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TransFormações em Psicologia (Online)

versão On-line ISSN 2176-106X

TransForm. Psicol. (Online) vol.3 no.2 São Paulo  2010

 

Editorial

 

 

Chegamos ao nosso quinto número anunciando a suspensão de nossa edição impressa e o adiamento temporário da indexação em bases de dados como, por exemplo, a PEPsic, BVS-Psi e Scielo, mantendo a publicação no site do Instituto de Psicologia da USP.

Desde a suspensão da impressão, pudemos notar que as solicitações que recebemos de assinaturas desse formato aumentaram consideravelmente, oriundas principalmente de bibliotecas de outras faculdades. A edição impressa configurava-se como um meio importante de divulgação da revista. E um meio que, por atingir diferentes instituições de ensino e regiões do país, serve preciosamente à ambição formativa, pois leva a revista mais longe, abrindo a possibilidade de que num futuro próximo os leitores tornem-se autores e a revista, mais plural.

Não que o meio virtual não atinja o público discente. Mas não parece precipitado supor que isso ocorra principalmente através das bases de dados de artigos acadêmicos, como a Scielo. Contudo, o ingresso para uma base de dados requer um processo de programação relativamente complexo. Dentre as possibilidades técnicas de execução da indexação, encontram-se desde recursos de informática exclusivos para o periódico a conhecimentos de programação editorial disponíveis apenas por meio de cursos oferecidos por bibliotecas.

Assim, apesar de a decisão da suspensão da edição no formato impresso ter sido uma decisão realista, associada ao adiamento da indexação às bases de dados, a divulgação da revista foi restringida. Retomar estas atividades mostra-se uma tarefa dispendiosa, principalmente quando consideradas as demandas editoriais de cada número da revista, que nos forçam a resolver problemas de urgência em detrimento de planos a longo prazo.

Ambas as empreitadas – a indexação e uma possível volta da edição impressa – demandam esforço e tempo, mas principalmente, parceiros. Por isso, cabe não economizar na comemoração: temos sangue novo! A revista recebe uma terceira geração de alunos em seu corpo editorial em um momento de embate entre as regras ideais e a realidade concreta e, portanto, de adaptação e criação de novas estratégias.

A primeira geração da revista tinha em mãos uma tarefa distinta. Tratava-se, antes de mais nada, de conceber algo novo. Mas não só isso. Era preciso tirar a ideia do papel, pesquisar condições e possibilidades de realização do projeto e lutar para criar o espaço que hoje ocupamos.

Depois de ligada a locomotiva, a questão era lenha na caldeira. Uma segunda fornada de membros da comissão executiva aprendeu, então, a conduzir o processo editorial segundo as regras concebidas, solidificando e instaurando um modo de trabalho funcional e permanente durante o tempo. Isto permitiu que membros pudessem entrar e sair da revista mantendo o processo editorial ativo.

Mas o novo pede passagem e é hora de outras estratégias recolocarem problemas existentes em termos originais. Mantendo sempre o ideal de formação da revista, não devemos esquecer de seu prefixo trans, que diz respeito ao para além, à renovação e à posteridade.