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Psicologia Clínica
versão impressa ISSN 0103-5665versão On-line ISSN 1980-5438
Resumo
SAVI, Emylle e WEINMANN, Amadeu de Oliveira. LITERATURA: EFEITO DE VIVÊNCIA OU VIVÊNCIA DE EFEITO?. Psicol. clin. [online]. 2022, vol.34, n.3, pp.465-485. Epub 02-Ago-2024. ISSN 0103-5665. https://doi.org/10.33208/pc1980-5438v0034n03a02.
Muitas obras literárias têm o poder de tocar em registros psíquicos profundos, o que pode provocar um interesse por quem assina essa produção. Este artigo tem como objetivo propor uma discussão sobre distintas formas de pensar a obra literária e seu autor, a partir da psicanálise. Usamos como disparador dessa discussão uma reflexão metodológica suscitada por dois textos escritos por Freud sobre literatura. O primeiro põe o foco no artista: “Dostoievski e o parricídio”; o segundo, na produção artística: “Delírios e sonhos na Gradiva de Jensen”. A partir dessa discussão metodológica, é possível pensar como a psicanálise pode, através do seu método – atenção flutuante e livre associação –, escutar uma obra literária sem incorrer na aplicação de conceitos à obra ou ao autor. Com o intuito de enriquecer esta discussão metodológica, propomos uma reflexão sobre a obra de uma das escritoras mais consagradas da história: Virginia Woolf. Ao escolhermos essa autora, acreditamos na força que sua obra tem e nos efeitos que gera em seus leitores; tal força convoca nossa escuta e instiga nossos pilares teóricos, removendo-nos de uma posição de conforto e nos colocando num movimento constante de (re)pensar a psicanálise.
Palavras-chave : psicanálise; método; literatura; Virginia Woolf.