

Apesar de deliberadamente cuidadoso com meu comportamento em campo, não estive imune de passar por um grande constrangimento. Certa vez, estava numa acompanhado por Antonio 44a. Cláudio, 09a, um importante pequeno interlocutor, se aproximou, oferecemos-lhe refrigerante e pastéis. Outro garoto, um pouco mais velho, chamou Cláudio e cochichou-lhe ao ouvido. Cláudio voltou dizendo em voz alta: "Você está mentindo, eu conheço o cara". E Cláudio acrescentou: "Ele disse que ele (apontando pra mim) é de Campina Grande e come os menininhos". Fiquei atordoado, mas a resposta me veio de supetão: "Não como menininho e nem sou de Campina Grande". Talvez por inexperiência fechei naquele instante todos os canais de diálogos. Provavelmente, se não fosse final da pesquisa, teria abandonado o campo.

Esse acontecimento me fez compreender que eu também estava sendo vigiado. É claro que essa não foi a única e nem a principal imagem que imprimi de mim em Catingueira por minha autoexposição. Comumente, me viam como professor e como pesquisador, mas nada impede que tenham me visto como pedófilo e como abusador de crianças. Para Roy Wagner (2010, p. 34) "(...) o pesquisador continua sendo objeto de curiosidade e muitas vezes de temor, encaixando-se em muitos dos estereótipos um tanto ambíguos do forasteiro "perigoso", ou talvez do ocidental traiçoeiro".

Pela força do inusitado, esse episódio me desarmou metodologicamente, mostrando-me que em campo o pesquisador não tem controle de absolutamente nada, mesmo que queira. Hoje entendo que os eventos assustadores do campo, não são apenas frutos de um acaso insondável, são para nos fazer, a posteriori, pensar melhor.

Agora, assessorado pela opinião de outros pensadores, alguns locais, me é possível atentar para vários pontos. Em primeiro lugar, no município são conhecidos adultos, alguns financeiramente influentes, que abusaram sexualmente de crianças. A presença do CREAS – Centro de Referência Especializado da Assistência Social – reforça essa informação. O citado programa do governo federal tem a função de enfrentar a violência contra as crianças nos municípios onde está implantado. Em segundo lugar, percebi, em várias conversas, temas que tangenciavam a sexualidade, se não abertamente, ao menos com certa franqueza popular. Lembro-me de uma criança ter me confidenciado que um determinado senhor vivia lhe pedindo: "Ajeita a tua mãe pra mim". Em terceiro lugar, esse ocorrido me indica que a comunidade pode estar mais atenta às suas crianças, protegendo-as de possíveis perigosos forasteiros.

Fora desse evento, tipo 'saia justa', acima mencionado, Catingueira me proporcionou uma experiência inigualável. Seus moradores compartilharam comigo informações valiosas, me dando a certeza de que minha palavra, mesmo arrumada intelectualmente, não poderia ser maior do que a dos pensadores locais. E esse entendimento me impôs respeitar aquilo que ouvi e vivi em campo como sendo de uma autoridade formadora ímpar. O campo também me ensinou que as teorias, mesmo clareando minha experiência, não teriam a palavra final.

 

Algumas palavras para terminar:

Devo concluir, afirmando que o campo de pesquisa tem uma importância capital para a formação do pesquisador das ciências sociais e humanas. Ele sempre vai colocar o pesquisador frente às incertezas e singularidades do mundo acadêmico. Como uma 'entidade' viva, pode se deixar observar passivamente ou mostrar-se impetuoso e com 'vontades' bem definidas na revelação de suas facetas.

É claro que o pesquisador entra em campo por inteiro, não existindo a possibilidade, ao menos no campo das ciências humanas e sociais de que ele não se envolva afetiva e intelectualmente.

Penso que é válido incluir as crianças no processo de pesquisa sem separa-las dos ambientes adultos. Embora cada faixa geracional esteja diferenciada, não é mais possível vislumbrar espaços exclusivos para crianças, adultos e idosos em Catingueira.

Por fim, é importante ter em consideração que a comunidade tem, sim, o direito legítimo, de controlar o forasteiro e curioso que vem se imiscuir em seu cotidiano. Para mim, a escolha que fiz de circular por todos os espaços do campo, até agora me parece ter sido a mais acertada, mas a não menos perigosa.

 

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Recebido: 15 de maio de 2014.
Aprovado: 15 de abril de 2014.