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Revista Polis e Psique

versão On-line ISSN 2238-152X

Rev. Polis Psique vol.11 no.1 Porto Alegre jan./abr. 2021

http://dx.doi.org/10.22456/2238-152X.108575 

DOSSIÊ TEMAS EM DEBATE 2019: O QUE PODE A PSICOLOGIA SOCIAL NO PRESENTE?

 

Um céu estrelado. Como acreditar em um mundo sem nós? Manifesto memória como céu de amor irreversível

 

A starry sky. How to believe in a world without us? Manifest memory as a sky of irreversible love

 

Un cielo estrellado. ¿Cómo creer en un mundo sin nosotros? Manifiesto memoria como cielo de amor irreversible

 

 

Raquel de Oliveira GuerreiroI; Pedro Augusto PapiniI; Erica FranceschiniI; Paula FloresI; Brida Emanoele Spohn CezarI; Laura Barcellos Pujol de SouzaI; Gabriel Medeiros EscobarI; Camilla ZachelloI; Larissa Ko Freitag NeubarthI; Christiane SiegmannII

IUniversidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil
IIUniversidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil

 

 


RESUMO

Este texto foi escrito pelos integrantes do grupo de pesquisa Corpo, Arte e Clínica após o falecimento de nossa querida orientadora, professora e amiga Tania Mara Galli Fonseca, cuja presença em nossas vidas deixa marcas da ordem do indizível. O texto foi lido em voz alta junto à comunidade acadêmica no evento Temas em Debate, em 25/10/2019. Na plateia havia pessoas que a admiravam e amavam, tanto por sua pessoa quanto por seu significativo trabalho de escrita e pesquisa, sua incessante produção de pensamento diante dos mais sensíveis pulsares revolucionários da vida coletiva. Para quem endereçaríamos nossas escritas dali para frente? - nos perguntávamos uns aos outros. Com vozes embargadas de saudade e dor, em torno de pequenas luzes que brilhavam como vagalumes na escuridão, dedicamos à Tania esse texto. Escrito a muitas mãos, assim como ela nos ensinou, buscamos palavras para homenageá-la ao colocarmos nossa saudade em movimento.

Palavras-chave: Tania; Amor; Escrita; Pensamento; Saudade.


ABSTRACT

This text was written by the members of the research group Corpo, Arte e Clínica after the passing of our dear supervisor, teacher and friend Tania Mara Galli Fonseca, whose presence in our lives leaves marks of the unspeakable. The text was read aloud along with the academic community at the Themes in Debate event, on 10/25/2019. In the audience there were people who admired and loved her, due to both for her person and also for her significant work of writing and research, her incessant production of thought in the face of the most sensitive revolutionary pulsars of collective life. To whom would we address our writings from now on? - we asked each other. With voices choked with longing and pain, around small lights that shone like fireflies in the darkness, we dedicate this text to Tania. Written by many hands, just as she taught us, we look for words to honor her by putting our longing in motion.

Key-words: Tania; Love; Writting; Thought; Saudade.


RESUMEN

Este texto fue redactado por los integrantes del grupo de investigación Corpo, Arte e Clínica tras el fallecimiento de nuestra querida supervisora, profesora y amiga Tania Mara Galli Fonseca, cuya presencia en nuestras vidas deja huellas de lo indecible. El texto fue leído en voz alta junto con la comunidad académica en el evento Temas em Debate, el 25/10/2019. En el público había gente que la admiraba y amaba, tanto por su persona como por su importante labor de escritura e investigación, su incesante producción de pensamiento frente a los púlsares revolucionarios más sensibles de la vida colectiva. ¿A quién dirigiremos nuestros escritos de ahora en adelante? - nos preguntamos el uno al otro. Con voces sofocadas por el anhelo y el dolor, alrededor de lucecitas que brillan como luciérnagas en la oscuridad, dedicamos este texto a Tania. Escrito por muchas manos, como ella nos enseñó, buscamos palabras para honrarla, poniendo en movimiento nuestro anhelo.

Palabras clave: Tania, Amor, Escritura, Pensamiento; Saudade.


 

 

 

"Só tenho a agradecer-lhes por toda esta potência
demonstrada e que nos assevera que viver juntos
pode vir a ser traduzido como um bem viver
os devires que aguardam nosso toque
e a nossa delicada sensibilidade anárquica."

Tania Mara Galli Fonseca

[Camilla]: Iniciamos este texto-homenagem com a generosidade das palavras que Tania nos ofertou como um incentivo a seguir. Talvez seja justamente pela duração destas que seguimos e que escrevemos, apesar do corpo ausente que agora as envolve. Iniciamos com suas palavras, pensando em como preencher a página em branco, em como fazer falar do silêncio de sua partida, da lacuna reservada à sua expressão. Escrevemos este texto para lembrar o seu sutil e acertado movimento de escrita. De como, pouco a pouco, ela inscrevia seu pensamento, fazendo enegrecer a página em branco, escolhendo palavras com a precisão e a profundidade de dedos de quiropraxista sobre pontos de tensão em nosso corpo, de palavras que eram capazes de fazer dissipar toda a dor por meio de seu próprio espalhamento.

[Raquel]: Era todo um percorrimento do corpo às palavras, que dão corpo ao pensamento, que em seu nomadismo se desloca e modifica no processo de sua expansão, até a dissolução do que pareceu disparar seu movimento. As palavras davam corpo para aquilo que precisava ser arrancado não apenas de si, mas de uma comunidade inteira que ela mesma fundou e da qual conquistou a admiração ao longo e ao largo desses anos, para devolver ao Fora as suas produções. No mais solitário ato de linguagem está contido todo um povo por vir, e esta é a nossa sorte.

[Brida]: Então esse não é um começo, nem um fim, nem um nada, nem o zero, apenas pensamentos insones. Adentramento nesta segunda noite, que é branca: a noite da escrita, noite em claro e de clarões, lampejos daquilo que nos faz apertar os olhos e mover os dedos, que nos leva a pormos a mão nas letras e a buscar nos livros - que parecem guardar tudo o que queremos dizer - a perna de um P, a volta de um Q, o pingo de um i, traços para algumas e outras palavras.

[Paula]: Palavras lidas, palavras colhidas, palavras plantadas, algumas que, de tanto repetidas, acabam por ser inventadas. Uma das últimas leituras que fizemos juntos, "a vida das plantas", de Emanuele Coccia, ganhou seu lugar no grande céu. Lemos: "como se a noite eterna, em que imaginamos mergulhadas as profundezas da terra, fosse tudo menos um longo e surdo sono" e, assim, nos colocamos com nossas superfícies embebidas nas forças do mundo à árdua, pois minuciosa tarefa de catar estrelas no solo profundo onde estão também os astros.

[Laura]: E não era disso que se tratava? Sobre a presença do dia na noite e da noite no dia? Os dados do destino sendo jogados na mesa do céu e da terra, meia-noite, meio-dia, nos colocam diante da promessa da afirmação do acaso em sua imprevisibilidade. Como saber se estamos despertos? Sonho e despertar entrecruzam-se em tempo e história, construindo, assim, uma paisagem diante do presente - e se sonhamos, foi com realidades. Uma luz cintilante branca brilha no céu do meio dia, luar da tarde. E a revolta primaveril golpeada no verão não nos demove. Pois resta a força tecida nas redes, as teias de aranhas, pois "a rede é um modo de ser. [...] A bem dizer, chovem redes aos borbotões, e parece que essa proliferação de redes atinge seu ápice nos momentos em que os acontecimentos históricos são intoleráveis; e, verdade seja dita, nessa sua propensão para serem intoleráveis, os acontecimentos históricos são talentosos".

[Érica]: Paisagens possíveis diante da impossibilidade de sua presença. Seguimos acreditando que não é o possível que exige ser realizado, mas é a realidade que exige tornar-se possível. Se o possível torna-se imagem, o impossível é imaginável atrás dos olhos. É justamente neste lance de visões que o real constitui a lírica da existência, com o mesmo lirismo que se encontra na música que dedicamos a alguém que amamos e que se aciona para manusear o fino papel vegetal que envelopa o álbum de fotografias de nossa família. O poeta brasileiro Armando Freitas Filho escreve sobre o autorretrato. Ele diz: "no papel fino do espaço / a minha figura pousa / seus traços e braços: / pedaços, quebra-cabeça / armando as suas peças, / partes, pedras e passos: / a cada gesto o contato / tão tátil de fragmentos". Na tarefa de evocar a memória de uma vida, são os fragmentos que restam. Tudo inclina-se ao delicado, na delicadeza de palavras tão difíceis de serem proferidas diante, mesmo, destes "tempos extremos".

[Brida]: No instante de nosso despertar, em que o sono rebenta, uma gota escapa à torneira, a lâmpada queima, o pássaro cruza o céu, a minhoca revolve a terra, a folha seca chega ao chão. É um piscar de olhos, a vida. É uma gaveta entreaberta que guarda o que ainda não foi dito.

[Paula]: Diante de uma paisagem, a paisagem também nos interroga. Trata-se de reconhecer que em toda noite reside uma outra noite: ou que na escuridão há luz e que na luz há escuridão...

[PAUSA]

[Larissa]: Quando questionamos o que no cotidiano lhe era insuportável, ela respondeu "morrer". Morrer de tédio, morrer de fome, de frio, perder em si a possibilidade constante de transformação. Parar de escutar e passar a sentir as dores dos mundos como responsabilidades individuais e não coletivas. Os fios que ela costurou todos os dias, com sua afirmação da potência do tempo, da alegria e do estar junto, seguem nos enozando e ajudando a trançar práticas, pensamentos, emoções.

[Pedro]: É que somos como pescadores que não desejam capturar o peixe em sua rede, mas o mar. Quando puxamos a rede em nossa direção (na direção de nosso desejo de saber), somos obrigados a constatar que o mar, por seu lado, se retira. Ele escoa por toda parte, foge, e ainda o percebemos um pouco em torno dos nós da rede onde algas informes o significam, antes de secarem completamente em nossa praia. Ao puxar a rede em nossa direção, o essencial também desaparece. Os peixes estão bem ali, mas o mar que os torna possíveis guardou seu mistério, presente apenas no brilho úmido de algumas algas presas nas beiradas. Se um pensamento do Fora tem algum sentido, então ele deve se remeter a estruturas feitas de buracos, de nós, de impossíveis de situar, de deformações e de rasgaduras na rede.

[PAUSA, toma água]

[Pedro]: Já disseram que "há uma rachadura em tudo e que é assim que a luz entra. Você percebe alguma coisa da mistura entre falhas e iluminação?". Como narrar a presença de alguém que ensinou que a potência reside no diminuir e não no aumentar das luzes? Alguém que fazia imaginar a presença de um céu sob nossos pés, soterrado pela superfície da terra, com seu núcleo pulsante que, como um segundo sol, faz a defesa necessária contra a cegueira branca do excesso da iluminação. Não é preciso, porém, abrir grandes crateras para experimentar um outro ponto de vista; também os sussurros são responsáveis por fortes acontecimentos. "Pensamentos que vêm com pés de pomba dirigem o mundo".

[Pedro e Camilla]: Há tantas vozes não percebidas que permanecem velando nosso sono, como o cantar dos pássaros no escuro da noite.

[Laura]: Pela fresta, há pouca luz. Faz-se assombro em nós. Uma ausência rasga nossos sentidos, fratura nossos ritmos e nos posiciona diante do tempo e de uma imagem que se abre silenciosa. O que se ausenta é a própria escuridão.

Há um poema de Neruda que diz assim: "Lá está o mar. Desço de noite e te ouço vir voando debaixo do mar sem ninguém, debaixo do mar que me habita, escurecido: vens voando. Vens voando sem sombra e sem nome, sem açúcar, sem boca, sem roseiras, vens voando".

Começamos por lançar algumas rasgaduras no tempo, em sua concepção linear e cronológica, dado que o tempo que nos acontece é heterogêneo e anacrônico, e o acontecimento é como uma fenda que se abre, uma ruptura que nos relança em looping, embaralhando a nossa impressão de continuidade.

[Raquel e Pedro]: Nós, viajantes da intensidade, somos conduzidos pelas marcas do caminho, as marcas que nos constituem e rompem com o equilíbrio, instaurando diferença, abertura e a experimentação de um novo ponto de vista, que também inaugura um outro ponto de vida. Interpelados pelo choque com as contingências, somos, então, forçados a pensar e a nos reconfigurar enquanto coletivo, para dar vazão ao desejo selvagem de seguir reverberando as marcas de uma presença, porque, como nos assevera a poeta Matilde Campilho, "o amor é o contrário do fim".

[Raquel]: Ver é consentir (sentir com o outro), numa perspectiva em que ver é sentir-se vendo. Diante da imagem em que se esconde o rosto, mas não a passagem do tempo, há um olho que espreita e que não é aquele que se desvela pelo furo na máscara branca de papel. Por entre as eras que cobrem a parede de tijolos aparentes, no fundo superior da fotografia, é possível vermos um segundo rosto, de nariz e olho e barba e cabelos de planta, que parece até nos sorrir. Michel Foucault, ao introduzir sua obra A arqueologia do saber, diz: "não, não, eu não estou onde você me espreita, mas aqui onde o observo rindo. Vários, como eu, sem dúvida, escrevem para não ter mais um rosto. Não me perguntem quem sou e não me diga para permanecer o mesmo: é uma moral de estado civil; ela rege nossos papéis. Que ela nos deixe livres quando se trata de escrever".

[Érica]: Como acreditar em um mundo sem nós? Pergunta-nos Tania. E ela nos deixa cheios de perguntas, investigações para uma vida inteira. Amor que aumenta nossa incompletude. Em um de seus tantos incêndios, ela disse:

"acreditar no mundo é melhorá-lo. É fazer uma ontologia de nós próprios. É nos tornarmos a favor de mundos possíveis. É criar uma base de latejamento para enfrentar o medo, não dar pano pra manga pra sairmos de cena derrotados. Mas como diferenciar omissão de cautela? Como estabelecer laços de confiança com quem se está - e caminhar juntos, e criar relações desprovidas de vigilância, de suspeitas? Como encontrar um discurso capaz de melhorar o mundo?"

[Camilla]: Repletos de perguntas, repletos de desejos de caminhos, buscamos o incêndio de seu olhar, a força do seu corpo, a potência imersiva do seu pensar-sempre-com, generoso e aberto.

[Brida]: Encontramos no sopro pulsante da Tania alguns caminhos: a paciência infinita do seu olhar; o respeito pelas perguntas alheias; a admiração pelo desejo de conhecer; a tomada de posição contra as essências e verdades totalizantes; a confiança no coração de estudante; a atenção dirigida a toda forma de vida; a instauração de uma alegria demorada.

[Paula]: Tania nos contagiou com esta sina - a de acreditar na potência da escrita e de confiar que há um mundo sempre mutável, potente, capaz de reinventar diferentes modos de expressão de si, do outro e do viver. E que neste, ou em outros mundos possíveis, sempre haverá a possibilidade de compartilhar experiências, de encantar-se com o desconhecido, com o novo, em uma comum-unidade na qual todos sejam dotados de atributos além-rio, capazes de fluir, refluir, margear, transbordar, nascer e morrer! Afinal, o campo dos levantes é potencialmente infinito. "No gesto do levante, cada corpo protesta por meio de todos os seus membros, cada boca se abre e exclama o não da recusa e o sim do desejo".

[Laura]: Seguimos cambaleantes, ainda dançamos sob a música que ela nos soprava alegremente, dando ritmo e precisão aos nossos passos em suas noites de pensamentos vários a nos interpelar logo ao amanhecer. Quantas imagens ela imaginou para nós enquanto dormíamos e descansávamos dos excessos do nosso cotidiano?

[Raquel]: Continuaremos escrevendo, por entre centenas de livros e prateleiras em bibliotecas seculares ou virtuais, porque nossos livros, nossas palavras, nossos gestos são o que Tania mesma caracterizou como "um testemunho de nossa crença no mundo, mesmo sem nós!" E segue escrevendo para nós:

"Cumpre-se, assim, o destino daquilo que escrevemos. Operar como provocação ao pensamento pela leitura dos signos, oferecendo ao sentido a multiplicidade que lhe é imanente. Assim um livro torna-se, na verdade, muitos, sempre n-1, mas mesmo assim expandindo sua potência de fazer diferir as mentes cansadas e necessitadas de machados que as libertem do gelo que o hábito tende a lhes depositar e encobrir".

[Paula]: Desafia-nos agora a possibilidade de seguirmos compondo com as marcas que ela nos deixou (na pele e na recordação), com as inquietações que nos transmitiu, com as incontáveis leituras e comentários com os quais nos presenteou.

[Brida]: Tantas fissuras ela nos ajudou a instaurar, passagens para um porvir a ser gestado sem trégua e sem pesar. Que a sua força esteja no esforço que temos feito para afirmar a vida apesar da sua partida, apesar das despedidas que dia após dia tentamos elaborar, sabendo que a sua música seguirá conosco, como rastro e como fagulha a nos incendiar.

[Érica e Laura]: "e façamos fogo, e silêncio, e ruído, e ardamos, e calemos, e sinos".

[Érica]: É preciso coragem, antes de tudo, para furar o papel que esconde o rosto, não para deixar-se ver, mas para permitir à pele sorrir - entre o papel e sua finura, sua finitude intransponível. Deixar-se ver na sutileza, como um rosto que não busca os holofotes de seus traços, mas como uma cabeça andarilha que faz demorar o passo. Fragmentos da memória que agora emolduram nossos quadros silenciosos que penduramos na imensidão da noite, entre finos papéis que se recobrem de estrelas. Como se um céu viesse cruzar a porta de nossos afetos.

[Camilla]: Adentrar a folha em branco assume a importância de guardar a respiração dos que restam - mesmo na noite em desalento. É um desamparo, mas também é a página em branco deixando o silêncio respirar suas entradas e rasgaduras, enquanto escrevemos na inspiração de sua partida. O abismo da memória é um céu de amor irreversível.

[TODOS]: Expiramos saudade.

 

 

Submissão: 23/10/2020
Aceite: 20/11/2020

 

 

Raquel de Oliveira Guerreiro é doutoranda no programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS.
E-mail: quelpapel@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8708-9068
Pedro Augusto Papini é doutorando no programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS.
E-mail: pedroaugustopapini@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7169-8168
Erica Franceschini é doutoranda no programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS.
E-mail: ericafranceschini@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8443-5834
Paula Flores é doutoranda no programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS.
E-mail: florespset@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5836-8188
Brida Emanoele Spohn Cezar é doutoranda no programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS.
E-mail: bridacezar@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5962-2910
Laura Barcellos Pujol de Souza é doutoranda no programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS.
E-mail: barcelloslaura@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8834-2133
Gabriel Medeiros Escobar é doutorando no programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS.
E-mail: escobarmgabriel@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1393-8474
Camilla Zachello é mestranda no programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS.
E-mail: camillazachello@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3014-5476
Larissa Ko Freitag Neubarth é graduada em Psicologia na UFRGS.
E-mail: larissaneubarth@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4939-9019
Christiane Siegmann é doutora em Psicologia Social e Institucional pela UFRGS e professora Adjunta do Curso de Terapia Ocupacional do Setor de Ciências da Saúde da UFPR.
E-mail: siegmann@ufpr.br
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1163-379X

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