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Estudos de Psicanálise

versión impresa ISSN 0100-3437

Resumen

MAYERHOFFER, Mariana Abreu. Notas sobre o ato político no Movimento de Articulação das Entidades Psicanalíticas Brasileiras. Estud. psicanal. [online]. 2014, n.42, pp.73-79. ISSN 0100-3437.

A questão de como se pensar o ato político no Movimento de Articulação das Entidades Psicanalíticas Brasileiras é o cerne deste artigo, que tem como norte a via do ato analítico tal como definido por Lacan. No Seminário 15 Lacan define o ato analítico como aquele que, não elidindo a dimensão do Outro, traz consequências que se referem ao efeito divisor do objeto a no sujeito, deixando a questão de como, a partir do ato analítico, se definiria o ato em geral, o que ele “não nomeia”, como diz. Nessa breve reflexão tenta-se pensar se um ato político, a partir da experiência de Articulação, pode com essa referência ser definido como um ato que instaura uma divisão, no coletivo, colocando-nos uma interrogação sobre como essa divisão seria verificada. Se pudermos chamar de ato político alguma(s) das intervenções do Movimento que fez(fizeram) mudar o rumo do que estava sendo proposto em relação à regulamentação da psicanálise - o que lhe destituiria de sua condição estrutural de ser não regulamentável - teríamos que pensar em como verificar o efeito de divisão, que é apenas no sujeito que pode ser verificado. De que forma um coletivo nos testemunharia efeitos de ato nesse campo das ações de Articulação?

Palabras clave : Política da psicanálise; Ato analítico; Ato político.

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