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Neuropsicologia Latinoamericana
versão On-line ISSN 2075-9479
Resumo
GUERRERO, Cristina E. García e MORENO, Belén Pérez. Fatores de risco relacionados ao desenvolvimento de depressão no traumatismo cranioencefálico. Neuropsicologia Latinoamericana [online]. 2014, vol.6, n.3, pp.25-46. ISSN 2075-9479. https://doi.org/10.5579/rnl.2014.0155.
Os transtornos neuropsiquiátricos, principalmente a depressão, são frequentes após o traumatismo cranioencefálico (TCE). O objetivo deste estudo foi identificar a frequência do aparecimento da depressão após um TCE e os fatores de risco associados a seu desenvolvimento. Realizou-se uma revisão sistemática analisando 21 artigos de revisão e 50 empíricos. Percebe-se que a frequência de depressão é muito variável em pacientes pós TCE, mas geralmente aparece entre 40% e 49% dos casos; e especificadamente o diagnóstico de depressão se produz entre 10% e 29% dos casos de pacientes com TCE. Os fatores de risco para o desenvolvimento da depressão, segundo os casos analisados, são biológicos, sociais e psicológicos. Ao contrário do que tem sido considerado a respeito dos fatores de risco de depressão pós-TCE, nesta revisão observou-se que a severidade ao tempo transcorrido e a idade não parecem ter mais peso que a localização da lesão e outros fatores psicológicos e contextuais para o desenvolvimento da depressão. Em síntese, conhecer os fatores biopsicossociais ajuda na identificação de pacientes que estão em risco de apresentar depressão pós uma lesão cerebral contribuindo, desta forma, ao prognóstico e melhor tratamento destes pacientes.
Palavras-chave : Depressão; Fatores de risco; Neuropsicologia; Revisão; Traumatismo cranioencefálico.