Prevenção da vida e promoção da Saúde, com ética e cidadania - Legado do Psicólogo Salomão Rabinovich (★24/02/45 - ✚11/01/16), exocupante da cadeira 9 da Academia paulista de Psicologia
Carlos Rolim Affonso (Cad.3)
Sua formação teve início quando frequentava o curso de Psicologia na Universidade "São Marcos", no período de 1972 a 1976, momento em que demonstrava grande preocupação com os problemas de Saúde, que eram, na época, vistos usuais sob opressão orgânica, deixando de lado os aspectos psicológicas.
]]> Veio dessa sua observações o interesse em arquitetar um Curso de Especialização em Medicina Psicossomática no "Instituto Brasileiro de Pesquisas de Gastrenterologia", em nível de pós-graduação lato sensu.Aspectos específicos dessa área foram por ele direcionados, primeiramente, às disfunções sexuais, seguidos das buscas de novos progressos em prol da garantia da qualidade de vida, com ética e cidadania, nos vários setores da atividade humana, visando sempre manter-se atualizado nas diversas áreas no âmbito da Psicologia aplicada à saúde.
Atuou como Psicólogo no Hospital Albert Einstein, em 1975, quando ainda era incipiente a atuação desse profissional no contexto dos hospitais com o seu trabalho; viu que a função do Psicólogo foi ganhando espaço nos hospitais paulistanos, porque atuavam junto aos pacientes hospitalizados para tratamento clínico e também junto àqueles que se preparavam para a cirurgia e seu acompanhante, criando uma base multidisciplinar muito importante. Nessa época, o Psicólogo Salomão começou a estudar os distúrbios do sono, posto que esses distúrbios não vinham merecendo os cuidados necessários. Simultaneamente, começou a realizar pesquisas sobre acidentes de trânsito no Brasil, que cresciam assustadoramente, o que motivou sua ideia de se criar uma psicologia aplicada ao trânsito, o que deu origem à fundação do "Centro de Psicologia Aplicada ao Trânsito - CEPAT" (década de 1970). Pelo seu trabalho até essa época desenvolvido, foi convidado para fazer parte do Conselho Regional de Psicologia - 6ª região, da Comissão de Divulgação, em 1978.
Face aos desafios, que enfrentou sempre com sucesso, foi em 1979 convidado a integrar a Comissão que fundava a Academia Paulista de Psicologia. Nos últimos anos de sua vida profissional, exerceu funções de consultoria e segurança de transito através de uma ONG, criada há mais de 20 anos no Brasil, denominada "Associação das Vítimas de Trânsito" (AVITRAN). Essa associação visava reduzir acidente e depois atendimento de vítimas com traumas e também vítimas de assaltos, estupro, sequestro, acidentes aéreos e outros.
Nos últimos anos de suas atividades, o psicólogo Salomão, juntando-se a outros profissionais de diferente áreas. É inimaginável o quanto pode ser feito a tudo o que possa vitimar alguém, seja na sua integridade física, na vida, no patrimônio, no bolso ou no direito do consumidor. As demandas são incalculáveis, as histórias são as mais cruéis e o número de acidentes com vítimas fatais cresce a cada ano, bem como as vítimas que se tornam inválidas, tanto no trânsito urbano quanto nas estradas estaduais e federais.
A luta dessa equipe liderada pelo colega Salomão não foi em vão, pois possibilitou que fosse desenvolvido um tipo especial de laudo pericial para a justiça, instrumento considerado inédito no país porque, nos casos de acidente de trânsito, o juiz costuma fazer seus julgamentos com base nas laudos periciais da Polícia Técnica, quando há vitimas, que mostram o sistema de freios, ferragem, marca do amassamento, semáforo, enfim, detalhamento técnico externo do carro, além do laudo do Instituto Médico Legal, que envolve outras determinações. O laudo preconizado pela AVITRAN envolve avaliação do agente do acidente, onde se prevê o exame psicológico, a emocional e o técnico operacional, com os índices dos elementos de risco e com relação positiva entre o acidente e algum fator humano que possa ter ocasionado o acidente.
Ficamos por aqui, nesta síntese do que foi e com o que contribui o ilustre colega Salamão Rabinovich, não só para a Psicologia e para os acidentados mas, também, para com a sociedade em geral.
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