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Trivium - Estudos Interdisciplinares

versão On-line ISSN 2176-4891

Trivium vol.4 no.2 Rio de Janeiro jul./dez. 2012

 

A Trivium tanto define um segmento temático quanto uma área livre que validam a vocação do Programa do Mestrado de Psicanálise, Saúde e Sociedade ao múltiplo. Para essa edição foi proposto pela Comissão Editorial o tema Clínica e Teoria Psicanalítica, entendendo ser este um dos campos férteis às pesquisasque serão desenvolvidas noPrograma de Doutorado em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida que terá início em maio de 2013.

Abrindo asessão temática no artigo "Labirinto do não. Considerações sobre a síndrome de Cotard", DayseStoklosMalucelli, a partir de um caso clínico, retomaum tipo de delírio, o de negações que é também conhecido como Síndrome de Cotard. Em seguida Ana Maria Rudge e Tatiana Lins, no artigo "Ingresso do conceito de passagem ao ato na teoria psicanalítica", perscrutam o actingout, ato no qual o sujeito em análise age ao invés de recordar e colocar em palavras uma cena infantil. Em "Contaros CemAnos,ViveraSolidão", Fabiano Chagas Rabêlo, a partir da escrita de Gabriel Garcia Marques, traz à baila os conceitos de fantasia e tiquê na tentativa de evidenciar as complexidades da relação do sujeito com a realidade. Em "O saber no lugar da verdade e a verdade com o sabera mais", José Luís Longo e Marta Regina de Leão D'Agord trazem à baila uma discussão sobre o matema dos quatro discursos de Lacan, formulado no Seminário 17. Por fim, "Psicanálise, trabalho imaterial e pós-modernidade" de Pedro Sobrino Laureanoapresenta algumas articulações possíveis entre a psicanálise freudiana e lacaniana com o pensamento desenvolvido pelos filósofos Antonio Negri e Michael Hardt, na intenção de refletir o estatuto da clínica psicanalítica no mundo pós-moderno.

Na sessão de artigos livres a versão do artigo de NéstorBraustein, "Duas obras sobre Moisés: a de Freud e a de Schõenberg", leva o leitor a conhecer de que modo a figura mais enigmática do Antigo Testamento, Moisés, inspirou o analista e o músico na defesa de suas teorias. "Em Música para o teatro do inconsciente", José Eduardo Costatraz uma bela reflexão sobre a ideia de que a música, no espaço teatral por ela circunscrito, promove a aproximação dos entes ao real, realizando-se como projeto da verdade, que valida o teatro como forma de vida. Por fim, Elizabeth Cancelli em "A violenta memória do esquecimento" defende a ideia de que em países que sofreram com regimes políticos calcados na força e na violência, está nascendo uma farta bibliografia que postula a fluidez acentuada entre memória e História.

A resenha do livro Psicanálise e outros campos de saber, organizado por Vera Lopes Besset e Ana Maria Rudge, uma crítica à peça "Ninguém Falou que Seria Fácil" de Felipe Rocha, um ensaio sobre a exposição "Dois reais" de Matheus Rocha Pitt e alguns resumos de dissertações defendidas no Mestrado em Psicanálise, Saúde e Sociedadeencerram esse númerorefletindo o caráter interdisciplinardessa Revista.

 

Betty Bernardo Fuks
Editora Responsável