Servicios Personalizados
Revista
Articulo
Indicadores
Compartir
Estudos de Psicanálise
versión impresa ISSN 0100-3437
Resumen
MURIBECA, Mercês. As diferenças que nos constituem e as perversões que nos diferenciam. Estud. psicanal. [online]. 2009, n.32, pp.117-128. ISSN 0100-3437.
Este artigo percorre o conceito de perversão através de diversos textos freudianos. Dando especial atenção aos Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade (1905), em que Freud tenta desenvolver uma compreensão da etiologia das perversões, opondo-se à opinião popular acerca da sexualidade em três pontos básicos: a época do surgimento da pulsão sexual; a natureza necessariamente heterossexual do objeto e a limitação do objeto sexual à cópula. Nesse momento, Freud trata de definir a perversão em referência a um processo de negatividade, baseia-se no axioma da neurose como o negativo da perversão. Posteriormente, insere as perversões, a exemplo das neuroses, como núcleo do complexo de Édipo para, em 1927, no artigo O Fetichismo, definir a recusa da castração como mecanismo essencial da perversão; a noção de clivagem do ego é percebida como processo de defesa e a construção do fetiche como substituto do pênis materno. Por fim, a perversão é uma circunstância da espécie humana e o arranjo que foi possível ao sujeito em sua luta pela sobrevivência psíquica.
Palabras clave : Psicanálise; Perversões Sexuais; Parafilias; Normalidade x Anormalidade.