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Natureza humana

versão impressa ISSN 1517-2430

Resumo

FORLENZA NETO, Orestes. Condições traumáticas na relação mãe-bebê. Nat. hum. [online]. 2004, vol.6, n.1, pp.79-86. ISSN 1517-2430.

Procuramos discutir Trauma, segundo Winnicott, em relação à idéia central de seu pensamento que é pautada pelo processo de amadurecimento, ao qual se agregam idéias como: ambiente facilitador, mãe suficientemente boa, invasão, angústia de aniquilação e reações que promovem defesas de isolamento e proteção ao si-mesmo verdadeiro. Tudo dentro do desenvolvimento emocional primitivo, a partir de um estado não integrado de si-mesmo em direção à integração, personalização e separação eu-não-eu. "O conceito de trauma surge como conseqüência da imaturidade do bebê e do grau de proteção que o ambiente é capaz de fornecer para que a criança não se defronte com angústias inesperadas (inomináveis e de aniquilação). Para que se produza o Trauma são necessários o caráter repetitivo de invasões e um comportamento caótico do ambiente, que impede o estabelecimento de um padrão de expectativas na criança. Por outro lado, certas invasões que cessam e permitem a retomada do "continuar a ser" da criança servem como "bons traumas", que incidem num momento em que os cuidados ambientais já foram internalizados e o ego tem força para viver essas surpresas fora de seu controle onipotente e que leva ao reconhecimento da realidade não-eu.

Palavras-chave : Trauma; Eu; Não-eu; Ambiente; Invasão; Continuidade a ser.

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