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Jornal de Psicanálise

versão impressa ISSN 0103-5835

Resumo

SCHAFFA, Sandra Lorenzon. Pierre Fédida e a atualidade dos modelos freudianos: evolução da teoria e prática psicanalítica. J. psicanal. [online]. 2006, vol.39, n.71, pp.101-123. ISSN 0103-5835.

A autora traça uma linha de reflexão diante do problema da evolução da teoria e prática psicanalíticas baseada na experiência freudiana considerada, não como um corpus teórico sistemático, mas como um texto que se oferece para o analista como oportunidade de se deixar interrogar a partir de sua análise e de sua clínica. Desse ponto de vista, a descoberta da teoria pelo analista decorre de uma disposição freudiana frente ao conhecimento: realizar um trabalho, não só de elaboração (Verarbeitung), mas de perlaboração (Durcharbeitung). Reconhece na obra de Pierre Fédida um caminho de exploração do poder heurístico da situação analítica como recurso de ampliação da especificação técnica da psicanálise. Pierre Fédida não se restringe à estabilidade dos conceitos metapsicológicos, dirige-se a uma avaliação dos recursos de plasticidade dos modelos que a clínica psicanalítica pode desenvolver. Explorando o terreno das patologias que exibem características de uma função do negativo, interessa-se pela negatividade do sintoma considerando-o a partir das operações psíquicas elementares (identificação, projeção, transferência) implicadas na composição (intrinsecamente teórica) do sintoma. A discussão de um fragmento clínico, um exemplo de reação terapêutica negativa, serve como ocasião para apreciar o trabalho transferencial do sintoma onde sua função negativa envolve a possibilidade de desenvolvimento técnico. A legibilidade das marcas sedimentadas a partir da formação do sintoma deve-se à condição encontrada pelo analista de se deixar transformar pela ação negativa do sintoma. A reação terapêutica negativa traz em seu bojo a questão da negatividade pela qual se constitui o interlocutor das transferências na situação analítica (Fédida) e reencontra o ponto de vista freudiano de que o psíquico só é observável dentro de uma visão metapsicológica que concede linguagem ao sintoma.

Palavras-chave : Reação terapêutica negativa; Formação de sintoma; Perlaboração; Teoria psicanalítica; Progresso terapêutico.

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