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Analytica: Revista de Psicanálise

On-line version ISSN 2316-5197

Analytica vol.4 no.7 São João del Rei July/Dec. 2015

 

A Dimensão Totalitária do "Eu"

 

The totalitarian dimension of the "I"

 

La dimension totalitaire du «je»

 

La dimensión totalitaria del "yo"

 

 

Max Paulo P.B da Silveira

Formado em Relações Internacionais e graduando em Filosofia pela UFRJ. É integrante do Círculo de Estudos da Ideia e da Ideologia (CEII) desde 2012. maxpsilveira@gmail.com

 

 


RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo buscar de maneira geral compreender o atual momento da esquerda no âmbito de seus conflitos internos que desde a queda da união soviética, culminando com o fim da guerra fria, parece ter se fragmentado em diversas correntes por demandas sociais antes sob a égide da luta de classes. O problema posto aqui é compreender como muitos desses movimentos de caráter emancipador, muitas vezes adotam práticas totalitárias de exclusão pervertendo seu próprio discurso a partir do estabelecimento de uma identidade. Para análise deste fato, nos utilizamos de parte do pensamento freudiano que se dedica a análise do comportamento das massas e da estrutura psicológica do 'Eu' a fim de tentar compreender em um primeiro momento o mecanismo de comportamento desses movimentos.

Palavras-chave: totalitarismo; eu; capitalismo; psicanálise.


ABSTRACT

The following essayhas, the goal to understand in general lines the actual moment of the left movement and your conflicts since the fall of the Soviet Union. It seems this fact, cracked the left movement in different social demands that used to be under the clash of classes. The problem here is to understand, how can a social movement with a enfranchisement speech, adopt many times, totalitarian practice of exclusion, going against, your own speech, starting a establishment of an identity. To understand this fact, we decide to use a part of the Freudian think that analyze the behavior of the mass and the psychological structure of 'I', to understand the mechanism of behavior of these groups.

Keywords: totalitarianism; I; capitalism; psychoanalysis.


RÉSUMÉ

Le presenttravail,avoirel'objectif de comprendlemomentactuel de la gauche et sons conflit à partir de latombé de l'UniónSovietique et lefintheguerrefroide. La gauche est fragmentéedansbeaucoup de diférentedemmandessociales. La question ici, c'estcomprendrecomme beaucoup de cettemouvements sociaux avec une orientation émancipatrice devrait dans un pratique totalitaire qui cest différent de sons discours. Cette pratique est établi pur un idée de identité. Pour comprendre c'est movement, nous allont étudier les idée de Freud sur le comportement de masse est la estructure psicologique de 'Je' pour comprandre le comportement de ces groups.

Mots-clés: totalitarisme; et; le capitalisme; la psychanalyse.


RESUMEN

El presente articulo tiene como objetivo comprender en lineas generales el momento actual en la qual vive la izquierda en sus conflictos que desde el fin de la Unión Sovietica y la Guerra Fria hizo fragmentar la izquierda en distintas corrientes con necesidades distinta antes sob el contexto de la lucha de clases. Lo que parece problemático es que muchas vezes estos movimientos sociales adoptan un discorso de tolerancia que hace culminar con una práctica distinta de sus ideas. Esto se hace por la identificación estabelecida por estos movimientos sociales. Para compreender estos fenomenos vamos hacer una lectura de parte de la teoria de Freud sobre el comportamiento de masas y la estructura del 'yo' para compreender el comportamiento destos grupos.

Palabras clave: totalitarísmo; yo; capitalism; psycoanalisis.


 

 

1.Introdução e diversidade de lutas.

O presente trabalho tem como objetivo buscar de maneira geral compreender o atual momento da esquerda no âmbito de seus conflitos internos que desde a queda da união soviética, culminando com o fim da guerra fria, parece ter se fragmentado em diversas correntes por demandas sociais antes sob a égide da luta de classes. Hoje é possível vislumbrar no interior de um partido de esquerda uma tentativa de contemplar a diversidade de pautas presentes na agenda política atual, essa variedade de pautas se cristalizou no partido de maneira a criar correntes e tendências que no interior da forma partido, disputam o poder pela produção de teses, formação política, organização de seminários e ativismo correspondente às suas demandas políticas. Muitas vezes o que se pode observar nessas ações é um trabalho de base intenso dentro de cada uma dessas demandas, que podemos dividir de maneira geral em grandes blocos ou movimentos.

Primeiramente encontramos blocos que tem como principal tema as questões que envolvem o meio ambiente. De fato é possível observar um crescente movimento preocupado com o desenvolvimento sustentável, que por definição procura conciliar o desenvolvimento econômico e industrial a partir de tecnologias que procuram evitar danos a camada de ozônio e a contaminação do solo e da água de maneira a não exaurir os recursos naturais. A partir da última década do século XX e início do século XXI, essas pautas ganham destaque em convenções e tratados internacionais impulsionados por organizações internacionais e o ativismo de agentes do chamado terceiro setor que procuram estabelecer metas a serem cumpridas. Nesse contexto é possível observar que o ativismo em prol do meio ambiente começa a ser disputado, no âmbito nacional, pela forma partido. Tal fato aparenta ser óbvio, e é, mas o que se pode observar é uma disputa entre os partidos de direita e esquerda para assumir essas pautas. A princípio a postura dos partidos pode parecer vulgar a partir do momento em que tal postura parece tomar ares de uma mera disputa de votos, no entanto, a diferença ideológica persiste nas duas alas de modo que no caso da esquerda o objetivo é aliar o desenvolvimento sustentável ligado a uma crítica do desenvolvimentismo impulsionado pelo capital. Então surgem grupos internos dentro do partido de esquerda com o objetivo de trabalhar com esses problemas.

Um segundo bloco é um bloco que trabalha questões que tem uma característica em comum: tratam de suas questões desde fins do século XIX até os dias de hoje, que são os grupos encarregados de tratar das questões raciais e das questões de gênero. Esse bloco da mesma maneira que o anterior mencionado partirão de desenvolvimentos de trabalhos em grupos de discussão, formação política e um intenso ativismo. No entanto, uma diferença se estabelece com relação aos grupos preocupados com as questões ambientais. Essa diferença consiste no fato de este grupo ter sido disputado por alas partidárias (esquerda ou direita) tanto os grupos que tratam das questão racial, gênero e homossexuais sempre estiveram mais próximas ao bloco da esquerda. Podemos observar que historicamente essas pautas sempre estiveram alinhadas com a luta de classes, portanto parece natural que esses movimentos tivessem espaço nos partidos de esquerda, afinal sempre o tiveram, a única exceção são os chamados grupos LGBT's, que em alguns casos foram segregados mas hoje são contemplados por este espaço.

Não é preciso fazer uma análise aprofundada para compreender a luta por direitos iguais nas esferas de atuação dos grupos LGBT, já existia, no entanto é algo novo que surge com mais destaque nos primeiros anos do século XXI. Outro grupo que tem conseguido cada vez mais espaço na atual agenda da esquerda, são os movimentos em prol da flexibilização das políticas em relação as drogas. Desde que formadores de opinião e lideranças de alguns países admitiram que a chamada guerra contra as drogas não deu certo, os movimentos sociais que trabalham as questões referentes à legalização das drogas ganharam mais força, e hoje é possível ver o avanço de algumas pautas reivindicadas saindo das agendas e se tornando de fato políticas públicas. Esse movimento, inicialmente, quando ainda não se sabia exatamente o que era, foi disputado entre os partidos de esquerda, e os partidos que identificavam se como não sendo de direita e não sendo de esquerda e sim apresentando se como uma terceira via. Posteriormente foi possível observar que esse movimento se posicionou para o lado dos partidos de tendência esquerdista, onde discussões a respeito de políticas públicas sobre drogas, e outros temas são discutidos no trabalho de base.

De maneira geral, podemos definir estes como sendo os quatro blocos que estão presentes no trabalho de base do partido onde tenta se levar adiante as pautas de cada grupo.

Dentro de grande parte dos partidos de esquerda as mais diversificadas pautas buscam se desenvolver a partir de pequenas "correntes" ou grupos internos ao próprio partido, de modo que pode se deduzir que um partido de esquerda hoje é um partido plural e heterogêneo, o que sugere o questionamento em torno do paradoxo da possibilidade de um conjunto heterogêneo unir-se sob uma mesma bandeira ou insígnia partidária. No entanto uma questão parece suplantar esta: o discurso de tolerância pervertido pela prática intolerante.

 

2. O Discurso tolerante da intolerância

No âmbito da disputa por poder, é recorrente uma alteração de ânimos entre os grupos que se dispõe a disputar este poder. Este, talvez seja um aspecto comum do que se chama, de maneira vulgar e geral, de 'parte do jogo político'. O que parece muitas vezes fazer parte da regra, por diversas vezes toma os ares de intolerância. Dentro de um partido esse aspecto é marcante, mas o que talvez possa surpreender é a intolerância presente em espaços ditos de tolerância. O ambiente democrático de um corpo social como é um partido, pode oferecer um grande desafio ao colocar o discurso da tolerância sobre a égide da prática. A partir deste aspecto cabe fazer um questionamento: Como é possível que a lógica de um discurso tolerante oriente uma prática totalmente contraria àquilo que se afirma? Sob esse aspecto, não se trata de compreender de que forma transformamos a teoria em prática, mas de observar como nossas práticas podem destoar de todo o discurso anteriormente dito.

É nesse ponto que consideramos a Teoria Psicanalítica como uma ferramenta possível de ser utilizada. Principalmente porque talvez este tipo de questionamento fora o que levou Freud a desenvolver suas reflexões sobre o comportamento de um individuo em grupo em sua obra 'Psicologia das massas e análise do eu'. Em seu trabalho, Freud parte do princípio de que a estrutura psicológica de um indivíduo é basicamente a mesma de uma massa. A diferença está no mecanismo psicológico que se opera. Em linhas gerais um individuo não inserido em uma massa mantém suas metas libidinais, não atingidas, seus desejos e impulsos recalcados no inconsciente, tal como ele o faz no dia-a-dia, sua consciência está sob o estado de vigília, todo o seu discurso segue uma ordem moral estabelecida que recalca o conteúdo no inconsciente. Quando praticamos nossas ações sob a influência de uma massa, o conteúdo até então recalcado emerge, e o estado de vigília é suspenso, já não há mais o grande "outro" vigiando as ações do "Eu"i.e, dentro de uma massa, agimos de maneira inconsciente, similar ao estado do sono quando o consciente não exerce a 'vigília' sob o inconsciente.

Freud tenta em sua psicologia das massas, dialogar com outros teóricos deste fenômeno como "Le Bon" (que defende a posição de um individuo que por meio de um estágio de contágio e sugestão dessa massa passa a não agir conforme ele agiria individualmente, ele age tal como uma criança que não domina seus impulsos até passar pelo chamado 'processo primário',ou seja, seria uma experiência de regressão do estado psicológico, onde o Eu passa a agir de maneira irracional).

É interessante notar como o tema da identidade é reincidente ao longo do percurso traçado por Freud em sua psicologia das massas. Ele descreve e concorda com Le Bon em algum sentido quando defende o fato de ambas as estruturas psíquicas tanto da massa quanto do individuo serem homólogas, mas a contribuição de Freud no avanço do estudo comportamental das massas é exatamente em sua necessidade de se "debruçar" sobre a estrutura do 'Eu' no âmbito da identificação. É sabido que, a identidade se estabelece a partir do 'outro' visto como objeto de investimento sexual, no entanto o que se destaca é o processo psíquico deste estabelecimento a partir do que Freud chama de impulsos de meta inibida que é um resultado da operação do clássico mecanismo chamado "Complexo de Édipo". Quando o Complexo de Édipo interrompe a meta sexual de alcançar o objeto, curiosamente o Eu procura se apossar deste mesmo objeto a partir de uma estrutura de adoração e engrandecimento de suas qualidades onde os defeitos do objeto parecem desvanecer à luz deste Eu. Esta idealização, apontada por Freud como um 'enamoramento' do eu pelo objeto, fará com que o Eu deseje ser o Objeto, o Eu passa a ser sua "sombra" e sua maior realização seria ter o Objeto ocupando seu lugar. Produz-se então a idealização do Eu (Ich-Ideal). Como o "Eu" gostaria de ser, talvez não esteja em questão, mas o que o "Eu" precisa fazer para se tornar o "Outro" ou se apropriar do "Outro" é que passa a ser o cerne da questão, de maneira que na impossibilidade deste "Eu" atingir a sua meta, sua estrutura psíquica deverá recorrer a dimensão do super-eu (Über-Ich ), uma instancia que denuncia a incapacidade do "Eu" de alcançar a sua realização e por isso tem um aspecto punitivo e desagregador."É assim que percebemos o supereu freudiano, (Zizek 2006) "a agencia ética cruel e sádica que nos bombardeia com exigências impossíveis e depois observa alegremente nosso fracasso em satisfazê-las" (p. 100) Esta dimensão punitiva do supereu é bem descrita como exemplo na imagem bem sucedida utilizada por Ricardo Goldemberg em seu comentário sobre a "Psicologia das Massas e análise do Eu" na ocasião ele se apropria da imagem do Carnaval para descrever a agencia do supereu:

Com efeito, durante o carnaval,o sistema de proibições que mantém o pacto de abstinência dos cidadãos é suspenso temporariamente por convenção, e "soltar a franga" ou "liberar geral" passa ser a palavra de ordem. Como toda consigna, a carnavalesca não é menos tirânica do que a proibição que ela suspende; antes pelo contrário, a obrigação de se exceder pode ser incomparavelmente mais difícil de suportar que a imposição da renúncia e da abstinência. (GOLDEMBERG, 2014, p.88)

A lógica do supereu é então essa instância desagregadora que está ligada ao sofrimento do "Eu". No entanto, esta noção do supereu estaria incompleta se não fosse abordado um traço característico seu, que será abordado de maneira mais clara pelo pensamento de Jacques Lacan. Este traço é justamente a Juissense que pode ser traduzida como o Gozo. Diferente de uma necessidade, o gozo se realiza no excesso de cobrança que o supereu realiza sobre o Eu. Essa marca talvez seja o fator que forneça a dimensão exata desta agencia superegóica. Neste ponto tomo a liberdade de utilizar como exemplo as festas de comemoração da paixão de cristo que ocorrem em alguns lugares do mundo, mas que ocorre nas Filipinas de uma maneira quase institucionalizada na forma de um grupo. Naquele país os festejos ligados a paixão de cristo são permeados por grupos de pessoas que se autoflagelam em nome da fé, repetindo a via crucis realizada por Jesus no dia de sua crucificação (Aliás muitos se crucificam nessas festas também). Se pudéssemos de maneira breve e geral avaliar esta prática aos olhos da análise do "Eu" podemos ilustrar de que maneira o supereu opera. A meta do Eu em satisfazer sua libido na identificação com o objeto de investimento sexual (no caso cristo) se torna frustrada pela dimensão do ideal do "Eu". É quando entra em atividade o mecanismo do supereu que exige que a meta seja cumprida (mesmo que inibida). O próprio fiel começa a sua autoflagelação de maneira que apesar de sofrer com as constantes chicotadas em suas costas goza de uma suposta proximidade com cristo.

 

3. Sectarismo; a dimensão totalitária do supereu no partido.(conclusão)

Após um breve esboço sobre a estrutura psicológica do "Eu" e a proposição freudiana de uma homologia entre a estrutura psíquica de uma massa e a estrutura psíquica de um individuo, podemos retornar ao problema das organizações políticas como um partido por exemplo. Todo partido tem uma meta a cumprir que é a disputa pelo poder. A diferença esta nos meios para se atingir esta meta, falar deste aspecto nos limita a falar de política. O eixo de análise muda quando esse tipo de organização procura estabelecer uma identidade. No cenário brasileiro podemos apontar os partidos de "esquerda" (Comunistas ou Socialistas) como estruturas que procuram no estabelecimento de suas identidades as insígnias dos excluídos.

A identidade de um partido de esquerda apresenta um fato curioso que é o de comportar demandas diferentes, porém com um denominador comum entre elas; o fato de serem demandas pertencentes a minorias excluídas. Essas demandas são abraçadas pelos partidos de esquerda, em um discurso que por definição pretende se universal, ou seja, justiça social para todos, igualdade de direito para todos. De maneira geral o discurso se estrutura a partir destas concepções, portanto esses partidos se sentem implicados por estes ideais universais, esse talvez seja seu objeto de investimento libidinal.

Segundo Ricardo Goldemberg Freud tenta analisar esta instancia do "Eu" a partir de duas categorias: a Mania e a Melancolia. Na Mania o Eu atinge sua meta ideal (de maneira ilusória) e se sente dono do mundo, passa por cima de todos ao seu redor, no entanto na melancolia o "Eu" está por "baixo" e diante da falta do objeto perdido dá vazão a instancia do supereu, punitivo, destrutivo e autodepreciador diante de sua incapacidade de cumprir sua meta. Ora, podemos reconhecer este mecanismo em pleno funcionamento a partir do incomodo que existe dentro de um partido identificado como de esquerda, comunista, e que no entanto, possui em seu quadro de base e de outras esferas, militantes que se dedicam a uma religião ou crença. Este desconforto pode resultar em um ambiente partidário hostil a tais militantes podendo culminar com sua eventual expulsão. Não estaria aí identificada uma instância do supereu? O partido procura sempre sua identificação ideal com a esquerda: universalista, igualitário, ateu e logo quando aparece algo que é diverso de seu ideal perverte se sua perspectiva universal, se tornando assim uma instância intolerante e totalitária. Afinal estes militantes poderão inclusive sofrer pressão e perseguição por parte dos outros, e como resultado final temos uma organização política que diz ser tolerante e acaba praticando a própria intolerância.

Claro que até aqui estamos somente nos utilizando de figuras para ilustrar um exemplo, mas o que se torna relevante nesta análise é notar como a noção do supereu é destruidora e desagregadora, mais importante ainda é notar como noções da idealização do "Eu" representam um aspecto fundamental na análise da psicologia das massas.

Quando Freud diz que:a psicologia de um individuo apresenta a mesma estrutura de uma psicologia de multidões, abre se uma gama de possibilidades para que possamos refletir o perfil e o rumo que as organizações políticas tomam nos dias de hoje. Uma questão no entanto permanece aberta para a teoria psicanalítica que é saber se a dimensão do supereu ocorre no campo da consciência, ou na linguagem inacessível do inconsciente.

 

Bibliografia

Freud, S. (2013) Psicologia das Massas e Análise do Eu, (1º ed) Porto Alegre: L&PM Editores,         [ Links ].

Goldemberg, R. (2014)Psicologia das massas e análise do eu: solidão e multidão, (1º ed) Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,         [ Links ]

Zizek, S.(2006)Como ler Lacan, (1º ed) Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,         [ Links ]

 

 

Recebido/Received: 30.11.2015/11.30.2015
Aceito/Accepted: 21.12.2015/12.21.2015

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