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Psicologia Clínica
versão impressa ISSN 0103-5665versão On-line ISSN 1980-5438
Resumo
ALBERTI, Sonia; PARDINI, Raquel Jardim; RIBEIRO, Maria Anita Carneiro e LOURES, José Mauricio. DA HISTERIA À SUBLIME-AÇÃO: BERTHA PAPPENHEIM. Psicol. clin. [online]. 2022, vol.34, n.3, pp.601-620. Epub 02-Ago-2024. ISSN 0103-5665. https://doi.org/10.33208/pc1980-5438v0034n03a08.
Retomamos Anna O. para reencontrar uma Bertha Pappenheim. Se Freud e Lacan chegaram a dizer que foi ela quem descobriu a psicanálise, introduzimos a hipótese de que o tratamento que sofreu provocou uma drogadição por iatrogenia. Apesar dos esforços já envidados em estabelecer a versão de sua história que, ao mesmo tempo, levam em conta o relato de Breuer, incluem as observações de Jones e se alimentam das contribuições de muitos autores, essa questão é pouco debatida no contexto tanto da “talking cure”, quanto da “writing cure” – que associamos à sublimação. Uma possível sublimação tanto como investimento da libido em uma atividade cujo alvo não é exatamente o sexual (Freud), quanto como a sublime-ação de Bertha, que busca atribuir dignidade à mulher, equivocando o modo como Lacan a conceitua como o que eleva o objeto à dignidade da Coisa. Equivocidade que evidencia a sublime-ação pela qual Bertha ainda hoje tem reconhecimento internacional.
Palavras-chave : psicanálise; cultura; assistência social; feminino; sublimação.