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Desidades

versão On-line ISSN 2318-9282

Desidades  no.22 Rio de Janeiro jan./mar. 2019

 

TEMAS EM DESTAQUE

 

Tornar-se adolescente: o corpo como cenário

 

Devenir adolescente: el cuerpo como escenario

 

 

Susana Kuras MauerI

I Instituto Universitario de Salud Mental (IUSAM), Buenos Aires, Argentina.

 

 


RESUMO

Proponho-me a fazer algumas reflexões que surgem da prática clínica psicanalítica, focando-me em como se viabiliza o contato com os corpos e como vivem a sexualidade entre adolescentes. Como se vinculam? Como se expõem? Como se sintomatizam? Os espelhos de hoje são, sobretudo, as representações que circulam pelas redes sociais. Conquistar visibilidade, exibindo para ser suportado pelo olhar do outro, é atualmente condição de existência. Corpos produzidos, manipulados, exibidos, buscando reconhecimento, são alguns dos imperativos predominantes desde a puberdade. Sugiro uma nova hipótese: o corpo adolescente, talvez, encarnou no último tempo esse efeito de desenraizamento, produto de uma ruptura da comunidade social. O sentimento de ausência de sentidos coletivos poderia ter incidido na fetichização do cenário corporal que tanto nos impacta e muitas vezes preocupa os adolescentes. Nesta direção, paradoxalmente, o despertar da luta feminina contra a violência de gênero tem convocado a atenção e participação comprometida dos adolescentes.

Palavras-chave: adolescência, self cutting syndrome, anorexia, automutilação, sexualidade adolescente.


ABSTRACT

I set forth to make a few considerations, which emerge from psychoanalytic clinical practice, on how physical contact occurs and how adolescents experience sexuality. How do they bond? How do they expose themselves? How do they somatize? Today’s mirrors are, above all, the representations circulating through social media. Conquering visibility and exposing oneself in order to be validated by the gaze of others is a contemporary condition of existence. Bodies that are produced, manipulated, exhibited, and seek recognition are some of the imperatives prevalent since puberty. I suggest a new hypothesis: the adolescent body has, perhaps, lately incarnated this uprooting as a product of a rupture in the social community. The feeling of lack of collective meaning could have precipitated the fetishism of the body that impacts us and worries teenagers so much of the time. Still, paradoxically, the awakening of the female struggle against gender violence has been summoning the attention and committed participation of teens.

Keywords:: adolescence, self-cutting syndrome, anorexia, self-harm, adolescent sexuality.


RESUMEN

Propongo algunas reflexiones surgidas de la práctica clínica psicoanalítica focalizando cómo se vehiculiza el contacto con los cuerpos y cómo viven la sexualidad entre adolescentes. ¿Cómo se vinculan? ¿Cómo se exponen? ¿Cómo se sintomatizan? Los espejos de hoy son, sobre todo, las representaciones que circulan por las redes sociales. Conquistar visibilidad exhibiendo para ser sostenido por la mirada del otro, es actualmente condición de existencia. Cuerpos producidos, manipulados, exhibidos buscando reconocimiento son algunos de los imperativos predominantes desde la pubertad. Planteo una nueva hipótesis: el cuerpo adolescente, quizás, encarnó en el último tiempo ese efecto de desarraigo producto de una ruptura de la comunidad social. El sentimiento de ausencia de sentidos colectivos podría haber incidido en la fetichización del escenario corporal que tanto nos impacta y muchas veces preocupa de los adolescentes. En esta dirección, paradójicamente, el despertar de la lucha femenina contra la violencia de género ha convocado la atención y la participación comprometida de las adolescentes.

Palabras-clave: adolescencia, self cutting syndrome, anorexia, automutilación, sexualidad adolescente.


 

 

"Ninguém sabe o que pode um corpo"
Baruj Spinoza

Já não se trata somente de lidar com as mudanças vertiginosas de paradigmas, mas também com o desafio de pensar os processos de subjetivação em tempos de transformação contínua. Por sua vez, a variabilidade própria da adolescência, que excede os caminhos do previsível, desenha sinuosidades na cartografia adolescente, muitas vezes ilegível.

Uma tensão incontornável entre nossa abertura para pensar em termos de complexidade, de multiplicidade e de devir convive com a busca de uma ordem reguladora que preserve o caos.

Fomos deixando para trás as leituras identitárias, deterministas e binárias e pudemos, graças às contribuições da epistemologia da complexidade, nos animar a descentrar nosso modo de pensar o devir adolescente. Desconstruir aqueles andaimes que sustentaram nossa tarefa clínica tão atenta ao mundo das representações e dos fundamentos nos resulta, ainda hoje, trabalhoso.

O conceito Deleuziano de rizoma, que supõe tanto heterogeneidade quanto multiplicidade e conexão, oferece a possibilidade de nos situar melhor frente às vicissitudes do desenvolvimento adolescente.

As formas de produção de subjetividade têm a ver com a época e são congruentes com os dispositivos de poder vigentes. A este respeito, concordo com M.L. Méndez, que expõe que a subjetividade se produz, se molda, se recebe e se consome. Existem políticas de subjetivação porque a subjetividade não pode ser reduzida ao individual, sua produção é sempre social e coletiva (Méndez, 2014).

Certamente, a época retrata a adolescência, a normatiza, a define, a padece. Porém, curiosamente, ainda resistimos a pensar os processos de subjetivação adolescente em seu devir e em seu co-devir com os demais seres vivos. Secretamente continuamos dissociando em pares binários que mantêm distância entre o indivíduo e a sociedade, a natureza e a cultura, a permanência e a mudança e talvez ali ficamos presos numa encruzilhada que não nos deixa avançar. Em tempos de fluidez, de obsolescência, de transformação, resulta imprescindível aprofundar sobre a complexidade dos modos de se subjetivar que apresentam os adolescentes.

Gilbert Simondon, filósofo francês contemporâneo de G. Deleuze e J. Derrida, oferece uma perspectiva interessante nesta direção. Alega que nos individuamos sempre em situação e em relação a outros. A vida psíquica, para Simondon (2009), não pode se resolver de maneira intraindividual. A individuação, que é sempre coletiva – no dizer de Simondon –, e seus processos se constroem na imanência do encontro com o outro, quer dizer, são vinculares. O ser é no início “potência de mutação”, contém energia potencial, tem sempre reserva para seguir devindo, enfatizando assim a potência e o excesso, não a falta. Nunca terminamos de nos individuar.

Esse olhar Simondiano contribui para a tentativa de compreender a multiplicidade de fenômenos clínicos com os quais os adolescentes expressam sua vulnerabilidade, seus desencontros com eles mesmos, com seus pais, com suas buscas.

Usando seu corpo como quadro da subjetividade, desenhado, marcado, manipulado e oferecido como imagem virtual, os adolescentes buscam reivindicar uma liberdade descomplicada e atrevida, sem os condicionamentos que as restrinjam.

Proponho-me a fazer algumas reflexões que surgem da prática clínica psicanalítica, focando em como se viabiliza o contato com os corpos e como vivem a sexualidade entre adolescentes. Como se vinculam? Como se expõem? Como se sintomatizam?

Os espelhos de hoje são, sobretudo, as representações que circulam pelas redes sociais. Conquistar visibilidade, exibindo para ser suportado pelo olhar do outro, é atualmente condição de existência. Quer dizer que a comunicação virtual tem construído uma linguagem nova que pouco tem em comum com os canais clássicos de opinião. Seu alcance massivo, sua fluidez, a instantaneidade, têm diluído fronteiras e transformado a interação entre os humanos. Os laços sociais variaram sensivelmente a partir da explosão da comunicação digital. O anonimato próprio da troca nas redes facilita a desinibição.

As práticas eróticas acentuaram o protagonismo da sexualidade virtual. A sensualidade e a excitação através da virtualidade propiciam e exacerbam o autoerotismo próprio dos começos da vida. O contato e a satisfação ali são com o próprio corpo.

Corpos produzidos, manipulados, exibidos buscando reconhecimento são alguns dos imperativos predominantes desde a puberdade. Esse não é um padecimento privativo da adolescência, porém, o que ressaltamos é o desamparo ao que expõe uma cultura adolescentizada como conjunto.

 

Cenários clínicos

Julia, 13 anos, “Faria bullying a mim mesma”, “Não me suporto, me vejo gorda, feia, não quero comida na minha vida”, “Ontem vomitei sangue, meus pais me retêm uma hora sem ir ao banheiro para controlar o vômito, então, quanto mais tempo passar, fica mais difícil, machuca, sangra”, “Só na madrugada, quando estou vazia, me sinto um pouco bem”, “Por cada caloria, um abdominal, é a única maneira de manter o controle”, “Nem minha própria saliva tolero engolir, a água me enche”. O corpo é, no entanto – talvez mais do que em outros momentos vitais –, um indiscutível e impiedoso teatro da verdade. “Procuro nas redes, já não sei o que procuro. Arranho minha pele, nem veem. Não veem nada, meus pais não veem nada”.

Um padecimento que na família de Julia não é inédito, como se se tratasse do DNA do seu entorno mais próximo. O lugar de culto que tinham os alimentos, a nutrição e os hábitos alimentícios nesta família, transbordava a lógica do imaginável.

Julia vivia escrava de um estado de insatisfação permanente que lhe tirava a vontade de viver. Frente ao espelho, distorcia cada dia mais sua autoimagem corporal, vulnerando-a mais do que ela mesma resistia. A busca do controle da eclosão puberal compensado com abdominais, vômitos e uma contagem sem pausa de calorias engolidas estressa e excede os recursos da família para conter tanto transbordamento. Ali, decidem consultar.

 

Cenário II

Noel, de 17 anos, comenta em uma das suas primeiras entrevistas: “A única coisa que nunca vou tatuar são nomes, te prendem, tiram sua liberdade, te alienam. Exceto as iniciais dos meus irmãos no Cruzeiro do Sul, isso com certeza...”, “Cada vez me seduz mais escolher minhas tatuagens. Quer ver? Essa daqui fui eu que desenhei!”.

A pele como superfície em branco é adotada como quadro ideal para abrigar marcas significativas que os singularizam. É importante fazer uma distinção entre as tatuagens e as autolesões cutâneas às quais se referia o relato da vinheta anterior.

Na tatuagem, tem certa pregnância o conteúdo da inscrição indelével e irreversível, enquanto que nas lesões na pele, às que aqui nos referimos, a ação de se cortar é mais relevante que a marca que deixa. Sem letra e de efêmera duração, se arranhar machuca a pele gerando um gozo auto erótico masoquista. Ao ser a pessoa mesma quem executa o corte, coincidem num único ato sujeito e objeto, atividade e passividade, aspectos sádicos e masoquistas (Mauer; May, 2015, p. 5).

De cabelos coloridos, piercings e uma gíria singular, Noel marca tanto sua pertença ao grupo social com o que atravessa a turbulência adolescente, como a necessidade de confrontar e manter distância dos seus pais.

 

Cenário III

Pía, 14 anos, procura com ansiedade anárquica achar, a partir de um traço físico, a sua mãe biológica. Pía não quer apaziguar o mal-estar que lhe produz não poder responder à questão que a assedia desde muito pequena. Por que motivo quem a concebeu e lhe deu vida no seu ventre decidiu soltá-la, dá-la em adoção? Um esclarecimento sensato e transparente não amenizou sua impotência desesperada. Inundada de culpa pelo amor e cuidado que recebe dos seus pais, amordaça sua determinada busca. Afundada nesta inquietação, Pía vive presa.

 

Imagem I

 

 

Sua adolescência intensificou essa encruzilhada vital. Na necessidade de se construir um passado, para ir em frente – no dizer de Aulagnier –, Pía cala a pergunta que reaparece na necessidade de se cortar. Talvez, encena na pele cortada sua vivência de impossibilidade de sutura.

Algumas das representações gráficas que coloca no papel expressam com eloquência seu padecer. Insistem nas sessões desenhos de olhos perdidos, ensanguentados, olhos soltos, sozinhos.

 

Imagem II

 

 

Imagem III

 

 

Tem uma marca física muito chamativa nos seus olhos, que na sua fantasia é a chave do possível reencontro com o olhar daquela mulher que lhe deu em adoção.

Sonhos recorrentes onde Pía aparece multiplicada numa representação gemelar evidenciaram uma transação secreta na qual podia encontrar paz: se duplicar a si mesma. Duas cores de olhos, dois olhares? Duas mães?

Seus ídolos naquele momento eram um par de gêmeos músicos, famosos, com quem se fez acompanhar com fanatismo extremo durante esses anos de travessia adolescente.

Sua sensação de extravio se manifesta também nos vínculos sociais, onde expressa dificuldades de enraizar num “entre amigos”. Migra sem poder afiançar laços consistentes.

 

Imagem IV

 

 

Cenário IV

“Obvio que na minha formatura vou ficar com todos. Topo quase todos, e com a gang das meninas se rolar, obvio que também”. “Ai a gente arrasa, com quem quiser, tem que encarar.”1

Apelam a recursos protéticos que reforçam sua sensorialidade. O álcool é o combustível adicional para relaxar a censura e se desinibir. Mas já não adianta! O uso de maconha nesta busca de voo e de um a mais de prazer resulta hoje em algo quase natural. O uso de drogas sintéticas, pílulas que energizam e potenciam a resistência para dançar a noite toda numa festa eletrônica, tem se incrementado também.

O manifesto é claro, explícito e concreto. Com seu agir, os jovens questionam preconceitos, convenções e estereótipos de época. Sem roteiro prévio nem escolhas de gênero disjuntivas e inamovíveis, os adolescentes migram errantes por uma multiplicidade de variáveis em relação aos encontros sexuais.

Ficaram muito para trás os tempos em que a sexualidade se organizava a serviço de relações reprodutivas. Hoje, podemos aventurar também que as experiências iniciais da sexualidade não estão associadas ineludivelmente à experiência amorosa. Afeto e sexualidade não necessariamente andam juntos. Têm se desenlaçado, decolado do ideal romântico da modernidade; batem e fazem sentido na imanência do encontro.

Durante o primeiro trecho adolescente, as experiências passionais são efêmeras, fugazes, quer dizer, são comportamentos mais afins à “lógica conectiva” de fazer contato com outro sem expectativas de formar um vínculo com continuidade no tempo. Inclusive, têm um viés grupal e público enquanto dentro de um mesmo coletivo vão girando os protagonistas que se acasalam ocasionalmente, prévio consentimento dos membros do grupo que já passaram pela experiência. Ainda assim, na vida social adolescente, convivem a atitude livre de preconceitos com questionamentos daquilo que eles mesmos reivindicam: “Ontem foi qualquer coisa, – reflete Lucía – J. transou com três na festa de Halloween, com meia hora de diferença, e uma era H., que é a ex do seu melhor amigo com quem terminou o relacionamento agora.”

Num trabalho anterior, referido às itinerâncias nas sexualidades adolescentes, sugeri que é o olhar adulto que qualifica de precoce a sexualidade adolescente. A metamorfose puberal ocorre numa “área fronteiriça” na qual ainda irrompem aspectos polimorfos da sexualidade infantil.

A hipótese ali apresentada era a de que o perfil que apresentam as adolescentes na atualidade é o de um pseudodesprendimento da dependência adulta, um “como se”. A série de excitações e a satisfação não estão associadas, neste momento vital, ao encontro genital com o outro. São toscos em seu trato, em suas buscas, e é difícil para eles regular ou dosificar intensidades. As falhas na repressão se expressam no seu agir. Certos baluartes que ostentam e naturalizam entre seus hábitos, como, por exemplo, a aproximação sem filtro à sexualidade, são, curiosamente, comportamentos próprios da infância. A exploração do corpo, se tocar, posar e desfilar na frente do espelho criam a coreografia com que se dança a sexualidade infantil, aquela que Freud definia como disposição perverso polimorfa (Mauer, 2014).

 

Reflexões finais

Crescer numa época em que prevalece a diversidade de combinatórias de aproximação à iniciação sexual alterou os modos de se entrar em contato sensualmente entre eles. Enfatizam e até ostentam a inédita possibilidade de não precisar fixar uma única posição de gênero. E, frequentemente, vão testando, por tentativas, explorando com naturalidade variáveis sem necessidade de se etiquetar a priori em nenhuma. Como se os adolescentes com suas experiências sexuais buscassem hoje “desfazer o gênero”, parafraseando Judith Butler (2006).

Esforçam-se em tomar distância das categorias clássicas masculino-feminino, ativo-passivo, homo-hétero, tentando contornar as opções consagradas. M. Blanchot (1996/1969), na “escrita do neutro”, expõe que o neutro é um modo de acolher o desconhecido inatingível, sem confiná-lo ao conhecido. Talvez, o neutro crie uma astúcia para aprender a desconhecer o conhecido e, neste sentido, é que o neutro, essa paixão do “nem”, atrai especialmente os mais jovens.

A variação traz também paradoxos que mexem com nossas próprias conceitualizações. Hoje, adicionaria uma nova hipótese: o corpo adolescente, talvez, encarnou no último tempo esse efeito de desenraizamento, produto de uma ruptura da comunidade social (Méndez, 2014). O sentimento de ausência de sentidos coletivos poderia ter incidido na fetichização do cenário corporal que tanto nos impacta e muitas vezes preocupa os adolescentes. Nesta direção, paradoxalmente, o despertar da luta feminina contra a violência de gênero tem convocado a atenção e participação comprometida dos adolescentes. Uma posição ativa na defesa das mulheres dos seus próprios corpos está ajudando-as a tomar consciência do valor do cuidado de si. E, por outra parte, esse terremoto tem sacudido significativamente os meninos em seus comportamentos machistas, próprios de uma cultura que os têm auspiciado impunemente.

As vozes começam a se escutar, começam a somar. Com compromisso solidário, fazendo parte de um coletivo de mulheres que clama em definitivo pelos direitos humanos, os adolescentes se somaram ao repúdio social. “Até onde pode um corpo?” ganhou protagonismo como luta contra o maltrato, o atropelo e o descuido tanto do outro como do próprio corpo.

 

 

Referências Bibliográficas

Blanchot, M. El dialogo inconcluso. Venezuela: Monte Ávila Editores, 1996. Originalmente publicado em 1969.         [ Links ]

Butler, J. Deshacer el Género. Espanha: Paidos, 2006.         [ Links ]

Mauer, S. K. de. Sexualidades itinerantes en la adolescencia. Controversias en Psicoanálisis de Niños y Adolescentes, n. 14, 2014         [ Links ]

Mauer, S. K. de; May, N. Cortarse sólo: acerca de las autolesiones en la piel. Revista Controversias on line, n.16, 2015.         [ Links ]

Méndez, M. L. Procesos de subjetivación. Ensayos entre Antropología y Educación.  Entre Ríos: Fundación La Hendija, 2014        [ Links ]

Simondon, G. Los niveles sucesivos de individuación: vital, psíquico, transindividual. In: La individuación a la luz de las nociones de forma y de información. Buenos Aires: Editora Cactus, 2009.         [ Links ]

 

 

Data de recebimento: 09/11/2018
Data de aceite: 31/01/2019

 

 

1 Coincidindo com a finalização da vida escolar, as comemorações habilitam e estimulam a quem se formar a ter durante essa noite encontros eróticos (“ficar”) sem mais restrições das que nesse momento desejem. A ideia é saldar assim os “pendentes” dos anos compartilhados no grupo.

 

 

I Susana Kuras Mauer: Psicóloga pela Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina. Membro titular em Função Didática e especialista em Infância e Adolescência da Asociación Psicoanalítica Internacional e da Asociación Psicoanalítica de Buenos Aires (APdeBA). Professora Titular do Mestrado de Casal e Família no Instituto Universitario de Salud Mental – IUSAM. E-mail: susimauer@gmail.com

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