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Journal of Human Growth and Development

versión impresa ISSN 0104-1282versión On-line ISSN 2175-3598

Resumen

GOUVEA, Maria da Penha Gomes et al. Fatores de risco clínicos para predizer a duração da imunoresatividade do anticorpo anti-Sars-Cov-2 após infecção leve por COVID-19. J. Hum. Growth Dev. [online]. 2023, vol.33, n.1, pp.105-112.  Epub 06-Dic-2024. ISSN 0104-1282.  https://doi.org/10.36311/jhgd.v33.14298.

Introdução

a doença causada pelo coronavírus (COVID-19) é complexa e multissistêmica. Ainda não se sabe se os sintomas da fase aguda estão correlacionados com a duração da resposta imune e com a persistência dos sintomas crônicos.

Objetivo

o presente estudo visa acessar e monitorar os sintomas clínicos do COVID-19, correlacionando-os com a produção de anticorpos neutralizantes.

Método

uma coorte de 69 profissionais da saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (HUCAM-UFES/EBSERH) diagnosticados com infecção por SARS-CoV-2 confirmada via RT-PCR (Real-Time Reverse Transcription-Polymerase Chain Reaction) foram avaliados do início dos sintomas até seis meses depois. Exames laboratoriais de IgG e IgM foram utilizados para detectar a presença de IgG e IgM contra a proteína do nucleocapsídeo do vírus SARS-CoV-2 nas amostras de plasma sanguíneo. Sorologia de anticorpos IgG e IgM, função pulmonar via espirometria e avaliação clínica dos pacientes foram realizadas nos dias 15, 30, 45, 60, 90 e 180 após o início dos sintomas da doença.

Resultados

sessenta e nove profissionais da saúde (idade, 40 ± 10 anos; 74% mulheres) foram avaliados por seis meses. Todos apresentaram a forma leve a moderada do COVID-19. O número médio de sintomas foi 5.1 (± 2.3). O sintoma inicial mais comum foi dor muscular (77%), cefaleia (75%), anosmia (70%), ageusia (64%), coriza (59%), febre (52%), e tosse (52%). Após 30 dias, os pacientes mantiveram anosmia (18%), astenia (18%), adinamia (14%), dor muscular (7%), e ageusia (7%). Em relação à função pulmonar, 9.25% apresentaram padrão obstrutivo e todos recuperaram ao final dos seis meses. Dentre todos os participantes analisados, 18/69 (26%) não obtiveram nenhum valor de IgG e IgM considerados reagentes nos exames realizados. A curva sorológica de IgG mostrou um pico enquanto a de IgM apresentou seu maior valor médio no 15º dia. Houve um declínio progressivo e níveis similares aos basais aos 90. 15/53 (28%) permaneceram com IgG reagente após seis meses. Dor de garganta e dispneia foram considerados fatores de risco independentes, e os pacientes com esses sintomas tiveram 5,9 vezes mais chances de apresentar IgG reativa no 180º dia. Pacientes com diarreia tiveram quatro vezes mais chances de apresentar IgM reagente.

Conclusão

nossos achados mostraram que 26% dos pacientes não produziram uma resposta humoral pós-COVID-19 leve. Seus títulos de anticorpos caíram significativamente após 90 dias e apenas 28% mantiveram anticorpos IgG reativos após seis meses. Dor de garganta e dispneia foram preditores de maior duração da resposta imune humoral.

Palabras clave : COVID-19; SARS-CoV-2; anticorpos; imun orreatividade; fatores de risco.

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