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Trivium - Estudos Interdisciplinares

versión On-line ISSN 2176-4891

Trivium vol.8 no.1 Rio de Janeiro enero./jun. 2016

http://dx.doi.org/10.18379/2176-4891.2016v1p.25 

ARTIGOS TEMÁTICOS

 

O Moisés de Freud e o Joyce de Lacan*

 

Freud's Moses and Lacan's Joyce

 

 

Cláudia Thereza Guimarães de Lemos

Doutora em Linguística pela Universidade de Edinburgh, Escócia; Professora Titular de Aquisição de Linguagem do Departamento de Linguística do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL/ UNICAMP (1976-1995)) Psicanalista. Pesquisadora CNPq (1A). Professora do I E Linguagem e membro do Centro de Pesquisa Outrarte. Avenida Júlio de Mesquita 590, apto. 62, Campinas-SP, Brasil. E-mail: ctglemos@uol.com.br

 

 


RESUMO

É conhecido o fato de que Freud, através do conceito de verdade histórica, em oposição ao de verdade material, descontrói a história de Moisés e do advento da religião monoteísta. O objetivo deste trabalho é pôr essa desconstrução de Freud em relação com o modo como Lacan vê a escrita de James Joyce, aparentemente destinada apenas ao equívoco, como um expediente para barrar o acontecimento histórico enquanto tal ou a história dos historiadores como possibilidade.

Palavras-chave: VERDADE HISTÓRICA; VERDADE MATERIAL; MONOTEÍSMO; CONSTRUÇÃO.


ABSTRACT

It is known that Freud deconstructs the history of Moses and the advent of monotheism through the concept of historical truth, as opposed to material truth. The aim of this work is to put this deconstruction in relation to the way Lacan sees Joyce's writing, apparently destined to equivocity, as an expedient to obstruct historical event as an event or the history of historians as a possibility.

Keywords: HISTORICAL TRUTH; MATERIAL TRUTH; MONOTHEISM; CONSTRUCTION.


 

 

O tema desta mesa é historicidade e objeto a. Vou tomá-lo como mote. Explico: vou associar historicidade ao empreendimento de Freud, ao distinguir e, de certa forma, opor verdade histórica e verdade material. Ao objeto a - invenção de Lacan -, associarei o modo como ele se ancora em Joyce, em seu dizer/desdizer pela homofonia, assujeitando, pois, história a linguagem. Assim procedendo, não deixo de atender ao que escutei no tema-título da mesa , isto é, uma contiguidade entre Freud - historicidade - e Lacan - objeto a - que pede interpretação na própria história da Psicanálise.

Para tanto, parto da edição da Gallimard de O homem Moisés e a religião monoteísta- Três ensaios (1986[1939]) e, em particular de seu Prefácio, no qual Marie Moscovici (1986) se debruça sobre o percurso tortuoso de Freud na escrita desses textos, baseando-se em parte na correspondência do autor com Arnold Zweig (1973[1927-1939]).

No que se refere a Lacan, vou deter-me em uma dita segunda versão escrita da conferência proferida na abertura do Simpósio Joyce, em Paris, 1975: "Joyce, o Sintoma" (2007[1975] pp.157-165). Trata-se de uma dita segunda versão porque, nela, quase nada resta da primeira. Menciono aqui esses detalhes porque sabemos, por fontes várias e pelo próprio texto, que a escrita de "O homem Moisés" foi atormentada por receios e dúvidas, e é também de nosso conhecimento, por meio de Jacques-Alain Miller, editor de "Outros Escritos", que Lacan se opusera à publicação da primeira versão escrita de sua fala, razão pela qual se pode, por assim dizer, deduzir que a ela sobrepôs, encobrindo-a, uma escrita outra, "Joyce, o Sintoma II" (2003[2001], pp. 560-6).

 

 

No "Moisés" de Freud assim como em "Joyce, o Sintoma II" de Lacan, o mal-estar comparece e sinaliza, entre outras coisas, a pedra de espera, no meio do caminho, um não-saber-fazer com o histórico, ou melhor, com o que se sedimenta no mito, nas religiões e até mesmo na história dos historiadores.

Em seu prefácio , Moscovici lembra que, já em 1904, na "Psicopatologia da vida cotidiana", Freud se interroga sobre o religioso e o mitológico a partir de seu encontro com um funcionamento psíquico que impõe "a construção de uma realidade suprassensível". Em palavras de Freud:

Penso com efeito que uma grande parte da concepção mitológica do mundo, que se estende até muito longe, até mesmo às religiões mais modernas, não é outra coisa senão uma psicologia projetada sobre o mundo exterior. O obscuro conhecimento [...] da existência de fatores e de fatos psíquicos próprios ao inconsciente se reflete na construção de uma realidade supra-sensível ue a ciência tem por tarefa retransformar em psicologia do inconsciente. Poderíamos nos arriscar a desfazer de uma tal maneira os mitos do paraíso, do pecado, de Deus, do Bem e do Mal, da imortalidade, etc., a transformar a metafísica em metapsicologia (1901 [1997], pp.441-12, ênfase do texto original).

É impossível acompanhar Freud nessa desmontagem, se voltar às noções de fragmento e construção - construção a partir de fragmentos -, recorrentes em grande parte de sua obra e, notadamente, nos casos, desde Miss Lucy até o Homem dos Ratos, conforme exponho em "Fragmentos de verdade e construção" (2009, pp.199-212). Nesse trabalho, trato o artigo de Freud "Construções em análise" (1937) como o momento de teorização em que o fragmento é posto em relação com verdade material e construção, isto é, com o que se recompõe, ao modo do arqueólogo, a partir do fragmento, como verdade histórica.

Ao final do artigo, após insistir no vínculo estrutural existente entre a construção do analista a partir dos fragmentos de lembranças do analisante e o delírio na psicose, Freud acrescenta:

Se considerarmos a humanidade como um todo e substituirmos o indivíduo humano isolado por ela, descobriremos que também ela desenvolveu delírios que são inacessíveis à crítica lógica e que contradizem a realidade. Se, apesar disso, esses delírios são capazes de exercer um poder extraordinário sobre os homens, a investigação nos conduz à mesma explicação que no caso do indivíduo isolado. Eles devem seu poder ao elemento de verdade histórica, que foi trazido à tona a partir da repressão do passado esquecido e primevo (1937[1976], p.287, grifos meus).

Apenas no final de O homem Moisés e a religião monoteísta porém, é que esse modo de introduzir a questão da verdade, nascido de seu desejo de interpretar/reescrever a relação entre o homem Moisés e a religião monoteísta, ganha um estatuto de indecidibilidade. A citação é longa, mas faz-se necessária:

As psicanálises de indivíduos particulares nos ensinaram que suas impressões mais antigas, recebidas em um tempo em que a criança não se encontrava ainda em estado de falar, exteriorizam em algum momento efeitos de caráter compulsivo, sem elas próprias serem rememoradas conscientemente. Sentimo-nos autorizados a fazer a mesma hipótese a respeito das primeiras experiências vividas pela humanidade como um todo. Um desses efeitos seria o surgimento da ideia do grande Deus único, ideia que se deve considerar como uma lembrança certamente deformada, mas justificada. Uma tal ideia tem um caráter compulsivo, tem que ser acreditada. Na medida em que é deformada, está-se no direito de qualificá-la de ilusão(1); na medida em que ela traz de volta o que é passado, deve-se chamar verdade. O delírio no sentido psiquiátrico contém um pequeno fragmento de verdade e a convicção do paciente estende-se dessa verdade a seus invólucros delirantes (Freud (1986[1939]) p. 234, grifos meus).

É e não é verdade? É e não é delírio? O delírio traz a verdade? A verdade justifica o delírio? Essas interrogações trazem-me à mente o verbo "existir", que, em oposição a "haver", tem como uma de suas funções primeiras, no latim e em algumas línguas românicas, afirmar ou negar a existência de seres que não existem ou cuja existência é suposta: "Deus existe". "Existem unicórnios" ou "Não existe inferno"(2).

Não é por acaso que a verdade histórica de Freud ressoa para mim no domínio da língua, do que nela se cristalizou e não apenas nas palavras, mas no que se depositou do encontro das palavras com o corpo. É o que diz Lacan na "Conferência de Genebra sobre o sintoma" (1975, p. 8): "É no encontro das palavras com o corpo que algo se desenha". Acrescento: que algo se desenha e se constrói a partir de fragmentos. "Coalescência entre o sexual e o simbólico", continua Lacan na mesma conferência.

Importa notar, porém, que essa dupla face, essa indecidibilidade da verdade histórica, se lê apenas no final da terceira parte do livro do Moisés. A carta de 16 de dezembro de 1934 mostra que, no momento inicial dessa escrita e elaboração, Freud pensa necessitar de provas materiais. Em dita carta, ele confessa a Arnold Zweig o desassossego que lhe causa não poder contar com resultados de pesquisas arqueológicas para sustentar sua hipótese:

Deixem-me em paz com Moisés. Que eu tenha fracassado nessa tentativa de criar alguma coisa - a última provavelmente - já me deprime bastante. Não que eu me tenha desligado disso. O homem, e o que eu queria fazer dele, me persegue continuamente [...], mas o fato de que eu tenha sido obrigado a erigir uma estátua de uma grandeza assustadora sobre um pedestal de argila, faz com que qualquer louco possa derrubá-la (Freud/Zweig, 1973[1927-1939], grifo meu).

Dois anos depois, em carta de 21 de fevereiro de 1936, endereçada ao mesmo amigo que pretendia rever em Viena, para continuar a discutir com ele o seu Moisés, Freud, segundo Moscovici, "assombrado por preocupações com a situação política" (1986, p. 24) , diz de seus planos: "Esqueceremos toda essa miséria e toda a crítica e daremos livre curso a nossa fantasia" (Freud/Zweig, 1974 ,).

Moscovici, em seu prefácio, ordena as várias operações efetuadas por Freud sobre a paternidade como objeto, ao longo dos três ensaios de que se compõe o livro. Em suas palavras:

[...] dizer "o homem Moisés" é um primeiro passo, anunciar que ele não era judeu mas egípcio é um segundo, e outras se seguirão, aspectos do que se poderia chamar um "fazer em pedaços" o pai, isto é, uma desmontagem de sua imagem, que é, na obra, ao mesmo tempo objeto da análise feita por Freud e seu próprio projeto. [...] Fazer em pedaços o pai, mas quanto a um ponto muito particular de seu estatuto e, singularmente, da posição que ele ocupa na origem da religião monoteísta: isto é, do pai enquanto sacralizado (Moscovici, 1986 , p. 30).

Se as operações desta desmontagem não assentam sobre provas materiais, a que deveriam elas sua eficácia? À fantasia, como diz Freud a Arnold Zweig? Ou às operações de "dizer" e "anunciar" que Moscovici menciona como primeiras?

Em "Joyce, o Sintoma II", versão escrita de uma conferência que não foi proferida, há um trecho enigmático que se refere a história. Diz Lacan:

Joyce recusa-se a deixar que aconteça alguma coisa naquilo que a história dos historiadores supostamente toma por objeto.

Tem razão, posto que a história nada mais é que uma fuga da qual só se narram os êxodos. Através de seu exílio, ele sanciona a seriedade de seu julgamento. Somente deportados participam da história: já que o homem tem um corpo, e pelo corpo que se o tem. Avesso do habeas corpus (2001[2003], p.564).

A referência ao corpo impede que se leia êxodo tanto como saída coletiva de um povo de um lugar para outro, quanto como o que essa palavra designava na tragédia grega, a saber, final ou resolução, solução/dissolução do conflito.

O fato de Lacan ter lido em Joyce uma recusa do acontecimento poderia ser explicado a partir da própria estrutura de seu livro "Finnegans Wake" (1939), em que:

como em um palco giratório, heróis mitológicos e eventos da mais remota antiguidade ocupam os mesmos planos espaciais e temporais que as personagens modernas e os acontecimentos contemporâneos [...]. Tristão e o Duque de Wellington, Adão e Humpty Dumpty fundem-se em um único objeto (Campbell e Robinson (1946[2001], p.151).

Esse artifício narrativo serve para escarnecer da história da Irlanda, de uma Irlanda submetida aos ingleses e à Igreja Católica, mas de nada serve para fazer entender porque ter um corpo faz dos êxodos o que se narra e dos deportados aqueles a quem é possível participar da história.

Não é, na verdade, como artifício discursivo e narrativo, que "Finnegans Wake", obra radical e final de Joyce, imprime sua marca na teorização de Lacan, mas sim pelo que ele faz com cada palavra. Não pretende reescrever o passado, mas fazer a palavra significar outra coisa como na metáfora, entregá-la ao equívoco, intervindo em sua materialidade, fazendo de sua referencialidade matéria de puro risco.

Ouso dizer que Lacan, em "Joyce, o Sintoma II", se apropria dos procedimentos de reescritura/sobrescritura de Joyce em "Finnegans Wake" tanto para cernir e desvelar efeitos particulares da linguagem sobre o humano quanto para intervir nela, produzindo outros efeitos. Desfazer a identidade a si mesmo o que é da linguagem e do sujeito de qua a linguagem é causa, não seria um desses efeitos?"

 

 

Para expor as consequências que Lacan extrai desses procedimentos, vou deter-me em três segmentos do texto em discussão:

Joyce, o Sintoma e seu nome. Que mais se poderia esperar de nomim? - eu nomeio. Que isso dê em jovenomem, é uma consequência da qual quero extrair uma coisa: é que somos zomens (Lacan. 2001[2003], p.560, grifo meu).

UOM [LOM em francês, LOMBRE, em espanhol] isto diz exatamente o que quer dizer. Basta escrevê-lo foneticamente, o que lhe dá uma faunética a sua altura: o elobsceno" (Lacan. 2001[2003], p.560 ).

UOM UOM de base. UOM kitemum corpo e só-só Teium [nan-na Kum]. Há que dizer assim: ele teihum..., e não: ele éum... (corp/aninhado). É o ter, e não o ser, que o caracteriza. Há uma terência [avoiement] no "que que você tem?" com que ele se interroga ficticiamente por ter sempre a resposta. Tenho isso, é seu único ser. O que faz a z... na chamada epistêmica, quando se põe a sacudir o mundo, a fazer vir o ser antes do ter, quando o verdadeiro é que UOM tem [a], no princípio" (Lacan. 2001[2003], p.561).

Como se vê e se ouve, Lacan joyciza e o procedimento que usa incide sobre a segmentação das palavras, evidência de que há escrita na fala. Assim fazendo, intervém no artigo. LOM, UOM, LOMBRE, elimina o intervalo entre o artigo e o substantivo. Assim fazendo, neutraliza o artigo, apaga o efeito que ele foi adquirindo, ao deixar de ser quase um apêndice do gesto de apontar, gesto do corpo, para tomar a função de individualizar/identificar - "O homem morreu". E para tomar outra função, ainda mais efetiva no processo de hominização, a de dar suporte às proposições universais: "O homem é mortal".

É que somos zomens", e essa linguagem que tem no artigo definido um recurso tão eficaz para nos colocar no centro e acima do mundo, é o escabelo, o banquinho sem o qual, diz Lacan, "não haum que seja doidigno dunome diome" (Lacan. 2001[2003], p.560).

O efeito disso é não ser um corpo, mas ter um corpo, o que significa apenas poder fazer uso dele. O homem tem um corpo, fala com seu corpo, e falasser por natureza. E não seria assim, se esse corpo que ele tem, ele verdadeiramente o fosse.

Concluo perguntando: seríamos exilados do corpo e passamos a vida tentando narrar esse estado de deportados? A partir do resto? Apropriando-me da citação que Angela Vorcaro fez de Lacan, pergunto ainda: seria por essa via a passagem do objeto a à história.

 

Notas

(1) Na tradução de Cornélius Heim para a Editora Gallimard, há uma nota do tradutor que introduz uma questão importante relativamente ao termo Wahn, que, na Edição Standard Brasileira, tem duas ocorrências no trecho citado, traduzidas por "delírio". Justificando o fato de ter traduzido a primeira ocorrência por "illusion" e a segunda por "délire", diz Heim: "Wahn é da mesma família que wünschen: designa o que é o objeto de desejo, concebido tanto como ilusão tranquila quanto como aspiração patológica de algo irreal" (, p.235).
(2) Ver, a propósito, de Lemos 1987, em que discuto as relações entre ser, estar, haver e existir em português.

 

Referências

Campbell, J. e Robinson, H.M. (2001). Introdução a um assunto estranho. In Campos, A. e H. (orgs.), Panaroma de Finnegans Wake (pp. 151-163). São Paulo: Perspectiva.         [ Links ]

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Recebido em: 10/12/2015
Aprovado em: 25/02/2016

 

 

* Texto apresentado na mesa redonda Historicidade e objeto a, na XV Jornada Corpo Linguagem /VII Encontro OUTRARTE, realizados na Faculdade de Psicologia da UdelaR, Montevidéu (6 a 9 de outubro de 2015).