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A tese principal de Winnicott sobre o uso do objeto é que a destruição desempenha importante papel na construção da realidade, ao situar o objeto fora do si-mesmo. É o indivíduo quem está criando o objeto no sentido de encontrar a externalidade deste último e reconhecer sua existência independente. Para isso, entre o relacionar-se com objetos e seu uso, ele precisa expulsar o objeto subjetivo da área de controle onipotente, de seu mundo subjetivo. Diz Winnicott: "os objetos são destruídos por serem reais e são reais por se tornarem destruídos (sendo destrutíveis e consumíveis)" (Winnicott, 1969i[1968]/2005, p. 174). Se o objeto se encontra lá para "receber a comunicação inicial do bebê", além de sua comunicação com objetos subjetivos, o indivíduo pode adquirir uma valorização no objeto por ter sobrevivido à sua destruição. É essa sobrevivência do objeto que conduz ao uso do objeto. Esse uso leva o bebê à distinção de dois fenômenos: a destruição na fantasia inconsciente, que leva à mudança no sentido da realidade – agora percebida como objetiva – e o situar do objeto além da área de projeção. A sobrevivência do objeto libera o bebê para continuar a exercer o impulso destrutivo real e para destruir os objetos subjetivos na fantasia inconsciente.

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