SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.12 número especialA Policlínica de Berlim: utopia freudiana?Da presunção de inocência à presunção de culpa - Psicanálise e Direito na era do despedaçamento índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Trivium - Estudos Interdisciplinares

versão On-line ISSN 2176-4891

Trivium vol.12 no.spe Rio de Janeiro set. 2020

 

ARTIGOS

 

A psicanálise e seu calão: os efeitos da boca pra fora1

 

Psychoanalysis and its Slang: Just for the Sake of Saying it

 

La psychanalyse et son argot: L'effet juste pour le dire

 

 

Paulo Sérgio de Souza Jr.

Pós-doutoramento pela Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. E-mail: contra_sujeito@yahoo.com.br

 

 


RESUMO

Dada a estreita relação entre o campo psicanalítico e outras disciplinas, a psicanálise, desde Freud, sempre se valeu de saberes de outras áreas para prestar contas de seu próprio objeto. Sabe-se, em contrapartida, das influências que o alastramento do saber analítico provocou nos estudos desenvolvidos em outros domínios; e isso notadamente após Lacan, cuja obra encontrou especial inserção nos mais variados círculos acadêmicos e suas respectivas áreas de pesquisa. Dito isso, este artigo propõe uma breve discussão a respeito da relação entre psicanálise e linguística, sobretudo para pensar os possíveis ecos da primeira sobre a segunda.

Palavras-chave: FREUD; LACAN; PSICANÁLISE; LINGUÍSTICA.


ABSTRACT

Given the close relationship between the psychoanalytic field and other disciplines, Psychoanalysis, since Freud, has always used knowledge from other areas to account for its own object. On the other hand, it is known of the influences that the spread of analytical knowledge has provoked in the studies developed in other domains; and this notably after Lacan, whose work has found special insertion in the most varied academic circles and their areas of research. That said, this article proposes a brief discussion about the relationship between Psychoanalysis and Linguistics, especially about the possible echoes of the former over the latter.

Keywords: FREUD; LACAN; PSYCHOANALYSIS; LINGUISTICS.


Résumé

Étant donné la relation étroite entre le champ psychanalytique et les autres disciplines, la psychanalyse, depuis Freud, a toujours utilisé les connaissances d'autres domaines pour rendre compte de son objet. D'autre part, nous connaissons les influences que la diffusion des connaissances analytiques a provoquées dans les études développées dans d'autres domaines; particulièrement après Lacan, dont les travaux ont trouvé une vrai insertion dans les cercles académiques et leurs recherches. Cela dit, cet article propose une brève discussion sur la relation entre la psychanalyse et la linguistique, pour réfléchir aux échos possibles de la première sur la seconde.

Mots-clés: FREUD; LACAN; PSYCHANALYSE; LINGUISTIQUE.


 

 

Haja vista a relação estreita que mantém com o campo da linguagem e, em extensão, com os meandros da cultura, a psicanálise - e isso já desde Sigmund Freud - sempre se valeu de outros saberes para prestar contas de seu próprio objeto. Sabe-se, em contrapartida, das influências diversas que o alastramento do saber analítico provocou nos estudos desenvolvidos em outras áreas; e isso notadamente após Jacques Lacan, cuja obra encontrou especial inserção nos mais variados círculos acadêmicos e suas respectivas disciplinas.

É digno de nota, porém, que os estudos da linguagem, em específico, guardem, nesse outro momento da história da psicanálise - com Lacan -, o seu impacto particular. A psicanálise pôde ali se aproximar da produção teórica dos estudos linguísticos, digamos, a ela mais contemporâneos: pensemos, por exemplo, nas elaborações do analista francês que levariam nominalmente consigo um Ferdinand de Saussure, um Émile Benveniste ou um Roman Jakobson, figuras então em voga2, ao passo que Freud pareceu restringir-se a recursos marginais - como, por exemplo, as pesquisas do alemão Carl Abel sobre os sentidos antitéticos em línguas ditas primitivas - ou a uma filologia já fora de moda, como aquela do dicionário dos notáveis irmãos Wilhelm e Jacob Grimm (Milner, 1992/2010).

Isso não significa, é preciso dizer, que a linguagem estivesse fora do escopo freudiano. Muito pelo contrário! Afinal, se considerarmos o que Lacan propõe em seu projeto, que ele próprio nomeia como "um retorno a Freud", depreenderemos que esse retorno se vai dar precisamente pela via dos saberes constituídos e sacramentados no seu tempo. Em outras palavras, por meio do reconhecimento, no inconsciente - uma descoberta, com Freud, do final do século XIX -, da presença maciça daquilo que é da ordem do significante, ou seja, da presença maciça daquilo que seria o mote do processo de modernização da ciência do linguístico, com Saussure - uma maravilha que se instalaria, solenemente, em meados do século seguinte.

 

 

O inconsciente estruturado como uma linguagem, famigerado aforismo lacaniano (Lacan, 1953/1998, p. 270), coroa francamente essa investida que aponta para a preocupação com o campo das línguas; investida instalada bem no cerne da atividade prática e teórica do psicanalista, a qual fora, de início, bem nomeada como talking cure, "a cura pela fala", pela boca de Bertha Pappenheim - paciente de Josef Breuer, que a tornaria conhecida sob o pseudônimo de "Anna O." -, considerada a primeira paciente da técnica em questão.

Ora!, diriam, mas a contraparte desse jogo de influências também se verifica: afinal, não seria custoso encontrar trabalhos conduzidos nos domínios dos estudos linguísticos que evocaram e evocam o típico jargão analítico constituído ao longo das últimas décadas - o que é bem verdade. Por exemplo, no campo da fonética, quando Iván Fónagy (1991), influenciado pela obra de Sándor Ferenczi, procurou fazer uma articulação entre a teoria pulsional freudiana e a teoria linguística da forma fônica. Ou ainda nos trabalhos em pragmática, como os de Jacob Mey e Mary Talbot (1988), que se debruçaram sobre a tentativa de problematizar a racionalidade do usuário (Silva; Souza Jr., 2016). Ou, por fim, nas pesquisas em análise do discurso que se valem de uma teoria da subjetividade reconhecidamente de natureza psicanalítica, como é o caso do legado de Michel Pêcheux (1978/2009), especificamente profícuo no Brasil - e isso para citar apenas alguns exemplos. Parece que a cosmogonia conceitual que orbita em torno do inconsciente vigora, quer mais, quer menos, em áreas diversas das pesquisas em linguística que procuram, de certo modo, incluir aí o sujeito.

Em todo caso, cumpre notar: a psicanálise opera, em grande medida, relevando3 o ponto final do sentido que estanca a palavra do paciente no "calão" que consiste em seu próprio sintoma - o sintoma pensado, então, como uma espécie de cacoete do inconsciente, em torno do qual o sujeito fica siderado feito o cão que corre atrás da própria cauda. Dito isso, seria um exercício pertinente ao psicanalista trabalhar, sobretudo, na contramão do estancamento do conceito no jargão da sua própria teoria - jargão entendido, aqui, no sentido que nos traz a etimologia (do francês, jargon < gergon; por sua vez, do latim, gurges ['goela']). E, como se sabe, não é tarefa fácil desatar esse nó da garganta.

Muitas vezes nós mesmos, que, dos nossos consultórios, nos dizemos tão preocupados com o legado freudiano - isto é, com a psicanálise como práxis - acabamos rendendo-nos a uma espécie de hermenêutica, transformando a palavra viva e multiforme na moeda embotada pelas demandas de um sentido mais estanque, razoavelmente desafetado, convenientemente manso e, por isso, supostamente comunicável e bem inserível nos interesses teóricos e proselitistas que se costumam inflamar no interior de uma comunidade qualquer de estudiosos.

Então, tendo isso em vista: como pensar a apropriação feita do saber analítico fora do âmbito clínico, de modo geral, fora do qual esse compromisso com o inconsciente a guiar o método (e, assim, com a teoria vindo depois da prática) não se impõe tão claramente? E, especificamente, o que aqui nos interessaria mais: como pensar a apropriação do saber analítico no campo dos estudos linguísticos de hoje, quando os tais autores reiteradamente citados nessa tradição psicanalítica (e aqui penso, sobretudo, em dois dos já mencionados: Saussure e Jakobson) não são, muitas vezes, dignos sequer de atenção, para além de uma história da disciplina?

Segundo Jean-Claude Milner (1978/2012, p. 8), a psicanálise só tem uma entrada que valha no campo da linguística, a saber, enunciar que, "em matéria de língua, a ciência possa faltar". O autor, linguista, implicado na psicanálise e implicando com a linguística - no tom que, nos idos dos anos 70, 80 e 90 lhe era bem próprio; mas não sem o seu devido cabimento, é claro, minimamente por conta do rigor filosófico das suas críticas -, não vê aí grandes esperanças: a psicanálise serve, seguindo seu raciocínio, para apontar à linguística, com o perdão do trocadilho, o seu estatuto de (defi)ciência dos dados de língua:

Que o linguista deva, nesses dados, operar uma filtragem para salvaguardar as exigências de regularidade, de repetibilidade, de reprodutibilidade, sem o que nenhuma ciência é possível, isso é certo; que o linguista possa operar essa filtragem, sem deformação excessiva de seu próprio objeto, é uma pergunta que ele não pode deixar de se fazer (Milner, 1992/2010).

A linguística, então, uma espécie de semiciência, sofre de uma "insuficiência empírica", nas palavras dele (Milner, 1992/2010). Ao mesmo tempo, o autor coloca a questão nos termos que seriam os seguintes: ou a linguística se reconhece meia-ciência e, a partir daí, haveria a possibilidade de encontro com a singularidade irremediavelmente em jogo na linguagem e com a instância teórica que se ocupa justamente do fato de que, sob o efeito da linguagem, não se pode ter ciência de tudo (a saber, a psicanálise e a noção de Un-bewusste, in-consciente, "in-ciência", por ela mobilizada); ou então, querendo ignorar o fato de que a língua causa o sujeito que a toma como objeto, o linguista se perderia cegamente na circularidade da referência, fazendo desta o seu sintoma.

Em não se atendo ao fato de que a língua é justamente o instrumento de análise do qual ele se vale para destrinchar o linguístico, o linguista acabaria sendo trapaceado por aquilo que Foucault chamou de "falha ontológica da linguagem" (apud Macherey in Foucault, 1963, p. XXII); ou, em termos lacanianos, pelo fato de que um significante remete apenas a outro significante - e que instrumento de análise e objeto, sendo um só e mesmo, ilustram categoricamente essa circularidade em cena. E nesse sentido somos compelidos a concluir que, ao deixar de lado aquilo que, depois de Saussure, ficou condensado sob o nome de fala (a morada da variação individual e maior algoz dessa demanda de regularidade, repetibilidade e reprodutibilidade de que falava Milner); isto é, ao optar por não ver na língua o lugar cativo da singularidade, pouco importaria que o linguista tenha a psicanálise como recurso.

Mas pouco importaria por quê? Bem, convocar o calão analítico descolado daquilo que o mobilizou - sem, portanto, as implicações radicais da hipótese de que há o inconsciente - coloca a psicanálise apenas no lugar de um discurso que, em princípio, viria validar aquilo que, do ponto de vista da própria psicanálise, seria um contrassenso. Via de regra, portanto,

pode-se definir a tarefa da ciência da linguagem assim: tornar explícitos os procedimentos que o sujeito falante emprega sem ter consciência. Porém, essa explicitação não toma a forma de uma interpretação, ela não tem de levar em conta recalques, resistências, transferências etc. Em poucas palavras, não há inconsciente linguístico, pelo menos se tomamos "inconsciente" e "linguístico" num sentido preciso (Milner, 1992/2010).

É curioso observar, então, a especificidade do recurso que Lacan fez das pesquisas realizadas no âmbito dos estudos linguísticos. Embora ele mencionasse outras figuras, como André Martinet e Noam Chomsky, essas eram trazidas para alimentar a sua crítica - muitas vezes atroz, por sinal. O que lhe interessava fundamentalmente era, esta sim, a linguística estrutural, representada por Saussure (Curso e anagramas) - o que gera em Lacan, aliás, a inversão do signo, ou, como ele afirma, a sua restituição ao que de fato Saussure havia desenvolvido -; e representada, singularmente, também por Jakobson (com suas reflexões sempre amparadas pelos trabalhos com poesia e folclore, o que, aliás, é digno de nota).

Interessou a Lacan, portanto, justamente a movimentação teórica que, na tradição dos estudos linguísticos, teve uma presença tão potente e inaugural quanto circunstancial e efêmera - é o mínimo que podemos dizer, uma vez que o interesse hoje por esses autores é bastante circunscrito. Interessou, portanto, aquilo que promoveu o isolamento de algo na linguagem e convocou a linguística como a disciplina que o tomaria como objeto; aquilo que não ignorou o fato de que a linguagem ultrapassa o sujeito em seu exercício consciente, e que, muito pelo contrário, produziu com isso tanto um recorte que lhe fosse próprio quanto um saber instaurador de um método.

Então,

Uma vez estabelecido que a psicanálise é possível, e uma vez estabelecido que os dados de línguas estão em intersecção com os dados da psicanálise, pode-se aprender algo de novo no tocante ao funcionamento da linguagem, partindo dos dados da psicanálise? Nesse caso, a psicanálise não depende da linguística. É bem mais a linguística que poderia eventualmente ter de levar em conta dados trazidos à luz pela psicanálise. Esse movimento seria análogo àquele por meio do qual Freud não se limita a buscar confirmações independentes nos dados da antropologia ou da história das religiões, e sim propõe hipóteses originais nesses domínios. (Milner, 1992/2010; grifo meu).

Hipóteses originais. Os efeitos da psicanálise nos estudos da linguagem talvez bem pareçam ter a ver com isto: com as origens (Leite; Souza Jr., 2014). Se Lacan pôde fazer um retorno aos fundamentos da psicanálise (portanto, ao originário), para disso tirar consequências (estas, originais), a linguística poderia ver proveito num expediente homólogo: a viragem da gramática histórica para a linguística geral moderna, assim como a genialidade dos seus autores muitas vezes negligenciados (seus percursos, seus dilemas), podem certamente oferecer mais a respeito das línguas naturais do que muitas vezes se tem explorado nessa via.

Esses autores - que viveram justamente nesse entremeio da lida com a gramática enquanto arte/técnica e a linguística enquanto ciência, ou que procuraram posteriormente tencionar os limites desse encontro (como é o caso de Jakobson e sua, digamos, "linguística estendida") -, acaso não podemos dizer, justamente, que eles souberam não deixar de fora a parte que, na língua, cabe à singularidade do sujeito, sem calá-la; ou, pelo menos, sem se preocupar com calá-la demais?

Nesse sentido, eles estão muito mais próximos da coisa e da causa freudianas - ainda que muitas vezes estivessem sem Freud (e muito bem, obrigado!) -; muito mais próximos do que aqueles que se dedicam à cartilha do jargão que se constituiu no rastro dos seus textos e dos textos de Lacan, mas sem a força da sua enunciação.

Quem sabe, afinal, os efeitos da psicanálise nos estudos da linguagem possam se reduzir, hoje - o que não é diminuir a sua extensão, muito pelo contrário -, a uma ética perante o fato de língua: uma apropriação da escuta do singular, mais do que a emulação vocabular de uma série de escritos lidos como se não tivessem nascido de uma lida com o outro, de uma forma de pensar a experiência terapêutica. Talvez a apropriação dos ecos da experiência analítica - enquanto, fundamentalmente, algo que se situa no entremeio da técnica/arte clínica e da ciência -, possa trazer mais frutos ao linguista do que a tentativa de implementar uma "teoria psicanalítica aplicada" ou, dito de outra maneira, uma psicanálise da boca pra fora. E talvez muito desses ecos da experiência analítica sejam, aliás, elementos da própria linguística nascente que, no afã de estar do lado da ciência do nosso tempo, acabaram ficando esquecidos.

Se assim for, poderíamos dizer que o efeito capital e possível da psicanálise na linguística seja justamente permitir que ela se reconduza à sua própria história para que tire dali, no presente, outras consequências para além da recusa e do esquecimento. Cumpre notar, afinal: nada mais analítico do que isso.

 

Notas

1 Uma primeira versão deste trabalho foi apresentada na mesa-redonda intitulada "Efeitos da psicanálise nos estudos da linguagem". 63º Seminário do Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo - GEL. IEL/Unicamp. Campinas, 8 de julho de 2015.

2 "A linguística pode servir-nos de guia neste ponto, já que é esse o papel que ela desempenha na vanguarda da antropologia contemporânea, e não poderíamos ficar-lhe indiferentes" (Lacan, 1953/1998, p. 286)

3 "Relevar", aqui, no sentido reconhecido por Jacques Derrida (2000) ao termo "relève" - utilizado por ele para traduzir a "Aufhebung" de Hegel.

 

Referências

Derrida, J. (2000) "O que é uma tradução 'relevante'?". Alfa. São José do Rio Preto, v. 44, especial. Disponível em: <https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4277>         [ Links ].

Fónagy, I. (1991) La vive voix. Paris: Payot.         [ Links ]

Foucault, M. (1963) Raymond Roussell. Trad. M. B. da Motta; V. L. A. Ribeiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999.         [ Links ]

Lacan, J. (1953) "Função e campo da fala e da linguagem". In: Escritos. Trad. V. Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998; pp. 238-324.         [ Links ]

Leite, N.; Souza Jr., P. S. "Sexual: o contemporâneo da psicanálise". Alea. Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, jul./dez. 2014. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1517-106X2014000200006>         [ Links ].

Milner, J.-C. O amor da língua. Trad. P. S. Souza Jr.. Campinas: Editora da Unicamp, 2012.         [ Links ]

Milner, J.-C. (1992) "Linguística e psicanálise" [Trad. P. S. de Souza Jr.], Revista de estudos lacanianos, Belo Horizonte, vol. 3, n. 4, 2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-07692010000100002>.

Pêcheux, M. (1978) "Só há causa daquilo que falha ou o inverno político francês: início de uma retificação". In: Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio, 4a ed.. Trad. E. P. Orlandi. Campinas: Editora da Unicamp, 2009; pp. 269-281.         [ Links ]

Silva, D. N.; Souza Jr., P. S. "Sobre adesões e críticas ao modelo de usuário racional em pragmática: o recurso à psicanálise". DELTA. São Paulo, v. 32, n. 3, set./dez. 2016. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102-445081012923949496>         [ Links ].

Creative Commons License